Por: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Na tentativa de obter o apoio dos candidatos do PMDB a governador para sua candidatura à Presidência, agora que o ex-presidente Itamar Franco entrou na disputa, o ex-governador Anthony Garotinho fará uma proposta para contornar a verticalização das alianças.
Ele vai sugerir à executiva esta semana que o partido mantenha os candidatos a governador, mas desista das vagas ao Senado, possibilitando coligações informais. O PMDB tem esperança de vitória de pelo menos 12 candidatos a governador, que querem liberdade para fazer alianças, o que é mais difícil com um candidato próprio a presidente.
Quércia nega acordo com o PT
SÃO PAULO - O presidente do PMDB em São Paulo e ex-governador do Estado Orestes Quércia reiterou ontem a manutenção da pré-candidatura presidencial de Itamar Franco, a ser lançada na Convenção Nacional do partido, em junho. "Conversei ontem (domingo) com Itamar e ele negou que o encontro mantido com o ex-ministro José Dirceu, em Juiz de Fora, na semana passada, tenha envolvido qualquer convite do PT para Itamar ser vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse Quércia. "Garanto que não existe nenhum acordo e nem tratativa entre Itamar e o PT", insistiu.
Hoje, Quércia vai se reunir com Itamar, o senador Pedro Simon (PMDB-SP) e outros membros do partido, na residência do ex-ministro-chefe da Casa Civil Henrique Hargreaves, em Brasília. O encontro, segundo o presidente do PMDB paulista, "vai avaliar o andamento da pré-candidatura Itamar" e a forma como esta pré-candidatura será apresentada aos candidatos do partido aos governos estaduais, durante reunião da executiva nacional na quarta-feira, também em Brasília.
"O ex-presidente Itamar Franco vai manter a disputa pela candidatura com o ex-governador Anthony Garotinho, na Convenção. Nem eu e nem Itamar nunca brincamos com o lançamento desta pré-candidatura", declarou Quércia. A expectativa do ex-governador paulista é de que os candidatos peemedebistas aos governos estaduais defenderão que o partido se mantenha independente na eleição presidencial, sem candidato próprio, para que possam formalizar alianças conforme conveniências regionais.
"Mas esse pessoal que não quer candidatura própria será minoria na convenção. Os diretórios de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro, entre outros, querem candidatura própria e serão maioria dos delegados na convenção de junho", insistiu.
Quércia afirmou ainda que disputará o governo de São Paulo, caso a candidatura Itamar seja confirmada na convenção de junho.
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terça-feira, abril 18, 2006
costura da mulher, a acupuntura da filha, a não compostura do próprio
Por: Helio Fernandes
Alckmin: "Vem pra Nossa Caixa você também". Foi
Para um homem que se considerava, se proclamava e se julgava o inventor da dignidade na vida pública, Geraldo Alckmin caiu muito. As tremendas acusações começaram contra a mulher, que recebeu perto de 500 peças de roupa da Daslu. (Esta ainda no auge do prestígio, ninguém sabia dessa devassa do estoque, com tudo de graça). Verdadeira liquidação, principalmente porque Dona Alckmin mandava buscar, não havia despesa de transporte.
Reveladas as doações, houve o escândalo. Isso parece coisa de gente do PSDB. Alckmin não se incomodava que a mulher ficasse vestida, enquanto FHC, presidente, preferia as estatais despidas. Para FHC, vestidas, só as multinacionais globalizadas.
Na época da explosão das denúncias, Alckmin ainda era governador. Teve que explicar. E como não é muito brilhante (por que Covas teria escolhido esse "segundo"?), e ele mesmo se rotulou como "cara de chuchu", era melhor ter ficado calado. Palavras de Alckmin: "Esses vestidos se constituíram em erro e equívoco".
Um amigo deste repórter, deputado estadual em São Paulo, tão maldoso quanto inteligente, me disse pelo telefone, o pessoal da ex-Abin deve ter a gravação: "Helio, não entendi a resposta do governador. Como ele confirmou o endereço mas disse que foi erro e equívoco, então os vestidos não eram para a mulher?". Perguntei o que pretendia dizer, falou apenas "deixa pra lá", e desligou.
Surgiu então a sociedade da filha com um personagem que tinha negócios com o governo no setor de acupuntura. Por causa dessa acupuntura lá se foi a compostura. E não fica muito longe da outra acusação, pois vestido está ligado à costura. Tudo coincidência, claro, política e moralmente uma boa tessitura.
Mas agora, em plena Semana Santa, as acusações subiram de vulto e de gabarito. Passam do térreo (a filha), do quinto andar (a mulher) se localizam na cobertura. Onde ficava e ainda quer ficar mais alto o próprio Geraldo Alckmin. As acusações atingem de maneira fulminante o próprio governador, perdão, agora ex, mas querendo ser presidente.
Acusações que Alckmin não poderá responder de maneira alguma: a Nossa Caixa (que é a Caixa Econômica estadual, e há sempre um Jorge Mattoso à disposição) "empregava" suas colossais verbas de publicidade favorecendo amigos e apaniguados.
Aí já não se tratava mais de doação de vestidos, de saber quem cuidava da saúde com acupuntura recebendo em espécie, dinheiro vivo, mesmo se isso merecesse descompostura. Pela sociedade, estavam dispostos a tudo.
Agora é dinheiro alto, da publicidade de um banco com o Poder de fogo da Nossa Caixa, do mais importante Estado do País, o mais rico, o mais populoso. E que tem o maior orçamento da República, excluído naturalmente a União. O senhor Alckmin quer convencer a quem, que o governo (no caso o seu) não tinha nada com isso?
Segundo o próprio Alckmin e sua assessoria de Comunicação, "AS VERBAS ERAM DISTRIBUÍDAS PELO PRESIDENTE DA NOSSA CAIXA, SEM A INTERFERÊNCIA DE NINGUÉM". Ha! Ha! Ha!
Ó quão dessemelhante, perdão, ó quão ingênuo, inútil e inócuo é o senhor Alckmin. Ele usava toda a sua autoridade e distribuía as verbas utilizando duas palavras apenas: VISIBILIDADE e RECIPROCIDADE. Quem lhe dava (e ao seu grupo) VISIBILIDADE era recompensado com a RECIPROCIDADE.
PS - Alckmin a cada dia fortalece o Plano B do "triunvirato" de quatro do seu partido. Trocá-lo por José Serra, com FHC disputando o governo do Estado.
PS 2 - E com Itamar se lançando candidato a presidente aos 76 anos, por que FHC não poderia ser governador com a mesma idade? É o que FHC proclama.
Amanhã
O contrato "escambo" CBF-NikeO futebol, paixão nacional, segundo o "evangelho" da corrupção de Ricardo Teixeira, ídolo do povo.
Anthony Mateus
Há muito não sai aqui. Aparece por falar sempre vaga-mente, aleatoria-mente, arrogante-mente, avassaladora-mente, impensada-mente, discricionaria-mente, leviana-mente.
O PMDB se reúne hoje e amanhã em Brasília. Reunião inútil, inócua, inoperante, devem comparecer alguns candidatos aos 27 cargos de governadores e às vagas de 27 senadores. Desde já, mais uma derrota liquidante, fulminante, massacrante para Anthony Mateus. Ele pensou (? Ha! Ha! Ha!) que ocuparia o palanque sozinho e vitorioso. Já estava badalando o acontecimento quando surgiram vários fatos incontroláveis e inesperados.
1 - A declaração do governador Germano Rigotto: "Fui enganado pelo ex-governador Garotinho, que me disse que eu seria o candidato dele na convenção. O candidato era ele". Enganar é um verbo inventado por Mateus.
2 - Ficou transtornado quando soube que Michel Temer telefonara para Itamar em Juiz de Fora, convidando-o a ir à reunião de hoje. Itamar já está em Brasília, espera que o PMDB não repita 1998. Não repetirá.
3 - Michel Temer, desde que Mateus entrou no PMDB (partido com o qual não tem a menor intimidade), era tido e havido como porta-voz nacional de Anthony Mateus. (O porta-voz regional é Eduardo Cunha, ainda falo dele. E muito.).
4 - Anthony Mateus ficou zanzando no fim de semana, de longe, assustado que fosse "malhado". Foi. Principalmente em Campos e adjacências. Sobre o porta-voz nacional (Michel Temer), disse ao porta-voz regional (Eduardo Cunha): "Sou traído por todos, não entendo".
5 - Anthony Mateus foi à casa de Itamar em Juiz de Fora, surpreendendo o próprio dono da casa. Nunca tiveram bom relacionamento, os 2 eram governadores, Mateus tentava esmagar todos ou qualquer um.
6 - Para os jornais, Anthony Mateus disse que foi a Juiz de Fora para fortalecer "a candidatura Itamar, e assim, obrigar o PMDB a ter candidato próprio". E acrescentou: "Sei que não é a minha vez".
Mas na casa de Itamar, o "discurso", exatamente o que foi denunciado por Rigotto: ENGANADOR. E inacreditavelmente, Mateus disse ao ex-presidente: "Se o senhor quiser eu ligo agora do meu celular para José Sarney, Quercia, Renan, Suassuna". Todos que vetam seu nome.
O ex-presidente Itamar Franco ficou perplexo com tanta falta de constrangimento. E a desenvoltura com que falava em nome dos outros.
Quanto a José Dirceu, o ex-presidente tem relacionamento com ele que vem de longe. O arquiteto Marquetti, que trabalhava no escritório de Itamar, foi preso e torturado.
Tinha 21 anos na época, a mesma idade de Dirceu. Os dois foram trocados quando houve o seqüestro do embaixador Elbrick. O ex-presidente só soube depois. Dirceu, chefe da Casa Civil, e Itamar, embaixador, mantiveram relacionamento justificado e compreensível.
Quanto à ida de Dirceu a Juiz de Fora, motivação inequívoca: quer fugir do ostracismo. E pretende dar a impressão de que ainda fala pelo presidente Lula. Mesmo espantoso, pode até ser verdade.
O que é inequivocamente falso: que esteja vivendo de "consultoria e advocacia". Ha! Ha! Ha! Consultoria, quase sempre é como mensalão, pagam para não fazer nada, apenas retribuir favores. E quem iria contratar o advogado José Dirceu, que jamais "clinicou" desde a formação?
(Nesse ponto, Dirceu tem tudo a ver com ACM-Corleone. Em matéria de desrespeito pelos dinheiros públicos, e até pelo não exercício da profissão. ACM se formou em medicina, comprometido com o reitor de jamais "advogar". Cumpriu integralmente, "salvando vidas").
No plano estadual aqui do Estado do Rio, é difícil analisar qualquer coisa até que Anthony Mateus tenha esgotado todos os prazos para fingir de presidenciável pelo PMDB. Não será, finge que sim.
Sempre que precisa iludir a opinião pública, para referendar as posições equívocas de Anthony Mateus, o porta-voz regional (Eduardo Cunha) compra tempo na televisão e "chuta" com todos os pés.
Quinta-feira, usou 1 hora da televisão (dinheiro não falta), falando quase que unicamente na "candidatura" Sergio Cabral a governador. Por que a insistência? Porque esse é o Plano ostensivo.
Justificou a saída de Dona Garotinha em 31 de março, assim: "A governadora achou que saindo do cargo estaria frustrando os eleitores. Pois se elegeu para 4 anos e não para 3 anos e pouco".
E ainda acrescentou: "Ela não é como José Serra, que prometeu ficar 48 meses e só ficou 15". Com isso, Eduardo Cunha criticou o próprio Anthony Mateus, que se elegeu também por 4 anos e saiu em 2002, bem antes. Nunca vi alguém "portar a voz" contra o dono.
E há mais e ainda mais elucidativo: Dona Garotinha pode ser candidata à reeeleição. Mas só vão decidir depois que Mateus estiver completamente liquidado. Aí, Serginho será vice, Dona Benedita já fez isso.
