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domingo, junho 13, 2021

Lula compara máscara a cabresto, mas diz que usa para se diferenciar de 'genocida'


por Catia Seabra | Folhapress

Lula compara máscara a cabresto, mas diz que usa para se diferenciar de 'genocida'
Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou, neste sábado (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de estar corrompendo ideologicamente militares com cargos em seu governo. No Rio de Janeiro, o petista também comparou a máscara a um cabresto, mas, defendendo as medidas de prevenção à Covid-19, disse que a usa para se diferenciar de Bolsonaro, a quem chamou de genocida.

 

Em reunião com líderes comunitários, o ex-presidente relatou dificuldades de falar com a máscara. A uma plateia de cerca de 40 pessoas, todos de máscara, Lula disse que poderia parecer "bravo". Mas justificou-se: "Não consigo falar com a máscara. Na verdade, a máscara é um cabresto. Estou com um cabresto aqui. Mas eu uso ela e falo mesmo incomodado para mostrar a diferença nossa do genocida que governa este país", discursou, referindo-se ao arreio utilizado para controle da marcha de animais.

 

O petista disse ainda que, com o uso da máscara, pretendia reforçar a necessidade das medidas de combate à pandemia no Brasil. Embora estivesse em uma sala ventilada, de portas e grandes janelas abertas e com distanciamento entre os presentes, Lula admitiu que ali havia gente demais.

 

"Temos que evitar concentrações. Acho que tem até gente demais aqui. Mas não tem como também...", reconheceu.

 

Afirmando que o governo adota práticas antidemocráticas, Lula disse que o presidente desautorizou as Forças Armadas ao interceder para que o ex-ministro Eduardo Pazuello não fosse punido após participar de manifestação ao lado de Bolsonaro, no Rio. O regulamento disciplinar do Exército proíbe a manifestação de natureza político-partidária de militares da ativa. General da ativa, Pazuello esteve no ato no último dia 23 e, sem máscara, subiu no carro de som ao lado do presidente.

 

Segundo Lula, "levar o Pazuello para dentro do armário dele, para escondê-lo de uma punição das Forças Armadas, é uma afronta grave que o presidente da República não poderia fazer". Lula lamentou o que chamou de deformação do uso das Forças Armadas.

 

"Bolsonaro está corrompendo ideologicamente os militares, enchendo de militares dentro do Palácio, coisa que não precisa", afirmou o petista.

 

Na opinião do ex-presidente, Bolsonaro quer criar um Estado militarizado. Por isso, diz o petista, Bolsonaro ampliou o acesso às armas.

 

"O Bolsonaro nunca se preparou para ser presidente deste país. Ele não tinha dimensão do tamanho do cargo. Ele quer criar um aparato próprio. Ele não quer um partido político onde possa debater democraticamente. Ele fomenta diariamente os milicianos dele. É triste para o Brasil, é perigoso para o país", afirmou Lula, em entrevista concedida após o encontro com parlamentares e líderes comunitários.

 

No fim da tarde, o ex-presidente se reuniu com artistas no mesmo hotel da zona sul carioca. Desde quinta-feira (10) no Rio, Lula cumpriu uma agenda que incluiu encontros com o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) e o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), além de um almoço com o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM).

 

Apesar de afirmar que ainda não se decidiu sobre uma candidatura à Presidência em 2022, Lula se disse disposto para a luta.

 

"Se decidir, quando for tempo certo, pela candidatura, quero dizer para vocês: vou ser candidato, derrubar o Bolsonaro, ganhar as eleições dele. Ele pode até correr para não passar a faixa. Quem vai colocar a faixa é o povo brasileiro".

 

Na passagem pelo Rio, Lula se reuniu com ex-pedetistas, antigos correligionários do ex-governador Leonel Brizola. Em conversas, lamentou o distanciamento do ex-ministro Ciro Gomes, potencial candidato do PDT à Presidência.

