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terça-feira, julho 02, 2024

Lula se acostumou tanto a mentir que agora não sabe mais dizer a verdade

 


Brasil Soberano e Livre: Piada do Ano: Lula diz que não é dono do triplex  no Guarujá

Charge do Alecrim (Arquivo Google)

Deu no Estadão
(Editorial)

O Brasil já está tão habituado a ter sua inteligência ofendida pelo sr. Lula da Silva que passou sem causar a devida estupefação o discurso que o presidente da República fez na posse de Magda Chambriard na presidência da Petrobras. Linha após linha, ali está, documentado para a posteridade, até onde a mendacidade de Lula é capaz de ir para adulterar a realidade na ânsia de reescrever a história e adaptá-la a seus devaneios.

Esse nosso Hesíodo de fancaria quer fazer o País acreditar que os tenebrosos governos lulopetistas foram, na verdade, a época de ouro do Brasil e que, se a Lava Jato não tivesse aberto a caixa de Pandora, ainda estaríamos cercados de pastores e ninfas numa Arcádia onde reinaria a felicidade absoluta.

MILHARES DE EMPREGOS? – Disse o Guia Genial dos brasileiros que a Petrobras era a ponta de lança de um inebriante desenvolvimento nacional durante o mandarinato lulopetista.

Por exemplo, o demiurgo festejou a criação, naquela época, de milhares de empregos com o impulso que deu à indústria naval, tendo a Petrobras como única cliente, “para atender à demanda intensa de um período de ouro”.

Se piada fosse, não teria graça. Não sendo, é uma agressão aos fatos: como se sabe, grande parte dos estaleiros está abandonada em razão da evidente incapacidade do setor de concorrer com a indústria estrangeira – de resto um resultado óbvio diante da obtusa exigência de conteúdo nacional e da ausência de mão de obra qualificada, entre outros fatores que Lula e os petistas, na sua megalomania, ignoraram.

E A CORRUPÇÃO – E aqui nem se está falando na corrupção desbragada que esse projeto ensejou. Mas Lula tratou de tocar no assunto fazendo questão de violentar a memória coletiva nacional, não só ao negar que tenha havido corrupção, como ao responsabilizar pela destruição da empresa aqueles que denunciaram a corrupção.

“Com o falso argumento de combater a corrupção, a Operação Lava Jato mirava, na verdade, o desmonte e a privatização da Petrobras”, disse Lula.

E então, no melhor estilo lulopetista, o presidente atribuiu essa suposta ofensiva contra a Petrobras, capitaneada pela Lava Jato, à “elite política e econômica deste país”, que segundo ele “não tem nenhum compromisso com a soberania do Brasil e a vida do nosso povo”.

BRASIL GRANDE – Ou seja, na mitologia de Lula, a “era de ouro” do Brasil e da Petrobras foi subitamente encerrada quando uma tal “elite” decidiu destruir o País. Lula foi claríssimo:

“Eles querem que o Brasil seja pobre, eles querem que o Brasil seja pequeno, eles querem que o Brasil não possa tratar de seu povo. E nós queremos o Brasil exatamente ao contrário. Um Brasil grande, um Brasil rico e um país capaz de cuidar do seu povo com a dignidade que cada ser humano merece”.

Mas os brasileiros não têm mais com o que se preocupar. “Aqui estamos, de volta, para reconstruir a Petrobras e o Brasil”, anunciou Lula, triunfante, como se sua parolagem bastasse para que o País esquecesse que, na longa e tenebrosa era do lulopetismo no poder, a Petrobras praticamente quebrou e o Brasil empobreceu.

SEM LIMITES – Deu muito trabalho para interromper a razia promovida por essa turma, impondo limites de governança à Petrobras e de gastos para o governo. Em outras palavras, são esses limites que Lula quer demolir, em nome, segundo ele, da “realização de um sonho do povo brasileiro”.

Mas, é preciso admitir, há um trecho no discurso em que Lula, ainda que involuntariamente, está coberto de razão. É quando ele diz que “a desgraça da primeira mentira é que você passa o resto da vida mentindo para poder justificar as mentiras”.