Trocou 4 anos no Senado por 4 anos na vice. Só que ele não é mulher, negra e favelada, bem ao contrário. Segundo Marcello Alencar.
João Havelange, magnificamente de saúde, viaja sábado para a Suíça. Vai à inauguração do novo edifício da Fifa, num terreno de 44 mil metros quadrados. Comprado por ele mesmo ao Credit Suisse. O edifício terá 9 andares, para não atingir as árvores que cercam a área.
A Fifa funcionava num escritório alugado, quando Havelange assumiu em 1974. Deixou um prédio próprio construído por ele. O de agora tem construção de 148 metros por 90, também moderníssimo.
Surpreendentemente, o "bispo" senador Crivela está crescendo. Quer fazer aliança com Vladimir Palmeira, ótimo. E o PT-PT? Só prejudica.
A situação nos estados muda tanto que há uma semana o senador Artur Virgilio me dizia "não serei candidato a governador". Respondi: mas no meio do mandato, facílimo. Agora resolveu e se lançou. Ainda bem.
José Roberto Arruda dispara como candidato em Brasília. Mas o que fazer com o senador Paulo Otavio, do mesmo PFL? Lá não quer ser coadjuvante.
XXX
Uma das mais criativas "malhações" do sábado estava na belíssima Avenida 28 de Setembro: "Revolta contra os Judas e os Dudas".
XXX O simpático mas ineficiente tenista Ricardo Mello, depois de quase 2 anos sem vitória, ganhou um challenger (com adversários de quinta categoria) em Santa Catarina. Recebeu 14 mil reais, já dá para viajar e perder na primeira rodada em qualquer torneio no saibro da Europa.
XXX Dia 20, depois de amanhã, o presidente do Clube Militar, general Lessa (já eleito e reeleito), recebe o general Augusto Heleno Ribeiro para palestra.
Além de excelente personalidade, o general Heleno chefiou a Missão de Paz no Haiti, terminou seu tempo com excelente trabalho.
XXX Para o Procon providenciar: a NET só tem 3 canais com transmissão de jogos pagos por fora. Mas no Brasileirão, às vezes 4 e 5 jogos à mesma hora, o que fazer? Engana o público como se fosse José Serra ou Anthony Mateus.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Alckmin: "Vem pra Nossa Caixa você também". Foi
Para um homem que se considerava, se proclamava e se julgava o inventor da dignidade na vida pública, Geraldo Alckmin caiu muito. As tremendas acusações começaram contra a mulher, que recebeu perto de 500 peças de roupa da Daslu. (Esta ainda no auge do prestígio, ninguém sabia dessa devassa do estoque, com tudo de graça). Verdadeira liquidação, principalmente porque Dona Alckmin mandava buscar, não havia despesa de transporte.
Reveladas as doações, houve o escândalo. Isso parece coisa de gente do PSDB. Alckmin não se incomodava que a mulher ficasse vestida, enquanto FHC, presidente, preferia as estatais despidas. Para FHC, vestidas, só as multinacionais globalizadas.
Na época da explosão das denúncias, Alckmin ainda era governador. Teve que explicar. E como não é muito brilhante (por que Covas teria escolhido esse "segundo"?), e ele mesmo se rotulou como "cara de chuchu", era melhor ter ficado calado. Palavras de Alckmin: "Esses vestidos se constituíram em erro e equívoco".
Um amigo deste repórter, deputado estadual em São Paulo, tão maldoso quanto inteligente, me disse pelo telefone, o pessoal da ex-Abin deve ter a gravação: "Helio, não entendi a resposta do governador. Como ele confirmou o endereço mas disse que foi erro e equívoco, então os vestidos não eram para a mulher?". Perguntei o que pretendia dizer, falou apenas "deixa pra lá", e desligou.
Surgiu então a sociedade da filha com um personagem que tinha negócios com o governo no setor de acupuntura. Por causa dessa acupuntura lá se foi a compostura. E não fica muito longe da outra acusação, pois vestido está ligado à costura. Tudo coincidência, claro, política e moralmente uma boa tessitura.
Mas agora, em plena Semana Santa, as acusações subiram de vulto e de gabarito. Passam do térreo (a filha), do quinto andar (a mulher) se localizam na cobertura. Onde ficava e ainda quer ficar mais alto o próprio Geraldo Alckmin. As acusações atingem de maneira fulminante o próprio governador, perdão, agora ex, mas querendo ser presidente.
Acusações que Alckmin não poderá responder de maneira alguma: a Nossa Caixa (que é a Caixa Econômica estadual, e há sempre um Jorge Mattoso à disposição) "empregava" suas colossais verbas de publicidade favorecendo amigos e apaniguados.
Aí já não se tratava mais de doação de vestidos, de saber quem cuidava da saúde com acupuntura recebendo em espécie, dinheiro vivo, mesmo se isso merecesse descompostura. Pela sociedade, estavam dispostos a tudo.
Agora é dinheiro alto, da publicidade de um banco com o Poder de fogo da Nossa Caixa, do mais importante Estado do País, o mais rico, o mais populoso. E que tem o maior orçamento da República, excluído naturalmente a União. O senhor Alckmin quer convencer a quem, que o governo (no caso o seu) não tinha nada com isso?
Segundo o próprio Alckmin e sua assessoria de Comunicação, "AS VERBAS ERAM DISTRIBUÍDAS PELO PRESIDENTE DA NOSSA CAIXA, SEM A INTERFERÊNCIA DE NINGUÉM". Ha! Ha! Ha!
Ó quão dessemelhante, perdão, ó quão ingênuo, inútil e inócuo é o senhor Alckmin. Ele usava toda a sua autoridade e distribuía as verbas utilizando duas palavras apenas: VISIBILIDADE e RECIPROCIDADE. Quem lhe dava (e ao seu grupo) VISIBILIDADE era recompensado com a RECIPROCIDADE.
PS - Alckmin a cada dia fortalece o Plano B do "triunvirato" de quatro do seu partido. Trocá-lo por José Serra, com FHC disputando o governo do Estado.
PS 2 - E com Itamar se lançando candidato a presidente aos 76 anos, por que FHC não poderia ser governador com a mesma idade? É o que FHC proclama.
Amanhã
O contrato "escambo" CBF-NikeO futebol, paixão nacional, segundo o "evangelho" da corrupção de Ricardo Teixeira, ídolo do povo.
Anthony Mateus
Há muito não sai aqui. Aparece por falar sempre vaga-mente, aleatoria-mente, arrogante-mente, avassaladora-mente, impensada-mente, discricionaria-mente, leviana-mente.
O PMDB se reúne hoje e amanhã em Brasília. Reunião inútil, inócua, inoperante, devem comparecer alguns candidatos aos 27 cargos de governadores e às vagas de 27 senadores. Desde já, mais uma derrota liquidante, fulminante, massacrante para Anthony Mateus. Ele pensou (? Ha! Ha! Ha!) que ocuparia o palanque sozinho e vitorioso. Já estava badalando o acontecimento quando surgiram vários fatos incontroláveis e inesperados.
1 - A declaração do governador Germano Rigotto: "Fui enganado pelo ex-governador Garotinho, que me disse que eu seria o candidato dele na convenção. O candidato era ele". Enganar é um verbo inventado por Mateus.
2 - Ficou transtornado quando soube que Michel Temer telefonara para Itamar em Juiz de Fora, convidando-o a ir à reunião de hoje. Itamar já está em Brasília, espera que o PMDB não repita 1998. Não repetirá.
3 - Michel Temer, desde que Mateus entrou no PMDB (partido com o qual não tem a menor intimidade), era tido e havido como porta-voz nacional de Anthony Mateus. (O porta-voz regional é Eduardo Cunha, ainda falo dele. E muito.).
4 - Anthony Mateus ficou zanzando no fim de semana, de longe, assustado que fosse "malhado". Foi. Principalmente em Campos e adjacências. Sobre o porta-voz nacional (Michel Temer), disse ao porta-voz regional (Eduardo Cunha): "Sou traído por todos, não entendo".
5 - Anthony Mateus foi à casa de Itamar em Juiz de Fora, surpreendendo o próprio dono da casa. Nunca tiveram bom relacionamento, os 2 eram governadores, Mateus tentava esmagar todos ou qualquer um.
6 - Para os jornais, Anthony Mateus disse que foi a Juiz de Fora para fortalecer "a candidatura Itamar, e assim, obrigar o PMDB a ter candidato próprio". E acrescentou: "Sei que não é a minha vez".
Mas na casa de Itamar, o "discurso", exatamente o que foi denunciado por Rigotto: ENGANADOR. E inacreditavelmente, Mateus disse ao ex-presidente: "Se o senhor quiser eu ligo agora do meu celular para José Sarney, Quercia, Renan, Suassuna". Todos que vetam seu nome.
O ex-presidente Itamar Franco ficou perplexo com tanta falta de constrangimento. E a desenvoltura com que falava em nome dos outros.
Quanto a José Dirceu, o ex-presidente tem relacionamento com ele que vem de longe. O arquiteto Marquetti, que trabalhava no escritório de Itamar, foi preso e torturado.
Tinha 21 anos na época, a mesma idade de Dirceu. Os dois foram trocados quando houve o seqüestro do embaixador Elbrick. O ex-presidente só soube depois. Dirceu, chefe da Casa Civil, e Itamar, embaixador, mantiveram relacionamento justificado e compreensível.
Quanto à ida de Dirceu a Juiz de Fora, motivação inequívoca: quer fugir do ostracismo. E pretende dar a impressão de que ainda fala pelo presidente Lula. Mesmo espantoso, pode até ser verdade.
O que é inequivocamente falso: que esteja vivendo de "consultoria e advocacia". Ha! Ha! Ha! Consultoria, quase sempre é como mensalão, pagam para não fazer nada, apenas retribuir favores. E quem iria contratar o advogado José Dirceu, que jamais "clinicou" desde a formação?
(Nesse ponto, Dirceu tem tudo a ver com ACM-Corleone. Em matéria de desrespeito pelos dinheiros públicos, e até pelo não exercício da profissão. ACM se formou em medicina, comprometido com o reitor de jamais "advogar". Cumpriu integralmente, "salvando vidas").
No plano estadual aqui do Estado do Rio, é difícil analisar qualquer coisa até que Anthony Mateus tenha esgotado todos os prazos para fingir de presidenciável pelo PMDB. Não será, finge que sim.
Sempre que precisa iludir a opinião pública, para referendar as posições equívocas de Anthony Mateus, o porta-voz regional (Eduardo Cunha) compra tempo na televisão e "chuta" com todos os pés.
Quinta-feira, usou 1 hora da televisão (dinheiro não falta), falando quase que unicamente na "candidatura" Sergio Cabral a governador. Por que a insistência? Porque esse é o Plano ostensivo.
Justificou a saída de Dona Garotinha em 31 de março, assim: "A governadora achou que saindo do cargo estaria frustrando os eleitores. Pois se elegeu para 4 anos e não para 3 anos e pouco".
E ainda acrescentou: "Ela não é como José Serra, que prometeu ficar 48 meses e só ficou 15". Com isso, Eduardo Cunha criticou o próprio Anthony Mateus, que se elegeu também por 4 anos e saiu em 2002, bem antes. Nunca vi alguém "portar a voz" contra o dono.
E há mais e ainda mais elucidativo: Dona Garotinha pode ser candidata à reeeleição. Mas só vão decidir depois que Mateus estiver completamente liquidado. Aí, Serginho será vice, Dona Benedita já fez isso.
Trocou 4 anos no Senado por 4 anos na vice. Só que ele não é mulher, negra e favelada, bem ao contrário. Segundo Marcello Alencar.
João Havelange, magnificamente de saúde, viaja sábado para a Suíça. Vai à inauguração do novo edifício da Fifa, num terreno de 44 mil metros quadrados. Comprado por ele mesmo ao Credit Suisse. O edifício terá 9 andares, para não atingir as árvores que cercam a área.