 

Perguntado em entrevista se esperava uma reaproximação, Lula disse que, apesar das críticas desferidas pelo ex-ministro, tem respeito e admiração por Ciro. "Jamais trataremos o PDT como inimigo", afirmou.

Bahia Notícias

Ataques de Ciro a Lula incomodam alas do PDT como estratégia inútil e de risco para eleições


por Joelmir Tavares e João Pedro Pitombo | Folhapress

Ataques de Ciro a Lula incomodam alas do PDT como estratégia inútil e de risco para eleições
Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

"Um politiqueiro" que "está completamente antiquado", fez um governo que "deu pouco aos pobres e muito aos ricos", é "o maior corruptor da história moderna brasileira", "não está nem um pingo preocupado com a sorte do Brasil" e ainda "é o responsável pela tragédia do desastrado Bolsonaro".
 

Essa é a descrição do ex-presidente Lula (PT) em palavras ditas nos últimos meses pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que se prepara para sua quarta candidatura à Presidência da República e, apostando na disputa em 2022 contra o ex-aliado, escolheu como estratégia atacá-lo.
 

A insatisfação de alas do PDT com a postura, no entanto, deixou os bastidores e começou a vir a público, com queixas de que a beligerância pode tirar de Ciro votos na esquerda, tem efeito limitado na tentativa de representar a terceira via e ainda prejudica a montagem de palanques locais da sigla.
 

Rompido com o presidenciável e a cúpula do partido, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) expressou, em entrevista à Folha de S.Paulo no mês passado, o descontentamento que ele diz se repetir em várias instâncias. "Ciro tem que criticar [Jair] Bolsonaro e parar de atacar Lula", afirmou.
 

Segundo a coluna Painel, da Folha, aliados do ex-ministro intensificaram esforços para convencê-lo a mudar a mira de suas armas para o atual ocupante do Planalto, mas o pré-candidato ainda se opõe à alteração, que contaria com a simpatia do publicitário João Santana, ex-marqueteiro de Lula e hoje auxiliar de Ciro.
 

De acordo com pesquisa Datafolha de maio, o pedetista tem 6% de intenções de voto no primeiro turno, em um cenário liderado por Lula (41%), seguido por Bolsonaro (23%).
 

Após mais uma rodada de alfinetadas do rival, o ex-presidente respondeu há alguns dias que não fará "jogo rasteiro", confirmando a orientação do PT de ignorar os ataques. Correligionários de Ciro defendem que ele faça uma trégua e se reaproxime do petismo em nome de unidade na esquerda.
 

Um dos principais focos de resistência ao discurso crítico a Lula está no Nordeste, onde o ex-presidente possui popularidade mais alta que nas demais regiões do país. Membros dos diretórios do PDT em Pernambuco, no Maranhão, na Paraíba e em Sergipe se opõem às provocações.
 

No Maranhão, por exemplo, o senador Weverton Rocha (PDT) é pré-candidato ao governo do estado e trabalha para ter os apoios de Lula e do governador Flávio Dino (PC do B).
 

Ele disputa a indicação como candidato da base governista com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e já conseguiu o aval de seis partidos aliados ao governador para a empreitada.
 

Também tem buscado reforçar as pontes com os petistas. Há cerca de um mês, esteve em Brasília em um jantar com Lula, que sinalizou um possível apoio do PT à sua candidatura.
 

À Folha Weverton afirma que setores do PDT têm "passado do ponto" nas críticas ao ex-presidente e diz apostar em um armistício entre Lula e Ciro até as eleições do próximo ano.
 

"É claro que cada um tem seu estilo. Mas acredito que vai chegar o momento de parar para pensar e, no final, os dois vão acabar chegando a um entendimento. Serei uma das pontes para ajudar nisso", afirma.
 

De acordo com o senador, mesmo que PDT e PT tenham seus candidatos próprios ao Planalto, os dois partidos devem mirar no principal adversário, que é Bolsonaro (sem partido): "Por mais que haja diferenças, a hora é de união".
 

