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sexta-feira, março 04, 2022

Últimas notícias: Kiev e Moscou acordam saída de civis




Representantes dos dois países concordaram em criar corredores humanitários. Após conversa com Putin, Macron avalia que "o pior ainda está por vir". Acompanhe as últimas notícias.

    Rússia e Ucrânia concordam em criar corredores humanitários
    República Tcheca autoriza cidadãos a lutarem pela Ucrânia
    UE e EUA concedem proteção a refugiados ucranianos
    Agência de Energia Atômica da ONU pede fim de ataques próximos a usina nuclear
    Prefeitos ucranianos relatam tiros e bloqueios russos
    Chanceler federal alemão pressiona por cessar-fogo
    Presidente alemão acredita em "guerra longa" entre Rússia e Ucrânia
    EUA vai aumentar sanções a oligarcas russos e de pessoas próximas a Putin
    Americanos dizem que Rússia disparou 480 mísseis até agora na Ucrânia
    Canadá retém avião com passageiros russos
    Após conversa com Putin, Macron avalia que "o pior ainda está por vir"
    Alemanha enviará mais armas à Ucrânia
    Spotify fecha escritório na Rússia
    Nova rodada de negociações entre Ucrânia e Rússia
    Ucrânia amanhece sob ataques
    Companhias aéreas japonesas suspendem voos para a Europa
    Mais de 1 milhão de ucranianos já fugiram do país
    Tribunal de Haia investigará crimes de guerra na Ucrânia
    Alemanha sentirá fortes impactos das sanções, diz ministro da Economia

As atualizações estão no horário de Brasília 

21:00 – UE e EUA concedem proteção a refugiados ucranianos

Nesta quinta-feira (03/03), a União Europeia aprovou a chamada proteção temporária para refugiados da Ucrânia. Ao mesmo tempo, a UE também está montando um centro humanitário na Romênia, que faz fronteira com a Ucrânia.

Até o momento, a ONU estima que em torno de 1 milhão de pessoas já deixaram o território ucraniano rumo a países vizinhos desde que a Rússia começou a invasão, há uma semana.

Washington anunciou medida semelhante. Os EUA vão conceder status de proteção temporária a ucranianos que já estão no país, o que significa que eles podem permanecer em solo americano sem risco de deportação. (AFP)

20:20 – República Tcheca autoriza cidadãos a lutarem pela Ucrânia

A República Tcheca está concedendo autorização para que cidadãos do país possam lutar contra a Rússia na Ucrânia.

Normalmente, isso não é possível. Por lei, os tchecos podem receber uma pena de até cinco anos de prisão caso lutem por exércitos de outros países.

O gabinete presidencial em Praga já recebeu cerca de 300 pedidos de autorização, e outros 100 voluntários se registraram no Ministério da Defesa.

No domingo, o exército ucraniano chamou estrangeiros para se juntar às tropas em combate contra o exército russo. (AFP)

18:45 – Agência de Energia Atômica da ONU pede fim de ataques próximos a usina nuclear

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu que o confronto entre russos e ucranianos na cidade de Energodar, que fica próxima da usina nuclear de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, seja suspenso. 

"O diretor-geral apela para uma suspensão imediata do uso da força em Energodar e pede às forças militares que operam na região que se abstenham da violência perto da usina nuclear", divulgou a AIEA, em um comunicado.

O prefeito de Energodar, Dmytro Orlow, informou que os combates ocorrem na periferia da cidade.

A usina de Zaporíjia é responsável por cerca de um quarto da geração de energia da Ucrânia. (DW)

17:52 – Prefeitos ucranianos relatam tiros e bloqueios russos

Na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia, o prefeito Vadym Boichenko disse que tropas russas estão tentando criar um bloqueio em torno do município.

"Os invasores estão sistemática e metodicamente tentando bloquear a cidade de Mariupol", disse Boichenko, em uma transmissão de vídeo.

Ele também afirmou que os ataques das últimas 24 horas cortaram o abastecimento de água e energia, e que as autoridades locais precisam de um cessar-fogo para restaurar a energia.

Já o prefeito de Energodar, no sudeste da Ucrânia, informou que tropas russas se movimentam em direção à usina nuclear de Zaporíjia, que fica a pouco mais de cem quilômetros de Energodar. Dmytro Orlow disse que é possível ouvir fortes disparos na cidade. (DW, Reuters)

17:41 – Chanceler federal alemão pressiona por cessar-fogo

O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, pessionou por um cessar-fogo na Ucrânia e descreveu a invasão russa como uma "guerra contra o povo ucraniano".

As declarações de Scholz foram feitas durante participação no programa televisivo "Maybrit Illner".

Ele também disse que as sanções impostas pelo Ocidente a Moscou estão causando impactos e que uma "mudança de regime", referindo-se à possibilidade de derrubar o presidente russo, Vladimir Putin, não é uma opção viável. (DW)

17:22 – Presidente alemão acredita em "guerra longa" entre Rússia e Ucrânia

Durante visita à Lituânia nesta quinta-feira (03/03), o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse acreditar que a guerra na Ucrânia pode durar um longo período.

Steinmeier afirmou que não vê "sinais de que a guerra acabará logo. Provavelmente, será longa, e devemos ser pacientes".

Ele descreveu a guerra como uma "violação do direito internacional" e disse "ninguém no curso da história será capaz de justificar o que está acontecendo na Ucrânia agora".

Steinmeier visitou as tropas do Bundeswehr, o exército alemão, na Lituânia, que pertence à Otan. Recentemente, a Alemanha reforçou a presença de seus militares na nação báltica.

O presidente alemão prometeu solidariedade à Lituânia, que está preocupada com uma invasão russa se a Ucrânia for derrotada.

Os ataques da Rússia à Ucrânia iniciaram há uma semana, em 24 de fevereiro. (DW)

'Presidente da Alemanha visitou soldados do exército alemão que estão na Lituânia'

16:48 – Governo dos EUA vai aumentar sanções a oligarcas russos e de pessoas próximas a Putin

Em resposta aos ataques cada vez mais fortes da Rússia em solo ucraniano, o governo dos Estados Unidos deve impor sanções ainda maiores principalmente a oligarcas russos e também aos membros do governo ligados diretamente a Vladimir Putin.

 Entre os principais alvos das medidas estão o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, e Alisher Burhanovich Usmanov, um dos indivíduos mais ricos da Rússia e aliado próximo de Putin.

O Departamento de Estado dos EUA também anunciou que vai impor proibições de vistos a 19 oligarcas russos e a dezenas de seus familiares e pessoas próximas.

Washington também divulgou que essas pessoas ficarão isoladas do sistema financeiro dos EUA, e que seus bens, em solo americano, serão bloqueados. (AP)

16:00 – Canadá retém avião com passageiros russos

Uma aeronave fretada que transportava passeiros de nacionalidade russa foi retida no aeroporto de Yellowknife, no norte do Canadá.