A Fifa funcionava num escritório alugado, quando Havelange assumiu em 1974. Deixou um prédio próprio construído por ele. O de agora tem construção de 148 metros por 90, também moderníssimo.
Surpreendentemente, o "bispo" senador Crivela está crescendo. Quer fazer aliança com Vladimir Palmeira, ótimo. E o PT-PT? Só prejudica.
A situação nos estados muda tanto que há uma semana o senador Artur Virgilio me dizia "não serei candidato a governador". Respondi: mas no meio do mandato, facílimo. Agora resolveu e se lançou. Ainda bem.
José Roberto Arruda dispara como candidato em Brasília. Mas o que fazer com o senador Paulo Otavio, do mesmo PFL? Lá não quer ser coadjuvante.
XXX
Uma das mais criativas "malhações" do sábado estava na belíssima Avenida 28 de Setembro: "Revolta contra os Judas e os Dudas".
XXX O simpático mas ineficiente tenista Ricardo Mello, depois de quase 2 anos sem vitória, ganhou um challenger (com adversários de quinta categoria) em Santa Catarina. Recebeu 14 mil reais, já dá para viajar e perder na primeira rodada em qualquer torneio no saibro da Europa.
XXX Dia 20, depois de amanhã, o presidente do Clube Militar, general Lessa (já eleito e reeleito), recebe o general Augusto Heleno Ribeiro para palestra.
Além de excelente personalidade, o general Heleno chefiou a Missão de Paz no Haiti, terminou seu tempo com excelente trabalho.
XXX Para o Procon providenciar: a NET só tem 3 canais com transmissão de jogos pagos por fora. Mas no Brasileirão, às vezes 4 e 5 jogos à mesma hora, o que fazer? Engana o público como se fosse José Serra ou Anthony Mateus.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Corregedoria investigará proteção a bicheiros
Por:Bernardo Mello Franco, Ediane Merola e Sérgio Ramalho
O chefe de Polícia Civil, Ricardo Hallack, determinou que a corregedoria da instituição investigue a participação de agentes no esquema de proteção aos contraventores Rogério Andrade e Fernando Iggnácio. Os dois herdeiros do jogo do bicho estão foragidos da Justiça e são acusados de disputar o controle de caça-níqueis na Zona Oeste. Segundo Hallack, a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), que apura o caso, vai remeter hoje cópia do inquérito com a identificação dos policiais ao corregedor Ricardo Martins.
Reportagem publicada sábado pelo GLOBO, com base num relatório da Subsecretaria de Segurança e Inteligência (SSI) e de inquéritos do Ministério Público estadual e da Draco, revelou que 86 homens, entre eles policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários da ativa e reformados, fariam a segurança dos dois contraventores, possibilitando que eles levem uma vida normal.
O ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins admitiu a participação de agentes na escolta dos contraventores:
- Os bicheiros contam com proteção de parte do aparato policial. Esses agentes facilitam a vida dos contraventores, que têm acesso a informações privilegiadas sobre operações policiais - afirmou Álvaro Lins, que deixou o cargo no fim de março para se candidatar a deputado estadual.
O ex-procurador-geral do estado e deputado federal Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) criticou a ineficiência da polícia. Ele disse que a maior parte da escolta aos foragidos é formada por policiais de baixa patente. Sem citar nomes, o deputado afirmou que os condenados também têm apoio de integrantes da cúpula da polícia.
- É um absurdo que um condenado a 19 anos de prisão (Rogério Andrade) transite livremente e continue determinando execuções. Quando há tolerância ao jogo, outros interesses estão sendo atendidos. Da forma escancarada como eles fazem, é um incentivo à criminalidade - disse Biscaia, que, como procurador-geral, comandou as investigações que levaram à prisão de 14 integrantes da cúpula do jogo em 1993.
Segundo o parlamentar, os contraventores retomaram o poder gradativamente desde a condenação da cúpula comandada por Castor de Andrade, tio de Rogério Andrade e sogro de Fernando Iggnácio:
- Eles conseguiram ampliar os domínios com essas máquinas ilegais. A guerra pelos pontos da Zona Oeste e a impunidade dos contraventores fazem com que a sociedade se sinta desprotegida.
Juíza responsável pela condenação dos 14 bicheiros em 1993, a deputada federal Denise Frossard (PPS-RJ) não se surpreendeu com a notícia de que os dois foragidos têm escolta de policiais. Segundo ela, o bicho se transformou em fachada para outros delitos:
- Ninguém fica rico com o bicho. O jogo serve de escudo para outros crimes, como o tráfico de armas. Parte dos policiais, que deveriam ser os principais predadores da contravenção, acabou se tornando aliada dos bandidos, que também atacam instituições como o Ministério Público e a Justiça. Mas a polícia é mais fácil de corromper por estar no confronto direto com o crime.
O sociólogo Ignácio Cano, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Uerj, comparou o esquema de escolta aos contraventores à corrupção de policiais que protegem traficantes de drogas:
- O fato de os dois estarem foragidos há tanto tempo mostra que os bandidos que têm dinheiro conseguem aliciar policiais para garantir proteção e escapar da Justiça. Parte do aparato público está trabalhando para o crime.
Segundo o sociólogo, a participação de 86 homens na escolta aos contraventores mostra que os esforços para limpar a polícia não estão surtindo o efeito necessário:
- A existência da escolta desmoraliza o combate ao crime.
O secretário de Segurança Pública, Roberto Precioso Júnior, não quis comentar o inquérito, que corre sob segredo de Justiça.
Fonte: O GLOBO
O chefe de Polícia Civil, Ricardo Hallack, determinou que a corregedoria da instituição investigue a participação de agentes no esquema de proteção aos contraventores Rogério Andrade e Fernando Iggnácio. Os dois herdeiros do jogo do bicho estão foragidos da Justiça e são acusados de disputar o controle de caça-níqueis na Zona Oeste. Segundo Hallack, a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), que apura o caso, vai remeter hoje cópia do inquérito com a identificação dos policiais ao corregedor Ricardo Martins.
Reportagem publicada sábado pelo GLOBO, com base num relatório da Subsecretaria de Segurança e Inteligência (SSI) e de inquéritos do Ministério Público estadual e da Draco, revelou que 86 homens, entre eles policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários da ativa e reformados, fariam a segurança dos dois contraventores, possibilitando que eles levem uma vida normal.
O ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins admitiu a participação de agentes na escolta dos contraventores:
- Os bicheiros contam com proteção de parte do aparato policial. Esses agentes facilitam a vida dos contraventores, que têm acesso a informações privilegiadas sobre operações policiais - afirmou Álvaro Lins, que deixou o cargo no fim de março para se candidatar a deputado estadual.
O ex-procurador-geral do estado e deputado federal Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) criticou a ineficiência da polícia. Ele disse que a maior parte da escolta aos foragidos é formada por policiais de baixa patente. Sem citar nomes, o deputado afirmou que os condenados também têm apoio de integrantes da cúpula da polícia.
- É um absurdo que um condenado a 19 anos de prisão (Rogério Andrade) transite livremente e continue determinando execuções. Quando há tolerância ao jogo, outros interesses estão sendo atendidos. Da forma escancarada como eles fazem, é um incentivo à criminalidade - disse Biscaia, que, como procurador-geral, comandou as investigações que levaram à prisão de 14 integrantes da cúpula do jogo em 1993.
Segundo o parlamentar, os contraventores retomaram o poder gradativamente desde a condenação da cúpula comandada por Castor de Andrade, tio de Rogério Andrade e sogro de Fernando Iggnácio:
- Eles conseguiram ampliar os domínios com essas máquinas ilegais. A guerra pelos pontos da Zona Oeste e a impunidade dos contraventores fazem com que a sociedade se sinta desprotegida.
Juíza responsável pela condenação dos 14 bicheiros em 1993, a deputada federal Denise Frossard (PPS-RJ) não se surpreendeu com a notícia de que os dois foragidos têm escolta de policiais. Segundo ela, o bicho se transformou em fachada para outros delitos:
- Ninguém fica rico com o bicho. O jogo serve de escudo para outros crimes, como o tráfico de armas. Parte dos policiais, que deveriam ser os principais predadores da contravenção, acabou se tornando aliada dos bandidos, que também atacam instituições como o Ministério Público e a Justiça. Mas a polícia é mais fácil de corromper por estar no confronto direto com o crime.
O sociólogo Ignácio Cano, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Uerj, comparou o esquema de escolta aos contraventores à corrupção de policiais que protegem traficantes de drogas:
- O fato de os dois estarem foragidos há tanto tempo mostra que os bandidos que têm dinheiro conseguem aliciar policiais para garantir proteção e escapar da Justiça. Parte do aparato público está trabalhando para o crime.
Segundo o sociólogo, a participação de 86 homens na escolta aos contraventores mostra que os esforços para limpar a polícia não estão surtindo o efeito necessário:
- A existência da escolta desmoraliza o combate ao crime.
O secretário de Segurança Pública, Roberto Precioso Júnior, não quis comentar o inquérito, que corre sob segredo de Justiça.
Fonte: O GLOBO
Emenda antinepotismo volta a plenário
Por: Gazeta do Povo (PR)
Desde agosto de 2005 tramita na Assembléia Legislativa um projeto antinepotismo no Paraná, apresentado pelo deputado Tadeu Veneri (PT). Em fevereiro deste ano foi criada uma comissão especial que transformou o projeto em proposta de emenda constitucional. No dia 24 de março, nas vésperas da votação da proposta da Assembléia, o governo enviou ao Legislativo outra emenda tratando do mesmo tema. Quatro dias depois os deputados não conseguem votar a emenda da Assembléia porque os governistas esvaziaram o plenário. A emenda foi aprovada em primeira discussão no dia 30 de março, com 40 dos 54 votos dos deputados.
Diferenças
A segunda votação da proposta da Assembléia está marcada para amanhã e os deputados do PMDB querem votar junto a emenda do governo. As duas emendas proíbem a nomeação de parentes até 2.º grau de agentes públicos em cargos comissionados. A diferença é que na proposta da Assembléia, a lei passa a vigorar 180 dias após a publicação e impede a nomeação de parentes para a administração direta, autarquias, conselhos remunerados e órgãos da administração indireta. Já a emenda do governo entra em vigor só em 2007, proíbe o nepotismo cruzado entre poderes e veda a nomeação de deputados estaduais, vereadores e de parentes até 2.º grau, para cargos de secretário de Estado, secretário municipal e de conselheiro do Tribunal de Contas.
Desde agosto de 2005 tramita na Assembléia Legislativa um projeto antinepotismo no Paraná, apresentado pelo deputado Tadeu Veneri (PT). Em fevereiro deste ano foi criada uma comissão especial que transformou o projeto em proposta de emenda constitucional. No dia 24 de março, nas vésperas da votação da proposta da Assembléia, o governo enviou ao Legislativo outra emenda tratando do mesmo tema. Quatro dias depois os deputados não conseguem votar a emenda da Assembléia porque os governistas esvaziaram o plenário. A emenda foi aprovada em primeira discussão no dia 30 de março, com 40 dos 54 votos dos deputados.
Diferenças
A segunda votação da proposta da Assembléia está marcada para amanhã e os deputados do PMDB querem votar junto a emenda do governo. As duas emendas proíbem a nomeação de parentes até 2.º grau de agentes públicos em cargos comissionados. A diferença é que na proposta da Assembléia, a lei passa a vigorar 180 dias após a publicação e impede a nomeação de parentes para a administração direta, autarquias, conselhos remunerados e órgãos da administração indireta. Já a emenda do governo entra em vigor só em 2007, proíbe o nepotismo cruzado entre poderes e veda a nomeação de deputados estaduais, vereadores e de parentes até 2.º grau, para cargos de secretário de Estado, secretário municipal e de conselheiro do Tribunal de Contas.
segunda-feira, abril 17, 2006
Substância na pimenta pode ajudar contra câncer da próstata
Por: BBCBRASIL.com
A substância que deixa a pimenta ardida também pode levar células de câncer de próstata ao suicídio, segundo uma pesquisa de cientistas do Cedars-Sinai Medical Center, nos Estados Unidos.
