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segunda-feira, julho 08, 2019

Bebianno critica Bolsonaro e diz que ele sonha com um poder absoluto e tirânico

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Gustavo Bebianno é ex-ministro de Jair Bolsonaro Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
De volta à política, Bebianno critica Bolsonaro e seu filho Carlos
Janaína FigueiredoO Globo
Na mesma casa que já foi um dos quartéis-generais da campanha do presidente Jair Bolsonaro, o ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno fala com preocupação sobre a situação do homem que durante mais de dois anos foi seu projeto de vida. No endereço do empresário Paulo Marinho — outro dissidente do bolsonarismo e hoje presidente estadual do PSDB no Rio na gestão liderada pelo governador de São Paulo, João Doria — Bebianno mantém a calma, mas é enfático. Sobre o futuro, assegurou que sua intenção é fazer um alerta para que o governo se recomponha, sem confirmar se pretende ter um papel na política.
Como o senhor, que durante a campanha promoveu uma aproximação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o então candidato Jair Bolsonaro, está vendo o ambiente de tensão entre Executivo e Legislativo?O presidente conhece melhor do que nós todos as engrenagens da Câmara. Ele tem muito mais tempo de Câmara do que a vida dele no Exército. Ele viveu 28 anos dentro da Câmara e, com essa experiência tão larga, ele tem uma visão das engrenagens da Câmara, que representa o povo brasileiro, suas virtudes e seus defeitos. Acho engraçado quando se ataca o Congresso como se as pessoas que o compõem tivessem vindo de Marte. São todos brasileiros, eleitos pelo povo brasileiro. Ao se diagnosticar um problema num órgão, num estômago, vai fazer o que, tirar o estômago?
O estômago seria o Congresso?Talvez, estou usando uma figura de linguagem. Você não tira o estômago, você trata o estômago. Todo processo pela via democrática é lento, exige trabalho, perseverança, conversa, acordos. O que me preocupa hoje é perceber uma tendência do governo federal de se buscar rupturas institucionais. Parecem que existem flertes hoje com futuras rupturas institucionais. O presidente fez uma visita ao Comando Militar do Sudeste onde ele diz que deve lealdade ao povo e somente ao povo, não às instituições. Disse que quem manda é o povo, mas o povo se organiza por meio das instituições. Se as instituições forem enfraquecidas, suprimidas, vamos viver o quê, uma anarquia? Sem as instituições sobram dois caminhos, a anarquia ou um poder absoluto. Sabemos que todo e qualquer caminho absoluto tende a descambar num regime tirano. Hoje me preocupa um pouco essa colocação de salvador da pátria.
Como foi a relação de Bolsonaro com Maia durante a campanha?O presidente Rodrigo Maia, desde a fase do primeiro turno, já se mostrava simpático ao projeto econômico apresentado pelo ministro Paulo Guedes. Para ele foi um alento. Conversamos e ele sempre se mostrou disposto a trabalhar em forma empenhada pela aprovação das reformas. As conversas foram comigo e com o ministro Guedes. O que o presidente Rodrigo Maia mostrava era uma certa preocupação exatamente com o que está acontecendo hoje, apanhar gratuitamente e ser agredido gratuitamente por uma ala mais radical e ideológica.
O senhor está se referindo ao olavismo e aos filhos do presidente?Sim, Maia já demonstrava preocupação com isso e vontade muito sincera de unir o Congresso ao governo federal no sentido de aprovar as reformas necessárias para o Brasil. O presidente Rodrigo Maia conhece a política, o Brasil, e sabia que era o momento para a mudança. A reforma da Previdência é uma pauta comum a todos, tirando a esquerda. Havia boa vontade, compromisso de caminhar de mãos dadas. O que houve depois foi uma certa perplexidade por certas agressões gratuitas.
O senhor está em contato com Maia?Falamos raramente… esporadicamente.
O presidente da Câmara percebeu a oportunidade, mas também os riscos…Ele foi percebendo a vontade popular por uma mudança, por algo novo. Mas já mostrava certa preocupação com posições radicais, mostrava um certo receio. Ficou muito perplexo quando começaram as tentativas de jogar a população contra o Congresso. Isso é um equívoco.