Ele se referia à “leviandade das denúncias contra a Petrobras”, mas poderia perfeitamente, caso se tornasse subitamente honesto, estar se referindo a si mesmo.

PEDIR DESCULPAS – E Lula também está corretíssimo quando diz que é inútil esperar que pessoas levianas “tenham a coragem de pedir desculpas pelo engano cometido”, porque “o pedido de desculpa é uma demonstração de grandeza, e os acusadores não têm grandeza para pedir desculpa pelos erros que cometeram”.

Exato: se alguém está esperando que Lula afinal reconheça os incontáveis e brutais erros que cometeu, é melhor esperar sentado

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – No editorial enviado por Mário Assis Causanilhas, ficou faltando o Estadão falar sobre a falência da Sete Brasil, a macroempresa estatal criada por Lula e que virou central de corrupção. Quanto a Hesíodo, foi um dos maiores poetas gregos da Idade Arcaica. Viveu aproximadamente no ano 800 a.C. na Beócia, no centro da Grécia. Passou parte de sua vida na sua cidade natal, a aldeia de Ascra. (C.N.)


segunda-feira, julho 01, 2024

Promessas Vazias e Ação Ineficaz: A Frustração com os Vereadores de Jeremoabo

 

                                            Foto Divulgação -     Royalty Free


Há uma grande frustração em relação à atuação dos vereadores de Jeremoabo em dois casos específicos: a demolição do Parque de Exposição e o concurso público promovido pelo município. No caso da demolição, os vereadores fizeram barulho e prometeram ação, mas no fim, parece que o assunto foi esquecido sem resultados concretos. Quanto ao concurso público, houve denúncias de fraudes e promessas de representação ao Ministério Público, mas até agora, nada foi concretizado.

A crítica central parece ser que os vereadores estão mais preocupados com promessas e discursos do que com ação efetiva e fiscalização real. A sugestão de que eles  apostaram nos festejos juninos para desviar a atenção do público é um ponto interessante, sugerindo uma estratégia para minimizar o impacto negativo de suas inações.

A frase, "Quem tem com que me pague, nada me deve", indica uma confiança de que os responsáveis eventualmente serão cobrados pelos seus atos. Isso sugere uma expectativa de mudança ou responsabilização nas próximas eleições, onde os eleitores poderão expressar seu descontentamento.

No geral, parece haver uma sensação de decepção e falta de confiança em relação aos representantes políticos locais, que foram eleitos para fiscalizar e agir em nome dos interesses da comunidade, mas que aparentemente não estão cumprindo plenamente esse papel.

“O FIM DE UM PESADELO

 