Testes mostraram que essa substância, chamada capsaicina, fez com que 80% das células de câncer de próstata iniciassem o processo que as leva à morte.
A pesquisa, que foi publicada no jornal Cancer Research, também constatou que os tumores tratados com capsaicina ficaram menores.
Especialistas em próstata da Grã-Bretanha dizem que a capsaicina pode ser a base de um futuro remédio, mas alertaram que o hábito de comer pimenta em exagero é associado à alta incidência de câncer de estômago.
Mutações
No estudo, os cientistas do Cedars-Sinai Medical Center usaram ratos que tinham sido geneticamente modificados e continham células humanas de câncer de próstata.
Eles receberam uma dose de extrato de pimenta equivalente a 400 mg de capsaicina três vezes por semana para um homem de 91 quilos.
Isso seria o mesmo que ingerir de três a oito pimentas muripi, as que têm maior quantidade da substância.
Células normais passam por um processo constante em que milhões delas morrem a cada segundo – processo conhecido como apoptose – e outras milhões são produzidos para manter o número de células existentes.
Algumas células, porém, conseguem evitar a apoptose (morte celular programada) por meio de mutação ou desregulamentação dos genes que participam no suicídio programado das células.
Os cientistas perceberam que a capsaicina aumentou a quantidade de certas proteínas envolvidas no processo de suicídio das células.
A substância também reduziu a quantidade de PSA (antígeno específico da próstata, na sigla em inglês), uma proteína produzida pelas células cancerosas da próstata.
Peixe
"A capsaicina teve um efeito antiproliferante profundo sobre células de câncer de próstata humanas em cultura", disse Soren Lehmann, cientista que liderou a pesquisa.
"Isso reduziu dramaticamente o desenvolvimento de tumores na próstata."
Chris Hailey, chefe de pesquisa da organização britânica The Prostate Cancer Charity disse que o "trabalho em células baseado em laboratório é muito interessante, mas não se sabe ainda como, e nem se, pode ajudar homens com câncer de próstata".
"Pode ser possível extrair capsaicina e toná-la disponível como um medicamento".
"Nesse meio tempo, alertamos os homens contra aumentar sua ingestão semanal de pimentas ardidas – a grande ingestão de pimentas ardidas está ligada a câncer de estômago nas populações do México e da Índia".
"Por ora, se os homens com câncer de próstata querem melhorar sua dieta, eles devem evitar comidas gordurosas, devem comer menos carne vermelha e carne processada, aumentar o consumo de peixe e comer uma variedade de frutas e legumes todos os dias."
A substância que deixa a pimenta ardida também pode levar células de câncer de próstata ao suicídio, segundo uma pesquisa de cientistas do Cedars-Sinai Medical Center, nos Estados Unidos.
Testes mostraram que essa substância, chamada capsaicina, fez com que 80% das células de câncer de próstata iniciassem o processo que as leva à morte.
A pesquisa, que foi publicada no jornal Cancer Research, também constatou que os tumores tratados com capsaicina ficaram menores.
Especialistas em próstata da Grã-Bretanha dizem que a capsaicina pode ser a base de um futuro remédio, mas alertaram que o hábito de comer pimenta em exagero é associado à alta incidência de câncer de estômago.
Mutações
No estudo, os cientistas do Cedars-Sinai Medical Center usaram ratos que tinham sido geneticamente modificados e continham células humanas de câncer de próstata.
Eles receberam uma dose de extrato de pimenta equivalente a 400 mg de capsaicina três vezes por semana para um homem de 91 quilos.
Isso seria o mesmo que ingerir de três a oito pimentas muripi, as que têm maior quantidade da substância.
Células normais passam por um processo constante em que milhões delas morrem a cada segundo – processo conhecido como apoptose – e outras milhões são produzidos para manter o número de células existentes.
Algumas células, porém, conseguem evitar a apoptose (morte celular programada) por meio de mutação ou desregulamentação dos genes que participam no suicídio programado das células.
Os cientistas perceberam que a capsaicina aumentou a quantidade de certas proteínas envolvidas no processo de suicídio das células.
A substância também reduziu a quantidade de PSA (antígeno específico da próstata, na sigla em inglês), uma proteína produzida pelas células cancerosas da próstata.
Peixe
"A capsaicina teve um efeito antiproliferante profundo sobre células de câncer de próstata humanas em cultura", disse Soren Lehmann, cientista que liderou a pesquisa.
"Isso reduziu dramaticamente o desenvolvimento de tumores na próstata."
Chris Hailey, chefe de pesquisa da organização britânica The Prostate Cancer Charity disse que o "trabalho em células baseado em laboratório é muito interessante, mas não se sabe ainda como, e nem se, pode ajudar homens com câncer de próstata".
"Pode ser possível extrair capsaicina e toná-la disponível como um medicamento".
"Nesse meio tempo, alertamos os homens contra aumentar sua ingestão semanal de pimentas ardidas – a grande ingestão de pimentas ardidas está ligada a câncer de estômago nas populações do México e da Índia".
"Por ora, se os homens com câncer de próstata querem melhorar sua dieta, eles devem evitar comidas gordurosas, devem comer menos carne vermelha e carne processada, aumentar o consumo de peixe e comer uma variedade de frutas e legumes todos os dias."
Gengibre pode combater câncer de ovário, diz estudo
Por: BBCBrasil
O gengibre pode ajudar a combater o câncer de ovário, indicaram experiências feitas por cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Testes feitos em laboratório mostraram que a raiz pode matar células cancerígenas, de acordo com os resultados apresentados na Associação (americana) de Pesquisas sobre o Câncer.
Os pesquisadores usaram um pó de gengibre semelhante ao que é vendido em lojas de comida, dissolveram o produto em uma solução e a aplicaram em células de câncer de ovário.
Embora digam que o gengibre matou as células cancerígenas em todos os testes, os próprios autores do estudo reconhecem que mais exames precisam ser realizados para comprovar o poder anticâncer da raiz.
"Suicídio" e autofagia
Cientistas britânicos também advertiram que, embora o estudo ofereça esperanças de que o gengibre seja usado no desenvolvimentos de drogas contra o câncer, ainda é cedo para concluir que o alimento possa de fato ajudar a combater a doença.
"Este estudo não significa que as pessoas devem baixar nos supermercados e estocar gengibre", disse o representante da ONG britânica Cancer Research UK Heney Scowcroft.
Ainda assim, os pesquisadores americanos destacaram as vantagens de um possível tratamento à base de gengibre.
Segundo eles, não só o alimento não tem efeitos colaterais, como seria de fácil administração, possivelmente na forma de cápsulas.
Nos testes, os cientistas observaram que o gengibre levou as células a se "suicidarem" - o que é conhecido como apoptose - e à autofagia - uma espécie de canibalismo.
Segundo os pesquisadores, a forma como o gengibre "mata" as células cancerígenas é especialmente encorajador.
"Se o gengibre pode causar morte autofágica além da apoptose, também pode restringir a resistência à quimioterapia convencional", disse a autora do relatório sobre o estudo Rebecca Liu.
A raiz já é conhecida por propriedades terapêuticas como a capacidade de aliviar náusea e controlar processos inflamatórios.
O gengibre pode ajudar a combater o câncer de ovário, indicaram experiências feitas por cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Testes feitos em laboratório mostraram que a raiz pode matar células cancerígenas, de acordo com os resultados apresentados na Associação (americana) de Pesquisas sobre o Câncer.
Os pesquisadores usaram um pó de gengibre semelhante ao que é vendido em lojas de comida, dissolveram o produto em uma solução e a aplicaram em células de câncer de ovário.
Embora digam que o gengibre matou as células cancerígenas em todos os testes, os próprios autores do estudo reconhecem que mais exames precisam ser realizados para comprovar o poder anticâncer da raiz.
"Suicídio" e autofagia
Cientistas britânicos também advertiram que, embora o estudo ofereça esperanças de que o gengibre seja usado no desenvolvimentos de drogas contra o câncer, ainda é cedo para concluir que o alimento possa de fato ajudar a combater a doença.
"Este estudo não significa que as pessoas devem baixar nos supermercados e estocar gengibre", disse o representante da ONG britânica Cancer Research UK Heney Scowcroft.
Ainda assim, os pesquisadores americanos destacaram as vantagens de um possível tratamento à base de gengibre.
Segundo eles, não só o alimento não tem efeitos colaterais, como seria de fácil administração, possivelmente na forma de cápsulas.
Nos testes, os cientistas observaram que o gengibre levou as células a se "suicidarem" - o que é conhecido como apoptose - e à autofagia - uma espécie de canibalismo.
Segundo os pesquisadores, a forma como o gengibre "mata" as células cancerígenas é especialmente encorajador.
"Se o gengibre pode causar morte autofágica além da apoptose, também pode restringir a resistência à quimioterapia convencional", disse a autora do relatório sobre o estudo Rebecca Liu.
A raiz já é conhecida por propriedades terapêuticas como a capacidade de aliviar náusea e controlar processos inflamatórios.
O MAFIOSO
Por: Aderbal
Vossa Excelência já é carne queimada nessa história. Este crápula manipula a industria de indenizações!
Ciao, Márcio Thomaz Bastos! Por Reinaldo Azevedo Deu tudo errado, não é? O projeto era transformar o Sapo Barbudo no Príncipe da classe operária, que então iria ao paraíso. Um monte de gente acreditou, a começar do jornalismo, uma profissão na qual a ciência política deveria ser uma obrigação, assim como um cirurgião tem de saber cortar e costurar. Mas quê... Depois ficam exercitando por aí pessimismo desinformado e rombudo. Nada é mais burro e inútil do que um pessimista burro. Sigamos. Em vez de o Sapo virar Príncipe, um príncipe do direito entrou no governo e dele vai sair como um sapo: Márcio Thomaz Bastos. Que ele ainda seja ministro enquanto escrevo só revela a degradação da República. Faz tempo que este senhor está na minha mira. Desde quando decidiu estrelar a sua própria versão de Comendo os Ricos, com aquelas operações espetaculares na Polícia Federal, com nomes que remetiam a filmes e romances de segunda categoria: uma brincadeira, em suma, perigosa, típica de certa delinqüência juvenil. Prenderam alguns empresários acusados de sonegar impostos. Não foi parar na cadeia uma só pessoa envolvida com o valerioduto e o mensalão. Driblar o fisco dá cana; roubá-lo dá poder. Depois veio a sua tese da “acomodação tática” da Constituição em relação ao MST. Aí veio a sua incompetência escancarada, posto que não entregou os presídios federais que prometeu. Lembrem-se do Plano Nacional de Segurança, que virou peça de ficção. E, agora, nos últimos dias de seu mandato — espero que assim seja —, a mais grave agressão ao Estado de Direito em períodos democráticos: a invasão do sigilo bancário de Francenildo Costa. Já escrevi neste espaço que Bastos é absolutamente digno do cargo que ocupa se considerarmos o governo Lula. Mas é claro que sua permanecia é acintosa à democracia. A mim me interessam menos os detalhes, as filigranas, o tempo exato em que as coisas foram feitas, se os assessores que estavam na casa de Palocci sabiam ou não que ele tinha o extrato... Isso tudo é conversa que interessa a criminalistas — e Bastos é um. O que fica óbvio, no imbróglio todo, é a responsabilidade política do Ministério da Justiça. Se tudo foi feito ao arrepio do ministro, ele tem de cair porque idiota. E eu tenho a certeza de que isso ele não é. Se feito com o seu consentimento, ainda que o mais passivo, bem, tem de cair porque transgrediu a lei que lhe cabe defender. Quando o Brasil inteiro já sabia de tudo, o que foi que Bastos fez? Saiu em defesa de Palocci e ainda alimentou as teorias conspiratórias. Poderia ter tido ao menos o bom gosto de ficar calado. Um amigo querido me manda um e-mail me censurando pela dureza com que tenho tratado Bastos, um “luminar” do direito, “ex-presidente da OAB, que contribuiu para o fim da ditadura” etc. e tal. Escrevo aqui o que respondi a ele: tanto pior. O cura da aldeia tem menos direito de pecar do que o homem comum. Porque ele existe para ser o remédio. E volto ao grande Padre Vieira, como sempre: e quando os remédios falham? Quem os remedeiam? Ademais, a reconstrução da democracia é um patrimônio do povo brasileiro, de que o agora ministro da Justiça foi uma personagem. Seu passado não lhe concede licença especial para nada. Ao contrário: até lhe impunha responsabilidades especiais. Entre a expectativa que gerou e o que efetivamente fez, trata-se do pior ministro de Lula. O príncipe tornado sapo. Há muito, parece-me, Bastos serve menos ao país do que ao presidente Lula e ao PT, aos quais vive apontando veredas e saídas, as mais estreitas e até improváveis, para tentar resolver juridicamente o que não tem saída política. Eis a questão: assim como a politização da Justiça é um desastre para qualquer país, a “judicialização” (se me permitem o neologismo) da política é sempre uma manifestação de desespero e evidência de crise ética e moral. Ciao, Márcio Thomaz Bastos! Vossa Excelência já é carne queimada nessa história.
