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quinta-feira, janeiro 18, 2024

TIO DO PREFEITO DE CORONEL JOÃO SÁ SE REÚNE EM UM BAR COM OS AGENTES DE SAÚDE E DE ENDEMIAS PARA OUVIR REIVINDICAÇÕES SOBRE A VALORIZAÇÃO DA CATEGORIA

 

Nota da redação deste Blog - Fatos esdrúxulos acontecidos na região de Coronel João Sá e Jeremoabo

Na região de Coronel João Sá e Jeremoabo, dois fatos esdrúxulos chamaram a atenção nos últimos dias.

Em Jeremoabo, o prefeito, Deri do Paloma (PP), transferiu o gabinete do prefeito para o fundo do quintal de sua residência. O ato foi considerado insensato por muitos, pois é um desrespeito à população e à própria instituição do prefeito.

Em Coronel João Sá, o tio do prefeito, Carlinhos Sobral (MDB) , reuniu-se com agentes de saúde e endemias do município em um bar para ouvir reivindicações sobre valorização da categoria. O ato também foi considerado inadequado, pois caracteriza-se como um desrespeito ao cidadão contribuinte e uma desmoralização para com a coisa pública.

Análise dos fatos

Os dois fatos ocorridos na região de Coronel João Sá e Jeremoabo são preocupantes. Eles demonstram uma falta de respeito à população e à coisa pública por parte dos gestores públicos.

No caso de Jeremoabo, a transferência do gabinete do prefeito para o fundo do quintal de sua residência é um ato de desrespeito à população. O prefeito é o representante do povo e, como tal, deve estar acessível a todos. Transferir o gabinete para uma área privada é um sinal de que o prefeito está se fechando para a população.

No caso de Coronel João Sá, a reunião de agentes de saúde e endemias em um bar é um ato de desmoralização para com a coisa pública. Os agentes de saúde e endemias são profissionais que prestam um serviço essencial à população. Reunir-se com eles em um bar é um sinal de que o gestor público não dá a devida importância ao trabalho desses profissionais.

Consequências dos fatos

Os dois fatos ocorridos na região de Coronel João Sá e Jeremoabo podem ter consequências negativas para a população.

No caso de Jeremoabo, a transferência do gabinete do prefeito para o fundo do quintal pode dificultar o acesso da população ao prefeito. Isso pode levar a um descontentamento da população com o governo municipal.

No caso de Coronel João Sá, a reunião de agentes de saúde e endemias em um bar pode desmotivar esses profissionais. Isso pode levar a uma piora na qualidade do serviço prestado à população.

O que pode ser feito?

Os gestores públicos devem tomar medidas para evitar que fatos como esses voltem a acontecer.

No caso de Jeremoabo, o prefeito deve retornar o gabinete do prefeito para o local original. Ele também deve se reunir com a população para ouvir suas demandas.

No caso de Coronel João Sá, o tio do prefeito deve se desculpar publicamente pelo ato ocorrido. Ele também deve se reunir com os agentes de saúde e endemias em um local adequado, isso é ele se ele oficialmente estiver capacitado e credenciado para tal mister.

É importante que os gestores públicos entendam que eles são representantes da população e, como tal, devem agir de forma a respeitar a população e a coisa pública.







Um fato esdruxulo acontecido na região que se não for ilegal será imoral.

Dessa  a gestão muunicipal de Coronel João Sá conseguiu vencer o prefeito de Jeremoabo e atos bizarros senão vejamos:

O gestor  de Jeremoabo transferiu  o gabinete do prefeito paar o fundo do quintal da sua residência ato no mínimo insensato, enquanto isso seguundo o vídeo acima exposto, o tio do prefeito de Coronel João Sá reuniu-se com os agentes de saúde e endemiaas daquele municipio num bar, para  ouvir reinvidicaçõs sobre valorização da categoria, caarcterizando-se assim um desrespeito ao cidadão contribunte, e uma desmoralização para com a coisa publica.

