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terça-feira, maio 11, 2021

Juíza "conselheira jurídica da família Bolsonaro" suspende inquérito que apura suspeita de propina a ex-presidente do STJ


Posted: 10 May 2021 01:17 PM PDT

Foto: Reprodução

Segundo o blog de Frederico Vasconcelos, da Folha, a juíza que deu a decisão, Maria do Carmo, é tida como conselheira jurídica da família Bolsonaro e faz parte de um grupo de magistrados e de outras pessoas influentes no Judiciário que tem como figura central Cesar Asfor Rocha.

Uma juíza federal do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), no Distrito Federal, suspendeu investigação que apurava suspeita de pagamento de propina ao ex-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha, aposentado em 2012.

O inquérito, originado na extinta Lava Jato de São Paulo, tinha como base a delação do ex-ministro Antonio Palocci e deu origem à Operação Appius, que teve a primeira fase deflagrada em novembro de 2019.

A Appius investigava suspeita de subornos a agentes públicos com o objetivo de suspender e posteriormente anular a Operação Castelo de Areia, considerada uma prévia da Lava Jato.

O então presidente do STJ Cesar Asfor Rocha deu a decisão que suspendeu, de forma liminar no recesso forense, a Castelo de Areia em janeiro de 2010. Mais tarde, a operação foi anulada pela 6ª Turma, da qual o ex-presidente não fazia parte. Ele sempre negou ter cometido irregularidades.

Em decisão do último dia 5, a juíza Maria do Carmo Cardoso atendeu parcialmente a um pedido da defesa de Asfor Rocha, por meio de habeas corpus, e suspendeu o inquérito sobre ele até que haja julgamento definitivo sobre sua validade.

A decisão do ministro aposentado sobre a Castelo de Areia em 2010, disse a magistrada, "apenas suspendeu o trâmite da ação penal até a apreciação final do órgão colegiado competente, o que ocorreu 16 dias depois".

"O fato de o inquérito policial possuir movimentações consistentes na tentativa de encontrar provas que liguem o paciente [Asfor Rocha] ao fato criminoso revela a ausência de indícios de autoria", afirma a juíza.

"Uma vez que não há conclusão sobre eventual dolo do paciente, deve o caso ser analisado com maior profundidade no instante do julgamento definitivo."

Procurada, a defesa de Asfor Rocha disse que não iria se manifestar sobre a decisão. Nos autos, os advogados Eduardo de Vilhena Toledo e Marlus Arns afirmam que a investigação é baseada somente "no vazio acordo de colaboração premiada firmado pelo réu confesso e condenado Antonio Palocci, quando estava preso" e que não há elementos que corroborem o que ele apontou.

Eles pedem arquivamento do procedimento em relação ao seu cliente e que o inquérito seja transferido de vara, para uma onde tramitam outras investigações relativas à delação de Palocci.

Por causa do escândalo da multiplicação do patrimônio, em 7 de junho de 2011, sob intensa pressão da oposição e de aliados da base governista, anunciou sua saída da Casa Civil. Na foto, cerimônia de posse da Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que entrou no lugar de Palocci. Alan Marques - 08.jun.2011/Folhapress/

Após a vitória da campanha de Dilma em 2010, assumiu o cargo de ministro da Casa Civil por indicação de Lula. Em 15 de maio de 2011, a Folha revelou que Palocci multiplicou o seu patrimônio por 20 entre os anos de 2006 e 2010, quando ainda era deputado federal. Segundo o blog de Frederico Vasconcelos, da Folha, a juíza que deu a decisão, Maria do Carmo, é tida como conselheira jurídica da família Bolsonaro e faz parte de um grupo de magistrados e de outras pessoas influentes no Judiciário que tem como figura central Cesar Asfor Rocha.

O inquérito que investigava o ministro aposentado já havia sido suspenso antes, à espera de decisão sobre qual tribunal seria competente para analisá-lo. O STJ acabou decidindo ano passado que os autos deviam sair de São Paulo e serem enviados ao DF.

Palocci fechou delação com a Polícia Federal em Curitiba em março de 2018. O acordo homologado pelo juiz federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Em 2017, a Folha revelou que Palocci afirmou que Cesar Asfor Rocha teria recebido suborno de pelo menos R$ 5 milhões da Camargo Corrêa para barrar a Castelo de Areia. O ex-presidente do STJ sempre negou as acusações.