A dureza do discurso de Ciro também começa a deixar marcas no cenário político de seu estado natal, o Ceará. Encerrando um ciclo de oito anos à frente do governo local, Camilo Santana (PT) tende a apoiar um nome do PDT para a sua sucessão.
 

A intenção, contudo, esbarra no próprio PT. Diante do acirramento imposto por Ciro, grupos ligados aos deputados federais Luizianne Lins e José Airton Cirilo, ambos do PT, defendem uma candidatura ao governo que garanta um palanque fiel a Lula no Ceará.
 

"Essa agressividade verbal de Ciro com o PT não é de agora. Por isso, defendemos a construção de um palanque para Lula e vamos brigar nas instâncias do partido para isso", afirma José Airton.
 

Em caso de candidatura própria do PT, uma das opções seria o próprio José Airton, que já concorreu ao governo cearense em 1998 e 2002, sendo derrotado nas duas oportunidades.
 

Outra alternativa seria apoiar o ex-senador Eunício Oliveira (MDB), que em abril se encontrou com Lula em Brasília e anunciou publicamente apoio ao ex-presidente. Eunício é adversário ferrenho de Ciro desde 2014.
 

No Sudeste, a estratégia do pré-candidato do PDT já foi questionada por filiados como o ex-deputado federal Miro Teixeira (RJ) e o vice-presidente municipal do partido em São Paulo, Gabriel Cassiano, ligado ao movimento de juventude e entusiasta do projeto político de Ciro.
 

Miro, que retornou à legenda após oito anos para ajudar a coordenar a pré-campanha do presidenciável, chegou a declarar publicamente discordar do que qualificou como "linha radical contra Lula", mas amenizou o tom e diz à Folha que compreende a conduta do correligionário.
 

"Eu não a teria, mas passei a entender por que ele a tem", afirma, elogiando o "padrão de autenticidade" do presidenciável. "É uma postura que ele adotou. Se isso dá certo, eu não sei dizer."
 

Na avaliação do ex-parlamentar, Ciro optou por centrar suas críticas em Lula e em Bolsonaro ao mesmo tempo para evitar ser visto como alguém que não é competitivo. "Ele bate nos dois. Está na postura de ser a primeira via. Ele não se apresenta como cauda de cometa, mas como um candidato preferencial."
 

Cassiano foi às redes sociais no mês passado endossar a posição de Gadêlha e o direito do pernambucano "de fazer críticas construtivas a Ciro e discordar do rumo político que tem tomado".
 

"Eu mesmo, como árduo cirista, até mais que trabalhista, tenho visto com ceticismo e baixa vantagem Ciro criticar, com razão, mas sem muita dosagem, os erros do PT e do ex-presidente Lula", escreveu o dirigente da sigla, que não enxerga na estratégia nenhum benefício para a campanha.
 

Cassiano, que foi candidato a deputado estadual em 2018 e a vereador em 2020, afirmou à Folha divergir da eficácia da tática de explorar o antipetismo para atrair bolsonaristas arrependidos. "Ele pensa que consegue ir para o segundo turno contra o Lula. Só que acho que essa equação não funciona."
 

"O Bolsonaro tem um eleitorado muito consolidado, e o Lula também. É muito difícil uma terceira via alcançar votos suficientes para ultrapassar um dos dois. Acho uma estratégia equivocada. Este momento deveria ser de concentração de forças para a unidade do campo da esquerda popular."
 

Favorável a uma aliança de Ciro com o PT, Cassiano colhe assinaturas em uma carta para ser levada ao pedetista pregando a conciliação entre as partes. "Para mim, a única forma de o Ciro chegar à Presidência no futuro é fazer um acordo político com o PT. Ele pode ser o vice."
 

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, tem minimizado as pressões internas e dito que são manifestações isoladas. Alinhado ao pré-candidato, Lupi também acredita que Bolsonaro possa ficar fora do segundo turno, o que justificaria as "críticas substantivas" de Ciro a Lula.
 