DE NOVO, NÃO!!!




Deus do céu, duro acreditar que o bisonho e sorrateiro Davi Alcolumbre (foto) volte a ser presidente do Senado e, por consequência, também presidente do Congresso Nacional. Uma afronta ao bom senso que não pode ser tolerada.

Por Vicente Limongi Netto

Inacreditável que a Cãmara Alta aceite sem lutar e protestar a humilhante decisão.

O senado tem quadros qualificados para apresentar nomes para impedir a candidatura de Alcolumbre. O MDB, o PP E o PL, por exemplo, têm bancadas fortes. Podem e devem chegar a um consenso e lançar um candidato para coibir o abissal absurdo.

A peste chamada Alcolumbre, novamente presidido a Câmara Alta, é suprema humilhação para a democracia e para o Congresso Nacional.

COITADO DO SENADO – Pior ainda para a galeria do Senado Federal que pertenceu a Rui Barbosa, Mário Covas, Josafá Marinho, Marcos Freire, Franco Montoro, José Sarney, Luiz Viana Filho, Bernardo Cabral, Nelson Carneiro, Valmir Campelo, Gilberto Mestrinho, Virgilio Távora, Gustavo Capanema, Milton Campos, e tantos outros nomes expressivos da legítima política nacional.

A nação conhece os métodos nada republicanos usados pelo medonho, patético Alcolumbre na presidência da CCJ. Segura projetos importantes do governo, barganhando demandas de interesses pessoais. Demora, senta em cima, até que, finalmente, o Palácio do Planalto ceda e atenda suas exigências. Podre e nocivo Alcolumbre. Coitado do Senado.

Tribuna da Internet

Para Trump, o maior teste não é vencer primárias republicanas - Editorial




Além de se desvencilhar de processos judiciais em plena campanha, ex-presidente terá de diminuir sua alta rejeição

Com as primárias partidárias de Iowa, na terça-feira, teve início uma campanha eleitoral que promete ser a mais tumultuada em décadas nos Estados Unidos. Antes mesmo do início do calendário da disputa, dois Estados, Maine e Colorado, impediram que Donald Trump, candidato preferido pela maioria dos republicanos, segundo as pesquisas, tivesse seu nome inscrito na cédula. Motivo: participação em insurreição, em referência à invasão do Capitólio para impedir o democrata Joe Biden de tomar posse. A Suprema Corte julgará o caso. Ao longo da campanha, pelo menos três processos contra Trump poderão ser julgados - o de que incitou uma insurreição contra a democracia será feito em breve, 4 de março. Há inclusive a possibilidade de Trump ser condenado, ir preso, vencer as eleições, e governar até em prisão domiciliar. Como presidente, poderia perdoar seus próprios crimes, segundo juristas, mas poderia haver também questionamentos legais. Como isso nunca ocorreu, a hipótese nunca foi testada na prática.

Donald Trump começou sua caminhada eleitoral com grande e previsível vantagem, 51%, sobre seus concorrentes, o governador da Flórida, Ron DeSantis (21%), a ex-embaixadora americana na ONU Nikki Haley (19%) e o empresário de biotecnologia Vivek Ramaswamy (7,7%). Haley, que quer se firmar como a principal rival do ex-presidente, pode ir melhor nas primárias de New Hampshire, na terça-feira, 23. Pesquisas a colocam como preferida de 30% dos eleitores, ante 43,5% que pretendem votar em Trump e apenas 5,4% em DeSantis.

Iowa era um território amigo para o radical republicano: pesquisa de boca de urna mostrou que mais da metade dos que foram às urnas acredita que Biden não ganhou legitimamente as eleições de 2020. Nacionalmente, é igual a fatia dos republicanos que acreditam na narrativa de fraude, para a qual não existem mínimos indícios ou provas.