O senhor vê, por parte do Planalto, uma intenção de jogar a população contra o Congresso?O que eu vejo pelos jornais, pela imprensa, é no mínimo uma falta de habilidade muito grande. Todos nós sabemos que a aprovação de qualquer medida relevante num Congresso com 500 e tantos deputados é um caminho difícil. Não será com agressões que se chegará a algum lugar.
A tensão atual poderia impedir a aprovação das reformas?Não acredito que a reforma da Previdência não será aprovada. Mas poderia já ter sido aprovada, com muito menos desgaste. Por que tanto desgaste, se o caminho já estava pavimentado? O governo errou com certas indicações, como na liderança da Câmara. A escalação do time foi muito ruim por parte do Planalto e querer botar a culpa no Congresso não é razoável.
O senhor vê possibilidade de ruptura entre o presidente e Rodrigo Maia?Acho que já estão rompidos. Já há um grau de desconfiança muito grande que é muito ruim, na Câmara baixa como na alta não se confia mais no presidente.
E isso, na sua avaliação, é consequência dos erros do governo?Da inabilidade política do governo. Há certas posturas que causam insegurança, indas e vindas, frituras públicas desnecessárias. Ataques gratuitos por parte de familiares do presidente, sem que o presidente tome a frente e dê um basta.
O último conflito foi entre o general Heleno e o vereador Carlos Bolsonaro…O Carlos é uma pessoa que não tem equilíbrio emocional, tem uma visão paranoica da vida e enxerga em tudo teorias da conspiração.
Como era, na campanha, a relação entre os militares e o que o senhor chama de a ala mais radical do bolsonarismo?Essa ala nunca participou muito na campanha, o próprio Carlos nunca veio aqui (na casa de Paulo Marinho). A preocupação dos militares era sobre a gestão, sobre como gerir os problemas que o Brasil precisava enfrentar. Ninguém esperava que o governo fosse perder tanto tempo e energia com assuntos irrelevantes como esses levantados pelo Olavo de Carvalho.
E como o senhor vê hoje a relação dos militares com o governo?O cristal rachou, duvido que haja confiança por parte da tropa. Os militares olham e se perguntam quem será o próximo. Essa agressão gratuita ao general Heleno é mais uma demonstração disso. O que surpreende é que as crises se sucedem com um intervalo muito curto. O afastamento do general Santos Cruz se viu com grande perplexidade.
Essa saída teve impacto entre os militares?Tenho certeza absoluta.
O senhor conversou com militares?Tenho certeza… converso com várias pessoas e o sentimento de indignação é desconfiança é grande. Ninguém entende como o presidente permite esses processos de fritura em público com profissionais, pessoas sérias.
Pela sua convivência com Bolsonaro, como o senhor analisa a participação do presidente nessas crises?Ele sempre demonstrou muita preocupação com esse tipo de crise. Sempre disse que se um ministro pisasse no pé de um deputado podia abrir uma crise. Me causa estranheza perceber que não se tenha esse tipo de cuidado. O governo mostrou um grande desprezo pelo seu próprio partido.
Já tem gente falando em Doria 2022, o senhor aceitou alguma proposta?Não. Faltam três anos e meio, e agora temos de torcer para que o governo Bolsonaro dê certo. Fui afastado do governo, me ofereceram outras funções, embaixadas, mas saí do jeito que entrei. Hoje, não estou engajado em projeto político algum, tenho olhado para o Rio de Janeiro e vejo com preocupação a falta de rumo nas esferas municipal e estadual.
O senhor poderia ser candidato a prefeito?Não sei, há convites, mas nada decidido. Não é hora de falar em candidaturas, é hora de torcer. Espero que o presidente aprenda de seus erros. Acho que o governo é legítimo e vai concluir seu mandato. As relações precisam ser recompostas urgentemente, o que eu acho muito temerário são os ataques sucessivos às instituições brasileiras. Quando se diz, de forma até populista, que o povo é que manda. O tempo é curto, o presidente precisa acordar e entender que ninguém quer separá-lo dos filhos. Mas acredito que vai cumprir seu mandato, a não ser que ele próprio crie uma situação de ruptura.