                                          Foto Divulgação - ISTock

 Jamais devemos desejar o mal a quem quer que seja, inclusive, aos nossos maiores desafetos, e embora não seja do tipo que entrega tudo a Deus, atribuo a cada um o dever de enfrentar a “Lei do Retorno” ou “colher da mesma semente que plantou”, nada além disso, tendo o tempo, como sendo o Senhor de cada momento, pois já vi muitos egos exacerbados se calarem em razão das colheitas, próprias das semeaduras realizadas no passado de cada um, também já vi muitos pedidos de ajuda à aqueles que outrora foram ignorados, mas nada a estranhar, apenas a vida nos moldando em torno de suas adversidades, que embora nem sempre explícitas, fazem-se presentes no dia a dia de cada um, e embora não seja uma regra ou norma prescritiva, já que lhe permite escolher entre o “pode e deve”, e assim, poder escolher o que fazer e decidir, tomando a atitude que melhor lhe aprouver, sem que isso, o afaste da responsabilidade de arcar com as consequências da atitude tomada, bem como, poder colher os louros de cada colheita, acaso a atitude tomada tenha sido acertada. A vida é uma jornada de incertezas, traçada sobre trilhas desconhecidas, é um trem que só lhe permite embarcar uma única vez, da mesma forma que somente há um desembarque; você pode se dar ao direito de dormir, mas ele não para, pois outros estão chegando para embarcar, enquanto muitos outros estão desembarcando, esse é o chamado trem da vida, que se alimenta do tempo, seu único combustível. Nesta jornada de contagem decrescente, o seu tempo diminui a cada dia que passa, mas para muitos, vangloriam-se estar aumentando a idade, não sabendo eles que apenas estão caminhando para o desembarque, zerando o tempo de caminhada que foi atribuído a cada um, já que se fosse ao contrário, estaríamos nos eternizando ao vivermos por tempo ilimitado. Podemos assim entender que chegamos em um trem em movimento e nele construímos nossos propósitos de vida, definindo missão e visão para entendermos o hoje e o que queremos no nosso amanhã, imbuídos da “mentalidade de risco” para entendermos que nem todo risco deve ser visto como sendo algo negativo, mas como sendo a probabilidade de eventos adversos que poderem surgir na caminhada, cabendo a cada um, atentar para a execução de seus propósitos, rever suas estratégias, checar os resultados e analisar suas escolhas, pois a vida não tem regras impositivas, ela te dá o livre arbítrio para escolher, e neste momento, eventualmente deixe o alto ego e a paixão falar mais alto do a razão, o risco que era apenas uma incerteza se materializa em fato negativo e chega a cobrança. Vale aqui lembrar que jamais haverá mudança enquanto se repetem as velhas práticas (mesmices), pois a mudança é um reconhecimento da necessidade de melhorias contínuas sobre aquilo que já é eficaz e que se deseja alcançar a eficiência. Recuar não é sinônimo de fraqueza, mas sim, uma estratégia para alcançar seus propósitos no “momento apropriado”. 

Por: José Mário Varjão, em 01-07-2024

Nota da redação deste BlogO tema abordado envolve a flexibilidade da mente humana e a influência das crenças na nossa capacidade de adaptação. Alfred Binet, conhecido por desenvolver o teste de QI, destacou que nossa inteligência não é estática; ao contrário, ela pode ser moldada ao longo da vida por experiências, treinamentos e diferentes formas de aprendizado. Isso implica que podemos mudar e desenvolver nossa mentalidade conforme enfrentamos novos desafios, como o "Novo Normal" pós-pandemia.

Para efetuar mudanças significativas, é essencial partir de uma base existente e reconhecer a necessidade de transformação. Isso muitas vezes surge da insatisfação com o status quo ou do desejo por algo melhor. As crenças desempenham um papel crucial nesse processo, pois são as convicções que temos sobre nós mesmos e sobre o mundo ao nosso redor. Elas podem ser limitantes, quando nos impedem de alcançar nossos objetivos, ou possibilitadoras, quando nos capacitam a superar desafios e alcançar nossas metas.

Essas crenças são moldadas ao longo da vida, influenciadas por figuras de autoridade, como pais e professores, além de interações sociais e experiências pessoais. Para adaptar-se ao "Novo Normal", é fundamental identificar e modificar crenças que possam estar limitando nosso crescimento e aprendizado. Isso inclui deixar de lado mentalidades antiquadas que não servem mais aos desafios contemporâneos, promovendo uma mentalidade mais flexível e aberta às mudanças necessárias.

Em suma, a capacidade de adaptar-se ao "Novo Normal" requer uma mudança na mentalidade pessoal, onde reconhecemos a influência das nossas crenças e nos esforçamos para desenvolver uma visão mais adaptável e progressista da realidade.

Em vitória para Trump, Suprema Corte decide que presidentes têm imunidade parcial

 Foto: Reprodução/Instagram

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump01 de julho de 2024 | 17:00

Em vitória para Trump, Suprema Corte decide que presidentes têm imunidade parcial

MUNDO

Em uma vitória para Donald Trump, a Suprema Corte dos EUA reconheceu, em decisão divulgada nesta segunda-feira (1º), que presidentes americanos possuem algum grau de imunidade contra persecução penal por crimes cometidos no cargo. A decisão foi apoiada por 6 juízes e rejeitada por 3.