Haley tenta se manter na corrida porque sabe que Trump é um candidato vulnerável. Os processos judiciais que se desenrolarão durante a campanha trazem forte narrativa contra o republicano, não só por atentados contra a democracia, como por fraude corporativa, com multa pedida pela promotoria de Nova York de US$ 370 milhões. As desventuras judiciais de Trump podem afastar apoio de republicanos moderados, os quais Haley diz representar. Além disso, Haley, em pesquisa da CBS News/YouGov, é a candidata do partido que venceria Biden por maior margem se as eleições fossem hoje: 53% contra 45%, ante 50% a 48% de Trump e 51% a 48% de DeSantis.

Sem reviravolta radical no cenário, Haley não é páreo para Trump. O ex-presidente tem uma média de 63% de apoio no partido, ante 12% da candidata, de acordo com o agregador de pesquisas FiveThirtyEight. Por mais estapafúrdias que sejam as histórias de Trump sobre a eleição que perdeu, são elas que prevalecem em um partido no qual boa parte acha válido recorrer a métodos antidemocráticos para impedir a posse de um rival.

Trump promete ir à forra contra seus inimigos, encastelados no “pântano” de Washington, assim como aprofundar políticas protecionistas, desta vez não só contra a China, mas contra todos - ele tem dito que imporá uma tarifa de 10% sobre todas as importações. Nos processos sobre suas ações para desvirtuar eleições e impedir a posse de Biden, Trump mostra sua concepção de democracia ao alegar que, pela lei, nunca poderia ser processado como presidente por seus atos, fossem eles quais fossem. É uma visão que se assemelha a de um país sem instituições, não aos EUA. A Justiça dará a palavra final.

Biden é um candidato fraco, embora não tenha cometido grandes erros. A economia se manteve em boa forma durante seu mandato até agora, com nível de emprego recorde. Sua política econômica, embora protecionista, é mais ampla e sofisticada para criar empregos, estimular e modernizar a indústria americana e preparar o país para mudanças climáticas. O ritmo da economia deve diminuir a partir de agora, o que é um problema para um presidente cujo trabalho não foi bem avaliado quando ela caminhava bem. A agregação de pesquisas mostra que 56% dos americanos desaprovam a atuação de Biden, enquanto 38,6% a aprovam. Sua popularidade agora é a menor que a dos últimos presidentes que tentaram a reeleição no início do ano da disputa.

Mas, apesar disso, está em pé de igualdade com Trump nas pesquisas, nas quais a diferença segue mínima e dentro da margem de erro. Isso porque há o outro lado da moeda: Trump não é um valentão amado. Pouco mais da metade dos americanos (52%) tem uma opinião desfavorável em relação a ele e 42,3%, favorável, uma avaliação que varia muito pouco nos últimos dois anos (FiveThirtyEight). Se o quesito é impopularidade, Biden e Trump também estão empatados na margem de erro. Com o início da campanha, o democrata vai concentrar seu fogo na ameaça autoritária que Trump e radicais republicanos representam. A seu favor terá a exposição pública das peripécias do rival na prestação de contas à Justiça, pelo mesmo motivo. Se isso será suficiente para vencer Trump só o futuro dirá.

Valor Econômico

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Por que o Irã está lançando mísseis contra Iraque, Síria e Paquistão?




As ruínas da casa de Peshraw Dizayee em Erbil após o ataque iraniano

Moradores da cidade curda iraquiana de Irbil temem mais instabilidade após os ataques com mísseis do Irã

Por Jiyar Gol

A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã solidificou a sua posição como potência regional proeminente nos últimos anos.

A organização afirma abertamente que as bases dos EUA no Oriente Médio, bem como as bases israelenses em Tel Aviv e Haifa, estão ao alcance dos seus mísseis balísticos.

Na noite de segunda-feira (15/1), Teerã deu uma demonstração clara de sua intenção, quando a Guarda Revolucionária lançou 11 mísseis balísticos contra Erbil, a capital da região semiautônoma do Curdistão do Iraque.