Outra das tensões no governo envolve o ministro Sergio Moro e as denúncias sobre sua suposta ingerência na atuação da operação Lava-jato. Como o senhor vê essa situação?Tenho grande respeito pelo ministro Moro, acho que ele tem um papel muito importante. Não tive acesso à documentação. Como advogado, posso dizer de forma conceitual e genérica, não falo especificamente do caso, o juiz deve se manter sempre equidistante entre as partes. O Ministério Público é parte num processo criminal, um juiz orientar uma das partes compromete a distância necessária para um julgamento imparcial. Acho que o presidente hoje tem dois alicerces no governo: os ministros Guedes e Moro. Se faltarem, o governo sofrerá um baque muito grande. Daí a necessidade de defender ambos e aprovar suas iniciativas. São como se fossem dois avalistas do governo federal, a ausência de qualquer um dos dois pode comprometer a estabilidade do governo.
O senhor disse, em relação às denúncias sobre laranjas no PSL, que talvez tenham sido cometidos alguns erros. Que erros?O que eu posso garantir é que esquema não houve. Um esquema é todo aquele conluio estabelecido entre um grupo de pessoas para alcançar um objetivo ilícito. Com um único argumento eu demonstro que não houve esquema: não havia dinheiro. O MDB recebeu em torno de R$ 260 milhões, o PT recebeu cerca de R$ 240 milhões. O PSL recebeu R$ 9 milhões para fazer a campanha no Brasil inteiro. O que pode ter havido, não posso jurar que não houve, algum problema isolado. Se alguém errou que esse alguém pague. Mas se aconteceu foram problemas pontuais, esquema de laranja não existiu no PSL.
Este lugar foi o centro da campanha de Bolsonaro e hoje, seis meses depois, a situação mudou completamente. Como se sente?Foram dois anos de trabalho exclusivo, eu acreditava no projeto de renovação, de interrupção de quatro mandatos sucessivos do PT. Nunca pedi nada ao presidente, saí como entrei. O que me magoou na época foi a falta de motivo, não houve explicação e a forma covarde como foi feita. Tentativa de fritura pública, isso eu não admiti.
Mantém contato com funcionários do governo?Tenho bons amigos, e essas pessoas estão preocupadas. Não se pode atirar num soldado próprio pelas costas ou abandoná-lo. O presidente me deu o apelido de para-raios, todos os problemas eu matava no peito e trazia uma solução. Depois de eleito ele mudou, se esqueceu de tudo o que vivemos juntos. Não quero que o navio afunde, minha posição é de crítico, como de qualquer brasileiro. Se pretende concorrer à reeleição ele precisa entregar, a fase de promessa já passou. Para isso os ânimos precisam estar arrefecidos.
Que gesto sugeriria ao presidente?Acho que o governo perde tempo com questões menores, brigas, picuinhas e fofocas e deixa de atacar aspectos que estão ao seu próprio alcance. A Casa Branca tem 270 funcionários, o Palácio do Planalto 3.200. Você sabia que no subsolo do palácio existe um hospital para atender os funcionários, com cinco consultórios odontológicos completos. O cidadão banca essa mordomia. Na garagem tem 240 carros. É dinheiro público que vai pelo ralo e para mexer nisso o governo não precisa do Congresso. Tentei armar um projeto, mas não deu tempo.

Pergunta da Datafolha “conduziu” a resposta negativa contra atuação de Moro

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Os jogadores brasileiros comemoraram mais um título invicto
Pedro do Coutto
A Folha de São Paulo manchetou a edição de domingo destacando o que seria manifestação da opinião pública contrária às ações do ministro Sérgio Moro, quando juiz dos processos relativos à corrupção verificada através da operação Lava Jato. A pesquisa foi do Instituto Datafolha e a matéria que a interpreta foi de Igor Gielow. A pergunta-chave foi a seguinte: “Você acha as conversas do então juiz com procuradores da Lava Jato são inadequadas e, comprovadas irregularidades devem levar a revisão das sentenças?” O texto não fala sobre ilegalidades optando por irregularidades.