"Vamos seguir responsabilizando a Rússia pela invasão à Ucrânia", disse, no Twitter, o ministro dos Transportes canadense, Omar Alghabra. (Reuters)

15:57 – EUA dizem que Rússia disparou 480 mísseis até agora na Ucrânia

Autoridades americanas informaram na noite desta quinta-feira (03/03) que a Rússia já disparou 480 mísseis na Ucrânia. Os oficiais também disseram que 90% das forças russas que haviam sido destacadas nas fronteiras, antes da invasão, já estão em território ucraniano.

Com maior progresso no sul do país – como a tomada da cidade de Kherson, que ocorreu nesta quarta-feira –, os russos teriam a maior parte de suas tropas concentradas no norte da Ucrânia, segundo dados divulgados pelos Estados Unidos.

A maioria dos mísseis – 230 ao todo – teriam sido disparados a partir de veículos móveis, na Ucrânia. Em torno de 150 teriam vindo diretamente da Rússia, e outros 70, de Belarus, e uma minoria, de navios, a partir do Mar Negro.

As defesas aéreas ucranianas, segundo os oficiais, ainda estariam intactas e atuando de maneira bastante efetiva contra os mísseis. (AP)

15:00 – Rússia e Ucrânia concordam em criar corredores humanitários

Representantes da Rússia e da Ucrânia reuniram-se nesta quinta-feira em Belarus, na segunda rodada de conversas entre os dois países desde que militares russos iniciariam uma ampla invasão do território ucraniano.

Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial da Ucrânia, disse que ambas as partes concordaram em criar corredores humanitários para permitir a entrada de mantimentos e insumos e a retirada de civis.

Apesar do compromisso, ele considerou o resultado da reunião frustrante. "Para nosso grande pesar, não conseguimos os resultados que gostaríamos", disse.

Podolyak também afirmou que os dois países concordaram em se reunir novamente, sem especificar uma data.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, confirmou o acordo sobre os corredores e avaliou que houve "progresso substancial" nas negociações. Segundo ele, houve acordo sobre cessar-fogos provisórios na região dos corredores. (Reuters)

12:27 – Após conversa com Putin, Macron avalia que “o pior ainda está por vir”

Depois de conversar durante 90 minutos com o líder russo, Vladimir Putin, o presidente da França, Emmanuel Macron, teria concluído que "o pior ainda está por vir" na guerra na Ucrânia. Um assessor do Palácio do Eliseu afirmou que a impressão deixada após o telefonema é a de que Putin desejaria tomar todo o território ucraniano.

"A expectativa do presidente é que o pior ainda está por vir, levando-se em conta o que o presidente Putin lhe relatou", disse o assessor, que não quis se identificar. "Não há nada que Putin tenha nos dito que nos reassegure. Ele mostrou grande determinação em prosseguir com a operação", afirmou.

Segundo o assessor, Putin sinalizou a intenção de conquistar toda a Ucrânia e disse que continuará sua operação para "desnazificar" o país. Macron, segundo o relato, teria dito a Putin que este é um argumento mentiroso.

O francês pediu a seu colega russo que tome medidas para evitar a morte de civis e permitir o acesso de ajuda humanitárias às cidades atingidas.

Moscou confirmou parte das declarações do assessor de Macron. Segundo o Kremlin, Putin disse a Macron que "a Rússia pretende continuar com sua  rigorosa luta contra os militantes de grupos armados nacionalistas".

11:43 – Estudantes em Berlim protestam contra a guerra

Milhares de estudantes protestaram em Berlim contra a invasão russa da Ucrânia, em uma manifestação convocada pelo movimento Greve pelo Futuro (Fridays for Future). 

No protesto, em frente à sede do Parlamento Alemão, os manifestantes criticaram o presidente russo, Vladimir Putin, e portavam cartazes com mensagens contra a guerra. 

"As guerras que ocorrem no mundo são guerras pelos recursos naturais. O capitalismo dos combustíveis fósseis cria a fundação para esta e muitas outras guerras, conflitos e crises", afirmou o Greve pelo Futuro em seu perfil no Instagram.
 
"Somos jovens ativistas pelo clima e estamos com medo", disse a ramificação ucraniana do movimento, através do Twitter. 

Protestos também estão marcados para várias cidades da Alemanha e da Europa. Em Hamburgo, segundo os organizadores, 120 mil pessoas foram às ruas. (AFP)

10:45 – Alemanha sentirá fortes impactos das sanções, diz ministro da Economia

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, disse que as sanções impostas à Rússia em consequência de suas agressões na Ucrânia poderão ter um forte impacto econômico no país.

"O impacto das sanções e da guerra em todos os setores da economia será bastante forte", afirmou. Ele acrescentou que os primeiros efeitos já podem ser sentidos na maior economia da União Europeia.

O governo alemão anunciou que vai liberar parte de sua reserva de petróleo em reação ao aumento no preço do barril no mercado internacional, além de disponibilizar 1,5 bilhão de euros para a compra de gás natural liquefeito, para garantir o abastecimento interno.

A Alemanha é um dos 31 Estados-membros da Agência Internacional de Energia, que planeja liberar 60 milhões de barris de petróleo das reservas de emergência para estabilizar os mercados, após o abalo gerado pela invasão russa na Ucrânia. A Alemanha deve contribuir com o equivalente a 3% de suas reservas.

"Em tempos como esse, devemos agir em uníssono", disse Habeck. Ele defendeu o fim da dependência alemã do gás, petróleo e carvão vindos da Rússia, e disse que o país já trabalha para se livrar disso o mais rápido possível. 

Habeck também defendeu que os ativos e bens de oligarcas russos sejam congelados, e disse que a Alemanha agirá com esse objetivo. 

Nesta quarta-feira, um iate de luxo do oligarca russo Alisher Usmanov, de valor estimado em 600 milhões de dólares, foi confiscado por autoridades alemãs no porto de Hamburgo. (AFP, AP)

10:00 – Sistema bancário da Ucrânia permanece resiliente apesar da guerra

O presidente do Banco Central da Ucrânia, Kyrylo Shevchenko, afirmou nesta quinta-feira que o sistema bancário e financeiro do país permanece resiliente em meio à invasão por tropas russas e foi impulsionado pelo apoio financeiro internacional no valor de cerca de 15 bilhões de dólares.

"O Banco Centra está fazendo de tudo para garantir a continuidade dos pagamentos e o funcionamento do sistema bancário do Estado, que está sob lei marcial", afirmou Shevchenko em um comunicado. (rtr)

09:50 – Russos e belarussos são excluídos dos Jogos Paralímpicos 

O Comitê Paralímpico Internacional (CPI) voltou atrás e anunciou nesta quinta-feira (03/03) que os atletas russos e belarussos estão excluídos dos Jogos Paralímpicos de Inverno, em Pequim, devido à invasão da Ucrânia por Moscou.

A decisão ocorre um dia depois que o CPI permitiu a presença dos atletas dos dois países no evento, porém, com bandeira neutra e sem aparecer no quadro de medalhas. O argumento usado foi que "os atletas não eram os agressores".

Mas a presença de russos e belarussos no evento levou a protestos e ameaças dos Comitês Paralímpicos Nacionais de boicotar os Jogos, afirmou o presidente do CPI, Andrew Parsons, em entrevista coletiva em Pequim.