Pelo menos quatro civis foram mortos e seis ficaram feridos, segundo o governo regional. O primeiro-ministro Masrour Barzani classificou o ataque como um “crime contra o povo curdo”.

A Fars News, uma agência próxima da Guarda Revolucionária, afirmou que três bases da Mossad, afiliadas ao serviço de inteligência de Israel, foram destruídas no ataque.

O governo do Curdistão iraquiano negou a presença de agentes estrangeiros no seu território, enquanto Israel não se pronunciou.

No dia seguinte, o Irã também lançou mísseis contra uma região no oeste do Paquistão.

No entanto, a Guarda Revolucionária demonstrou que pode realizar ataques precisos ao bombardear a residência do proeminente empresário e multimilionário curdo, Peshraw Dizayee. Ele foi morto no ataque.

Dizayee era proprietário e fundador de duas empresas – Falcon Group e Empire World – nos anos que se seguiram à invasão do Iraque pelos EUA em 2003. A Reuters diz que ele era próximo da família do premiê Barzani.

Sua casa foi atingida por quatro mísseis e há relatos de que sua filha de 11 meses também foi morta no ataque.

'Peshraw Dizayee era um dos empresários mais proeminentes e ricos do Curdistão iraquiano'

O Grupo Falcon opera em vários setores, incluindo segurança, construção e petróleo e gás. A sua divisão de segurança tem prestado assistência a representantes e empresas americanas e a vários representantes ocidentais no Iraque.

A precisão do ataque sublinha a mensagem de que a Guarda Revolucionária não só pode atingir estruturas civis, como também pode atacar instalações militares perto do aeroporto internacional de Erbil, a poucos quilômetros de distância da base da coligação liderada pelos EUA.

Os EUA têm 2.500 soldados no Iraque, incluindo em Erbil, que fazem parte da coligação liderada pelos EUA contra o grupo Estado Islâmico (EI).

Washington diz que os homens estão lá para apoiar as forças locais e evitar o ressurgimento do EI, que no passado controlav vastas áreas do Iraque e da Síria.

No entanto, estes ataques também servem a objetivos internos do Irã, levando em consideração as recentes ações de Israel na Síria.

Em 25 de dezembro, um alto comandante da Guarda Revolucionária foi morto no que teria sido um ataque aéreo israelense nos arredores de Damasco.

No ataque de 15 de janeiro, a Guarda Revolucionária também lançou mísseis balísticos na província de Idlib, no noroeste da Síria. A organização disse que tinha como alvo o EI e outros “grupos terroristas” na região.

Idlib é o último reduto da oposição remanescente, lar de 2,9 milhões de sírios deslocados, que apoiaram a revolta de 2011 contra o presidente Bashar al-Assad.

Al-Assad conseguiu permanecer no poder com o apoio militar da Rússia e do Irã.

O grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sharm (HTS) é o principal que controla Idlib, embora o EI e a Al-Qaeda também estejam presentes.

A Guarda Revolucionária afirmou que o ataque foi uma retaliação aos atentados suicidas do EI em Kerman, no sul do Irã, em 3 de janeiro.

Multidões se reuniam perto do túmulo do comandante da Guarda Revolucionária Qasem Soleimani para celebrar o aniversário da sua morte quando dois homens-bomba atacaram.

A Guarda Revolucionária afirma ter usado um míssil Kheibar Shekan para atingir Idlib, que pode viajar até 1.450 km.

O organização disse também que lançou o ataque a partir da província do Khuzistão, no sul.

No entanto, a Guarda Revolucionária poderia ter lançado os mísseis em Idlib a partir da província ocidental do Azerbaijão, que está muito mais próxima.

A escolha da localização e do sistema de mísseis Kheibar Shekan sugerem que o Irã quer mostrar ao mundo que tem capacidade de atingir vários locais em Israel, que faz fronteira com a Síria.

