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sexta-feira, janeiro 05, 2024

Gilmar pode recriar o marco temporal e resolver crise entre os Três Poderes

 


Em nova decisão, Gilmar Mendes reafirma inocência de Lula – CartaExpressa – CartaCapital

Gilmar sabe que o STF fez uma lambança e precisa consertar

Carlos Newton

Em pleno recesso, a crise institucional se complica cada vez mais, com a decisão do PT, que está movendo ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a validade da lei que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O pedido foi protocolado pelo PT junto com PCdoB e PV, porque as três legendas integram uma única federação partidária.

A ação é repetitiva e desnecessária, porque o PSOL, a Rede e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) já haviam questionado a lei no Supremo. Ou seja, a nova petição encabeçada por PT, PCdoB e PV serve apenas como uma provocação ao Congresso.

Para aumentar a crise, os três partidos de oposição ao governo (PP, PL e Republicanos) também recorreram ao Supremo, pedindo que seja reconsiderada a constitucionalidade do marco temporal, sob o argumento de que a última palavra deve ser do Legislativo.

ESCULHAMBAÇÃO – Durante 35 anos, o marco temporal esteve em vigor, sem contestação, mas a lei que o regulamentou só foi aprovada pelo Congresso em setembro, no mesmo dia em que o Supremo rejeitou a tese de que apenas as terras ocupadas por povos indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, podiam ser demarcadas.

O presidente Lula da Silva vetou esse trecho, mas o Congresso derrubou o veto no mês passado e a norma foi promulgada no final de dezembro.

Agora, reina a esculhambação, porque não se sabe o que está em vigor nem se os indígenas podem reivindicar outras terras que já ocupavam antes de 1988, quando a Constituição foi aprovada.

DISPUTA DO RELATOR – As três ações têm como relator o ministro Gilmar Mendes, embora os partidos aliados do governo argumentassem que as petições deveriam ser distribuídas “por prevenção” ao ministro Edson Fachin, por ter sido relator da declaração de inconstitucionalidade do marco temporal.

Tanto Fachin como Gilmar votaram contra a tese do marco temporal, mas a grande diferença é que, enquanto Fachin atendeu integralmente aos indígenas e não quis discutir a indenização dos proprietários em caso de remoção, Gilmar fez ressalvas à amplitude das terras demarcadas e disse que “não falta terra”, mas “falta apoio”.

“É preciso que tenhamos essa dose de realidade no nosso raciocínio, sob pena de estarmos a oferecer soluções ilusórias. Pode ser revogado o marco temporal, e a dificuldade vai continuar”, ressalvou o ministro quando votou, em setembro.

APOIO A CONTRAGOSTO – A verdade é que Gilmar Mendes sabe que acabar com o marco temporal é uma irresponsabilidade, porque os índios poderão requerer a posse de cidades inteiras, caso não haja uma ressalva impeditiva.

Ele sabe que o marco temporal deve valer nos casos das terras que não estivessem sendo reivindicadas pelas tribos antes de 1988. Sabe também que, nas situações mais polêmicas, será preciso indenizar os produtores rurais.

Gilmar está corretíssimo ao dizer que há muita terra, porque nada impede que as tribos possam ganhar  áreas em outros locais, no caso de disputas que causem convulsão social.

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P.S. 1 
– Gilmar Mendes é uma figura paradoxal. O ministro domina o Supremo e cresce nos momentos de crise. Não será surpresa se ele encontrar uma saída conciliadora, que atenda a todos os envolvidos (indígenas, produtores rurais, governo e Congresso), como deveria ter acontecido lá atrás, ao invés de o Supremo fazer essa lambança de revogar um marco temporal sem substituí-lo por nenhuma outra regra. O Brasil já está cheio de crises, de vez em quando é bom encontrar soluções. (C.N.)


Uso de câmeras por soldados da PM aumenta segurança e atrapalha corrupção


Por que Tarcísio de Freitas é contra o uso de câmeras?

Conrado Hübner Mendes
Folha

“Qual a efetividade da câmera corporal na segurança do cidadão? Nenhuma”. Tarcísio de Freitas não é burro, nem cínico, nem charlatão. É apenas mais um governador paulista, com dinheiro no banco, em tom tecnocrático, resumindo a política de segurança pública brasileira: matar pobres, preferencialmente pretos. E crianças por bala “perdida”, código para irresponsabilização do Estado gravado com sangue na cartilha retórica da polícia.