"Eles disseram que, se não reconsiderássemos nossa decisão, era provável que haveria graves consequências para os Jogos de Inverno", explicou. Belarus também foi excluída dos Jogos por ser uma área-chave para a invasão russa, que foi lançada há uma semana.

Parsons afirmou que estava claro que a situação colocou sua organização numa "posição única e impossível" e que os atletas russos e bielorrussos foram vítimas das ações de seus governos.

"O bem-estar do atleta sempre será uma prioridade para nós", contou. "Se os atletas russos e belarussos ficassem em Pequim, outras nações provavelmente se retirariam e os Jogos não seriam viáveis."

A Rússia chamou de "desgraça" a decisão de última hora do CPI de banir seus atletas dos Jogos Paralímpicos de Pequim. "A situação é monstruosa, é claro. Isso é uma vergonha para o Comitê Paralímpico Internacional", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Condenamos fortemente o Comitê Paralímpico Internacional por esta decisão." (afp/rtr/ots)

08:55 – Macron telefona para Putin e Zelenski 

O presidente da França, Emmanuel Macron, conversou por telefone nesta quinta-feira com seu colega russo Vladimir Putin e, depois, com seu homólogo ucraniano Volodimir Zelenski. O telefonema com o presidente russo, que durou 90 minutos, segundo o gabinete da presidência, é o terceiro desde o início da invasão da Ucrânia pelo Exército russo. (afp/ots)

07:50 – Como guerra de Putin revela a ignorância no discurso público

Bolsonaro e alguns esquerdistas se encontram em sua opinião sobre a invasão da Ucrânia por Putin. Nesse assunto, o que os une é a ignorância e a prepotência, escreve Philipp Lichterbeck.

07:20 – Mauripol é sitiada por tropas russas

A cidade portuária Mauripol, no sul da Ucrânia está sitiada por tropas russas, anunciaram autoridades locais. Um assessor do Ministério do Interior ucraniano acusou a Rússia de tentar transformar a cidade numa nova Leningrado, em referência ao cerco da Alemanha nazista à cidade agora conhecida como São Petersburgo durante a Segunda Guerra Mundial. O bloqueio de dois anos deixou cerca de 1,5 milhão de mortos.

A Câmara Municipal de Mauripol disse que os russos estão bombardeando a infraestrutura civil e deixando, desta maneira, os moradores da cidade sem água, aquecimento e energia elétrica, além de impedir a chegada de suprimentos e a evacuação de habitantes. Esforços locais buscam criar um corredor de ajuda humanitária para a cidade.

04:06 – Alemanha enviará mais armas à Ucrânia

A Alemanha quer fornecer mais armas para a Ucrânia. O Ministério da Economia aprovou a entrega de 2.700 mísseis antiaéreos "Strela" de estoques do antigo Exército Nacional Popular (NVA, na sigla em alemão), que eram as Forças Armadas da antiga República Democrática Alemã. A informação foi divulgada pela agência de notícias alemã dpa e pelo Süddeutsche Zeitung.

No sábado, em uma mudança brusca de postura, a Alemanha anunciou o fornecimento de armas pesadas ao exército ucraniano. O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou pelo Twitter o envio a Kiev de 1.000 armas capazes de destruir veículos de combate, conhecidas popularmente como antitanques, e 500 mísseis terra-ar Stinger, do estoque das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr). (dpa)

03:55 –Spotify fecha escritório na Rússia

O Spotify informou que fechou seu escritório na Rússia indefinidamente, em resposta ao que a plataforma de streaming descreveu como "ataque não provocado de Moscou à Ucrânia". (Reuters)

03:25 – Nova rodada de negociações entre Ucrânia e Rússia

A Ucrânia e a Rússia devem iniciar nesta quinta-feira uma nova rodada de negociações de paz. 

Na quarta-feira, o principal negociador da Rússia, Vladimir Medinsky, disse que a delegação russa estava esperando no sudoeste de Belarus e que representantes ucranianos estavam a caminho. Medinsky também informou à emissora Rossyia 24 que soldados russos criaram um "corredor de segurança" para as delegações ucranianas.

Da reunião, é esperado um acordo de cessar-fogo. Os dois lados se encontraram para uma primeira rodada de negociações na segunda-feira, mas a reunião não teve resultados tangíveis.

03:15 – As consequências da guerra na Ucrânia para o turismo global

Além de cancelamentos de viagens de turismo, fechamento do espaço aéreo impacta fortemente o setor, por exemplo, devido a rotas mais longas, que exigem maior uso de combustível. Instabilidade também cancela cruzeiros.

03:08 – Hospital de Belarus trata soldados russos feridos

A emissora pública de TV alemã ARD informou que um hospital de Belarus está tratando soldados russos feridos na guerra na Ucrânia. Na terça-feira, sete ambulâncias militares russas do tamanho de ônibus chegaram a um hospital belarusso, a cerca de 50 quilômetros da fronteira ucraniana, trazendo feridos na linha de frente dos combates.

Moradores locais disseram que o fluxo de ambulância é frequente na região. Um médico do hospital da região de Gomel, em Belarus, disse que soldados feridos chegam desde segunda-feira. "Espero que eles não me prendam por compartilhar isso", disse. (ots)

02:54 – Ucrânia amanhece sob ataques

Sirenes foram acionadas no começo da manhã em Kiev (hora local), alertando para que os moradores buscassem abrigo devido à possibilidade de ataques aéreos. 

O jornal ucraniano The Kyiv Independent reportou que um prédio da faculdade militar da Universidade Estadual de Sumy, na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, foi bombardeado por forças russas, citando como fonte o chefe da Administração Militar Regional de Sumy, Dmytro Zhyvytsky.

O jornal também noticiou que seis adultos e duas crianças morreram após um prédio residencial ser atingido por um ataque russo na cidade de Izyum, próximo a Kharkiv. 

02:15 – Moody's rebaixa a Rússia para "B3"

A agência de classificação de risco americana Moody's rebaixou a credibilidade da Rússia após a invasão na Ucrânia. O rating foi rebaixado de "Baa3" para "B3" devido às rígidas sanções impostas pelos países ocidentais à Moscou, explica a Moody's. 

A agência Finch já havia rebaixado a classificação de crédito da Rússia. (ots)

02:07 – Companhias aéreas japonesas suspendem voos para a Europa

As companhias aéreas japonesas Japan Airlines (JAL) e All Nippon Airways (ANA) suspenderam todos os voos de e para a Europa nesta quinta-feira, devido a preocupações de segurança. 

"Estamos monitorando constantemente a situação, mas dada a situação atual na Ucrânia e os vários riscos, decidimos cancelar os voos", disse um porta-voz da JAL à agência de notícias Reuters. 

A ANA disse que a suspensão dos voos se deve à "alta probabilidade de as operações não conseguirem sobrevoar a Rússia". (ots)

01:30 – Toyota suspende operações na Rússia devido a interrupções no fornecimento

A Toyota Motor anunciou nesta quinta-feira que está suspendendo "até novo aviso" suas operações na Rússia, devido a "interrupções na cadeia de fornecimento" e por conta do impacto das sanções internacionais contra a Rússia pela invasão da Ucrânia.