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Vossa Excelência já é carne queimada nessa história. Este crápula manipula a industria de indenizações!
Ciao, Márcio Thomaz Bastos! Por Reinaldo Azevedo Deu tudo errado, não é? O projeto era transformar o Sapo Barbudo no Príncipe da classe operária, que então iria ao paraíso. Um monte de gente acreditou, a começar do jornalismo, uma profissão na qual a ciência política deveria ser uma obrigação, assim como um cirurgião tem de saber cortar e costurar. Mas quê... Depois ficam exercitando por aí pessimismo desinformado e rombudo. Nada é mais burro e inútil do que um pessimista burro. Sigamos. Em vez de o Sapo virar Príncipe, um príncipe do direito entrou no governo e dele vai sair como um sapo: Márcio Thomaz Bastos. Que ele ainda seja ministro enquanto escrevo só revela a degradação da República. Faz tempo que este senhor está na minha mira. Desde quando decidiu estrelar a sua própria versão de Comendo os Ricos, com aquelas operações espetaculares na Polícia Federal, com nomes que remetiam a filmes e romances de segunda categoria: uma brincadeira, em suma, perigosa, típica de certa delinqüência juvenil. Prenderam alguns empresários acusados de sonegar impostos. Não foi parar na cadeia uma só pessoa envolvida com o valerioduto e o mensalão. Driblar o fisco dá cana; roubá-lo dá poder. Depois veio a sua tese da “acomodação tática” da Constituição em relação ao MST. Aí veio a sua incompetência escancarada, posto que não entregou os presídios federais que prometeu. Lembrem-se do Plano Nacional de Segurança, que virou peça de ficção. E, agora, nos últimos dias de seu mandato — espero que assim seja —, a mais grave agressão ao Estado de Direito em períodos democráticos: a invasão do sigilo bancário de Francenildo Costa. Já escrevi neste espaço que Bastos é absolutamente digno do cargo que ocupa se considerarmos o governo Lula. Mas é claro que sua permanecia é acintosa à democracia. A mim me interessam menos os detalhes, as filigranas, o tempo exato em que as coisas foram feitas, se os assessores que estavam na casa de Palocci sabiam ou não que ele tinha o extrato... Isso tudo é conversa que interessa a criminalistas — e Bastos é um. O que fica óbvio, no imbróglio todo, é a responsabilidade política do Ministério da Justiça. Se tudo foi feito ao arrepio do ministro, ele tem de cair porque idiota. E eu tenho a certeza de que isso ele não é. Se feito com o seu consentimento, ainda que o mais passivo, bem, tem de cair porque transgrediu a lei que lhe cabe defender. Quando o Brasil inteiro já sabia de tudo, o que foi que Bastos fez? Saiu em defesa de Palocci e ainda alimentou as teorias conspiratórias. Poderia ter tido ao menos o bom gosto de ficar calado. Um amigo querido me manda um e-mail me censurando pela dureza com que tenho tratado Bastos, um “luminar” do direito, “ex-presidente da OAB, que contribuiu para o fim da ditadura” etc. e tal. Escrevo aqui o que respondi a ele: tanto pior. O cura da aldeia tem menos direito de pecar do que o homem comum. Porque ele existe para ser o remédio. E volto ao grande Padre Vieira, como sempre: e quando os remédios falham? Quem os remedeiam? Ademais, a reconstrução da democracia é um patrimônio do povo brasileiro, de que o agora ministro da Justiça foi uma personagem. Seu passado não lhe concede licença especial para nada. Ao contrário: até lhe impunha responsabilidades especiais. Entre a expectativa que gerou e o que efetivamente fez, trata-se do pior ministro de Lula. O príncipe tornado sapo. Há muito, parece-me, Bastos serve menos ao país do que ao presidente Lula e ao PT, aos quais vive apontando veredas e saídas, as mais estreitas e até improváveis, para tentar resolver juridicamente o que não tem saída política. Eis a questão: assim como a politização da Justiça é um desastre para qualquer país, a “judicialização” (se me permitem o neologismo) da política é sempre uma manifestação de desespero e evidência de crise ética e moral. Ciao, Márcio Thomaz Bastos! Vossa Excelência já é carne queimada nessa história.
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.A REPÚBLICA EM TRANSE
Por: Primeira Leitura
Ex-assessor de Palocci é indiciado por suspeita de violação de conta do caseiro; PF pede a quebra de sigilo telefônico de Marcelo Netto; Bastos se explica na Câmara na quinta
*Sem conseguir controlar aliados, Lula pede aprovação do Orçamento; PSDB aciona Justiça contra MPs de R$ 26 bi
*Massacre de Eldorado de Carajás vira pretexto para ações violentas do MST; saldo: 2 saques, 4 bloqueios e 10 invasões
*Irã nuclear X EUA: cotações do petróleo sobem ainda mais
*Ataque palestino mata 9 e fere 40 no dia da posse do novo Parlamento de Israel, que culpa Hamas e promete revide CASO FRANCENILDO — O jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, foi indiciado nesta segunda-feira pela Polícia Federal como suspeito no crime de violação sigilo bancário de Francenildo Santos Costa. O jornalista prestou um novo depoimento e negou ter participado da obtenção e do vazamento das informações. A PF decidiu também pedir à Justiça Federal a quebra do sigilo telefônico de Netto. Outro que acabou envolvido no episódio, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, vai depor sobre o caso na quinta-feira a parlamentares no Congresso. Bastos disse nesta segunda ao presidente Lula que pretende esclarecer e encerrar o assunto. Veja notas em Política.ORÇAMENTO — O presidente Lula aproveitou o programa de rádio Café com o Presidente para pedir ao Congresso — onde não consegue nem mobilizar a própria base aliada — a aprovação do Orçamento de 2006. Ele justificou ainda a edição, na semana passada, de duas medidas provisórias liberando cerca de R$ 26 bilhões para estatais e ministérios. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou que seu partido vai questionar na Justiça as MPs. Em nota, Virgílio qualificou as medidas de “operação fantasma”, pois adicionam créditos a uma peça orçamentária que ainda não existe oficialmente. Veja notas em Política. MST — Lideranças do MST de Pernambuco fecharam nesta segunda quatro rodovias federais no Estado e saquearam dois caminhões carregados com massas e biscoitos em São Lourenço da Mata. O líder do movimento Jaime Amorim disse que os saques representaram “um gesto simbólico da luta pela reforma agrária” e um protesto contra a impunidade dos responsáveis pelo massacre de Eldorado do Carajás, o confronto entre sem-terra e policiais militares que, em 17 de abril de 1996, matou 19 trabalhadores rurais. O MST também comandou invasões em 10 fazendas na madrugada desta segunda no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. Veja notas em Política. PETRÓLEO — A escalada do preço internacional do petróleo, já cotado acima de US$ 70 o barril, prosseguiu nesta segunda por causa da malparada disputa entre o governo do Irã, que insiste em seu projeto nuclear não reconhecido pela ONU, e os Estados Unidos. Veja notas em Economia.ISRAEL — Logo depois da posse do novo Parlamento israelense, nesta segunda, um ataque suicida palestino matou pelo menos 9 pessoas e feriu 40. O porta-voz do premiê interino, Ehud Olmert, disse que Israel considera o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), comandado pelo grupo terrorista Hamas, como o responsável pelo atentado desta segunda-feira em Tel Aviv. O revide será inevitável, segundo o governo israelense.
Ex-assessor de Palocci é indiciado por suspeita de violação de conta do caseiro; PF pede a quebra de sigilo telefônico de Marcelo Netto; Bastos se explica na Câmara na quinta
*Sem conseguir controlar aliados, Lula pede aprovação do Orçamento; PSDB aciona Justiça contra MPs de R$ 26 bi
*Massacre de Eldorado de Carajás vira pretexto para ações violentas do MST; saldo: 2 saques, 4 bloqueios e 10 invasões
*Irã nuclear X EUA: cotações do petróleo sobem ainda mais
*Ataque palestino mata 9 e fere 40 no dia da posse do novo Parlamento de Israel, que culpa Hamas e promete revide CASO FRANCENILDO — O jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, foi indiciado nesta segunda-feira pela Polícia Federal como suspeito no crime de violação sigilo bancário de Francenildo Santos Costa. O jornalista prestou um novo depoimento e negou ter participado da obtenção e do vazamento das informações. A PF decidiu também pedir à Justiça Federal a quebra do sigilo telefônico de Netto. Outro que acabou envolvido no episódio, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, vai depor sobre o caso na quinta-feira a parlamentares no Congresso. Bastos disse nesta segunda ao presidente Lula que pretende esclarecer e encerrar o assunto. Veja notas em Política.ORÇAMENTO — O presidente Lula aproveitou o programa de rádio Café com o Presidente para pedir ao Congresso — onde não consegue nem mobilizar a própria base aliada — a aprovação do Orçamento de 2006. Ele justificou ainda a edição, na semana passada, de duas medidas provisórias liberando cerca de R$ 26 bilhões para estatais e ministérios. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), anunciou que seu partido vai questionar na Justiça as MPs. Em nota, Virgílio qualificou as medidas de “operação fantasma”, pois adicionam créditos a uma peça orçamentária que ainda não existe oficialmente. Veja notas em Política. MST — Lideranças do MST de Pernambuco fecharam nesta segunda quatro rodovias federais no Estado e saquearam dois caminhões carregados com massas e biscoitos em São Lourenço da Mata. O líder do movimento Jaime Amorim disse que os saques representaram “um gesto simbólico da luta pela reforma agrária” e um protesto contra a impunidade dos responsáveis pelo massacre de Eldorado do Carajás, o confronto entre sem-terra e policiais militares que, em 17 de abril de 1996, matou 19 trabalhadores rurais. O MST também comandou invasões em 10 fazendas na madrugada desta segunda no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. Veja notas em Política. PETRÓLEO — A escalada do preço internacional do petróleo, já cotado acima de US$ 70 o barril, prosseguiu nesta segunda por causa da malparada disputa entre o governo do Irã, que insiste em seu projeto nuclear não reconhecido pela ONU, e os Estados Unidos. Veja notas em Economia.ISRAEL — Logo depois da posse do novo Parlamento israelense, nesta segunda, um ataque suicida palestino matou pelo menos 9 pessoas e feriu 40. O porta-voz do premiê interino, Ehud Olmert, disse que Israel considera o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), comandado pelo grupo terrorista Hamas, como o responsável pelo atentado desta segunda-feira em Tel Aviv. O revide será inevitável, segundo o governo israelense.