Enquanto outros governadores falavam “quem não reagiu está vivo” e “a polícia vai atirar para matar”, Tarcísio adota o idioma da efetividade. Só faltou revelar para qual fim. Câmeras corporais instaladas em uniformes policiais dificultam o projeto histórico de “efetividade” da letalidade.

MENOR LETALIDADE – Desde o “Programa Olho Vivo” para adoção de câmeras corporais, a redução da letalidade policial tem sido da ordem de 75%, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A transparência faz a polícia menos efetiva em matar, mais efetiva em prover segurança.

Difícil imaginar número tão superlativo em qualquer política pública, em qualquer nível da federação, em período tão curto, pela adoção de um simples dispositivo tecnológico. Além de diminuir mortes, protege policiais corretos contra acusações de abuso e contribui na investigação de crimes.

Essa política virtuosa começa a despencar quando se deflagra, em julho de 2023, a “Operação Escudo” na Baixada Santista. Desenhada para reagir à morte de um policial, a operação matou 30 civis, a mais mortal desde o massacre do Carandiru. Subterfúgios foram invocados para não se utilizar câmeras de forma adequada.

TUDO ENCOBERTO – Investigações dos eventuais crimes, na melhor tradição do autoritarismo brasileiro, dispõem dos depoimentos dos próprios policiais. Quando muito, dos testemunhos amedrontados, sob ameaça de morte, de familiares de vítimas.

O Instituto Sou da Paz mostrou que, em três meses da Operação Escudo, o estado de São Paulo registrou aumento de 41% da letalidade policial, comparado a 2022. Foram 153 mortes registradas em 92 dias. Tarcísio desconversa sobre a efetividade das câmeras para proteção de vidas. A Defensoria Pública ajuizou ação civil pública para exigir uso de câmeras em operações desse tipo.

O juiz Renato Augusto Maia acolheu o pedido. O governo recorreu ao TJ-SP. O presidente do tribunal, Ricardo Anafe, numa canetada de “suspensão de segurança” (dispositivo pré-constitucional do autoritarismo magistocrático), derrubou a decisão. Seu argumento papagueou a alegação orçamentária do governo, segundo o qual a adoção de câmeras exigiria gasto excessivo e não previsto.

PERICULUM IN MORA – Nas palavras de Anafe: “À luz das razões de ordem e economia públicas, ostenta periculum in mora inverso de densidade manifestamente superior àquela”.

Se você não entendeu o palavrório desse português estrangeiro, não se preocupe. Ele não é feito para o entendimento, mas para o ofuscamento. Ele não argumenta, apenas grita. Não explica o cálculo do “manifestamente superior”, apenas afirma de dedo em riste. Não desconfia da alegação orçamentária, apenas dá uma piscadela. Sequer pergunta se a aquisição de novas câmeras era necessária para a operação.

Análise orçamentária da Plataforma Justa indica que não há escassez de recursos para investimento em câmeras, mas escolha consciente e disfarçada por política contra transparência.

TEM RECURSOS – Em 2022, o valor empenhado para câmeras foi de R$ 69 milhões, 0,47% do orçamento das polícias. Só em “créditos adicionais”, o orçamento policial recebeu R$ 885 milhões. Em “publicidade institucional”, foram gastos R$ 104 milhões.

Segundo o governo de Tarcísio, o “Programa Olho Vivo” teria sido incorporado pelo “Programa Muralha Paulista”, mas não especifica que lugar câmeras corporais terão nessa política.

Na verdade, a linguagem da história toda se destaca pela cruel literalidade.

MURALHAS E ESCUDOS – O Tribunal de Justiça “suspende a segurança” do programa “olho vivo” que, depois da operação “escudo”, é incorporado pela operação “muralha”.

Muralhas e escudos têm sido historicamente interpostos para suspender qualquer segurança de comunidades vulneráveis.