A montadora japonesa informou em comunicado que paralisa, a partir de 4 de março e até segunda ordem, a produção na sua fábrica de São Petersburgo bem como a importação de veículos.

No comunicado, a empresa também destacou que o restante de suas operações de produção e vendas no resto da Europa "não serão afetados".

De acordo com a nota, a Toyota possui 168 pontos de vendas e serviços na Rússia e uma fábrica na cidade de São Petersburgo, com capacidade para produzir 100 mil veículos anualmente e onde são fabricados os modelos Rav4 e Camry, principalmente para o mercado interno russo.

A Toyota também suspendeu no último dia 24 de fevereiro todas as suas atividades na Ucrânia, onde possui 37 pontos de vendas. (EFE)

01:22 – Mais de 1 milhão de ucranianos já fugiram do país

O alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, disse que mais de 1 milhão de pessoas fugiram da Ucrânia desde que começou a invasão russa.

"Em apenas sete dias, testemunhamos o êxodo de um milhão de refugiados da Ucrânia para países vizinhos", escreveu no Twitter.

A cifra de 1 milhão equivale ao deslocamento de mais de 2% da população da Ucrânia, que tem aproximadamente 44 milhões de habitantes.

O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) prevê que até 4 milhões de pessoas possam sair do país. Se isso se confirmar, a Ucrânia poderá experimentar "a maior crise de refugiados deste século", disse o porta-voz do ACNUR, Shabia Mantoo. (DW)

'Milhares de pessoas tentam entrar na Eslováquia, após fugirem da Ucrânia'

01:05 – Tribunal de Haia investigará crimes de guerra na Ucrânia

Um pedido de 39 países permitiu à procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, abrir nesta quarta-feira uma investigação sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia.

"Notifiquei a presidência do TPI há alguns instantes da minha decisão de prosseguir imediatamente com investigações ativas", disse o procurador-chefe do TPI, Karim Khan, em comunicado.

Os procedimentos propostos pela procuradoria de Haia geralmente exigem a aprovação de uma câmara de questões preliminares composta por três juízes.

No entanto, o pedido apresentado por 39 países, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Portugal, Itália, Canadá, Austrália, Colômbia e Costa Rica, entre outros, elimina a exigência de autorização dos magistrados e permite que o procurador do TPI inicie automaticamente as investigações.

"Meu gabinete encontrou uma base razoável para acreditar que crimes foram cometidos dentro da jurisdição do Tribunal e identificou possíveis casos que seriam admissíveis", alertou o procurador-chefe.

Nem a Rússia nem a Ucrânia são Estados-partes do TPI, mas Kiev apresentou dois pedidos, em novembro de 2013 e fevereiro de 2014, aceitando a jurisdição do tribunal. (EFE)

00:40 – Fortes ataques em Kiev

Os moradores de Kiev foram orientados a ir para o abrigo mais próximo na madrugada desta quinta-feira (horário local), após sirenes de alerta serem acionadas. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram fortes explosões atingindo a capital ucraniana e seus arredores.

'Periferia da capital ucrania também está sendo atacada'

A mídia ucraniana também informou sobre combates nos subúrbios da metrópole. Um avião russo teria sido abatido. A informação não pode ser verificada de forma independente.

"O inimigo está tentando invadir a capital", escreveu o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, em um canal de notícias no Telegram.

00:30 – Resumo do sétimo dia de guerra na Ucrânia

Soldados russos realizaram fortes ataques em toda a Ucrânia, matando civis e assumindo a primeira grande cidade, Kherson. Paralelamente, Assembleia Geral da ONU aprovou resolução que exige fim da invasão. Confira um resumo dos principais acontecimento da quarta-feira. 

le, gb (efe, ots)

Deutsche Welle

Os heróis não estão cansados




O que Putin desconhece é que os homens livres não ignoram o que é a natureza humana. Eles sabem que um dia morrerão. Porém, até esse dia, não viverão a rastejar.

Por Rui Albuquerque 

1 Subitamente, o Mundo Livre acordou sob a ameaça de uma guerra nuclear feita por um ex-comissário do KGB, há vinte e dois anos autocrata da Rússia, com a condescendência do mesmo Mundo Livre que ele agora julga chantagear.

Foi na semana passada, quando Vladimir Putin iniciou uma guerra de agressão contra a Ucrânia, um Estado soberano que o ex-agente da polícia política soviética acredita pertencer-lhe, porque a História, segundo a sua interpretação, assim o diz, e porque os interesses geopolíticos da Grande Rússia o determinam. Fê-lo em violação clara e evidente de todos os princípios do Direito Internacional convencional ou comum, secularmente sedimentados por povos, homens e mulheres que aspiraram à paz e à liberdade, e contra os tratados internacionais que o seu próprio país concluíra com a Ucrânia e com outros Estados. De um só golpe, Putin dizimou a autodeterminação dos povos, a não ingerência em assuntos internos de outros Estados, a proibição da ameaça e do uso da força, a Carta das Nações Unidas e os Acordos de Minsk. Vladimir Putin lançou uma guerra de agressão a um Estado que se julgava soberano e que queria ser independente, livre e democrático, que já afetou milhares de civis, que está a matar homens, mulheres e crianças inocentes. Atacou hospitais, prédios de habitação, edifícios públicos e privados, monumentos, universidades, igrejas, estradas e pontes. Os seus aviões espalharam falsos brinquedos que explodem nas mãos de qualquer criança que lhes toque.

2 Vladimir Putin não é um louco irracional, como se ouve e lê por aí, muito menos um defensor de uma Rússia ameaçada pelo Ocidente, pelos EUA e pela NATO. Pelo contrário, é um decisor frio e racional, muito consciente dos seus atos, e o primeiro responsável por tudo o que possa acontecer ao martirizado povo da Ucrânia e ao Mundo, pela ambição imperial de reconstruir a Grande Rússia de Pedro, Catarina e Estaline, o verdadeiro motivo desta invasão.

Mas, apesar de liderar há muito tempo, há tempo demasiado, um dos países mais poderosos do mundo, e de ser um líder astuto e poderoso, ele não é, nunca foi, um homem livre. Vladimir Putin viveu sempre oprimido e a oprimir na antiga União Soviética, onde as relações sociais e políticas se pautavam pelo terror, e, quando chegou ao poder máximo da Federação Russa, foi essa mesma receita que aplicou aos seus concidadãos e aos que lhe são próximos, porque é só isso que conhece, porque é apenas desse modo que concebe a vida humana e as relações entre os homens. No mundo de Putin só existe força, dominância e terror. Nesse mundo, não há espaço para a liberdade, para a fraternidade, para a cooperação. Sentindo-se inseguro no destino da sua agressão ao povo ucraniano, o déspota do Kremlin ameaçou-nos a todos com o fogo nuclear: a mim, a si, aos nossos filhos, irmãos, pais, familiares, amigos, às comunidades e aos países onde vivemos em paz a vida comum de todos os dias.