Ciro iniciou com mais ênfase o movimento de afastamento do PT na eleição de 2018, ao não embarcar na campanha de Fernando Haddad no segundo turno, que teve Bolsonaro como vencedor. Naquele pleito, o pedetista terminou em terceiro lugar, com 13 milhões de votos (12% dos válidos).
 

Mesmo com as críticas domésticas à sua postura e as possíveis arestas na construção de palanques regionais, Ciro disse na quinta-feira (10) que se sente responsável por "falar a verdade para a população brasileira" e que deve manter o tom das críticas a Lula.
 

"Vou arcar com as responsabilidades e consequências da minha posição. Eu ajudei o Lula, pouca gente ajudou o Lula como eu ajudei. Eu tenho uma certa coerência. Mas o Lula infelizmente não tem mais energia, não tem mais nenhuma novidade, o Lula está tomado de ódio", afirmou à Folha.

Bahia Notícias

Parlamento de Israel confirma nova coalizão de governo e tira Netanyahu do poder

Parlamento de Israel confirma nova coalizão de governo e tira Netanyahu do poder
Foto: Walterson Rosa / Folhapress

O parlamento de Israel, chamado de Knesset, ratificou, neste domingo (13), uma ampla coalizão de mudança que derrubou o premiê Benjamin Netanyahu, que governava o país há 12 anos. As informações são do portal G1.

 

Os parlamentares se reuniram em uma sessão especial para que o líder da oposição, o centrista Yair Lapid, e o chefe da direita radical Naftali Bennett apresentassem a equipe do novo governo, que em seguida foi aprovada em votação. Bennet é o novo premiê, e será empossado como tal ainda neste domingo.

 

A coalizão é bastante heterogênea, pois inclui dois partidos de esquerda; dois partidos de centro; três partidos de direita; e um partido árabe, pela primeira vez num governo de Israel. A frente foi formada com o principal objetivo de remover Netanyahu e conseguiu uma apertada maioria necessária: 60 votos a favor, 59 votos contra e uma abstenção.

 

Netanyahu, que foi chefe de governo de 1996 a 1999 e depois de 2009 a 2021, tem 71 anos e está sendo julgado há um ano por suspeita de corrupção.

Bahia Notícias

Luís Eduardo Magalhães: Polícia Militar interrompe festa irregular e conduz 34 pessoas


Luís Eduardo Magalhães: Polícia Militar interrompe festa irregular e conduz 34 pessoas
Foto: Divulgação / SSP-BA

Guarnições da 85ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/LEM) encerraram uma festa irregular, na madrugada deste domingo (13), e conduziram 34 pessoas envolvidas na organização do evento para a delegacia.

 

Denúncias anônimas levaram os policiais até um imóvel na rua S1, no Parque São José, periferia da cidade, onde a aglomeração irregular ocorria.

 

De acordo com o comandante da unidade, major Cristiano Silva Mendes Gouveia, a festa foi promovida por um homem com passagens por tráfico de drogas. "Tínhamos a informação que ele vem promovendo eventos e fomos verificar", contou. O oficial revelou ainda que o imóvel também vem sendo alugado para eventos irregulares.

 

Além do organizador, outras 34 pessoas, entre elas adolescentes, foram encaminhadas ao Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) da cidade. O proprietário da casa ainda não foi identificado.

Bahia Notícias

Diálogos de inquérito da PF comprovam que o governo privilegiou sua ‘mídia aliada’

Publicado em 13 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

O ex-secretário de comunicação Fabio Wajngarten e o blogueiro Allan dos Santos Foto: Arquivo O Globo

Diálogos entre Wajngartes e Allan revelaram o esquema

Leandro Prazeres, Mariana Muniz e Paula Ferreira
O Globo

Mensagens de WhatsApp colhidas pela Polícia Federal ao longo do inquérito dos atos antidemocráticos revelam que Fabio Wajngarten, então chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Bolsonaro, defendeu a liberação de verba publicitária da Caixa Econômica Federal para veículos de comunicação classificados por ele como “mídia aliada”.