E por que polícias resistem a mecanismos de transparência que não afetam sua capacidade operacional? Responder essa pergunta é a grande encruzilhada da política de segurança pública no Brasil.

quinta-feira, janeiro 04, 2024

Começo o ano com um peso em meu pescoço

 

Empresários, juízes e políticos têm 1 coisa em comum: não gostam de mim.

Vou ser muito sincera com você: não está sendo nada fácil acordar com o constante risco de receber mais uma notícia sobre algum processo ou decisão judicial censurando alguma reportagem minha.


Alguns deputados que apoiaram a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro, um capítulo vergonhoso da nossa história, estão me processando. Em junho, uma decisão absurda da Justiça do Rio de Janeiro tirou do ar as cinco reportagens que compunham a série sobre alienação parental que eu levei mais de seis meses apurando. E no final de dezembro recebi mais um processo que segue sob sigilo.


Você não tem ideia do tamanho da decepção que senti. Para uma repórter que se compromete com as histórias que se propõe a contar, isso tudo foi um golpe duríssimo.


O Intercept Brasil desde o primeiro momento me apoiou e recorreu de todas as decisões. Tivemos vitória parcial no caso no Rio: 4 das 5 reportagens puderam voltar ao ar. Mas seguimos lutando pela última. E essa briga ainda não acabou.


Nem  me recuperei desse baque quando uma outra decisão chegou, também da Justiça do Rio de Janeiro. Mas dessa vez foi de uma reportagem minha que expunha o abuso de uma juíza durante uma audiência com uma vítima de violência doméstica.


Todo mundo da equipe tem cicatrizes de batalhas judiciais em andamento sobre reportagens que publicamos no Intercept. Não podemos deixar que essas pessoas nos impeçam de fazer nosso trabalho.


Somos uma redação independente, financiada por leitores, portanto, para continuar lutando, precisamos do seu apoio. Você pode contribuir com R$ 20 por mês para que continuemos a informar o mundo sobre os segredos do judiciário e dos poderosos?


FAÇA PARTE DESSA LUTA →  

A verdade é que a gente não tem um único mês de paz e os processos vêm se acumulando. E esse assédio judicial faz parte de uma tendência maior. Os ricos e poderosos acham que podem intimidar o jornalismo independente nos tribunais.


Vamos seguir batalhando contra essas decisões inconstitucionais que só querem esconder violações que buscamos denunciar.


Além do impacto emocional para nós, repórteres, cada uma dessas ações gera custos altos. O Intercept precisa manter uma equipe jurídica dedicada a essas batalhas.

Em 2024, Lula vai encarar um Congresso hostil e a complicada eleição municipal


charge-congresso-fundo-do-poco-sindicato-bancarios-bauru - Sindicato dos  Bancários e Financiários de Bauru e Região

Charge do Edra (Arquivo Google)

José Benedito da Silva
Veja

Diz o folclore político que todo governante ganha do eleitor – e eventualmente até dos adversários – uma espécie de trégua no primeiro ano de mandato, ainda mais se chegar ao cargo em um momento difícil. Foi o que ocorreu com o presidente Lula da Silva, que começou a sua gestão sob os escombros do 8 de Janeiro, o que lhe garantiu certa união política e institucional para encaminhar os seus assuntos mais urgentes.

Mas 2024 pode ser um tanto diferente. Primeiro, porque é ano de eleições municipais. E em ano de disputa nas urnas, a solidariedade política tende a diminuir. Lula já deixou claro, mais de uma vez, que a corrida pelas prefeituras é prioritária, não só para o PT, mas para o seu governo.

ELEGER PREFEITOS – Conquistar o maior número de prefeituras em cidades importantes pode ajudar a pavimentar o caminho para um bom desempenho na renovação do Congresso em 2026 e em uma eventual reeleição ao Planalto.

E isso não será fácil. Lula aposta no seu carisma e nas realizações de seu governo para alavancar candidatos aliados, como ocorreu em 2004, quando, logo após chegar pela primeira vez à Presidência, o PT conquistou nada menos que nove das 27 capitais na eleição municipal.

A estratégia de usar programas de bastante impacto eleitoral como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) esbarra na dificuldade com que o governo vem atuando para manter as contas públicas equilibradas.