O que Putin desconhece é que os homens livres não ignoram o que é a natureza humana. Eles sabem que um dia morrerão. Não aspiram ao desvario da eternidade, não são loucos nem mitómanos, não desconhecem que um dia tudo acabará. Que a glória, a fortuna, o prestígio e o poder aqui alcançados são passageiros, efémeros e finitos. A força de um homem livre vem também daí: não está disposto a ser escravo sob a ameaça daquilo que sabe que, um dia, será o seu destino inevitável. Porém, até esse dia, por privações e sacrifícios por que passe, não viverá a rastejar. A liberdade, uma vez experimentada, é irrenunciável, e os ucranianos, por pouco tempo que a tenham tido, sentiram-lhe o sabor. É por isso que, apesar da tirania, da guerra e da ameaça da morte, há ainda heróis como Volodymyr Zelensky e Alexei Navalny. E como todos os ucranianos que permaneceram no seu país e todos os russos que resistem ao tirano do Kremlin.

3 Esta guerra faz-nos recordar que a política continua a existir. A política, na sua expressão mais brutal e hobbesiana da ameaça permanente da guerra possível de todos contra todos e do medo natural que temos dela, que é a argamassa com a qual se firmou o pactum societatis criador dos Estados, sob cuja proteção os comuns mortais se colocam. Mais perto de nós, no século passado, Carl Schmitt, ele próprio algoz e vítima da mesma obsessão hobbesiana pelo estado latente de guerra, colocaria sobre ela a responsabilidade divisora do político em relação a tudo o mais que é intrinsecamente humano, porque apenas a política e o Estado poderão, no limite, dispor da vida das pessoas concretas. Em nenhuma outra dimensão da atividade humana isso, de facto, sucede. É, pois, nesse núcleo determinante, na delimitação da relação existencial do «amigo e inimigo», na separação por vezes fatal do que nos pertence e do que pertence ao outro, que, segundo Schmitt, se encontrará a essência do político, o critério que faz da política uma atividade humana completamente distinta de todas as outras. Com a prosperidade e a paz de muitas décadas, as sociedades da Europa parecem ter-se esquecido da sua existência.

4 As reações da comunidade internacional à agressão de Putin à Ucrânia, principalmente dos Estados-membros da União Europeia, foram inicialmente muito modestas e, por isso mesmo, preocupantes. Não obstante, compreendem-se. Os tambores da guerra não se ouviam no Ocidente, com raras e fugazes exceções, desde 1945. Esta inacreditável proeza foi conseguida graças aos homens e mulheres que perceberam que a liberdade é o único fim a que a Humanidade pode dignamente aspirar, e que, sem ela, viver será sempre um fardo ingrato e intolerável. A Europa Ocidental conheceu, desde então e até hoje, as décadas de maior tranquilidade e prosperidade que a História alguma vez registou. Nesses muitos anos que já passaram, vivemos em liberdade, circulámos entre países e nações em liberdade, comprámos, vendemos e prosperámos em liberdade, relacionámo-nos em liberdade, partilhámos, amámos, sofremos e vivemos uns com os outros em liberdade. É isto que a guerra de Putin quer destruir.

5 O processo de integração europeia foi lançado após a 2ª Guerra Mundial, com o objetivo de impedir novas guerras na Europa e, sobretudo, de conter a expansão ocidental soviética. Acreditámos que a paz se construía exclusivamente pela via do livre-comércio, inequivocamente o meio mais adequado para aproximar Estados, comunidades e pessoas, mesmo quando se guerrearam secularmente e alimentaram profundas desconfianças entre si. A via escolhida foi a que os grandes pensadores liberais clássicos haviam proposto durante e depois do Iluminismo: a criação de um espaço europeu de livre-comércio, entretanto experimentado no Zollverein alemão, com o qual se amansara a impetuosidade prussiana e se conseguiu a unificação alemã em 1871. Adam Smith, David Ricardo e Jean-Baptiste Say explicaram-no, e Bastiat advertia que «quando as mercadorias não atravessam as fronteiras, os exércitos irão fazê-lo».

Mais tarde, já na fase final da primeira metade do século XX, nas últimas páginas do The Road of Serfdom, Friedrich Hayek prenunciou exatamente as grandes linhas de desenvolvimento do projeto europeu. Porém, se a crise que vivemos demonstra alguma coisa, é que o livre-mercado e o comércio, sendo instrumentos extraordinários para promover a paz, podem, em certas circunstâncias, não ser suficientes para a manter. A política faz parte deste mundo, e ela assenta sobre a força e na coação, e na possibilidade de concretizar esse momento de exceção, a que Carl Schmitt se referia, que é a guerra. As sociedades que virarem as costas a este facto arriscam-se a ser escravizadas.

6 O primeiro responsável pela conceção do projeto europeu foi Jean Monnet, e estava bem consciente disso. Ele era um francês visionário nascido e criado na região de Cognac, um homem cosmopolita e experimentado muito próximo dos americanos, que aconselhara a Casa Branca no sentido da realização do Plano Marshall, do qual viria a ser um dos principais artífices. Monnet foi, por este tempo do pós-guerra, consciente ou inconscientemente, o homem dos americanos na Europa, gizando e executando o plano traçado para realizar a paz no Velho Continente, que passava pelas seguintes condições: diluição gradualista de parte do núcleo fundamental das soberanias estaduais em autoridades supranacionais, através da dinâmica de integração gerada por um grande mercado comum de livre-comércio; colocação dos principais recursos necessários às máquinas de guerra sob uma autoridade comum supranacional (carvão, aço e energia atómica); e a criação de um exército europeu com uniforme próprio e comando comum, inicialmente constituído por 100 mil soldados.

7 Monnet não conseguiu levar por diante esse projeto da Comunidade Europeia de Defesa, que propusera em 1950 a René Pleven, primeiro-ministro da França, ao contrário dos resultados que obteve com as outras três Comunidades Europeias (a do Carvão e do Aço, em 1951, a Económica e Comercial, em 1957 e a da Energia Atómica, também nesta última data). Apesar dos governos dos Estados fundadores dessas três Comunidades Europeias (Bélgica, República Federal da Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos) terem também acordado e assinado o Tratado de Paris (1952), que criava a Comunidade Europeia de Defesa, a França não o ratificou. Numa sessão parlamentar do dia 30 de agosto de 1954, os deputados gaulistas votaram contra o tratado, em nome da «Europa das Pátrias», e impediram que ele fosse concluído. Em resultado disso, consciente de que sem um forte pilar defensivo a Europa seria sempre frágil, Monnet demitiu-se do cargo de Presidente da Alta-Autoridade da CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço). Desde então, a Europa abandonou a criação de uma efetiva política de defesa e segurança comum, emergindo no Tratado de Maastricht (1992) um seu simulacro sob a forma de simples cooperação, não de integração, que nunca foi capaz de pôr a Europa a falar, sobre elas, a uma só voz. Até à invasão Russa da Ucrânia.

8 E este é, por enquanto, o único resultado positivo dos factos que, por estes dias, ensombram a nossa existência. Regressados a 1945 e ao dilema hobbesiano do medo da guerra como cimento agregador da política, os Estados-membros da União Europeia erguem-se, de novo, contra um inimigo que agora percecionam ser-lhes comum. Em razão do que começaram a tomar decisões unânimes e corajosas de política externa e de segurança, apoiando o povo ucraniano, não obstante as ameaças nucleares do autocrata do Kremlin. Décadas seguidas de paz, prosperidade e liberdade podem ter-nos feito esquecer a importância vital da política, mas parecem ter-nos feito também entender que a civilização livre que construímos não tem preço.