Chamada de tese de imunidade presidencial, o argumento foi apresentado pela defesa do republicano para desmontar os processos criminais que o acusam de tentar reverter a derrota na eleição de 2020, quando ainda estava na Casa Branca. No entendimento da Suprema Corte, presidentes têm imunidade absoluta em relação a atos oficiais do cargo, entendidos como aqueles atribuídos pela Constituição, mas não em relação a atos não oficiais.

A decisão afeta sobretudo o processo do 6 de Janeiro. Agora, as acusações feitas pelo conselheiro especial Jack Smith, do Departamento de Justiça, podem ser questionadas pela defesa do republicano sob o argumento de que diriam respeito a atos oficiais.

Cabe à juíza Tanya Chutkan, que supervisiona o processo na primeira instância do circuito federal em Washington, definir quais atos de Trump são de caráter privado e quais são oficiais. Das quatro acusações feitas por Smith, três tratam de conspiração e uma de obstrução de um procedimento oficial.

Estão nessa zona cinzenta, por exemplo, conversas mantidas entre Trump e o então vice-presidente, Mike Pence, em torno da confirmação da vitória de Joe Biden pelo Congresso —o empresário pressionou Pence para rejeitar o procedimento. Discussões semelhantes entre o republicano e autoridades estaduais, para que revissem a vitória democrata em suas regiões, também estão nessa categoria.

Com isso, as chances de o julgamento começar antes da eleição, em novembro, são praticamente nulas. O resultado era o esperado pela defesa do ex-presidente, que apostou na estratégia de protelar o máximo o possível o andamento dos processos contra ele na expectativa de que uma vitória do republicano na eleição torne inviável sua continuidade.

“O presidente não goza de imunidade para seus atos não oficiais, e nem tudo o que o presidente faz é oficial. O presidente não está acima da lei. No entanto, o Congresso não pode criminalizar a conduta do Presidente no exercício das responsabilidades do Poder Executivo sob a Constituição”, escreveu o juiz John Roberts, presidente da Suprema Corte.

Ao mesmo tempo, ele completou que um presidente “não pode ser processado por exercer seus poderes constitucionais centrais, e ele tem direito, no mínimo, a uma imunidade presumida contra processos por todos os seus atos oficiais. Essa imunidade se aplica igualmente a todos os ocupantes do Salão Oval, independentemente de política, política pública ou partido”.

Trump, como esperado, comemorou a decisão. “Grande vitória para a nossa Constituição e democracia! Orgulhoso de ser americano!”, escreveu em sua rede social, Truth.

Democratas, por sua vez, criticaram duramente a Suprema Corte em uma chamada com jornalistas nesta segunda. “Esta decisão dará a Donald Trump cobertura para fazer exatamente o que ele vem dizendo que quer fazer há meses, que é executar vingança e retaliação contra seus inimigos políticos”, disse Quentin Fulks, gerente-adjunto da campanha de Biden.

“Se for um ato oficial ordenar ao Departamento de Segurança Interna para reunir latinos em campos de detenção e deportá-los sem motivo, ele estaria imune a isso. Se for um ato oficial fazer com que seu vice-presidente anule os resultados justos e livres de uma eleição, ele está imune a isso”, elencou.

A opinião da Suprema Corte, no entanto, não foi tão longe quanto o entendimento da defesa de Trump de que o presidente gozaria de uma imunidade absoluta em relação a todos as ações tomadas no cargo, chegando à situação extrema de blindar um presidente mesmo que ele matasse alguém. Mas ela deixou, de fato, em aberto a definição do que se enquadra em cada categoria.

A decisão da Suprema Corte ensejou uma nova enxurrada de críticas do partido de Biden aos juízes, acusando a instância máxima da Justiça americana de ser partidarizada. A maioria dos juízes que compõe o colegiado atualmente é conservadora. Dos 9 integrantes, apenas 3 são considerados liberais. Trump foi responsável pela indicação de três nomes durante sua Presidência: Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Barrett.