ALI BABÁ E OS 40 LADRÕES – por Ralph J. Hofmann
Por: Ralph J. Hofmann
“Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?” Ali Babá, sabe-se lá por que motivos, estava andando na periferia da cidade. Talvez pastoreasse camelos e tivesse saído a procura de uma montaria desgarrada, mas de qualquer forma estava oculto quando ouviu um tropel de camelos ou cavalos e viu 40 pessoas, que pelo mau aspecto deduziu serem perigosos. Oculto viu-os encaminhar-se para uma rocha e gritar: “Abre te sésamo”, e viu abrir-se uma porta de caverna. Após os indivíduos abandonarem o local, aproximou-se da rocha gritou a frase mágica, descobriu uma fortuna dentro da caverna e levou parte da fortuna dos 40 sujeitos. Essa remoção de valores é um roubo. Ali Babá não sabia se aqueles eram ladrões. Eram mal encarados, mas todos nós já encontramos pessoas honradas porém mal encaradas. Simplesmente Ali Babá não foi com a cara deles. Ao abrir a porteira da caverna Ali Babá invadiu o domicílio dos sujeitos sem ser convidado. O mero fato de abrir a porteira já o transformou em criminoso. Deveria ter procurado as autoridades e comunicado suas suspeitas. A seguir removeu parte do botim e instalou-se como homem rico. Não procurou os donos legítimos da fortuna. Apropriou-se dela, Quando os donos da caverna repararam (após muitas visitas do Ali Babá para efetuar saques da poupança dos cavernosos indivíduos) que apesar de trazerem sempre mais botim para a caverna o volume da poupança não aumentara procuraram saber quem na região enriquecera subitamente. Imediatamente descobriram que Ali comprara casa, camelos de corrida, escravas, etc. Trataram de recuperar o que era seu. Invadiram a casa de Ali escondidos em odres de óleo. Acabaram por ser mortos por Ali e sua bela escrava amasiada. Ou seja, Ali e a amante haviam se tornado assassinos após roubarem as vítimas do assassinato. O argumento da história original seria que Ali não roubou. Tomou dos ladrões e depois se defendeu. Contudo na verdade Ali roubou um pouco, se acostumou a um nível de vida mais alto e passou a saquear sistematicamente a poupança daqueles abnegados cultores do assalto para manter o nível de vida que passara a considerar seu de direito. Só não comprou um jato pessoal porque não haviam inventado nessa época. Não plantou, não construiu, não fez filantropia. Só usufruiu. Mas os outros não eram bandidos? Sim, mas neste caso que os entregasse às autoridades. Mas isso foi na Arábia de priscas eras, talvez até antes do Islamismo. Já no Brasil da era moderna o Ali Babá teria sido cooptado pelos ladrões, que reconheceriam a utilidade de uma figura carismática e fútil e teria sido transformado em representante oficial da quadrilha, que manteria a polícia à distância, aumentando a sua capacidade de saque. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
“Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?” Ali Babá, sabe-se lá por que motivos, estava andando na periferia da cidade. Talvez pastoreasse camelos e tivesse saído a procura de uma montaria desgarrada, mas de qualquer forma estava oculto quando ouviu um tropel de camelos ou cavalos e viu 40 pessoas, que pelo mau aspecto deduziu serem perigosos. Oculto viu-os encaminhar-se para uma rocha e gritar: “Abre te sésamo”, e viu abrir-se uma porta de caverna. Após os indivíduos abandonarem o local, aproximou-se da rocha gritou a frase mágica, descobriu uma fortuna dentro da caverna e levou parte da fortuna dos 40 sujeitos. Essa remoção de valores é um roubo. Ali Babá não sabia se aqueles eram ladrões. Eram mal encarados, mas todos nós já encontramos pessoas honradas porém mal encaradas. Simplesmente Ali Babá não foi com a cara deles. Ao abrir a porteira da caverna Ali Babá invadiu o domicílio dos sujeitos sem ser convidado. O mero fato de abrir a porteira já o transformou em criminoso. Deveria ter procurado as autoridades e comunicado suas suspeitas. A seguir removeu parte do botim e instalou-se como homem rico. Não procurou os donos legítimos da fortuna. Apropriou-se dela, Quando os donos da caverna repararam (após muitas visitas do Ali Babá para efetuar saques da poupança dos cavernosos indivíduos) que apesar de trazerem sempre mais botim para a caverna o volume da poupança não aumentara procuraram saber quem na região enriquecera subitamente. Imediatamente descobriram que Ali comprara casa, camelos de corrida, escravas, etc. Trataram de recuperar o que era seu. Invadiram a casa de Ali escondidos em odres de óleo. Acabaram por ser mortos por Ali e sua bela escrava amasiada. Ou seja, Ali e a amante haviam se tornado assassinos após roubarem as vítimas do assassinato. O argumento da história original seria que Ali não roubou. Tomou dos ladrões e depois se defendeu. Contudo na verdade Ali roubou um pouco, se acostumou a um nível de vida mais alto e passou a saquear sistematicamente a poupança daqueles abnegados cultores do assalto para manter o nível de vida que passara a considerar seu de direito. Só não comprou um jato pessoal porque não haviam inventado nessa época. Não plantou, não construiu, não fez filantropia. Só usufruiu. Mas os outros não eram bandidos? Sim, mas neste caso que os entregasse às autoridades. Mas isso foi na Arábia de priscas eras, talvez até antes do Islamismo. Já no Brasil da era moderna o Ali Babá teria sido cooptado pelos ladrões, que reconheceriam a utilidade de uma figura carismática e fútil e teria sido transformado em representante oficial da quadrilha, que manteria a polícia à distância, aumentando a sua capacidade de saque. Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão?
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Banco fere Código de Defesa do Consumidor ao cancelar cheque especial sem aviso prévio
Por: Espaço Vital
Cancelar o cheque especial e inscrever o cliente nos órgãos de restrição de crédito sem comunicação prévia é causa para a instituição bancária ter que indenizar correntista. Com esse entendimento, a 15ª Câmara Cível do TJRS proveu recurso contra a sentença que favorecia o Banco Itaú S/A. Revertido o julgado de primeiro grau, foi condenada a instituição a pagar R$ 9 mil à cliente Carmem Roberta dos Passos a título de dano moral. A autora da ação - residente em Caxias do Sul (RS) - afirmou que a instituição financeira deixou de renovar seu cheque especial e não a avisou do fato. Em decorrência, o saldo da conta corrente apresentou-se sempre negativo. Ela foi surpreendida ao receber notificação da Serasa e do SPC. A consumidora argumentou que nunca teve cheques devolvidos por insuficiência de fundos ou por qualquer outro motivo. E que suas movimentações sempre respeitaram o limite de crédito concedido. O Banco Itaú contestou alegando que não cancelou o crédito da cliente, mas sim deixou de renová-lo, pelo fato de a correntista ter ultrapassado várias vezes o limite. Defendeu que a inscrição na Serasa foi realizada regularmente e desde o cancelamento do contrato de crédito a conta permaneceu com saldo devedor. Para o relator do recurso, desembargador Angelo Maraninchi Giannakos, houve falha na prestação do serviço uma vez que a instituição financeira não avisou à cliente da não-renovação. O magistrado entende que o banco feriu o inciso VI do art. nº 6 do Código de Defesa do Consumidor, por ser de sua responsabilidade “a obrigação legal de prevenir danos patrimoniais e morais que possam atingir a esfera do consumidor.” O acórdão afirma que o cancelamento do limite sem avisar a cliente trouxe “abalo ao crédito, causado, dentre outras coisas, pelo desconforto de ter sido retirado seu limite de crédito, com posterior notificação de protesto dos valores que o banco entendeu devidos e inscrição nos órgãos de crédito.” O advogado Valdecir Souza de Lima atua em nome da autora da ação. (Proc. nº 70012099925 - com informações do TJRS e da base de dados do Espaço Vital ).
Cancelar o cheque especial e inscrever o cliente nos órgãos de restrição de crédito sem comunicação prévia é causa para a instituição bancária ter que indenizar correntista. Com esse entendimento, a 15ª Câmara Cível do TJRS proveu recurso contra a sentença que favorecia o Banco Itaú S/A. Revertido o julgado de primeiro grau, foi condenada a instituição a pagar R$ 9 mil à cliente Carmem Roberta dos Passos a título de dano moral. A autora da ação - residente em Caxias do Sul (RS) - afirmou que a instituição financeira deixou de renovar seu cheque especial e não a avisou do fato. Em decorrência, o saldo da conta corrente apresentou-se sempre negativo. Ela foi surpreendida ao receber notificação da Serasa e do SPC. A consumidora argumentou que nunca teve cheques devolvidos por insuficiência de fundos ou por qualquer outro motivo. E que suas movimentações sempre respeitaram o limite de crédito concedido. O Banco Itaú contestou alegando que não cancelou o crédito da cliente, mas sim deixou de renová-lo, pelo fato de a correntista ter ultrapassado várias vezes o limite. Defendeu que a inscrição na Serasa foi realizada regularmente e desde o cancelamento do contrato de crédito a conta permaneceu com saldo devedor. Para o relator do recurso, desembargador Angelo Maraninchi Giannakos, houve falha na prestação do serviço uma vez que a instituição financeira não avisou à cliente da não-renovação. O magistrado entende que o banco feriu o inciso VI do art. nº 6 do Código de Defesa do Consumidor, por ser de sua responsabilidade “a obrigação legal de prevenir danos patrimoniais e morais que possam atingir a esfera do consumidor.” O acórdão afirma que o cancelamento do limite sem avisar a cliente trouxe “abalo ao crédito, causado, dentre outras coisas, pelo desconforto de ter sido retirado seu limite de crédito, com posterior notificação de protesto dos valores que o banco entendeu devidos e inscrição nos órgãos de crédito.” O advogado Valdecir Souza de Lima atua em nome da autora da ação. (Proc. nº 70012099925 - com informações do TJRS e da base de dados do Espaço Vital ).
.Banco fere Código de Defesa do Consumidor ao cancelar cheque especial sem aviso prévio
Por: Espaço Vital
Cancelar o cheque especial e inscrever o cliente nos órgãos de restrição de crédito sem comunicação prévia é causa para a instituição bancária ter que indenizar correntista. Com esse entendimento, a 15ª Câmara Cível do TJRS proveu recurso contra a sentença que favorecia o Banco Itaú S/A. Revertido o julgado de primeiro grau, foi condenada a instituição a pagar R$ 9 mil à cliente Carmem Roberta dos Passos a título de dano moral. A autora da ação - residente em Caxias do Sul (RS) - afirmou que a instituição financeira deixou de renovar seu cheque especial e não a avisou do fato. Em decorrência, o saldo da conta corrente apresentou-se sempre negativo. Ela foi surpreendida ao receber notificação da Serasa e do SPC. A consumidora argumentou que nunca teve cheques devolvidos por insuficiência de fundos ou por qualquer outro motivo. E que suas movimentações sempre respeitaram o limite de crédito concedido. O Banco Itaú contestou alegando que não cancelou o crédito da cliente, mas sim deixou de renová-lo, pelo fato de a correntista ter ultrapassado várias vezes o limite. Defendeu que a inscrição na Serasa foi realizada regularmente e desde o cancelamento do contrato de crédito a conta permaneceu com saldo devedor. Para o relator do recurso, desembargador Angelo Maraninchi Giannakos, houve falha na prestação do serviço uma vez que a instituição financeira não avisou à cliente da não-renovação. O magistrado entende que o banco feriu o inciso VI do art. nº 6 do Código de Defesa do Consumidor, por ser de sua responsabilidade “a obrigação legal de prevenir danos patrimoniais e morais que possam atingir a esfera do consumidor.” O acórdão afirma que o cancelamento do limite sem avisar a cliente trouxe “abalo ao crédito, causado, dentre outras coisas, pelo desconforto de ter sido retirado seu limite de crédito, com posterior notificação de protesto dos valores que o banco entendeu devidos e inscrição nos órgãos de crédito.” O advogado Valdecir Souza de Lima atua em nome da autora da ação. (Proc. nº 70012099925 - com informações do TJRS e da base de dados do Espaço Vital ).