Observador (PT)

Putin pode ganhar a guerra, mas perder o poder




Putin já garantiu o seu lugar na história, não como reformador e modernizador, mas ao lado de Nero, Hitler, Mussolini, Lênin e Stálin. 

Por José Milhazes (foto)

O povo ucraniano está a dar-nos uma lição. Não deu ouvidos a alguns nossos militares na reserva e analistas políticos que, nas tvs, consideraram que dessa forma se “evitaria” destruição e morte.

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A desastrosa de Vladimir Putin e de seus generais de invadir e anexar a Ucrânia poderá vir a ser o princípio do putinismo e, infelizmente, ele poderá levar para o precipício ou para o fimxão não apenas a Rússia, mas a humanidade.

Numa entrevista que concedi ao jornal Público a 19 de Fevereiro de 2017, eu afirmei que “Putin pode vir a ser o coveiro do seu próprio país”. Nessa, os “idiotas úteis” (1) do partido da carrinha (PCP) e de outras organizações políticas afins, bem como alguns conhecidos analistas da nossa praça, zombaram de mim, considerando que eu estava a tomar o sonho pela realidade.

No entanto, hoje, hoje, pode ser dito que o primeiro pode estar com o seu auge militar. Ele exige tudo: a rendição total do povo ucraniano, a sua humilhação, a negação da sua existência como o Estado soberano.

É verdade que, exteriormente, a oposição à guerra no interior da Rússia não é capaz de criar sequer brechas no militarista do Kremlin, mas, na realidade, a e pouco parece, Vladimir Putin aumentar como pessoas capazes de criar que pouco impensável: matar o povo irmão ucraniano, isolar completamente a Rússia no campo internacional, transformar o país num país.

Mas, por cada dia que passa e como tropas russas não atingem seus objetivos, são cada vez mais aqueles que, não obstante a tremenda repressão e censura, ousam afirmar que não apoiam a guerra.

As ruas das grandes cidades russas são organizadas pela Rússia (assim é conhecida a polícia de choque devido ao capacete mas milhares de pessoas saíram para as ruas a fim de protestar). Se a polícia detém durante as manifestações cerca de seis mil pessoas, é porque o número de indignados é bem maior.

Em 1969, quando a Ucrânia como tropas soviéticas invadiram a Checoslováquia, na Praça Vermelha de Moscovo, seis pessoas manifestaram-se contra mais um ato de “internacionalismo proletário” (será que isto não faz lembrar a “operação especial para levar a paz à realizada” atualmente pelo ditador russo?). Assim nasceu o movimento na URSS que disside o muito para desmascarar o comunismo soviético. Hoje, já são milhares de mortos e principalmente jovens que não querem soldados veres de soldados russos abandonados a alimentar corvos e cães vadios mortos.

Ele acredita que sozinho pode resistir à invasão bárbara é putinista, mas só o fato que não depôs como armas e se rendeu. Não deu ouvidos a alguns nossos militares na reserva e analistas políticos que, nas televisões, consideraram que dessa forma se “evitaria” destruição e morte. felizmente, ao contrário de generais como Carlos Branco, que francamente na OTAN não entendem como carreira “neonazimoucranianos” e justificam uma invasão, temos generais e oficiais que nos enviam mensagemucranianos.

Porém, continuo a defender que é Putin e não o povo russo, nem a Rússia, que manda invadir e matar os ucranianos. Os amigos russos, na sua maioria, choram por aquilo que está acontecendo, amaldiçoam o paranoico que oprime o país. Podemos ainda não ser um reflexo da força de força na sociedade russa, aumentar o número. Por isso, não vamos castigar os cidadãos da Rússia indiscriminadamente.

Além disso, o mundo terá de encontrar uma solução para Vladimir Putin recuperar sem recorrer às piores e mais letais armas. Não deve ser completamente encurralado, pois, ao contrário de Hitler, o atual ditador russo tem armas venenosas.

Putin já garantiu o seu lugar na história, não como reformador e modernizador, mas ao lado de Nero, Hitler, Mussolini, Lenine e Estaline.

(São como camadas da Europa Ocidental e da América 1) Segundo Vladimir Lenin as construções que devem ser construídas na situação atual e que podem ser construídas com a mesma situação

Observador (PT)

E Putin despertou o avestruz ocidental




Se o Ocidente não lutar para garantir a liberdade, acabará testemunhando passivamente o surgimento da nova ordem mundial. 

Por Ben Shapiro* (foto), Daily Wire

Ao fim da Guerra Fria, especialistas em política internacional de todo o espectro ideológico nos garantiram que as coisas haviam mudado. As guerras de conquista territorial tinham acabado. As guerras por petróleo em breve seriam coisa do passado. No mundo cada vez mais interligado, encontraríamos a paz.

Em “O Lexus e a Oliveira”, Thomas Friedman sugeriu, em 1999, que nenhum país com filial do McDonald's entraria em guerra com outro que também tivesse uma filial do "Méqui". Em “O Fim da História”, Francis Fukuyama disse que “chegamos ao fim da evolução ideológica da Humanidade e à universalização da democracia liberal ocidental como a forma definitiva de governo humano”.

O Ocidente se pôs a provar essas teses questionáveis adotando o que pode ser chamado de “política externa de avestruz”: uma disposição em deixar as questões de segurança em segundo plano, buscando alegremente objetivos utópicos.

A Alemanha passou décadas se transformando num país cada vez mais dependente do gás e petróleo russos, ao mesmo tempo em que tentava realizar o sonho da energia verde e reduzia seu orçamento militar para uma porcentagem mínimo do PIB. A França agiu da mesma forma. E também o Reino Unido.

O Ocidente investiu em mais interdependência econômica, por meio do Fundo Monetário Internacional e da Organização Mundial do Comércio, mais diplomacia em Davos e na ONU. E o mais importante: o Ocidente investiu em sua própria indisposição em reconhecer a realidade.

Em 2012, quando Mitt Romney cometeu o erro básico de lembrar aos norte-americanos que a Rússia era um adversário geopolítico, o presidente Barack Obama zombou dele. Assim como a imprensa submissa a Obama. Disseram que Romney ainda estava nos anos 1980.

Quando concorrentes agressivos deixaram claro que não acatariam a visão ocidental de um grandioso futuro materialista combinado com um estatismo assistencialista — que eles acreditavam que suas histórias nacionais ainda estavam sendo escritas e que suas ambições territoriais milenares ainda estavam vivas — o Ocidente simplesmente optou por ignorar.

Quando a Rússia invadiu a Geórgia, em 2008, o Ocidente não fez nada. Quando a Rússia invadiu a Crimeia, em 2014, o Ocidente não fez nada. Quando a China ignorou o tratado com o Reino Unido e se apoderou de Hong Kong, em 2020, o Ocidente não fez nada. E, claro, o presidente Joe Biden retirou precocemente o apoio norte-americano ao regime afegão, entregando-o ao Talibã.