A operação apurava crimes de fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro, dentre outros, praticados por representantes da Camargo Corrêa e agentes políticos, para obtenção de contratos públicos.

Palocci disse que o acerto com Asfor Rocha foi comandado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, morto em 2014, e incluía também a promessa de apoio para que o então magistrado fosse indicado para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) –o que acabou não acontecendo. O repasse para Asfor Rocha foi depositado numa conta no exterior, segundo Palocci.

A alegação dos advogados da Camargo Corrêa, acolhida pelo à época ministro Asfor Rocha, foi a de que as interceptações telefônicas da operação, principal base das investigações, tiveram origem apenas em uma denúncia anônima, o que seria ilegal.

Naquele ano, levantamento do STJ feito a pedido da Folha revelou que era inédita a decisão de Asfor Rocha. A apuração mostrou também que, antes e depois da concessão da liminar, ele decidiu pela validade de investigações iniciadas com denúncias anônimas.
Em março de 2011, o julgamento final sobre a legalidade da operação começou a ser feito pela 6ª Turma do STJ, da qual Asfor Rocha não fazia parte.

Na ocasião, a ministra relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, votou pela anulação da operação e o ministro Og Fernandes, pela regularidade das investigações da Polícia Federal. Porém, após o empate, o julgador Celso Limongi pediu vista e a apreciação da causa foi interrompida.

Asfor Rocha obteve aposentadoria do tribunal superior em setembro de 2012 e passou a exercer a advocacia. No mês seguinte, o caso foi retomado com voto de Limongi favorável à tese da Camargo Corrêa. O ministro Haroldo Rodrigues seguiu o mesmo entendimento e o resultado final foi de 3 a 1 pela ilegalidade dos grampos.

Quando a Appius foi deflagrada, o escritório de Cesar Asfor Rocha disse em nota que "Antonio Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma 'delação' foi recusada pelo Ministério Público Federal".

 Acesse a matéria completa, para assinantes, na Folha de São Paulo.

Blog da Noelia Brito

'Brasil virou cemitério e isso não ficará impune', diz Renan sobre CPI 'dar em nada'


por Mônica Bergamo | Folhapress

'Brasil virou cemitério e isso não ficará impune', diz Renan sobre CPI 'dar em nada'
Foto: Pedro Ladeira / Folhapress

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é o relator da CPI da Covid-19, diz que o governo e senadores que apoiam Jair Bolsonaro (sem partido) estão equivocados quando dizem que as investigações da comissão vão "dar em nada".
 

"Os fatos falam por si", afirma ele. "O Brasil virou o cemitério do mundo. O fato de terem transformado o Brasil nisso não ficará impune. Seria a desmoralização de todos nós da CPI", diz ele.
 

Nesta segunda (10), a colunista do UOL Thaís Oyama revelou que o Palácio do Planalto acredita que a CPI "não vai dar em nada" e que a população estaria desinteressada do assunto.
 

A revelação reforça informação publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no fim do mês de abril, de que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) tem afirmado a empresários e banqueiros que a CPI não dará em nada.
 

Em jantar em São Paulo com um grupo em que estavam representantes dos bancos Itaú, BTG e Bradesco, além de industriais, ele afirmou que, caso o relatório de Renan Calheiros seja contra o governo, os parlamentares da base de Jair Bolsonaro farão um documento alternativo, livrando o presidente de responsabilidade.
 

"Se houver provas sobre os morticínios, haverá, sim, responsabilização", diz Renan Calheiros. "A CPI não é uma briga de governo e oposição. Nem de grupos ideológicos. Ela quer mostrar a verdade. E vai mostrar o que aconteceu e o que fizeram para salvar, ou não salvar, vidas", afirma o Renan Calheiros.
 

Ele diz que a população está, sim, interessada nos trabalhos da comissão. E que pesquisas mostram "que é aprovada por 70% da população".
 

Calheiros afirma ainda que a CPI já está tendo impactos positivos, como a aceleração do governo em busca de vacinas.
 

A comissão já tomou os depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga.
 

Nesta semana, já estão marcados os depoimentos do ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten, que acusa o Ministério da Saúde de incompetente na compra de vacinas, e do ex-chanceler Ernesto Araújo.