O argumento majoritário dos juízes é que, na ausência de qualquer imunidade, um presidente poderia deixar de cumprir seu trabalho como deve por temer ser processado após deixar o cargo ou perseguido por adversários.

“Um presidente inclinado a tomar um curso de ação baseado no interesse público pode, em vez disso, optar por outro, receoso de que penalidades criminais possam recair sobre ele após sua saída do cargo”, escreveu Roberts.

Dos quatro processos contra Trump, o do 6 de Janeiro é visto como o mais grave, por tratar, no limite, de uma tentativa de usurpação do poder nacional. A esperança de opositores do ex-presidente era a de que este julgamento começasse o quanto antes, a ponto de as evidências apresentadas pela Procuradoria afetarem a opinião do eleitorado.

Pesquisas de intenção de voto mostram há meses uma disputa acirrada de Trump e Biden nos números gerais, com o republicano aparecendo à frente, mas na maioria dentro da margem de erro.

Nas demais ações pendentes, Trump é acusado de interferência eleitoral em um estado (Geórgia) e posse ilegal de documentos confidenciais. Nenhum desses julgamentos tem data prevista para começar, pois estão travados em razão de recursos apresentados pela defesa.

No único julgamento em um processo criminal ocorrido até agora, Trump foi condenado por fraudar registros empresariais com o objetivo de encobrir pagamentos feitos à atriz pornô Stormy Daniels na campanha de 2016. A sentença deve ser divulgada pelo juiz no dia 11 de julho.

Fernanda Perrin/FolhapressPoliticaLivre

O PADRE EDICARLOS É O NOVO VIGÁRIO EPISCOPAL DO VICARIATO IBURA, NA CIDADE DO RECIFE

 

Nota da redaçao deste Blog -  

"Faço minhas as palavras do Prefeito João Campos, parabenizando o Padre Edicarlos pela nomeação como novo Vigário Episcopal do Vicariato Ibura, na cidade do Recife. Ele certamente orgulha todos nós da região."

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Das cinco medidas para “cortar gastos”, sobra uma, que não tem a ver com isso…

Charge do Duke (O Tempo)

Charge do Duke (O Tempo)

Eliane Cantanhêde
Estadão

Além de descumprir uma regra elementar de política externa ao apoiar Joe Biden contra Donald Trump, correndo o risco de trazer problemas para o Brasil, o presidente Lula está desmontando, uma a uma, as medidas dos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet para cortar gastos. Das cinco, sobra uma, exatamente a que não caracteriza corte nem gastos, mas apenas combate a fraudes, o que deve, ou deveria, ser mera rotina.

Se Lula de fato aprovou a lista em reunião com os ministros, como anunciado, ele disse uma coisa em privado e está fazendo outra em público. Ou… é tudo um jogo de cena, em que os ministros assumem medidas impopulares, dando a Lula a chance de vetá-las. Eles levantam a bola, Lula corta, a torcida aplaude. O foco continua sendo na receita, os gastos ficam prá lá.

É BRINCADEIRA… – O primeiro item da lista nem chegou a ser levado a sério, apesar de muito importante. Alguém está ouvindo falar em “fim dos supersalários”? Os que ganham acima do teto constitucional dão de ombros, porque sabem que não vai adiante. E juízes, promotores e procuradores podem dormir sossegados, com seus penduricalhos que consomem muitos milhões de reais e ninguém ousa derrubar.

O segundo item, também natimorto, foi a mudança na previdência dos militares. Em bom e alto som, Lula acaba de deixar claro que não vai mexer nesse vespeiro. Até com uma certa razão, convenhamos. Não pela proposta em si, que, mais cedo ou mais tarde, terá que ser discutida, mas pela questão de oportunidade.

Não é hora de jogar o Ministério da Defesa e a cúpula legalista das Forças Armadas contra suas tropas. Ao contrário, é hora de prestigiá-los e fortalecê-los na caserna.