Ataque no Paquistão

Além dos ataques na Síria e no Iraque, o Irã também lançou mísseis contra uma região no oeste do Paquistão na terça-feira (16/1).

O ataque atingiu uma aldeia na vasta província fronteiriça do sudoeste do Baluchistão.

Teerã disse que tinha como alvo o Jaish al-Adl, um grupo muçulmano sunita balúchi que realizou ataques dentro do Irã, bem como contra as forças do governo paquistanês.

Já autoridades paquistanesas disseram que duas crianças foram mortas e outras três ficaram feridas no bombardeio. Islamabad disse que o ataque aéreo foi um “ato ilegal” e alertou que poderia levar a “sérias consequências”.

A China pediu nesta quarta-feira (17/1) ao Paquistão e ao Irã que “evitem ações que possam levar a uma escalada de tensão”. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, acrescentou que Pequim vê os países como “vizinhos próximos”.

BBC Brasil

Arrogância moral marca acusações da África do Sul contra Israel




Seja qual for o resultado do caso, julgamento no Tribunal de Haia não fará nada para aliviar o sofrimento dos palestinos. 

Por Max Boot, The Washington Post

Quando a guerra de Israel contra o Hamas ultrapassou a marca de 100 dias, os israelenses se esforçaram para entender como seu país poderia ser acusado de realizar genocídio em uma guerra que não começou. Se alguma parte do conflito é culpada de tentativa de genocídio, é o Hamas. Essa organização terrorista, que se dedica explicitamente à destruição do Estado judeu, cometeu crimes de guerra, inclusive o assassinato de civis israelenses, o sequestro de mais de 200 israelenses (inclusive idosos e crianças pequenas) e o uso generalizado de estupro e violência sexual contra meninas e mulheres israelenses. No entanto, na semana passada, foi Israel, e não o Hamas, que sentou no banco dos réus da Corte Internacional de Justiça em Haia.

Como isso é possível? Parte da resposta está, é claro, no duplo padrão que o mundo aplica rotineiramente ao Estado judeu. O governo da África do Sul, que moveu o processo de genocídio contra Israel, exemplifica essa hipocrisia desprezível.

O mesmo tribunal ao qual a África do Sul agora apresenta seu caso decidiu, em 16 de março de 2022, que a Rússia deveria interromper sua guerra ilegal de agressão contra a Ucrânia. A Rússia ignorou essa decisão e continua a atacar cidades ucranianas para destruí-las. As Nações Unidas estimam que a Rússia tenha matado pelo menos 10 mil civis ucranianos - um número que seria muito maior se não fossem as robustas defesas aéreas da Ucrânia. As Nações Unidas também descobriram “que as autoridades russas cometeram (...) crimes de guerra de tortura, estupro e outras violências sexuais, e deportação de crianças para a Federação Russa”. Enquanto isso, a China oprime brutalmente sua minoria Uyghur, levando as Nações Unidas a acusar suas ações de constituírem “crimes contra a humanidade”; os Estados Unidos chamam a repressão da China de “genocídio”.

A China e a Rússia estão longe de ser os únicos países cujos crimes a África do Sul ignora. Em 2015, a África do Sul não fez nenhuma tentativa de prender o então presidente do Sudão, Omar Bashir, quando ele visitou o país, apesar de o Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de prisão contra ele por acusações de genocídio e crimes de guerra. Este mês, a África do Sul recebeu Mohamed Hamdan Dagalo, um notório senhor da guerra sudanês cuja milícia foi acusada de genocídio em Darfur. No mês passado, a África do Sul recebeu uma delegação do Hamas para marcar o 10º aniversário da morte de Nelson Mandela. Basta dizer que o governo do Congresso Nacional Africano está desperdiçando rapidamente a autoridade moral obtida com a luta contra o apartheid.