Bahia Notícias

Senadores baianos acreditam em manutenção de LSN com 'mudanças de menor porte'


por Mauricio Leiro

Senadores baianos acreditam em manutenção de LSN com 'mudanças de menor porte'
Foto: Reprodução / Agência Senado

Após aprovação na Câmara dos Deputados da nova Lei de Segurança Nacional (LSN) (relembre aqui), os senadores baianos acreditam que a legislação será aprovada de acordo com o projeto enviado ao Senado com apenas "mudanças de menor porte" no texto. 

 

O senador Angelo Coronel (PSD) disse acreditar que o projeto estará no Senado até o final de maio. "Vamos debruçar. Não podemos admitir atos subversivos, não podemos permitir que pessoas abalem os atos constitucionais. Vamos ver se podemos emendar algo, ou votar como vem da Câmara", disse ao Bahia Notícias.

 

A lei propõe a revogação da legislação adotada durante a ditadura militar. Diante do uso recente da norma para enquadrar críticos ou aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a nova redação busca tratar de crimes contra o Estado Democrático de Direito.

 

Já o senador Otto Alencar (PSD) comentou ao BN que, possivelmente, os relatores devem ser ou Antonio Anastasia (PSD-MG) ou o senador Marcos Rogério (DEM-RO). "Aqui no Senado vamos analisar e manter as alterações na Câmara. É uma lei que deveria ser votada antes", disse. 

 

Procurado pelo Bahia Notícias, o senador Jaques Wagner (PT) disse que irá "ver o projeto para emitir opinião".

Bahia Notícias

Com investigação sobre morte de gestante após vacina de Oxford, Anvisa orienta suspensão

Com investigação sobre morte de gestante após vacina de Oxford, Anvisa orienta suspensão
Foto: Carlos Alberto Silva

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão imediata do uso da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford, em mulheres gestantes. A medida é concomitante à investigação feita pelo Ministério da Saúde sobre a morte de uma grávida após imunização com essa vacina.

 

À coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a pasta confirmou a investigação. "O Ministério da Saúde informa que foi notificado pelas secretarias de Saúde Municipal e Estadual do Rio de Janeiro e investiga o caso. Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19. Neste momento, a pasta recomenda a manutenção da vacinação de gestantes, mas reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades", respondeu a pasta.

 

A coluna questionou ainda sobre um segundo caso, que teria ocorrido na Bahia, mas não houve confirmação.

 

Depois disso, à noite, veio a nota técnica da Anvisa. A agência defende que a indicação da bula da vacina seja seguida pelo Plano Nacional de Imunização - atualmente, o plano permite a vacinação de gestantes como prioridade.

 

"O uso “off label” de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica", frisa a nota.

Bahia Notícias

Banco Central tenta combater a inflação sem arrocho e sem discutir erros do governo

Publicado em 11 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Cícero (Correio Braziliense(

Deu no Estadão

Equilibrar dois pratos, como um malabarista de rua, é o novo desafio do Banco Central (BC), empenhado em frear a inflação e ao mesmo tempo manter algum estímulo a uma economia em lenta retomada. Para conter os preços, aliviar os consumidores e impedir um desarranjo maior nos negócios, a taxa básica de juros foi aumentada para 3,50%, e uma nova alta – provavelmente para 4,25% – está agendada para dentro de um mês e meio.

O aperto é necessário, mas deve ser moderado, segundo a estratégia do Copom, o Comitê de Política Monetária do BC. As novas decisões foram anunciadas depois da última reunião, encerrada na quarta-feira passada.

INFLAÇÃO TEMPORÁRIA? – Malabarismo é também uma das marcas da comunicação do Copom. A inflação deste ano poderá bater no teto da meta (5,25%), segundo projeções correntes e reconhecidas pelo BC, mas o comitê mantém o diagnóstico formulado há meses. Continua qualificando os choques de preços como “temporários” e promete continuar “atento à sua evolução”. Temporários até quando?

A inflação brasileira, bem visível nas feiras, nos supermercados e em boa parte do varejo, está associada às condições do comércio global, segundo a nota do Copom. “Com exceção do petróleo”, assinala o comunicado, referindo-se ao período recente, “os preços internacionais de commodities continuaram em elevação, com impacto sobre as projeções de preços de alimentos e bens industriais.” Além disso, o aumento da bandeira tarifária de energia elétrica “deve manter a inflação pressionada no curto prazo”.

