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quarta-feira, dezembro 27, 2023

Ministério da Justiça manda PF investigar ameaça a Lula nas redes sociais


Por Raquel Lopes | Folhapress

Ministério da Justiça manda PF investigar ameaça a Lula nas redes sociais
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, disse que mandou a Polícia Federal investigar ameaça feita ao presidente Lula (PT) nesta terça-feira (26) nas redes sociais.
 

"Estou encaminhando hoje à Polícia Federal determinação para que apure ameaça feita ao presidente @LulaOficial nas redes sociais fazendo alusão a 'rifle de precisão' e 'vaquinha para tal'. As redes sociais não são e não serão um terreno de incentivo a crimes contra as autoridades", disse no X.
 

O pedido foi feito após a postagem de uma matéria pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) intitulada "Lula confirma virada do ano em 'praia privativa' controlada por Forças Armadas".
 

Nessa postagem, um indivíduo sugeriu a organização de uma "vaquinha" para financiar um mercenário. "Precisamos fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de precisão", disse.
 

Após a repercussão, um perfil identificado com André Luiz disse que errou e pediu desculpas.
 

"Diante os últimos ocorridos podemos chegar a uma conclusão: eu errei? Sim! Eu contaria um mercenário para eliminar um Presidente da República? Não, afinal gastaria o dinheiro em outra coisa", disse também no X.
 

Em janeiro, a Polícia Federal de Roraima prendeu um homem em flagrante em Boa Vista suspeito de incentivar a violência contra Lula.
 

O homem teria comentado em uma publicação sobre a visita de Lula ao estado, em 21 de janeiro, que "seria a hora de colocar a bala na cabeça dele".
 

Já em agosto, a PF prendeu um fazendeiro em Santarém, no Pará, suspeito de afirmar que daria um tiro no petista quando ele visitasse a cidade. O suspeito de ameaçar de morte o presidente realizava compras em uma loja quando disse que daria um tiro na barriga do presidente durante a viagem oficial ao estado.

Zé Trovão exibe mensagens e diz que ex-noiva violou medidas protetivas


Por Redação

Zé Trovão exibe mensagens e diz que ex-noiva violou medidas protetivas
Foto: Reprodução / Redes sociais

O deputado federal Zé Trovão alegou que sua ex-noiva, Ana Rosa Schuster, violou medidas protetivas impostas pela Justiça a pedido dela própria. No dia 19 de novembro, Ana Rosa disse ter sido agredida pelo deputado no apartamento funcional em que o casal morava, em Brasília.

 

Zé Trovão foi notificado sobre medidas protetivas no dia 21 de novembro. A Justiça determinou a saída do deputado do imóvel e que ele mantivesse distância mínima de 300 metros de Ana Rosa. Na ocasião, ela optou por deixar a residência. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

O juiz Carlos Fernando dos Santos também ordenou que não fosse feito sequer contato por mensagens. E foi essa parte, segundo a defesa de Zé Trovão, que a ex-noiva descumpriu. Advogados do parlamentar anexaram prints nos autos do processo que mostram mensagens de Ana Rosa no WhatsApp e no Instagram.

 

Em novo depoimento prestado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) no dia 22 de novembro, Zé Trovão apresentou mensagens enviadas por Ana Rosa Schuster após a autorização das medidas protetivas. Ele também anexou fotos de marcas, em um dos braços, que teriam sido feitas pela ex-noiva.
 

O passado de André é um obstáculo à candidatura de Yandra

 em 27 dez, 2023 8:30

Adiberto de Souza

Festejada por aliados políticos, a pré-candidatura de Yandra de André (União) a prefeita de Aracaju terá como o principal obstáculo o passado do pai dela. Será difícil convencer os aracajuanos de que, caso a fidalga fosse eleita, André Moura (União) não seria, de fato, o prefeito da capital. Para quem não lembra, André foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a oito anos de cadeia por peculato, desvio e apropriação de recursos públicos, além de associação criminosa, com base em denúncias de graves irregularidades na Prefeitura de Pirambu. Até os políticos governistas se posicionam contra uma possível candidatura da moça. É o caso do senador Alessandro Vieira (MDB): “Não há possibilidade de eu injetar minha energia, meu esforço, num projeto que entregue o cofre de Aracaju para André Moura”, alerta. Antes, Vieira já havia dito que “André é candidato a uma vaga no presídio”.  Não fosse isso, também há no governo quem ache a moça sem qualquer experiência política para administrar Aracaju. Aliás, estes recorrem a uma frase do ex-jogador e hoje senador Romário para negar apoio à pré-candidata, lembrando não ser possível que “ela tenha entrado no ônibus agora e já queira sentar na janela”. Pelo visto, antes de enfrentar os adversários, Yandra de André terá que acalmar os aliados do pai. Misericórdia!