O Ocidente decidiu que criaria um mundo sem guerras simplesmente deixando de travar guerras. Agora, porém, o Ocidente está descobrindo que a guerra é um jogo que exige dois jogadores. O presidente russo Vladimir Putin percebeu a fraqueza ocidental como um estímulo para sua grandiosa jogada estratégica: a destruição e ocupação da Ucrânia.

E o Ocidente ficou surpreso com a realidade: sim, os adversários da hegemonia norte-americana são territorialmente ambiciosos. Sim, eles querem mais do que apenas a entrada no mercado mundial. Sim, eles estão dispostos a matar e a invadir para alcançar seus objetivos. O tempo e a tecnologia podem ter mudado, mas a natureza humana continua a mesma.

Como escreveu em 1940 George Orwell sobre a ascensão nazista, “quase todo o Ocidente e praticamente toda a intelectualidade ‘progressista’ pensavam que os seres humanos não queriam nada além da vida fácil, da segurança e de uma existência sem sofrimento. (...) Hitler, com sua mentalidade isenta de alegria, sente isso com uma força excepcional e sabe que os seres humanos não querem apenas conforto, segurança, menos horas de trabalho, higiene, controle de natalidade e bom-senso. Eles também querem, ao menos intermitentemente, lutar e se autossacrificar, sem falar nos tambores, bandeiras e demonstrações públicas de lealdade”.

O Ocidente se impôs e desafiou Hitler. Parece que o Ocidente novamente está despertando para desafiar a agressão russa. Só podemos esperar que o recém-descoberto compromisso ocidental a uma ideia antiga — a ideia de que a liberdade só pode ser garantida por meio da vontade ocidental e do poder militar — dure mais do que a invasão de Putin.

Do contrário, veremos a instauração de uma nova ordem mundial continuará em detrimento de um Ocidente que só agora está tirando a cabeça da areia.

*Ben Shapiro é apresentador do “Ben Shapiro Show" e editor emérito do “Daily Wire”.

Gazeta do Povo (PR)

O avanço da Rússia no território da Ucrânia

 



Uma semana após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as tropas continuam fazendo avanços significativos no país, mas até agora não conseguiram tomar a capital Kiev.

Aqui estão os últimos desenvolvimentos no oitavo dia da invasão:

-Forças russas assumiram o controle da cidade portuária de Kherson, no sul

-Há temores de vítimas em massa na cidade portuária de Mariupol

-Apesar do bombardeio pesado, Kharkiv permanece sob controle ucraniano

-Grandes explosões foram ouvidas em Kiev durante a noite, mas os números de vítimas não são claros

-A Rússia lançou seu ataque nas primeiras horas da última quinta-feira de três direções principais: norte, sul e leste.

Desde então, tropas invadiram a Ucrânia e alvos em todo o país foram atingidos por ataques aéreos e ataques de artilharia.

A luta por Kiev

As tropas russas estão avançando em Kiev pelo norte, embora o progresso tenha diminuído nos últimos dias.

Na quinta-feira, o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) disse que um longo comboio de veículos militares russos que se dirigia para a capital havia sido paralisado por uma "firme resistência ucraniana, avaria mecânica e congestionamento".

No entanto, Kiev enfrentou vários ataques aéreos e grandes explosões foram ouvidas nas primeiras horas da manhã de quinta-feira.

O aeroporto de Hostomel tem sido palco de combates sangrentos e mudou de mãos várias vezes nos últimos dias, de acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).

As forças russas chegaram perto de Obolon, nos arredores de Kiev, na sexta-feira (25/2), e confrontos no noroeste de Kiev foram relatados no fim de semana.

Mas até agora tanques russos e veículos blindados não foram vistos na capital.

Ataques pelo norte

O avanço mais rápido em Kiev ocorreu pelo lado oeste do rio Dnieper via Chernobyl, com os russos assumindo o controle de uma grande área ao norte e oeste da capital.

O Ministério da Defesa disse na quinta-feira (3/3) que o corpo principal da grande coluna russa que avança sobre Kiev permanece a mais de 30 km do centro da cidade.

As tropas russas estão agora avançando sobre a capital pelo oeste e a ISW estima que a mais próxima dessas tropas está a cerca de 65 km (40 milhas) do centro de Kiev.

Elas também tentaram avançar sobre Chernihiv, a nordeste de Kiev, mas enfrentaram forte resistência e a cidade continua em mãos ucranianas.

Avanço pelo leste

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, enfrentou um intenso bombardeio aéreo nos últimos dias.

Na quarta-feira (2/03 ), o prefeito da cidade disse que o pesado bombardeio matou pelo menos 21 pessoas e feriu ao menos mais 100 outras.

Pára-quedistas russos foram vistos nos arredores da cidade, mas até agora os militares ucranianos conseguiram manter o controle.

Os bombardeios também continuaram em torno de Donetsk, que foi atacada por tropas a partir de Belgorod, no oeste da Rússia.

Acredita-se que existam cerca de 15 mil separatistas apoiados pela Rússia em Donetsk e Luhansk, que podem ajudar num avanço russo. A Ucrânia acredita que o número é maior.

As forças russas agora assumiram o controle da cidade portuária de Kherson - o primeiro grande município a cair.

O prefeito da cidade publicou uma mensagem no Facebook informando aos moradores que a bandeira ucraniana ainda tremula sobre a cidade, mas não havia mais forças ucranianas.

Enquanto isso, a cidade portuária de Mariupol continua sob ataque constante e seu prefeito alertou para uma catástrofe humanitária que se aprofunda na região.

Um porta-voz rebelde pró-Rússia disse na quinta-feira que eles lançariam "ataques direcionados" contra a cidade, a menos que as forças ucranianas se rendessem.

Um avanço de Mariupol para o leste criaria uma ponte de terra entre a Crimeia e o território controlado por separatistas pró-Rússia em Donetsk e Luhansk.

Nos dias que antecederam a invasão, a Rússia posicionou navios de desembarque capazes de transportar tanques de guerra, veículos blindados e de uso pessoal, ao longo da costa ucraniana no Mar Negro e no Mar de Azov.

Milhares fogem através pelas fronteiras

Desde o início da invasão, centenas de milhares de civis fugiram da Ucrânia, segundo as Nações Unidas.

A União Europeia estima que até 4 milhões de pessoas podem tentar deixar o país por causa da invasão russa.

Os refugiados estão cruzando as fronteiras para países vizinhos a oeste, como Polônia, Romênia, Eslováquia, Hungria e Moldávia.

Sobre estes mapas

Para indicar quais partes da Ucrânia estão sob controle das tropas russas, estamos usando avaliações diárias publicadas pelo Instituto para o Estudo da Guerra com o Projeto de Ameaças Críticas do American Enterprise Institute.

A partir de 2 de março, esta avaliação diária passou a diferenciar "território ucraniano controlado pelos russos identificados" e "avanços russos identificados na Ucrânia", este último indicando áreas de onde acreditam que os russos tenham lançado ataques, mas que não controlam.