INFLUÊNCIA DO DÓLAR – Todos esses fatores são conhecidos, mas também conhecida é a influência do dólar nos preços internos. O dólar poderia estar cotado a R$ 4,50 ou R$ 4,60, segundo analistas do mercado, porque o Brasil é superavitário no comércio exterior, seu balanço de pagamentos é administrável e o País dispõe de reservas mais que suficientes para liquidar a dívida externa. Mas cotações iguais ou superiores a R$ 5,40, às vezes em torno de R$ 5,60, têm sido frequentes.

Nenhuma palavra sobre o câmbio e seus efeitos inflacionários aparece no comunicado emitido depois da reunião do Copom.

As causas mais visíveis da instabilidade cambial estão em Brasília e ninguém ignora esse fato. O País dispõe de reservas e as contas externas são administráveis, mas há muita incerteza sobre a evolução de fatores internos.

DESCONFIANÇA INTERNA – Há insegurança quanto à gestão das finanças federais, à evolução da dívida pública e às condições da vida política, sujeita a fortes tensões, ao destempero do presidente da República e a seus arroubos autoritários. Somam-se a essa ampla insegurança as barbaridades cometidas pelo governo em sua política ambiental.

Todos esses fatores prejudicam o ingresso de investimentos estrangeiros, a manutenção de recursos externos no Brasil e até, segundo se estima no mercado, a internação de dólares faturados por exportadores e mantidos no exterior.

Mas o pessoal do Copom, ao redigir a nota sobre sua reunião, conseguiu deixar de lado a instabilidade cambial. Terá ignorado essa questão também ao analisar a inflação e suas causas?

EVOLUÇÃO POSITIVA? – Igualmente estranha é a avaliação inicial da economia brasileira. A nota menciona uma “evolução mais positiva do que o esperado”, embora a segunda onda da pandemia, segundo se acrescenta, tenha superado a previsão. No primeiro trimestre, no entanto, a produção industrial foi 1% menor que nos três meses finais de 2020, segundo a última informação oficial. Os demais indicadores também apontam negócios fracos – um quadro explicável, em grande parte, pela suspensão das medidas de sustentação da economia.

Mas o Copom, formado por diretores do BC, pelo menos admite um detalhe menos brilhante: “prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia ainda permanece acima da usual”. Em seguida aparece uma compensação: esse quadro “aos poucos deve ir retornando à normalidade”.

Mas a “normalidade”, é justo lembrar, tem sido caracterizada a partir de 2019 por uma política econômica sem rumo claro e por muita insegurança quanto às possibilidades da produção e do emprego.

Aras se recusa a investigar Bolsonaro pelo repasse de R$ 89 mil de Queiroz a Michelle

Publicado em 11 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Charge O Tempo 25-08-2020

Charge do Duke (O Tempo)

Aguirre Talento
O Globo

O procurador-geral da República, Augusto Aras, rejeitou um pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por causa de cheques depositados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Um advogado entrou com pedido no STF para que fosse aberto inquérito pelo crime de peculato, desvio de recursos públicos, com base nas reportagens publicadas na época a respeito dos repasses.

A manifestação foi enviada ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do pedido no STF. Agora, cabe ao ministro decidir se acolhe o pedido da PGR. O padrão, no caso de arquivamentos de investigação, é que o STF mantenha o posicionamento da PGR, já que é o órgão responsável por investigar autoridades com foro privilegiado.

A ALEGAÇÃO – Aras argumentou que o Ministério Público do Rio já apresentou denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a respeito do assunto, mas não encaminhou à PGR nenhum indício de crime envolvendo Jair Bolsonaro. Por isso, diz Aras, apenas as notícias veiculadas na imprensa não constituem elemento suficiente para abertura de investigação.

“É notório que as supostas relações espúrias entre o Senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de oferecimento de denúncia, na primeira instância, em desfavor de ambos e de outras pessoas supostamente envolvidas nos crimes correlatos. Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo Presidente da República”, escreveu.

Prosseguiu Aras: “Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a defagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Estamos vivendo uma era de governantes que têm de se explicar o tempo todo. São raríssimos os políticos que suportam uma quebra de sigilo. Para esconder o enriquecimento ilícito, alegam ter direito à privacidade. E assim la nave va, cada vez mais fellinianamente. (C,N.)

Piada do Ano! Governo alega que o Orçamento secreto de Bolsonaro é de ‘emendas impositivas


Charge do Duke (domtotal.com)

Vinícius Valfré e André Shalders
Estadão

Pressionados pela opinião pública a explicarem a utilização de um orçamento secreto para obtenção de apoio no Congresso, governistas disseminam nas redes sociais uma versão falsa sobre o esquema revelado pelo Estadão.