Segundo relatório da PF, em abril de 2019 Wajngarten assumiu o comando da Secom e se aproximou do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do site Terça Livre e amigo dos filhos do presidente.

FALSA APRESENTAÇÃO –  Naquela ocasião, Wajngarten se apresentou para Allan dos Santos dizendo ser um empresário de mídia “muito” próximo de executivos de emissoras de TV. Afirmou ainda que poderia aproximar o blogueiro desses veículos e que, naquela semana, já havia promovido encontros de parlamentares com a cúpula do SBT, da Band e que iria se encontrar com “bispos da Record”.

No diálogo, Wajngarten demonstrou preocupação com o atraso no pagamento de verbas de publicidade a quem classifica como “aliados”. Ele diz ter sido informado que a “Caixa”, em provável referência à Caixa Econômica Federal, estaria “devendo dinheiro” à Band e “RTV” (possível citação à Rede TV!), conforme demonstra o diálogo a seguir:

Fabio Wajngarten: “Caixa devendo dinheiro pra BAND, RTV”.

Allan dos Santos: “E como foi?”

 

Fabio Wanjgarten: “Os aliados estão furiosos”. “General sentou em cima e não paga nenhuma nota passada”. “Provocando iminentes tumores”

Allan dos Santos: “Desnecessário”

Fabio Wajngarten: “Totalmente desnecessário”.

O relatório da PF não identifica o “general” citado por Wajngarten, mas, à época das mensagens, a Secom era vinculada à Secretaria de Governo, chefiada pelo general Carlos Alberto Santos Cruz. O militar foi alvo de ataques de bolsonaristas e acabou sendo demitido pelo presidente.

RELAÇÃO COM A BAND – Wajngarten relatou que tentou aproximar Bolsonaro da cúpula da Band — e chegou até a fazer uma ligação por meio de videoconferência entre o presidente e Johnny Saad, dono do Grupo Bandeirantes, e Paulo Saad, vice-presidente da emissora.

Em seguida, Allan dos Santos avalia a Wajngarten que era preciso trazer “esses caras” para perto do governo, com o que o então chefe da Secom concordou, conforme demonstra o diálogo:

Allan dos Santos: “É preciso trazer esses caras pra perto, não afastá-los”.

Fabio Wajngarten: “Na hora convidei-os”. “Obvio”. “Ninguém está vendo”

BATER SEM PARAR – Em outro momento do diálogo, Allan dos Santos compartilhou um link de uma notícia sobre a decisão do Ministério Público que atua perante o Tribunal de Contas da União (TCU) de pedir à Corte que obrigue a Secom a distribuir verbas publicitárias do governo com base em critérios técnicos.

Naquele momento, em janeiro de 2020, o jornal Folha de S. Paulo revelara que Wajngarten mantinha contratos, por meio de sua empresa FW Comunicação e Marketing, com as emissoras Record e Band, que recebiam recursos da Secom.

Contrariado, Wajngarten respondeu: “Eles querem o retorno de 80% para a Globo. Vergonhoso”. Na sequência, o blogueiro bolsonarista sugeriu: “Bora bater sem parar”. O então chefe da Secom agradeceu.

CONTRAINFORMAÇÃO – Parte dessa estratégia da Secom de retaliar os que não são considerados “mídia aliada” envolvia um canal de contato com bolsonaristas no qual foi discutida até uma proposta de criação de um departamento de contrainformação.

Segundo as mensagens analisadas pela PF, Wajngarten criou um grupo de WhatsApp chamado “Mídia Pensante — SECOM” e adicionou Allan dos Santos. Um dos integrantes chegou a sugerir em uma mensagem:

“Fabio (Wajngarten), aquela ideia de comunicação estratégica e contrainformação. Na minha opinião, você deve criar um departamento para isso. Você já até concordou com a ideia. Vamos implementá-la?”. Wajngarten, sem titubear, respondeu: “Vamos implementar”.