Para mostrar as principais áreas onde os avanços estão ocorrendo, também estamos usando atualizações diárias do Ministério da Defesa do Reino Unido e da pesquisa da BBC. Para mostrar locais onde ocorreram ataques ou explosões, estamos usando relatórios verificados pela BBC.

A situação na Ucrânia está mudando rapidamente e é provável que haja momentos em que haja mudanças não refletidas nos mapas.

BBC Brasil

Há três cenários para o fim da guerra




A guerra pode ser o acontecimento mais transformador na Europa desde 1945

Por Thomas L. Friedman (foto)

A batalha pela Ucrânia pode ser o acontecimento mais transformador na Europa desde a 2.ª Guerra e a confrontação mais perigosa para o mundo desde a Crise dos Mísseis em Cuba. Vejo três cenários possíveis para o fim desta história: um “desastre total”, “concessões sujas” e a “salvação”.

O cenário de desastre é o que se desenrola neste momento. A não ser que Vladimir Putin mude de ideia ou seja dissuadido, ele parece disposto a matar quantas pessoas for necessário, obliterar a Ucrânia enquanto Estado e cultura independentes e erradicar sua liderança. Esse cenário poderia ocasionar crimes de guerra numa escala não vista na Europa desde os nazistas – crimes que tornariam Putin, seus comparsas e a Rússia párias globais.

O mundo conectado e globalizado jamais teve de lidar com um líder acusado desse nível de crimes de guerra, cujo país detém um território que perpassa 11 fusos horários, é um dos maiores produtores mundiais de petróleo e gás natural e possui um arsenal de ogivas nucleares maior do que qualquer outra nação.

A cada dia que Putin se recusa a parar nos aproximamos mais dos portões do inferno. A cada vídeo de TikTok e imagem de celular que exibe sua brutalidade, fica cada vez mais difícil para o mundo ignorar o que está acontecendo. Mas interferir arrisca detonar a primeira guerra na Europa envolvendo armas nucleares. E deixar Putin reduzir Kiev a cinzas – como ele fez com Alepo e Grozny – permitiria a ele criar um Afeganistão europeu, transbordando refugiados e caos.

Putin não tem capacidade de instaurar um fantoche na Ucrânia e deixá-lo por lá. Ele enfrentaria uma insurreição permanente. Então, a Rússia precisa estacionar milhares de soldados na Ucrânia para controlar o país – e os ucranianos vão atirar neles todos os dias. É assustador perceber o pouco que Putin pensou sobre como essa guerra vai acabar.

Gostaria que Putin estivesse motivado apenas pelo desejo de manter a Ucrânia fora da Otan, mas seu apetite cresceu para muito além disso. Ele se aferrou ao pensamento mágico. Como disse Fiona Hill, uma das principais especialistas em Rússia dos EUA, ele crê em algo chamado “Mundo Russo”: acredita que ucranianos e russos sejam “um só povo” e considera sua missão arquitetar “o reagrupamento de todos os russófonos, de todos os lugares, que em algum ponto pertenceram ao império czarista”.

Para concretizar essa visão, Putin acredita que é seu direito e dever desafiar um sistema com base em regras, em que os objetivos não são alcançados pela força. E, se os EUA e seus aliados tentarem impedi-lo, ele sinaliza que está pronto para cometer mais loucuras do que todos nós.

Ou, como Putin alertou, antes de colocar suas forças nucleares em alerta máximo, qualquer um que impeça seu caminho deve estar pronto para enfrentar “consequências jamais vistas”. Adicionando a isso o crescente relato que coloca em dúvida a sanidade de Putin, temos um coquetel assustador.

O segundo cenário é que, de alguma maneira, os militares e o povo da Ucrânia sejam capazes de resistir à blitzkrieg – e as sanções econômicas comecem a afetar a economia de Putin, para que ambos os lados se sintam compelidos a aceitar concessões sujas.

Em troca de um cessar-fogo e da retirada das tropas russas, os enclaves no leste da Ucrânia, atualmente sob controle russo, poderiam ser cedidos formalmente à Rússia, enquanto a Ucrânia se comprometeria a jamais aderir à Otan. Ao mesmo tempo, os EUA e seus aliados concordariam em suspender todas as sanções impostas recentemente.

Esse cenário é improvável, porque requereria que Putin admitisse que foi incapaz de concretizar sua visão de reabsorção da Ucrânia, depois de pagar um enorme preço em sua economia e com as vidas de soldados russos. Além disso, a Ucrânia teria de ceder parte de seu território e aceitar a condição permanente de uma terra de ninguém entre a Rússia e a Europa – apesar de manter nominalmente sua independência. Isso também requereria que todos ignorassem a lição já aprendida de que Putin jamais deixará a Ucrânia em paz.

Finalmente, o cenário menos provável, mas o melhor desfecho: que o povo russo demonstre bravura e comprometimento com a própria liberdade e opere a salvação depondo Putin. Muitos russos devem estar começando a se preocupar com a possibilidade de que, enquanto Putin for seu líder, eles não terão futuro.

Milhares estão tomando as ruas para protestar contra a guerra, arriscando a própria segurança. E, apesar de ser cedo para afirmar, sua reação faz a gente imaginar que a barreira do medo pode estar sendo rompida, e um movimento de massa poderia acabar com o reinado de Putin. Mesmo para os russos que estão quietos, a vida foi subitamente perturbada.

E há ainda a nova “taxa Putin” que cada russo terá de pagar indefinidamente pelo prazer de tê-lo como presidente. Estou falando dos efeitos das sanções. Na segunda-feira, o Banco Central da Rússia teve de fechar o mercado de ações para evitar um derretimento e foi forçado a elevar sua taxa básica de juro de 9,5% para 20%, para estimular as pessoas a manterem seus rublos. Mesmo assim, o valor do rublo caiu 30% em relação ao dólar – 1 rublo vale agora menos de US$ 0,01.

Por todas essas razões, tenho esperança de que neste exato momento alguns comandantes militares e graduados oficiais de inteligência russos próximos a Putin estejam se reunindo a portas fechadas no Kremlin e expressando o que devem estar pensando. Ou Putin perdeu a mão enquanto estrategista durante seu isolamento na pandemia ou está em negação sobre quão erroneamente calculou a força dos ucranianos, dos EUA, de seus aliados e da sociedade civil global como um todo.

Se Putin levar adiante a destruição das maiores cidades da Ucrânia, ele e todos os seus comparsas nunca mais verão os apartamentos que compraram em Londres e Nova York com as riquezas que roubaram. Não haverá mais Davos nem St. Moritz. Em vez disso, eles ficarão trancados em sua grande prisão chamada Rússia – livres para viajar apenas para Síria, Crimeia, Belarus, Coreia do Norte e China, talvez. Seus filhos serão expulsos de internatos, da Suíça a Oxford.

Ou eles colaboram para depor Putin ou todos compartilharão a mesma cela. O mesmo vale para a população. Imagino que este último cenário seja o mais improvável de todos, mas é o que atende melhor à promessa de alcançar o sonho que sonhamos quando o Muro de Berlim caiu, em 1989 – de uma Europa livre, das ilhas britânicas a Vladivostok.

O Estado de São Paulo

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