Segundo essa tese, o dinheiro viria das emendas impositivas, a que todos os parlamentares têm acesso, e teria sido distribuído de maneira igualitária aos congressistas. Não é verdade.

TRAT0RAÇO – Como mostra a série de reportagens sobre o caso que ficou conhecido como “tratoraço”, o governo de Jair Bolsonaro entregou a um grupo o direito de direcionar R$ 3 bilhões liberados em troca de apoio, em uma iniciativa que desrespeitou exigências da legislação e compromissos de campanha e de mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Trata-se, na verdade, de um dinheiro paralelo ao reservado para as emendas individuais a que todos os congressistas têm direito –  aliados e opositores – e que o Executivo tem a obrigação de pagar.

Ao longo do ano, cada parlamentar pode indicar R$ 8 milhões por meio de emendas individuais. E outros R$ 8 milhões devem ir obrigatoriamente para a saúde. No caso do orçamento secreto, as verbas são de outra natureza. Pelas regras, elas deveriam ser gastas pelo governo por meio da seleção de projetos com critérios técnicos e levando em consideração as condições socioeconômicas das localidades beneficiadas.

CRITÉRIOS TÉCNICOS – Em síntese, o Executivo, por meio dos ministérios, deveria ter critérios técnicos para investir em uma cidade e não em outra. Na prática, os R$ 3 bilhões, do Ministério do Desenvolvimento Regional, acabaram servindo para indicações pessoais de deputados e senadores aliados, com cotas individuais muito superiores aos R$ 8 milhões das emendas individuais.

Enquanto as emendas individuais e de bancadas são de pagamento obrigatório e com valores e regras fixas, o mesmo não se aplica às emendas de relator-geral, origem do esquema revelado pelo Estadão.

As emendas individuais são registradas no Orçamento sob o código identificador de resultado primário (RP) 6, enquanto as emendas de relator recebem o RP 9. O RP 9 é uma categoria nova no Orçamento, criada já no governo Bolsonaro.

ALCOLUMBRE DE VOLTA – O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), definiu a aplicação de R$ 277 milhões de verbas públicas do Ministério do Desenvolvimento Regional. E o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-PI), direcionou outros R$ 114 milhões.

Líder do Centrão, Lira venceu a eleição para a presidência da Câmara. Alcolumbre costurou acordos para eleger o seu sucessor, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

O poder de congressistas sobre a vultosa quantia aparece em uma centena de ofícios obtidos pelo Estadão nos quais deputados e senadores determinavam como os recursos deveriam ser usados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e por órgãos vinculados à pasta.

ORÇAMENTO SECRETO – Esses ofícios, com o direcionamento de obras e compras de tratores, por exemplo, são recebidos diretamente pelo governo, sem serem submetidos à ampla publicidade. Daí, a expressão “orçamento secreto”.

Curiosamente, o presidente Bolsonaro havia vetado a tentativa do Congresso de impor o destino de um novo tipo de emenda (chamada RP9), criado no seu governo. O veto segue em vigor.

Ao explicar o veto em mensagem ao Congresso, Bolsonaro afirmou que “o dispositivo investe contra o princípio da impessoalidade que orienta a administração pública ao fomentar cunho personalístico nas indicações e priorizações das programações decorrentes de emendas, ampliando as dificuldades operacionais para a garantia da execução da despesa pública”.

TAMBÉM HÁ PETISTAS – Outro argumento usado por governistas é o de que senadores petistas foram contemplados, o que esvaziaria o fato de que a verba serviu a parlamentares aliados. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, usou as redes sociais para citar o senador Humberto Costa (PT-PE) como um dos contemplados.

Contudo, a inclusão de petistas se deu em razão de um movimento de Davi Alcolumbre. Após ver frustrada sua tentativa de ter a reeleição como presidente do Senado pelo Supremo Tribunal Federal, ele buscou o apoio do PT para Rodrigo Pacheco.

Foi nessa circunstância que Alcolumbre arranjou dinheiro do orçamento secreto para Humberto Costa e também para os oposicionistas Rogério Carvalho (PT-SE), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Weverton Rocha (PDT-MA). Na época, houve estranhamento sobre o motivo de a oposição ter defendido o candidato de Bolsonaro.