Cancelar o cheque especial e inscrever o cliente nos órgãos de restrição de crédito sem comunicação prévia é causa para a instituição bancária ter que indenizar correntista. Com esse entendimento, a 15ª Câmara Cível do TJRS proveu recurso contra a sentença que favorecia o Banco Itaú S/A. Revertido o julgado de primeiro grau, foi condenada a instituição a pagar R$ 9 mil à cliente Carmem Roberta dos Passos a título de dano moral. A autora da ação - residente em Caxias do Sul (RS) - afirmou que a instituição financeira deixou de renovar seu cheque especial e não a avisou do fato. Em decorrência, o saldo da conta corrente apresentou-se sempre negativo. Ela foi surpreendida ao receber notificação da Serasa e do SPC. A consumidora argumentou que nunca teve cheques devolvidos por insuficiência de fundos ou por qualquer outro motivo. E que suas movimentações sempre respeitaram o limite de crédito concedido. O Banco Itaú contestou alegando que não cancelou o crédito da cliente, mas sim deixou de renová-lo, pelo fato de a correntista ter ultrapassado várias vezes o limite. Defendeu que a inscrição na Serasa foi realizada regularmente e desde o cancelamento do contrato de crédito a conta permaneceu com saldo devedor. Para o relator do recurso, desembargador Angelo Maraninchi Giannakos, houve falha na prestação do serviço uma vez que a instituição financeira não avisou à cliente da não-renovação. O magistrado entende que o banco feriu o inciso VI do art. nº 6 do Código de Defesa do Consumidor, por ser de sua responsabilidade “a obrigação legal de prevenir danos patrimoniais e morais que possam atingir a esfera do consumidor.” O acórdão afirma que o cancelamento do limite sem avisar a cliente trouxe “abalo ao crédito, causado, dentre outras coisas, pelo desconforto de ter sido retirado seu limite de crédito, com posterior notificação de protesto dos valores que o banco entendeu devidos e inscrição nos órgãos de crédito.” O advogado Valdecir Souza de Lima atua em nome da autora da ação. (Proc. nº 70012099925 - com informações do TJRS e da base de dados do Espaço Vital ).
.10 anos de impunidade
Por: Adital
Adital - Hoje, 17 de abril, completam 10 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Estado do Pará. Naquele dia, 3 mil trabalhadores Sem Terra ocuparam a rodovia PA-150 e estavam em caminhada em direção a Marabá para exigir a desapropriação da Fazenda Macaxeira, conhecido latifúndio improdutivo da região. A Secretaria Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) relembra: eles foram cercados por duas tropas de militares, que abriram fogo para cumprir a ordem do Governador do Pará na época, Almir Gabriel (PSDB), de desobstruir a pista a qualquer custo. Os policiais saíram dos quartéis de Parauapebas e Marabá sem identificação na farda e no armamento e avisaram os médicos e ambulâncias para ficarem de plantão!
As declarações dos sobreviventes revelam cenas da tragédia. "Eles chegaram dos dois lados e nós ficamos no meio. Não tínhamos condição de fazer nada. Um monte de policiais armados com fuzil e metralhadoras!", conta Avelino Germiniano, 51 anos. "Quando os ônibus de Marabá chegaram com os policiais, já desceram e deram uma rajada para cima. Achamos que era só para nos intimidar. Começamos a gritar palavras de ordem. Tinha um companheiro surdo-mudo, ele não entendeu nada e foi em direção aos policiais, o finado Amâncio. Ele foi o primeiro que caiu", diz Miguel Pontes da Silva, 42 anos.
A violência sem limites deixou oficialmente 19 trabalhadores mortos. Outros três morreram depois em conseqüência das seqüelas. Até hoje, não se tem certeza se o número corresponde à realidade. "Eu acho que morreram mais de 100 pessoas. Eu queria saber sobre as crianças e as mulheres que estavam lá. Nenhuma apareceu, só os homens. Muita gente diz que viu um caminhão e um carro pequeno, cobertos de lonas pretas e sangue, descendo para o sentido de Xinguara", lembra José Carlos Agarito, de 27 anos.
Agarito e os demais sobreviventes vivem hoje no assentamento 17 de abril: Mártires de Carajás. Para o MST, só o sacrifício humano do Massacre de Eldorado dos Carajás fez com que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) reconhecesse a improdutividade da Fazenda Macaxeira. Entre os assentados estão 70 pessoas que ficaram gravemente feridas. Até hoje, elas recebem assistência médica precária e ainda não foram indenizadas. Junto com as 13 viúvas, elas aguardam o resultado do processo na Justiça.
Três julgamentos do Massacre foram realizados. Nenhum dos 142 soldados envolvidos no caso foi punido. Os dois comandantes responsáveis pela operação, coronel Mário Colares Pantoja e major José Maria Pereira de Oliveira, apesar de condenados a 264 anos pelo júri popular, aguardam em liberdade o julgamento de recursos no Superior Tribunal de Justiça. Segundo o MST, nesse meio tempo, policiais envolvidos também participaram do assassinato de dois líderes do MST na região, Fusquinha e Doutor, junto com fazendeiros de Parauapebas. O processo está parado até agora.
O Movimento denuncia que, apenas no ano passado, outras 19 pessoas foram assassinadas no Pará. "As causas dessa situação todos nós sabemos. De um lado, a manutenção de uma estrutura injusta da propriedade da terra, que faz com que apenas 26 mil grandes proprietários - que representam menos de 1% do universo de 5 milhões de agricultores - sejam donos de 46% de todas as terras do Brasil. De outro lado, o Estado, no que representa dos três poderes, gerido pelos interesses econômico da classe latifundiária, agora cada vez mais mancomunada com as transnacionais e com o capital estrangeiro. Com ele, a manutenção de um modelo excludente, neoliberal, que impede um projeto de desenvolvimento nacional a favor do povo, onde teria vez uma verdadeira Reforma Agrária", declara a organização.
O MST exige do governo federal que honre sua própria palavra e assinatura, que cumpra com os acordos que faz com os movimentos camponeses. "Com a força da comunidade do Assentamento 17 de abril, que abriga 690 famílias em 18 mil hectares da ex-Fazenda Macaxeira, convocamos a sociedade civil a se juntar a nós em atos, marchas e protestos que acontecerão em 23 estados do país"
"Levei uma pancada no pescoço e senti o sangue escorrendo nas minhas costas. No momento não percebi se era por causa da pancada ou se foi bala. Quando cheguei no barraco, meus filhos estavam agoniados. Coloquei eles nos braços e ainda carreguei mais dois filhos alheios. Cada dia que eu relembro aquilo parece que estou vivendo tudo de novo", relembra Dalgisa Dias de Sousa, 50 anos, sobrevivente do Massacre de Eldorado dos Carajás.
Adital - Hoje, 17 de abril, completam 10 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Estado do Pará. Naquele dia, 3 mil trabalhadores Sem Terra ocuparam a rodovia PA-150 e estavam em caminhada em direção a Marabá para exigir a desapropriação da Fazenda Macaxeira, conhecido latifúndio improdutivo da região. A Secretaria Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) relembra: eles foram cercados por duas tropas de militares, que abriram fogo para cumprir a ordem do Governador do Pará na época, Almir Gabriel (PSDB), de desobstruir a pista a qualquer custo. Os policiais saíram dos quartéis de Parauapebas e Marabá sem identificação na farda e no armamento e avisaram os médicos e ambulâncias para ficarem de plantão!
As declarações dos sobreviventes revelam cenas da tragédia. "Eles chegaram dos dois lados e nós ficamos no meio. Não tínhamos condição de fazer nada. Um monte de policiais armados com fuzil e metralhadoras!", conta Avelino Germiniano, 51 anos. "Quando os ônibus de Marabá chegaram com os policiais, já desceram e deram uma rajada para cima. Achamos que era só para nos intimidar. Começamos a gritar palavras de ordem. Tinha um companheiro surdo-mudo, ele não entendeu nada e foi em direção aos policiais, o finado Amâncio. Ele foi o primeiro que caiu", diz Miguel Pontes da Silva, 42 anos.
A violência sem limites deixou oficialmente 19 trabalhadores mortos. Outros três morreram depois em conseqüência das seqüelas. Até hoje, não se tem certeza se o número corresponde à realidade. "Eu acho que morreram mais de 100 pessoas. Eu queria saber sobre as crianças e as mulheres que estavam lá. Nenhuma apareceu, só os homens. Muita gente diz que viu um caminhão e um carro pequeno, cobertos de lonas pretas e sangue, descendo para o sentido de Xinguara", lembra José Carlos Agarito, de 27 anos.
Agarito e os demais sobreviventes vivem hoje no assentamento 17 de abril: Mártires de Carajás. Para o MST, só o sacrifício humano do Massacre de Eldorado dos Carajás fez com que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) reconhecesse a improdutividade da Fazenda Macaxeira. Entre os assentados estão 70 pessoas que ficaram gravemente feridas. Até hoje, elas recebem assistência médica precária e ainda não foram indenizadas. Junto com as 13 viúvas, elas aguardam o resultado do processo na Justiça.
Três julgamentos do Massacre foram realizados. Nenhum dos 142 soldados envolvidos no caso foi punido. Os dois comandantes responsáveis pela operação, coronel Mário Colares Pantoja e major José Maria Pereira de Oliveira, apesar de condenados a 264 anos pelo júri popular, aguardam em liberdade o julgamento de recursos no Superior Tribunal de Justiça. Segundo o MST, nesse meio tempo, policiais envolvidos também participaram do assassinato de dois líderes do MST na região, Fusquinha e Doutor, junto com fazendeiros de Parauapebas. O processo está parado até agora.
O Movimento denuncia que, apenas no ano passado, outras 19 pessoas foram assassinadas no Pará. "As causas dessa situação todos nós sabemos. De um lado, a manutenção de uma estrutura injusta da propriedade da terra, que faz com que apenas 26 mil grandes proprietários - que representam menos de 1% do universo de 5 milhões de agricultores - sejam donos de 46% de todas as terras do Brasil. De outro lado, o Estado, no que representa dos três poderes, gerido pelos interesses econômico da classe latifundiária, agora cada vez mais mancomunada com as transnacionais e com o capital estrangeiro. Com ele, a manutenção de um modelo excludente, neoliberal, que impede um projeto de desenvolvimento nacional a favor do povo, onde teria vez uma verdadeira Reforma Agrária", declara a organização.
O MST exige do governo federal que honre sua própria palavra e assinatura, que cumpra com os acordos que faz com os movimentos camponeses. "Com a força da comunidade do Assentamento 17 de abril, que abriga 690 famílias em 18 mil hectares da ex-Fazenda Macaxeira, convocamos a sociedade civil a se juntar a nós em atos, marchas e protestos que acontecerão em 23 estados do país"
"Levei uma pancada no pescoço e senti o sangue escorrendo nas minhas costas. No momento não percebi se era por causa da pancada ou se foi bala. Quando cheguei no barraco, meus filhos estavam agoniados. Coloquei eles nos braços e ainda carreguei mais dois filhos alheios. Cada dia que eu relembro aquilo parece que estou vivendo tudo de novo", relembra Dalgisa Dias de Sousa, 50 anos, sobrevivente do Massacre de Eldorado dos Carajás.