SECRETARIA DE RADIODIFUSÃO – Em outra mensagem, enviada por Allan dos Santos a um contato chamado por ele de “Eduardo”, em provável referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, ele diz: “Precisamos da Secom para implementar uma ação que desenhamos aqui”, afirma o blogueiro, que sugeriu a indicação de uma pessoa para assumir a Secretaria de Radiodifusão. “Seu pai disse que sim”, alertou Allan dos Santos.

Nessa mesma mensagem, Eduardo diz que tem o contato de Douglas Tavolaro, ex-executivo das emissoras Record e CNN. “O Douglas diz que a linha será da Record, que o que vem dos EUA é só o nome CNN”, afirma o filho do presidente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Essas armações não dão certo. Hoje, a CNN bate sem parar em Bolsonaro. (C.N.)


Sonhar não é proibido! Bolsonaro quer eleger Pazuello como senador ou deputado em 2022

Publicado em 13 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

O general Eduardo Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro em ato no Rio

Pazuello não leva jeito, mas Jair Bolsonaro faz questão

Bela Megale
O Globo

Com a possibilidade de o general Eduardo Pazuello ir para a reserva militar após o fim da CPI da Covid, Bolsonaro já planeja o futuro do general na política. O presidente tem repetido a aliados e ao próprio Pazuello que o quer no Congresso Nacional como senador ou deputado federal.

Pazuello afirma que não tem interesse numa carreira na política, mas admite a interlocutores que pode “assumir a missão” para colaborar com o presidente.

NO CONGRESSO – Nas conversas que teve com o ex-ministro da Saúde sobre o tema, Bolsonaro enfatizou que quer tê-lo como base do governo no Congresso, e não em eventuais disputas por governos estaduais.

Hoje, a ideia que mais agrada o ex-ministro da Saúde é concorrer ao cargo de senador pelo Rio de Janeiro. Também é discutida a possibilidade de o general disputar uma vaga no Congresso por Roraima ou Amazonas, Estados onde atuou na sua carreira militar. Se a empreitada evoluir, Pazuello deve se filiar ao mesmo partido de Bolsonaro para concorrer à eleição de 2022. A escolha dessa legenda ainda está em aberto.

Na semana passada, o Exército decidiu não punir Pazuello por ter participado de um ato com Bolsonaro no Rio. O arquivamento do caso aconteceu depois do presidente pressionar a Força para arquivar o procedimento.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como em 2022 cada Estado elege apenas um senador, dificilmente o general Pazuello conseguirá a vitória. Se disputar para deputado federal e Bolsonaro apoiar concretamente a candidatura, Pazuello terá mais chances de se eleger. O resto é delírio. (C.N.)


Alterar prazo de validade de testes e vacinas contra Covid-19 é caso de Polícia

Publicado em 13 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

vacina para coronavirus oxford chinesa

Ilustração: Edson Lovatto (Arquivo Google)

Jorge Béja

Pode até ser seguro. Ser eficaz e nenhum dano causar. Mas que dá para desconfiar, isso dá. E como dá! Vem aí — ou já estão aí — vacinas e testes contra a Covid-19 com prazo de validade perto de vencer ou já vencido.

Mesmo assim tudo será utilizado. Isto porque os laboratórios e/ou as agências reguladoras, do Brasil e mesmo do exterior, deram autorização para a “esticagem” do prazo de validade impresso e estampado no produto.

MENTIROSOS OU NÃO – Das duas, uma. Ou os prazos de validade impressos em rótulos, frascos e embalagens de medicamentos são mentirosos, ou são verdadeiros. Se são mentirosos, é caso de polícia.

Se são verdadeiros e os laboratórios e agências reguladores esticam sua validade, também é caso de polícia. Isto porque não se admite contornar, esticar, aumentar, alterar enfim, prazo de validade impresso em produto, comestível e medicamentoso.

Além da razão humana não aceitar esse “jeitinho” de dar como válido para o consumo o que o próprio fabricante informa não ser mais válido por causa do prazo ultrapassado, a lei também não aceita tal manobra.