FURAR OS TETOS – Lula e o PT já disseram mais de uma vez que podem deixar de lado parte dos compromissos fiscais para não colocar em risco os gastos públicos planejados para o ano que vem. O próprio Fernando Haddad, ministro da Fazenda, já foi avisado disso, tanto por Lula quanto por dirigentes do seu partido. Novas trombadas entre o ministro da área econômica e os cardeais do petismo na hora da eleição não serão nenhuma surpresa.

Outro ponto complicado para Lula será costurar as alianças nas principais cidades enquanto tem que liderar um governo que tem nada menos que dez legendas na Esplanada e uma base completamente instável no Congresso.

As cotoveladas entre os partidos nos grandes municípios tendeM a aumentar e, claro, azedar as relações tanto no governo quanto no Parlamento – e estas não foram um mar de rosas no primeiro ano de mandato.

A necessária regulamentação da Inteligência Artificial no país

Publicado em 4 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Charge do rp.ilustrador(Arquivo do Google)

Marcelo Copelli

O Tribunal Superior Eleitoral nos bastidores já discute a necessidade da regulamentação do uso da inteligência artificial na campanha de 2024, quando candidatos concorrerão a cargos municipais. A grande preocupação dos ministros refere-se ao uso da ferramenta para a propagação da desinformação e das falsas notícias sobre adversários e o processo eleitoral.

O mau uso da inteligência artificial é uma preocupação mundial. Segundo Marcelo Graglia, doutor em Tecnologias da Inteligência, coordenador do grupo de pesquisa Transformação Digital e Sociedade e professor da PUC-SP,  “dentro de uma proposta de desinformação e manipulação da opinião pública, a IA começou a ser usada no campo da guerra. Basta lembrar da anexação da Crimeia pela Rússia, quando uma série de notícias falsas foram utilizadas para confundir a população da região e a opinião pública mundial em relação a invasão que acontecia ali.”

URGÊNCIA – O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, inclusive, já defendeu a urgência de o Congresso Nacional agir nesse sentido como forma de combate às perniciosas fake news, uma vez que com o avanço das novas tecnologias é preciso responsabilizar firmemente quem desvirtua o uso desses instrumentos.

Arthur Lira, por sua vez, se antecipou e quer aprovar um projeto sobre o tema antes do início das campanhas eleitorais.  Evidentemente, tendo em vista as últimas eleições para a Presidência da República,  é imperativo que a Justiça Eleitoral concentre esforços nos veículos utilizados para disseminar as notícias propositalmente enganosas e que ferem o cenário democrático.

A questão tem caráter emergencial, pois há um grande risco de manipulação dos eleitores quando as notícias falsas são utilizadas durante o processo eleitoral. Em todos os países democratas, existe, atualmente, um grande ataque de desinformação em relação à vontade do eleitor. Além de divulgar discursos de ódio e antidemocráticos, as ações têm como objetivo captar o livre arbítrio do eleitor para, a partir disso, de forma fraudulenta, direcionar a sua vontade para determinado candidato ou candidata.

REGULAÇÃO – Conforme defendido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, é preciso que se tenha a regulação das plataformas digitais com “parcimônia necessária”.  Com o falso discurso de “liberdade de expressão”, criminosos se valem da democratização do acesso à informação, ao conhecimento e ao espaço público, para pavimentar espaços para a desinformação, as teorias conspiratórias e a destruição de reputações.

Faltam defesas  que coíbam a desinformação, com o agravante das “deepfakes”,  outra aplicação da inteligência artificial que manipula textos, imagens e vídeos, sendo possível usar o rosto, a voz e a entonação de uma pessoa para criar uma mensagem falsa. O balizamento da proposta regulamentação e a concretização de resoluções são essenciais para a orientação das futuras eleições.


Governo e PT vão aproveitar recesso para negociar (?) nova base aliada na Câmara

Publicado em 4 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

A última porta antes do inferno | VESPEIRO

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Augusto Tenório e Roseann Kennedy
Estadão

Após “comer mosca” na formação de blocos parlamentares na Câmara, no início de 2023, o PT agora vai tentar negociar, durante o recesso legislativo, a montagem de um novo grupo para 2024, com a ajuda do Palácio do Planalto. A avaliação, nos bastidores, é a de que o partido do presidente Lula da Silva poderia ter criado uma base sólida de apoio na Casa, se tivesse conseguido unir seus aliados mais próximos, como o PSB e o PDT.

