Renata Galf
Folha
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Desde esta segunda-feira, dia 6, o site do Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEEx) está fora do ar. O órgão, que é subordinado ao Exército, publicou na última quinta-feira, dia 2, estudo indicando o isolamento horizontal como forma de combater o coronavírus.
O presidente Jair Bolsonaro tem criticado medidas tomadas por governadores e defendido o isolamento vertical, que incluiria apenas idosos e grupos de risco para a Covid-19. Intitulado “Crise Covid-19 estratégias de transição para normalidade”, o estudo havia sido noticiado pelo jornalista Rubens Valente, do UOL, no domingo, dia 5, e pelo menos desde esta segunda-feira não está mais disponível, como noticiou o Nexo.
“MANUTENÇÃO” – Procurado pela Folha, o Exército informou apenas que “o endereço eletrônico encontra-se em manutenção”. Diante da resposta, solicitou-se que o estudo fosse enviado por email, o que foi negado. Questionado também sobre qual a previsão de retorno do site e desde quando a página está em manutenção, o Exército não respondeu.
O estudo afirmava que “há um consenso mundial, entre os especialistas em saúde, de que o isolamento social seja a melhor forma de prevenção do contágio, especialmente o horizontal, para toda a população”.
DEFESA NACIONAL – Consta entre as responsabilidades do Centro, criado em 2003, a avaliação de “conjunturas nacional e internacional para determinar situações, na área externa ao Exército, que aconselhem iniciativas para superar conflitos e crises ou para atender interesses da Defesa Nacional”.
Por meio do site WayBack Machine, que grava versões antigas de páginas da internet, ainda é possível ver o estudo publicado. O último registro dele na plataforma é do dia 6 de abril às 2h56.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O sumiço do documento é estratégico, para esfriar o caso. Em termos políticos, o trabalho do Centro de Estudos Estratégicos do Exército tem uma importância realmente extraordinária. A divulgação deste documento, na última quinta-feira, tornou-se fundamental para evitar a demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Os chefes militares entendem que o presidente Bolsonaro tem obrigação funcional de seguir a orientação dos órgãos técnicos internacionais e nacionais quanto ao combate à pandemia, conforme Mandetta preconiza. Bolsonaro não conseguiu resistir à pressão militar, teve de recuar, mas só pensa naquilo e não vê a hora de demitir o ministro, um ato que sem dúvida desgastará ainda mais sua imagem políticos no Brasil e no exterior. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O sumiço do documento é estratégico, para esfriar o caso. Em termos políticos, o trabalho do Centro de Estudos Estratégicos do Exército tem uma importância realmente extraordinária. A divulgação deste documento, na última quinta-feira, tornou-se fundamental para evitar a demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Os chefes militares entendem que o presidente Bolsonaro tem obrigação funcional de seguir a orientação dos órgãos técnicos internacionais e nacionais quanto ao combate à pandemia, conforme Mandetta preconiza. Bolsonaro não conseguiu resistir à pressão militar, teve de recuar, mas só pensa naquilo e não vê a hora de demitir o ministro, um ato que sem dúvida desgastará ainda mais sua imagem políticos no Brasil e no exterior. (C.N.)