Infelizmente, os políticos israelenses de direita facilitaram, com suas declarações exageradas, que a África do Sul reforçasse seu argumento. Como observa o Haaretz, “Israel está pagando o preço por suas bocas grandes”. A África do Sul aponta para declarações como as do Ministro da Defesa Yoav Gallant (“Palestinos são animais”), do Ministro do Patrimônio Amihai Eliyahu (que sugeriu lançar uma bomba nuclear em Gaza) e do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que disse aos soldados israelenses: “Lembrem-se do que Amaleque fez com vocês”, referindo-se a um inimigo bíblico que Deus ordenou que os judeus destruíssem.

A equipe de defesa de Israel argumentou em Haia que tais declarações não representam a política oficial do governo. No entanto, não há como negar que as forças israelenses infligiram morte e destruição em larga escala em Gaza: O Wall Street Journal estimou que, em meados de dezembro, cerca de metade dos edifícios em Gaza havia sido danificada ou destruída, e o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que mais de 23 mil palestinos foram mortos. (Os números de vítimas não foram verificados, e o ministério não especifica quantos dos mortos são combatentes do Hamas, mas Israel informa que matou cerca de 9 mil combatentes). Essa é uma grande tragédia para o povo de Gaza, mas a culpa principal deve recair sobre o Hamas, porque ele lançou um ataque não provocado contra Israel e usa civis como escudos humanos, violando as leis da guerra.

Isso não significa que todas as decisões de Israel sobre alvos tenham sido justificadas ou que possam resistir a um exame minucioso após o fato. Sem dúvida, as forças israelenses estavam mais inclinadas - talvez inclinadas demais - a tolerar danos colaterais do que no passado, porque Israel acabara de sofrer a pior perda de vidas em um dia em sua história e os comandantes israelenses sentiam a necessidade de empregar o poder de fogo com mais liberdade para proteger as tropas israelenses em combate terrestre.

No entanto, embora seja fácil questionar as ações das forças israelenses, não há evidências de que elas tenham se envolvido em uma campanha deliberada para “destruir, no todo ou em parte”, o povo palestino - que é o significado de “genocídio” no direito internacional. Por mais terríveis que tenham sido as mortes de civis em Gaza, elas ainda constituem menos de 1% da população do território. Se Israel, com todo o poder de fogo à sua disposição, estivesse tentando cometer um assassinato em massa, o número de mortes teria sido muito maior.

Longe de tentar massacrar deliberadamente os civis palestinos, as forças israelenses têm feito grandes esforços para notificá-los com antecedência sobre as operações militares e pedir que saiam da linha de fogo. As forças israelenses ordenaram “pausas humanitárias” para facilitar os esforços de socorro e criaram um “corredor humanitário” para evacuações do norte para o sul de Gaza. Israel também facilitou a entrada de mais de 8.000 caminhões transportando mais de 145.000 toneladas de alimentos para Gaza desde o início da guerra; infelizmente, o Hamas se apoderou de parte da ajuda para si.

Pode-se discutir se os esforços de Israel para proteger os civis foram adequados - acredito que Israel seria aconselhado, por motivos humanitários e estratégicos, a fazer ainda mais -, mas essas claramente não são as ações de uma nação empenhada em exterminar o povo palestino.

É por isso que a acusação de genocídio foi rejeitada não apenas pelos Estados Unidos, mas também pelo Canadá, Reino Unido e Alemanha, entre outros. O secretário de Estado Antony Blinken chamou o caso sul-africano de “sem mérito”, enquanto o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak disse que ele era “completamente injustificado e errado”. Na verdade, os advogados israelenses apresentaram uma defesa tão forte na sexta-feira, 12, que muitos comentaristas israelenses estão otimistas de que o tribunal não endossará a exigência da África do Sul de um cessar-fogo imediato, porque a África do Sul não conseguiu provar a intenção de Israel de cometer genocídio.