A Folha ressaltou que 58% acharam que sim contra 31% que pensam que não. A meu ver, acostumado a interpretar pesquisas há mais de 50 anos, desde o tempo do Correio da Manhã, jornal que ficou na névoa do tempo, me causou certa surpresa diante da indagação colocada. Isso, porque ela parte de um condicionamento que a mim parece que de alguma maneira influiu no resultado.
HOUVE INDUÇÃO – É muito claro, porque, se forem comprovadas irregularidades… Ora, as pessoas entrevistadas foram de maneira indireta induzidas a uma resposta decorrente da colocação contida na expressão “se forem comprovadas as irregularidades”.
Com certeza, se forem comprovadas irregularidades ou ilegalidades, evidentemente que as decisões de Sérgio Moro estariam comprometidas. Mas não foi esse o ângulo central da pergunta, o que levou a resposta de 58%. Melhor seria acrescentar paralelamente outra indagação, porque a condenação do ex-presidente Lula, destacada na manchete do jornal não foi decorrente apenas da condenação por Sérgio Moro. O recurso do ex-presidente da República foi rejeitado por unanimidade pelo Tribunal Regional Federal. Seus advogados recorreram ao Superior Tribunal Federal e o condenado perdeu novamente.
MATÉRIA DIRIGIDA – A reportagem da Folha de São Paulo restringe-se ao caso político que tem Lula como parte da questão. Portanto, a matéria não se estende aos casos de Eduardo Cunha, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Marcelo Odebrecht etc. E para ficarmos apenas com este bloco emblemático, incluo mais um que estava esquecendo: Leo Pinheiro da OAS. Esta, para mim, é a primeira parte da questão.
A segunda parte refere-se ao plano em que a pesquisa  se estendeu. A própria Folha de São Paulo, com base no Datafolha chama atenção para o fato de que apenas 63% da opinião pública afirmaram ter conhecimento das conversas vazadas entre Moro e Dalton Dallagnol. Portanto, 58% acharam inadequado o procedimento, porém são 58% de 63%, o que vai assinalar que a rejeição a Moro no caso das conversas oscila em torno de 36 ou 37%. Isso de um lado. 
PRISÃO JUSTA – De outro, a maioria dos entrevistados considera justa a prisão do ex-presidente Lula. Portanto, ao mesmo tempo em que a maioria relativa ache basicamente imprópria a conduta de Sérgio Moro, a maioria também defende a condenação do ex-presidente. Aparentemente uma contradição. Mas realmente uma negativa de que Sérgio Moro tenha infringido a lei.
Este resultado claro do episódio é marcado e acentuado pela própria reportagem da Folha de São Paulo, escrita por Igor Gielow, que até recentemente era Editor de Política.
COPA AMÉRICA – Brasil foi o grande campeão da Copa América, ganhando com folga. Logo após o resultado dos 3 x 1 de ontem, escrevi este artigo. E acrescento que a seleção brasileira cumpriu excelente atuação sobretudo porque na maior parte do segundo tempo atuou com 10 homens. Mas praticou um futebol solidário atacando e defendendo e assim relembrando tempo de ouro do escrete. Acrescentou uma página às jornadas heroicas de 58, 62, 70, 94 e 2002.
Agora vamos rumar para a classificação que vai conduzir o acesso à Copa do Mundo de 22. Antes de 22 temos pela frente as Olimpíadas de 20 no Japão.

Onyx diz que o governo terá 330 votos na Câmara a favor da reforma da Previdência

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Ministro da Casa Civil conversa com a imprensa após se reunir com Rodrigo Maia na residência oficial da presidência da Câmara — Foto: Guilherme Mazui, G1
Onyx acha melhor não rever os equívocos citados por Bolsonaro
Guilherme Mazui e Fabiano CostaG1 — Brasília
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou neste domingo (dia 7) que mapeamento do Palácio do Planalto aponta que a proposta de reforma da Previdência deve ser aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara com cerca de 330 votos.