.Aberta a temporada de crise no turismo
Por: Milena AndradeRepórter Especial
Suspensão de vôo da Varig isola Alagoas de seu principal mercado emissor de turistas, o Mercosul
Sol o ano inteiro, belas praias, tranqüilidade. A princípio, Alagoas parece ter tudo o que o turista deseja. Porém, a realidade tem mostrado que é preciso ter bem mais do que paisagens paradisíacas para consolidar o turismo como um dos principais geradores de riquezas e empregos. A primeira condição para o sucesso de um destino turístico é óbvia: facilidade para o visitante chegar lá. E Alagoas, há uma semana, está virtualmente isolado de seus potenciais visitantes. Saiu do roteiro turístico nacional e internacional.A suspensão do único vôo Varig direto São Paulo-Maceió-São Paulo corta a rota que ligava Maceió à maior cidade brasileira e, para piorar, também isola Alagoas dos países do Mercosul – em especial Argentina, Chile e Uruguai. O impacto no fluxo turístico para o Estado é previsto pelos especialistas como devastador. Isso mostra que o Estado ainda tem muito o que avançar na atividade turística, para ser considerado como destino economicamente atraente pelas companhias aéreas.
.Fonte: OJORNAL.al . .
Suspensão de vôo da Varig isola Alagoas de seu principal mercado emissor de turistas, o Mercosul
Sol o ano inteiro, belas praias, tranqüilidade. A princípio, Alagoas parece ter tudo o que o turista deseja. Porém, a realidade tem mostrado que é preciso ter bem mais do que paisagens paradisíacas para consolidar o turismo como um dos principais geradores de riquezas e empregos. A primeira condição para o sucesso de um destino turístico é óbvia: facilidade para o visitante chegar lá. E Alagoas, há uma semana, está virtualmente isolado de seus potenciais visitantes. Saiu do roteiro turístico nacional e internacional.A suspensão do único vôo Varig direto São Paulo-Maceió-São Paulo corta a rota que ligava Maceió à maior cidade brasileira e, para piorar, também isola Alagoas dos países do Mercosul – em especial Argentina, Chile e Uruguai. O impacto no fluxo turístico para o Estado é previsto pelos especialistas como devastador. Isso mostra que o Estado ainda tem muito o que avançar na atividade turística, para ser considerado como destino economicamente atraente pelas companhias aéreas.
.Fonte: OJORNAL.al . .
Telefonemas de assessores podem complicar Bastos
Por: Josias de Souza
A Polícia Federal receia que a quebra dos sigilos telefônicos dos personagens envolvidos no “caseirogate” possa complicar a situação de Márcio Thomaz Bastos. Suspeita-se que tenha havido uma intensa troca de ligações entre o ministro da Justiça e os dois assessores dele que se reuniram com Antonio Palocci: Daniel Goldberg e Cláudio Alencar.
Não se exclui a hipótese de que Thomaz Bastos tenha falado com o próprio Palocci nos dias em que o sigilo bancário de Francenildo dos Santos Costa foi violado e seu extrato entregue para a revista Época. A abertura do sigilo das ligações telefônicas foi solicitada ao Judiciário no último dia 4 de abril. O pedido não partiu da PF, subordinada a Thomaz Bastos. Foi feito pelo Ministério Público, que realiza uma investigação paralela à da polícia.
Os dois procuradores da República envolvidos no caso, Gustavo Pessanha e Lívia Tinoco, incluíram cinco nomes na lista da quebra de sigilo telefônico:
· Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda;
· Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal;
· Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do Ministério da Fazenda;
· Daniel Goldberg, secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça;
· Cláudio Alencar, chefe de Gabinete de Márcio Thomaz Bastos.
Para a PF, Thomaz Bastos é o alvo principal dos procuradores, embora seu nome não conste da relação. O ministro encontrava-se em viagem a Rondônia em 16 de março, a quinta-feira em que o sigilo do caseiro foi quebrado ilegalmente. De acordo com a versão oficial, só soube da violação no final da tarde de 17 de março, a sexta-feira em que, a caminho de São Paulo, pousou na Base Aérea de Brasília e foi informado de que os extratos de Francenildo haviam sido estampados no blog da revista Época.
Na opinião dos investigadores da própria PF, a abertura dos sigilos telefônicos dos protagonistas da crise pode derrubar a versão de Thomaz Bastos. Seu assessor Daniel Goldberg esteve na casa de Palocci na noite de 16 de março. Testemunhou a chegada de Jorge Mattoso com o envelope que continha cópia do extrato de Francenildo. Acredita-se que seja improvável que Goldberg tenha ido se encontrar com Palocci sem um contato telefônico prévio com Thomaz Bastos.
Na manhã de 17 de março, Goldberg voltou à casa de Palocci. Dessa vez, estava acompanhado de Cláudio Alencar, o chefe de Gabinete do ministro da Justiça. De novo, considera-se inverossímil que os dois tenham agido sem contatar previamente o chefe. A PF acha bastante palusível também que o próprio Palocci tenha discado para o colega de ministério antes de convocar os dois funcionários da Justiça à sua casa.
O pedido dos procuradores inclui os aparelhos celulares dos suspeitos e também aparelhos fixos usados por eles nos ministérios da Justiça e Fazenda, além da Caixa Econômica. Nesta semana, a PF deve encaminhar à Justiça um pedido de quebra de sigilo apenas dos telefones de Marcelo Netto, o ex-assessor de imprensa de Palocci.
A curiosidade da polícia parece, a essa altura, mais seletiva do que a do Ministério Público. Além de chegar atrasada, a PF desdenha dos telefonemas trocados por outros quatro personagens da crise, dois deles ligados diretamente ao ministro Márcio Thomaz Bastos
Fonte: Folha Online
A Polícia Federal receia que a quebra dos sigilos telefônicos dos personagens envolvidos no “caseirogate” possa complicar a situação de Márcio Thomaz Bastos. Suspeita-se que tenha havido uma intensa troca de ligações entre o ministro da Justiça e os dois assessores dele que se reuniram com Antonio Palocci: Daniel Goldberg e Cláudio Alencar.
Não se exclui a hipótese de que Thomaz Bastos tenha falado com o próprio Palocci nos dias em que o sigilo bancário de Francenildo dos Santos Costa foi violado e seu extrato entregue para a revista Época. A abertura do sigilo das ligações telefônicas foi solicitada ao Judiciário no último dia 4 de abril. O pedido não partiu da PF, subordinada a Thomaz Bastos. Foi feito pelo Ministério Público, que realiza uma investigação paralela à da polícia.
Os dois procuradores da República envolvidos no caso, Gustavo Pessanha e Lívia Tinoco, incluíram cinco nomes na lista da quebra de sigilo telefônico:
· Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda;
· Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal;
· Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do Ministério da Fazenda;
· Daniel Goldberg, secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça;
· Cláudio Alencar, chefe de Gabinete de Márcio Thomaz Bastos.
Para a PF, Thomaz Bastos é o alvo principal dos procuradores, embora seu nome não conste da relação. O ministro encontrava-se em viagem a Rondônia em 16 de março, a quinta-feira em que o sigilo do caseiro foi quebrado ilegalmente. De acordo com a versão oficial, só soube da violação no final da tarde de 17 de março, a sexta-feira em que, a caminho de São Paulo, pousou na Base Aérea de Brasília e foi informado de que os extratos de Francenildo haviam sido estampados no blog da revista Época.
Na opinião dos investigadores da própria PF, a abertura dos sigilos telefônicos dos protagonistas da crise pode derrubar a versão de Thomaz Bastos. Seu assessor Daniel Goldberg esteve na casa de Palocci na noite de 16 de março. Testemunhou a chegada de Jorge Mattoso com o envelope que continha cópia do extrato de Francenildo. Acredita-se que seja improvável que Goldberg tenha ido se encontrar com Palocci sem um contato telefônico prévio com Thomaz Bastos.
Na manhã de 17 de março, Goldberg voltou à casa de Palocci. Dessa vez, estava acompanhado de Cláudio Alencar, o chefe de Gabinete do ministro da Justiça. De novo, considera-se inverossímil que os dois tenham agido sem contatar previamente o chefe. A PF acha bastante palusível também que o próprio Palocci tenha discado para o colega de ministério antes de convocar os dois funcionários da Justiça à sua casa.
O pedido dos procuradores inclui os aparelhos celulares dos suspeitos e também aparelhos fixos usados por eles nos ministérios da Justiça e Fazenda, além da Caixa Econômica. Nesta semana, a PF deve encaminhar à Justiça um pedido de quebra de sigilo apenas dos telefones de Marcelo Netto, o ex-assessor de imprensa de Palocci.
A curiosidade da polícia parece, a essa altura, mais seletiva do que a do Ministério Público. Além de chegar atrasada, a PF desdenha dos telefonemas trocados por outros quatro personagens da crise, dois deles ligados diretamente ao ministro Márcio Thomaz Bastos
Fonte: Folha Online
Pais de vítimas mortas por promotor criticam processo
Por: Laura Diniz
SÃO PAULO - Os pais das vítimas do promotor Thales Ferri Schoedl estão divulgando uma carta de protesto contra o andamento do processo criminal no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Eles estranham o trâmite rápido, com testemunhas sendo intimadas até por telefone. Schoedl foi interrogado em 27 de março.
Nesta segunda-feira, serão ouvidas todas as testemunhas - de defesa e acusação. Após uma discussão, o promotor matou Diego Modanez e feriu Felipe Siqueira Cunha de Souza em Riviera de São Lourenço, em Bertioga, em 30 de dezembro de 2004. Schoedl alega legítima defesa.
Tanto Sônia e Fábio Modanez, quanto Célia e Wilson Pereira de Souza argumentam que, como não há decisão definitiva sobre a expulsão de Schoedl do Ministério Público Estadual (MPE), ainda não se sabe quem deve julgar o caso - se continuar no cargo, deve ser julgado pelo Órgão Especial; se for expulso, irá a júri popular. O promotor foi exonerado pelo MPE, mas recorreu e a Justiça anulou a expulsão, por meio de liminar.
O receio é "que a origem profissional e as relações mantidas pelo autor dos crimes possam beneficiá-lo". O advogado das famílias, Pedro Lazarini Neto, pedirá amanhã que o processo não continue enquanto não se definir a expulsão. Caso o pedido seja negado, deve recorrer a um tribunal superior.
O Tribunal de Justiça de SP não se manifestou sobre o caso. O advogado do promotor, Ronaldo Mazagão, disse que "decisão judicial se cumpre imediatamente, e não há motivo para reclamação".
Fonte: Estadao.com.br
SÃO PAULO - Os pais das vítimas do promotor Thales Ferri Schoedl estão divulgando uma carta de protesto contra o andamento do processo criminal no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Eles estranham o trâmite rápido, com testemunhas sendo intimadas até por telefone. Schoedl foi interrogado em 27 de março.
Nesta segunda-feira, serão ouvidas todas as testemunhas - de defesa e acusação. Após uma discussão, o promotor matou Diego Modanez e feriu Felipe Siqueira Cunha de Souza em Riviera de São Lourenço, em Bertioga, em 30 de dezembro de 2004. Schoedl alega legítima defesa.
Tanto Sônia e Fábio Modanez, quanto Célia e Wilson Pereira de Souza argumentam que, como não há decisão definitiva sobre a expulsão de Schoedl do Ministério Público Estadual (MPE), ainda não se sabe quem deve julgar o caso - se continuar no cargo, deve ser julgado pelo Órgão Especial; se for expulso, irá a júri popular. O promotor foi exonerado pelo MPE, mas recorreu e a Justiça anulou a expulsão, por meio de liminar.
O receio é "que a origem profissional e as relações mantidas pelo autor dos crimes possam beneficiá-lo". O advogado das famílias, Pedro Lazarini Neto, pedirá amanhã que o processo não continue enquanto não se definir a expulsão. Caso o pedido seja negado, deve recorrer a um tribunal superior.
O Tribunal de Justiça de SP não se manifestou sobre o caso. O advogado do promotor, Ronaldo Mazagão, disse que "decisão judicial se cumpre imediatamente, e não há motivo para reclamação".
Fonte: Estadao.com.br
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