Mas, seja qual for o resultado do caso, uma coisa é certa: ele não fará nada para aliviar o sofrimento dos palestinos. Essas acusações incendiárias servem apenas, para muitos israelenses, para desacreditar críticas mais legítimas e mais ponderadas às ações de Israel. Elas fazem parte da narrativa “nós contra o mundo” de Netanyahu, na qual o primeiro-ministro de direita é a única pessoa que pode proteger os israelenses. Muitos deles, sem dúvida, concluirão erroneamente que a autocontenção por parte de suas forças é inútil se eles forem acusados de genocídio, independentemente do que fizerem.

Além disso, há o dano que o caso sul-africano causará aos judeus de todo o mundo em um momento em que o antissemitismo já está aumentando. “Acredito que ele será usado contra os judeus e os apoiadores de Israel em todo o mundo”, disse-me Jonathan Greenblatt, diretor executivo da Anti-Defamation League. “Em um momento de antissemitismo historicamente elevado em todo o mundo, em grande parte no contexto da atual guerra entre Israel e o Hamas, termos armados como ‘genocídio’, que criminalizam e deslegitimam Israel, muitas vezes levam a situações em que os judeus são destacados, isolados e até atacados.”

Em suma, a arrogância moral da África do Sul, por mais que não tenha mérito, tem um preço alto.

O Estado de São Paulo

Sem Conder e Sufotur na campanha, Geraldo Jr. não vai a lugar nenhum, por Raul Monteiro*

 Foto: Arquivo/Reprodução/Redes sociais

Candidato do MDB precisará fazer um esforço grande para reconquistar os titulares da Conder e Sufotur18 de janeiro de 2024 | 08:23

Sem Conder e Sufotur na campanha, Geraldo Jr. não vai a lugar nenhum, por Raul Monteiro*

EXCLUSIVAS

Quase um mês depois de anunciada formalmente a candidatura de Geraldo Jr. (MDB) à Prefeitura de Salvador, há poucos sinais de que ele foi abraçado como candidato do grupo governista liderado pelo PT na Bahia. Sua passagem pelo cortejo do Senhor do Bonfim, na última semana, primeiro ato público de sua pré-campanha, ocorrido num cenário de controle político reduzido, foi insuficiente para averiguar o patamar de sua popularidade e se as pessoas já o reconhecem como candidato à sucessão municipal do time petista. Há, ainda, muita água para rolar debaixo da ponte até a eleição de outubro.

Mas também não há como negar que, por enquanto, por inúmeros fatores, entre os quais se sobressai o de ser o atual incumbente, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) leva várias vantagens sobre o candidato que deve se tornar o seu principal adversário. Está no comando da gestão, que deve se transformar numa máquina de guerra por sua reeleição na medida em que o tempo avançar, possui bons níveis de aprovação, segundo as pesquisas, as quais não detectam anseios por mudança na direção da cidade, e ainda conta com o apoio da principal liderança política do município, ACM Neto (União Brasil).

Não é por outra razão que, entre deputados da base do governo se faz um cálculo de que, para conseguir alavancar seu nome e ganhar musculatura para chegar à arena dos debates com alguma respeitabilidade como postulante, fundamental para confrontar Bruno, o candidato do MDB vai precisar contar com a ajuda explícita do governo baiano, que propôs sua candidatura ao grupo, por meio do apoio de pelo menos dois órgãos importantes: a Conder, verdadeira máquina de intervenções de infraestrutura nos municípios, e a Sufotur, órgão com autonomia financeira e capilaridade para promover ações no Estado associadas a qualquer candidato.

Se não conseguir comprometer os dois órgãos com a ajuda ao seu nome, Geraldo Jr., costumam dizer os parlamentares da oposição e do governo, pode se preparar para dar adeus aos planos de crescer no curso da campanha. Para atraí-los, no entanto, o candidato do MDB precisará fazer um esforço grande para reconquistar os titulares de ambos. Visto por Geraldo Jr. como uma ameaça aos planos de se viabilizar como candidato, Trindade virou alvo de maledicências do antigo colega de Câmara Municipal até o momento em que o senador Jaques Wagner (PT), principal defensor da candidatura do emedebista no governo, conseguiu tirá-lo do páreo.