DIZ A LEI – Vamos ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CODECON). Determina o artigo 31: “A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores“.

Este dispositivo legal vigente no Brasil não pode ser descartado. E não existe no próprio CODECON, nem em outra legislação nacional, permissão para que o prazo de validade estampado em qualquer produto posto à venda seja desrespeitado. E quando este produto é alimentício ou medicamentoso, muito maior rigor e fiscalização é preciso da parte do poder público e do comércio em geral.

Quando o fabricante de um medicamento, mais ainda de um teste e de uma vacina contra a Covid-19, estampa o prazo de validade, este prazo não pode depois ser alterado por portaria, por outro qualquer ato administrativo, por lei, nem pelo próprio fabricante. É inadmissível raciocínio contrário. É inadmissível e inexistente qualquer justificativa, porque não se pode justificar o injustificável.


Nota da redação deste Blog - Pois é quando a esmola é muita, o santo desconfia.

China se preocupa com a piora rápida dos infectados com a variante indiana Delta


Variante delta é 40% mais contagiosa, diz ministro britânico

Governo britânico diz que variante Delta é mais contagiosa

Deu no New York Times
Estadão

A China está enfrentando uma nova onda de infecções pelo coronavírus e, à medida que a variante Delta se espalha no sudeste do país, os médicos dizem que estão descobrindo que os sintomas são diferentes e mais perigosos do que aqueles que viram quando a versão inicial do vírus começou a se espalhar no final de 2019 na cidade central de Wuhan.

Os pacientes estão ficando mais doentes e suas condições estão piorando muito mais rapidamente, disseram os médicos à televisão estatal. Nos casos sintomáticos, as concentrações de vírus detectadas em seus corpos aumentam para níveis mais altos do que os vistos anteriormente e, em seguida, diminuem lentamente, disseram os médicos.

Até 12% dos pacientes ficam gravemente ou criticamente doentes dentro de três a quatro dias do início dos sintomas, disse Guan Xiangdong, diretor de medicina intensiva da Universidade Sun Yat-sen na cidade de Guangzhou, onde o surto foi centrado. No passado, a proporção era de 2% ou 3%, embora ocasionalmente chegasse a 10%, disse ele.

EM OUTROS PAÍSES – Médicos no Reino Unido e no Brasil relataram tendências semelhantes com as variantes que circularam nesses países, mas a gravidade dessas variantes ainda não foi confirmada.

Identificada pela primeira vez na Índia, a Delta se tornou a variante dominante no Reino Unido, onde os médicos sugerem que é mais contagioso e pode infectar algumas pessoas que receberam apenas uma das duas doses de uma vacina contra a covid-19.

A propagação da Delta no sudeste da China concentra a atenção na eficácia das vacinas chinesas. As autoridades não indicaram quantas das infecções com a variante ocorreram em pessoas que já foram vacinadas. Em alguns outros países onde as vacinas chinesas são amplamente utilizadas, incluindo Seychelles e Mongólia, as infecções entre as pessoas vacinadas estão aumentando, embora poucos pacientes tenham desenvolvido doenças graves.

ISOLAMENTO – A cidade de Shenzhen teve um punhado de casos na semana passada da variante Alpha, que surgiu pela primeira vez no Reino Unido.

Guangzhou isolou e colocou em quarentena dezenas de milhares de moradores que estiveram em qualquer lugar perto dos infectados. Os testes e a quarentena parecem ter reduzido, mas não impedido o surto. A Comissão Nacional de Saúde informou que nove novos casos foram encontrados em Guangzhou nesta quinta-feira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É preciso destacar que a China é uma ditadura e a ordem de usar máscara e o isolamento são cumpridos à risca. Aqui no Brasil, que ainda não se tornou uma ditadura, é tudo às avessas e o candidato a ditador faz questão de bagunçar qualquer iniciativa de combater a pandemia. (C.N.)

 

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