Para ser aprovada pelos deputados, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Previdência precisa obter, no mínimo, 308 votos, em dois turnos de votação, número correspondente a 60% dos 513 parlamentares da Casa. A estimativa divulgada pelo chefe da Casa Civil prevê uma margem de segurança para que o texto passe para o segundo turno.
REUNIÃO – Onyx foi na manhã deste domingo à residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para alinhar a estratégia para colocar a PEC em votação nesta semana. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, também participaram da reunião.
A expectativa do governo e de Maia é de que o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) aprovado na última semana pela comissão especial comece a ser analisado pelos deputados a partir de terça-feira (dia 9).
No sábado, depois de conversar com líderes do Centrão na residência oficial, o presidente da Câmara demonstrou otimismo de que a PEC será aprovada com “boa margem” de votos, mas preferiu não projetar um placar para a votação da reforma no plenário.
330 VOTOS – “A gente tem um cálculo assim, vamos dizer, realista, com pé bem no chão, e a gente caminha para ter algo em torno de 330 [votos], que poderá ser até mais do que isso. É uma margem que a gente acredita ser possível”, declarou o chefe da Casa Civil a jornalistas, ao deixar a casa de Rodrigo Maia no final da manhã deste domingo.
O ministro da Casa Civil relatou que, na reunião deste domingo, eles trataram dos procedimentos da votação da PEC em primeiro turno. É possível que essa seja a última atuação de Onyx como articulador político de Bolsonaro.
Após sofrer uma série de derrotas no Legislativo nos primeiros seis meses de governo, o presidente da República decidiu tirar a interlocução com o parlamento do rol de atribuições do ministro da Casa Civil. Na última semana, a articulação política saiu das mãos de Onyx e passou para o gabinete do novo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, um general do Exército que é amigo de Bolsonaro.
COM MAIA – Em seu primeiro ato como articulador político do Planalto, Ramos compareceu neste sábado à residência oficial de Maia para participar da reunião com líderes partidários da Câmara.
Onyx Lorenzoni informou que, na manhã de terça-feira, haverá uma nova reunião com governadores para negociar uma eventual inclusão de estados e municípios no texto que vai ser votado em plenário pelos deputados. Por pressão do Centrão, Samuel Moreira deixou de fora do relatório final os servidores estaduais e municipais.
Questionado sobre se o governo defenderá mudanças no texto aprovado pela comissão especial na semana passada, o ministro da Casa Civil disse que “quanto menor o número de alterações, melhor”. Ele ponderou, entretanto, que podem ocorrer alterações pontuais durante a apreciação da proposta no plenário.
E OS EQUÍVOCOS? – Na última sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o texto que será submetido ao plenário da Câmara tem equívocos e que podem ocorrer alterações no plenário da Câmara para corrigi-los.
Bolsonaro diz que ‘equívocos’ da reforma da Previdência serão corrigidos no plenário. Na ocasião, o presidente não mencionou diretamente quais pontos ele considera que estão equivocados, porém, nas últimas semanas – após ser alvo de protestos de categorias policiais – ele passou a defender regras mais brandas de aposentadoria para integrantes das carreiras de segurança pública.
No entanto, apesar do lobby do presidente da República, os integrantes da comissão especial que analisou a PEC da Previdência preferiram não flexibilizar o regime de aposentadoria previsto no texto do próprio governo para policiais e agentes penitenciários.
SEM MUDANÇAS – Desconsiderando o esforço de Bolsonaro para que os deputados revejam no plenário as mudanças propostas pelo próprio governo para os integrantes de carreiras policiais, o ministro da Casa Civil afirmou que a intenção do Executivo federal é que o parecer de Samuel Moreira não seja desidratado para que a previsão de economia de R$ 987 bilhões em 10 anos seja mantida.
“Já há um consenso bastante forte entre as bancadas no sentido de que a manutenção do texto que saiu da comissão é o cenário desejável”, enfatizou Onyx na manhã deste domingo.
Na tramitação da PEC na comissão especial, os integrantes do colegiado operaram mudanças que já reduziram a estimativa de economia para a próxima década em mais de R$ 200 bilhões. “O governo trabalha para que não acha desidratação [do projeto]. Vai ficar nesse volume [de R$ 987 bilhões”, complementou Onyx.