Afilhado, como Trindade, do ministro Rui Costa (PT) no governo estadual, Diogo também pagou um preço alto por associar-se ao projeto de transformar o presidente da Conder em candidato. Por trás dos ataques, estava, segundo se comenta no governo, um Geraldo Jr. indignado com a possibilidade de perder a indicação para concorrer. Claro que, se a candidatura do emedebista for de fato apadrinhada pelo governo, nada impede que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) determine a ambos que vistam sua camisa. Mas e se eles fizerem corpo mole? Jerônimo estaria disposto a submetê-los contra sua vontade? E de eventualmente trocar dois ruisistas por Geraldo Jr.?

* Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

Raul Monteiro

Sem anunciar quem irá apoiar ao TCM, Jerônimo preocupa aliados de Paulo Rangel e anima apoiadores de Fabrício Falcão

 Foto: Mateus Pereira/GOVBA/Arquivo

O governador Jerônimo Rodrigues (PT)17 de janeiro de 2024 | 18:55

Sem anunciar quem irá apoiar ao TCM, Jerônimo preocupa aliados de Paulo Rangel e anima apoiadores de Fabrício Falcão

EXCLUSIVAS

Embora admita que vai participar da escolha, pela Assembleia Legislativa, do novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) segue sem anunciar quem será o candidato dele à vaga. A base aliada tem dois concorrentes até aqui: os deputados Paulo Rangel (PT) e Fabrício Falcão (PCdoB) – o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) larga com o apoio da oposição.

Este Política Livre apurou que partidos e os postulantes têm solicitado audiências com Jerônimo para tratar do tema, mas sem sucesso desde o início deste ano. No dia 20 de dezembro de 2023, o governador recebeu o PCdoB para discutir o assunto, e o presidente estadual da sigla, Geraldo Galindo, tenta uma nova conversa com o chefe do Executivo estadual há alguns dias, assim como Fabrício. O mesmo acontece com Paulo Rangel.

A indefinição de Jerônimo preocupa os aliados de Rangel. O petista é favorito na disputa, uma vez que já teria as assinaturas de 36 parlamentares de legendas como o PT, PSD, MDB, PSB, PP, Avante, Solidariedade e PL, além dos apoios importantes dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD). Mas falta o engajamento do governador para reduzir as chances de traição, afinal a eleição ocorre em votação secreta e o vencedor precisa de, no mínimo, 32 votos.

Já os aliados de Fabrício acreditam que Jerônimo, ao não ceder até aqui à pressão dos principais partidos e lideranças da base por Paulo Rangel, ainda pode surpreender com uma posição em favor do comunista ou ficar neutro. O deputado do PCdoB segue dialogando com os colegas e costurando apoios apostando no voto secreto e numa eventual rejeição, dentro da Assembleia, a um quarto indicado seguido do PT ao TCM.

Os dirigentes do PCdoB tentam sensibilizar Jerônimo alegando que Fabrício e o partido já abriram mão em pelo menos duas ocasiões de concorrer ao posto de conselheiro – uma em prol do ex-deputado federal Nelson Pelegrino (PT) e outra em favor da ex-primeira-dama Aline Peixoto, a mais recente, em 2023 – e que nunca emplacou um filiado para o cargo vitalício, mesmo sendo um aliado fiel desde o primeiro governo de Wagner.

Este Política Livre já revelou que, apesar do favoritismo de Paulo Rangel, um cenário com duas candidaturas da base do governo pode tornar a disputa mais acirrada. As inscrições dos candidatos devem ser abertas logo após a reabertura dos trabalhos, no começo de fevereiro. Já a eleição para o novo conselheiro ocorre somente depois do Carnaval, entre o final de fevereiro e o início de março, como já informou o presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD).

Política Livre

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