Essas legendas, no entanto, integram o chamado “blocão do Lira”, nome informal dado ao grupo composto pelo PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), com União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante e Patriota, além da federação PSDB-Cidadania. Trata-se do maior bloco partidário, com 176 deputados.

SUCESSÃO DE LIRA – A janela de oportunidade está aberta porque os demais partidos, durante o recesso legislativo, também estão interessados em renegociar os blocos, já de olho na eleição para a presidência da Câmara, que ocorrerá em fevereiro de 2025. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), é hoje o principal cotado para disputar o comando da Casa com o apoio de Lira, expoente do Centrão.

Pelo lado do PSB e do PDT, as conversas sobre mudança envolvem divergências com outras siglas. É que o União Brasil, o PP e a federação PSDB-Cidadania, por exemplo, costumam impor derrotas ao governo Lula no plenário.

A atitude chegou a provocar constrangimento quando o deputado Felipe Carreras, do PSB, era líder do “blocão” e orientava a votação no plenário. Hoje, o grupo é liderado pelo deputado Dr. Luizinho (PP-RJ).

PRÉ-CANDIDATOS – Com 144 integrantes, o outro bloco da Câmara reúne MDB, PSD, Republicanos e Podemos. Dessa parceria saíram, até agora, dois pré-candidatos à sucessão de Lira: o líder do PSD, Antônio Brito (BA), e o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Em conversas reservadas, ministros e dirigentes do PT avaliam que essa aliança pode ganhar nova configuração no ano eleitoral de 2024.

No atual cenário, o PT de Lula e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro não participam de nenhum grupo de representação parlamentar.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– O dirigente partidário mais esperto da atual safra é Gilberto Kassab, dono do PSD, um partido que só faz crescer, de uma maneira sólida e consistente. Kassab opera o milagre de apoiar qualquer presidente que estiver no poder, mas não se entrega inteiramente a ele e deixa o outro pé na oposição. Na eleição passada, não apoiou Lula nem Bolsonaro. Com essa tática, ganhou dois ministérios importantes (Agricultura e Minas e Energia) e um desprezível (Pesca).  Agora, está fechado com o governador Tarcísio de Freitas, em São Paulo, mas isso não significa que vá apoiá-lo para presidente em 2026. Pessoalmente, Kassab não tem voto, mas sabe distribuir com sabedoria os votos do seu partido, pois o PSD pertence a ele – é uma legenda pessoal, digamos assim. (C.N.)

 

Bancada do PT na Câmara se reunirá em fevereiro para definir prioridades

 

O deputado mineiro Odair Cunha será o novo líder do PT

Victoria Azevedo
Folha

A bancada do PT na Câmara dos Deputados deverá se reunir no próximo dia 5 de fevereiro em Brasília para traçar sua estratégia de atuação em 2024, ano de eleições municipais. Historicamente, a Casa fica esvaziada durante o processo eleitoral, por isso parlamentares avaliam que a agenda do primeiro semestre será mais intensa.

A ideia do encontro no início do ano legislativo é discutir as prioridades dos deputados, assim como tratar da atuação da bancada em relação ao partido e ao governo e da conjuntura política atual do Brasil.

“O desafio do seminário é identificar qual é a agenda que interessa a bancada neste primeiro semestre, independente da agenda do governo”, diz ao Painel o deputado federal Odair Cunha (PT-MG), que será líder do PT na Câmara no próximo ano.

Cunha irá substituir Zeca Dirceu (PT-PR) no posto. Ele afirma que uma das prioridades da bancada será a apreciação dos projetos do Executivo que irão regulamentar a reforma tributária.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Salvo engano, a grande prioridade do PT em 2024, para atender ao presidente Lula da Silva, será combater a política econômica do ministro Fernando Haddad, com vistas a eliminar a meta do superávit zero e deixar o governo gastar à vontade, seguindo as novas teorias criadas pelo próprio Lula, que considera superados os atuais fundamentos da chamada Economia Política. É claro que isso não vai dar certo, porque a dívida pública ficará descontrolada e o Banco Central terá de aumentar os juros, para financiá-la. Mas quem se interessa? (C.N.)


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