Influenza: Aracaju vacinará idosos e professores a partir desta terça

em 10 maio, 2021 15:55 

Aracaju iniciará vacinação contra influenza para idosos e professores nesta terça, 11 (Foto: SMS)

O município de Aracaju dará continuidade à vacinação contra influenza, nesta terça-feira, dia 11, com a imunização de idosos e de professores. A vacina estará disponível em 27 Unidades Básicas de Saúde, das 8h às 16h. Os grupos da primeira etapa (gestantes, puérperas, crianças menores de seis anos e maiores de seis meses) continuam sendo vacinados.

Com a finalidade de reduzir as complicações e internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, a meta vacinal é, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários. Para idosos, a vacinação ocorrerá de forma escalonada; entre os dias 11 e 14 de maio, serão imunizados idoso acima de 90 anos. De 17 a 21 de maio, idosos entre 80 e 89 anos. Entre 24 e 28 de maio, idosos de 70 a 79 anos. Entre 31 de maio e 4 de junho, idosos de 60 a 69 anos.

O escalonamento de idosos se dá para evitar aglomeração, já que o Município dispõe de mais de 67 mil pessoas nessa faixa etária. É importante o idoso observar a data que recebeu vacina contra covid-19, porque é necessário o intervalo de 14 dias para receber outro tipo de vacina.

Profissionais de saúde não vacinados em seus locais de trabalho e professores devem procurar uma das Unidades Básicas de Saúde com documento com foto e documento comprobatório da função para receber o imunizante.

Locais de vacinação
A vacina contra influenza está disponível nas Unidades Básicas de Saúde: Antonio Alves-Atalaia; João Bezerra- Areia Branca; Niceu Dantas- Mosqueiro, Dona Sinhazinha-Grageru, Dona Jovem- Industrial, Augusto Cesar Leite- Conj Santa Tereza, Dr Roberto Paixão- 17 de Março, Celso Daniel- Santa Mari; Elizabeth Pita-Santa Maria; Oswaldo Leite- Santa Maria; Humberto Mourão–São Conrado; Joaldo Barbosa- América; Fernando Sampaio- Ponto Novo; Maria do Céu- Centro; Almirante Tamandaré; Avila Nabuco-Conj Médice; Madre Tereza- Jabotiana; Porto Dantas- Porto Dantas; Carlos Fernandes- Lamarão; José Quintiliano-Santo Antônio; Eunice Barbosa- Coqueiral; João Cardoso- José Conrado de Araújo; Walter Cardoso- Veneza; Renato Mazze Lucas- Santos Dumont; Lauro Dantas- Bugio; José Calumby- Jardim Centenário; Carlos Hardman- Soledade.

Fonte: AAN

segunda-feira, maio 10, 2021

Partido Avante, que apoia Bolsonaro, é presidido no RS pelo ex-assessor “queridinho” de Dilma Rousseff


O verdadeiro dono do Partido Avante no RS é o "ex-menino" da Dilma: Anderson Dorneles

Dorneles tinha sala ao lado do gabinete da presidente Dilma Rousseff

Ricardo Antônio
Imprensa Livre

O verdadeiro dono do Partido Avante no Rio Grande do Sul é Anderson Dorneles, o mais próximo assessor da então presidente Dilma Rousseff, que tinha sala ao lado dela no Planalto e e ela chamava de “menino” e “queridinho”, até ser envolvido pela Lava Jato e ter R$ 2,2 milhões bloqueados pela Justiça.

Anderson Dorneles foi um dos criadores do Partido Avante no Rio Grande do Sul e se tornou presidente da legenda, que apoia o governo de Jair Bolsonaro. O “ex-menino” da Dilma é quem manda no Avante gaúcho…

DEMITIDO EM 2016 – Mas “o menino”, como Dilma chamou seu ex-braço direito por mais de 20 anos, não precisa prestar contas à ex-chefe desde sua demissão, em fevereiro de 2016…

Ele foi exonerado do cargo depois que começou a circular a informação de que era sócio de um bar dentro do estádio Beira-Rio, obra ligada à empreiteira Andrade Gutierrez, investigada pela Lava Jato por suspeita de corrupção em empreendimentos da Copa do Mundo de 2014.

Dilma ficou furiosa e pediu que o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, hoje seu advogado, buscasse esclarecimentos com Anderson. Sem eles, ordenou que “o menino” deixasse o cargo. E não se falaram mais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como dizia Vinicius de Moraes, a vida é assim, cheia de encontros e desencontros. (C.N.)


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