NO PURGATÓRIO – A lista continua com a desvinculação de benefícios do INSS, como pensões e aposentadorias, do salário mínimo. Lula descartou com veemência, em entrevista ao UOL: “Não considero isso gasto, gente. A palavra salário mínimo é o mínimo que a pessoa precisa para sobreviver.”

Em seguida, despachou Haddad e Tebet para os arredores do inferno: “Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara. Eu não vou para o céu, eu ficaria no purgatório”.

Ninguém quer os dois ministros no inferno – nem fora do governo –, mas um presidente de esquerda, com a marca histórica da igualdade e da distribuição de renda, num país onde o problema mais cruel, pai e mãe das grandes mazelas, é a desigualdade social? A pergunta seguinte é: qual a alternativa? A ameaça fiscal é também uma tragédia para o crescimento econômico e, ao fim e ao cabo, para a base da pirâmide.

REDUÇÃO DOS PISOS – O item cinco da pauta de corte de gastos é a mudança dos pisos constitucionais da Saúde e Educação, que cai no mesmo caso, pois dizem respeito exatamente aos mais pobres, que mais necessitam do Estado. E é uma escolha de Sofia.

De um lado, a estimativa é que consumam 112% do orçamento até 2028, sem margem para todo o resto, inclusive programas essenciais como habitação, auxílio gás e defesa civil. Do outro, Saúde e Educação podem perder até R$ 500 bilhões, em nove anos, caso haja mudanças nos pisos. O que é mais justo? Ou melhor, o que é menos injusto?

Bem, da lista do tal “corte de gastos”, sobrou a revisão de cadastros do INSS, que não tem nada a ver com corte nem com gastos, mas com fiscalização e fraude. E, assim, o governo finge que está decidido a cortar, os aliados fingem que acreditam, Lula tira uma casquinha populista e tudo continua como está. O equilíbrio fiscal? Balança, mas não cai. Ou será que cai?

Ao invés de brigar, Congresso podia aperfeiçoar a decisão do Supremo sobre drogas

Publicado em 1 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Nani Humor: Tiras - legalização da maconhaDora Kramer  Folha

Como quem reconhece que transita na seara alheia, o Supremo Tribunal Federal fez uma ressalva à decisão ao criar critério de quantidade para diferenciar o usuário do traficante de maconha: 40 gramas “até que o Congresso legisle sobre a matéria”.

Um jeito, um tanto enviesado é verdade, de acenar ao equilíbrio institucional. O Parlamento pode ou não aceitar o aceno, embora num primeiro momento de reações acaloradas pareceu optar por ignorar o gesto algo encabulado do tribunal.

ENFRENTAMENTO – A sinalização, por ora, é de escolha pelo enfrentamento, levando adiante na Câmara a proposta aprovada no Senado que criminaliza porte e posse de todas as drogas em qualquer quantidade. Um retrocesso em relação à lei em vigor.

Justificativa? Dar uma “resposta” ao STF por alegada invasão de competência. O tribunal, por sua vez, argumenta que responde à omissão do Congresso e assim avança para além da questão posta em ação sobre a constitucionalidade do artigo 28 que livra de prisão o usuário, não só de maconha, sem estabelecer regra de diferenciação do traficante.

No quesito inércia temos uma situação em que o roto fala do rasgado. De um lado, os legisladores não se deram ao trabalho de aperfeiçoar no detalhe essencial o texto vigente há 18 anos, desde 2006. De outro, os magistrados levaram nove anos, numa ação de 2015, para dizer se um dispositivo era inconstitucional ou não.

SOLUÇÕES OBJETIVAS – Posto o cenário em que há arrazoados e desarrazoados de ambas as partes, há uma oportunidade de se escapar à competição rasa sobre quem é mais forte, para entrar no terreno das soluções objetivas.

Se o julgamento do Supremo deixou dúvidas, e deixou, o Congresso tem a chance de substituir o cabo de guerra pelo exame objetivamente sensato do tema e preencher as lacunas mediante sua inquestionável prerrogativa de legislar.

É o que a Constituição chama de exercício da independência e harmonia entre os Poderes.

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