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sábado, março 15, 2025

Bolsonaro compara dia seguinte de golpe a brigar com a mulher quando a sogra está em casa

 Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)15 de março de 2025 | 07:35

Bolsonaro compara dia seguinte de golpe a brigar com a mulher quando a sogra está em casa

brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparou, nesta sexta-feira (14), o ‘ dia seguinte’ de um golpe de Estado a brigar com a mulher quando a sogra está em casa. A fala se deu durante entrevista ao Flow Podcast.

“Você tem que estar muito bem organizado e se preparar para o after day. Como é que fica o dia seguinte? Mesma coisa… Você em casa, com a tua sogra em casa, você briga com a tua mulher, levanta a voz. Você está preparado? Porque a sogra está em casa. O after day, o mundo levanta barreiras contra a gente [no caso de um golpe de Estado]”, afirmou.

O ex-presidente fez a analogia ao tentar negar que o Brasil tenha se aproximado de um golpe logo após as últimas eleições presidenciais, dizendo que “não é fácil dar um golpe”.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Bolsonaro liderou uma trama golpista para impedir a posse de Lula (PT). Se virar reú e for condenado, ele pode pegar mais de 40 anos de prisão e aumentar sua inelegibilidade, que vai até 2030.

Durante a entrevista, o ex-presidente chamou o 8 de janeiro de “armadilha” preparada contra ele e disse ter sorte de não ter estado em Brasília na época.

Ele afirmou ter ido aos EUA assim que perdeu as eleições por ter tido o pressentimento de que algo poderia ocorrer no Brasil. “Se eu ficasse aqui, estava ferrado”.

Ele também minimizou os ataques do 8 janeiro, tema de manifestação que convocou para este domingo (16).

“Vai dar um golpe no domingo?”, falando sobre a improbabilidade de um golpe se dar nas condições em que aconteceram os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes.

O ataque em Brasília levou à denuncia contra mais de 1.600 envolvidos, dos quais cerca de 480 foram sentenciados, com penas que variam de um ano de detenção, substituído por medidas alternativas, a 17 de prisão.

O ex-mandatário também afirmou na entrevista que não tem “a menor dúvida” de que vai ser envenenado, repetindo a teoria voltada a apoiadores de que é perseguido. Ele se comparou a Donald Trump, citando o atentado sofrido pelo mandatário dos EUA, que levou um tiro de raspão na orelha direita em julho de 2024.

Além disso, o ex-presidente repetiu acusações sem provas sobre as urnas eletrônicas e a Justiça Eleitoral e voltou a criticar a celeridade do seu processo envolvendo a trama golpista.

Para isso, ele levantou um papel comparando o tempo na Justiça do processo do mensalão, associando-o ao PT, à quantidade de tempo entre ter sido indiciado, em novembro de 2024, e “julgado” em março deste ano. Em 25 de março, está marcada a sessão no STF para decidir se ele vai se tornar réu, não o julgamento propriamente dito do ex-presidente.

Ana Gabriela Oliveira Lima, FolhapressPoliticaLivre

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