Witzel se aproxima de lideranças do Rio em articulações para ampliar a base política

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Witzel está de olho nas articulações de Doria na política do Rio
Bernardo MelloO Globo
Eleito na esteira da popularidade do então presidenciável Jair Bolsonaro, o governador do Rio, Wilson Witzel, tem construído uma rede de aliados dentro e fora do estado para forjar musculatura própria, de olho nas eleições municipais do ano que vem e também na conjuntura política de 2022. Depois de ensaiar uma ruptura com o PSC no fim do ano passado, Witzel se consolidou como um dos líderes do partido com as bênçãos do pastor Everaldo Pereira, reeleito no fim de junho para o comando da executiva nacional.
Alinhado a Everaldo, Witzel fortaleceu sua presença em Brasília e se aproximou de lideranças locais e nacionais.
ARTICULAÇÕES – Enquanto o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), articula uma chapa tucana forte para o Rio, buscando palanques no estado para a disputa presidencial, Witzel tem angariado apoios de lideranças de outras siglas, inclusive do próprio PSDB. O ex-deputado Otávio Leite, presidente estadual da legenda até ano passado, já ensaiou um movimento para o PSC de Witzel. Leite continua com aliados na direção tucana no Rio, mas se afastou para assumir a secretaria estadual de Turismo e é próximo ao governador.
Outro parceiro de Witzel é o deputado estadual Rodrigo Amorim, escolhido na sexta como candidato do PSL de Jair Bolsonaro à Prefeitura do Rio em 2020. Antes, Amorim chegou a ser sondado por Witzel sobre uma eventual filiação ao PSC. Integrantes do PSL e do PSC não descartam uma chapa com os dois partidos, que teria ainda o apoio do PSD do senador Arolde de Oliveira.
PRESIDENCIÁVEL – Procurado pelo GLOBO, Witzel não se manifestou oficialmente sobre seus planos políticos. Mesmo um alinhamento em 2020 não significa que Witzel permanecerá perto da família Bolsonaro na próxima eleição presidencial. O deputado federal Otoni de Paula, que colocou seu nome à disposição do PSC para ser candidato à prefeitura da capital no próximo ano, reconhece o desejo de Witzel de se lançar à Presidência, e considera algo “que ninguém pode tirar”. “É o desempenho dele como governador que poderá credenciá-lo a isso” — afirmou Otoni.
Pastor Everaldo, que foi presidenciável em 2014, também incentiva o sonho distante presidencial do governador do Rio, embora evite antecipar uma disputa com a família Bolsonaro.
“É legítimo esse desejo para qualquer governador, de qualquer estado. Mas tenho, como prática de vida, não colocar o carro na frente dos bois. O PSC está preocupado, no momento, em aprovar as reformas que podem destravar o Brasil. O presidente Bolsonaro pode contar conosco para isso“— desconversa Everaldo.
NACIONALIZAÇÃO – Witzel foi aclamado presidente de honra do PSC na última convenção nacional. A sugestão partiu de Wilson Lima, governador do Amazonas, o único estado além do Rio sob comando da legenda.
A nacionalização do nome de Witzel incluiu a criação da Secretaria Extraordinária de Representação do Rio em Brasília, em maio. A prática, adotada por alguns estados, elevou o status do escritório na capital federal.
O escolhido para assumir a nova secretaria foi o ex-deputado André Moura (PSC), que atuou como líder do governo do ex-presidente Michel Temer na Câmara.
EM BRASÍLIA – André Moura vinha desempenhando papel semelhante para prefeituras do Sergipe, seu reduto eleitoral, em caráter informal. Segundo Moura, a missão principal é acompanhar o andamento de convênios do Estado do Rio com o governo federal, além de estruturar projetos para que os municípios recebam verbas de emendas parlamentares:
“Tenho conversado com a bancada federal, por orientação do governador, sobre a reforma da Previdência, por exemplo. Mas minha missão é voltada para o Rio”, explica o assessor.

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