“diploma” falso

O Sindicato dos Radialistas de Sergipe cassou o registro profissional de Alex Henrique Souza Ferreira, sob a alegação que o distinto usou um certificado falso de conclusão de ensino médio para se registrar junto ao Ministério do Trabalho e Emprego. A Rádio Capital/FM de Itabaiana, onde o agora ex-radialista trabalha, será comunicada da decisão e, caso não o coloque no olho da rua, o Sindicato levará o caso à Polícia, alegando exercício ilegal de profissão. Além de manter um programa na emissora, Alex Henrique é vereador em Itabaiana. Marminino!

Turismo amador

Aracaju tem se solidificado como uma cidade que os turistas usam apenas como passagem para outras capitais nordestinas. Ontem, o Bom Dia Brasil, da Rede Globo, deixou isso bem claro. Uma reportagem sobre a ocupação hoteleira para o réveillon na região entrevistou uma turista que disse ter passado algumas horas na capital sergipana antes de seguir viagem para Natal e João Pessoa. Isso ocorre porque os hotéis de Aracaju cobram os olhos da cara e, com raras exceções, o serviço de bares e restaurantes é péssimo. Assim também já é demais também!

Plantando verde

Esse período do ano é propício para se “plantar” informações, nem sempre verdadeiras, sobre futuros acordos e prováveis rompimentos de alianças partidárias. Assim como no pôquer, o blefe é muito comum entre os políticos, treinados em jogar verde para colher maduro. Com o quadro totalmente indefinido, a disputa eleitoral em Aracaju estimula o disse-me-disse entre as lideranças e os cabos eleitorais. O certo é que a maioria dos partidos só vai fechar acordos na última hora das convenções, marcadas para o meio do próximo ano. Até lá, tudo que se diga terá tanto valor quanto uma cédula de R$ 3,00. Home vôte!

Pulou a cerca

O prefeito de Malhador, Assisinho, trocou o PL pelo PSD. A assinatura da ficha de filiação do gestor ao novo partido foi prestigiada pelo governador Fábio Mitidieri (PSD), que aproveitou a passagem pelo município para participar de duas inaugurações promovidas pela prefeitura. Nas eleições passadas, Assisinho votou contra Mitidieri no primeiro e no segundo turnos por orientação de seu líder político e ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL). Aff Maria!

Bateu em retirada

Contrariado com a perda do comando do PSB em Sergipe para o grupo comandado pelo governador Fábio Mitidieri (PSD), o ex-senador Antônio Carlos Valadares endereçou carta ao presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, renunciando a 2ª Secretaria do PSB. A queixa dos Valadares foi principalmente porque Siqueira nem ao menos os informou que o vice-governador Zezinho Sobral estava se filiando ao PSB para comandá-lo em Sergipe. Antes de Vavá, Valadares Filho já tinha batido asas do partido pelo mesmo motivo do pai. Ambos ainda não decidiram sobre o novo endereço partidário. Ah, bom!

Balanço positivo

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), fez um balanço positivo da gestão em 2023. Entrevistado por uma emissora de TV, o pedetista citou uma série de obras inauguradas e iniciadas este ano, com destaque para a Maternidade Lourdes Nogueira. O gestor também destacou o empréstimo de R$ 500 milhões, feito ao banco dos Brics, para a execução do programa Aracaju Cidade do Futuro. Segundo ele, este será o maior pacote de obras da história da cidade. Edvaldo falou ainda sobre os investimentos na educação e em mobilidade urbana. Então, tá!

Pesquisa sem valor

É perda de tempo analisar pesquisa eleitoral para vereador. A euforia de alguns pré-candidatos à Câmara de Aracaju com o resultado de uma recente consulta popular não passa de encenação. Diferente da disputa majoritária, onde se elege o candidato mais votado, na eleição proporcional é preciso saber primeiro quais partidos alcançaram o número mínimo de votos. Só depois se chega aos eleitos, com base no coeficiente eleitoral. Portanto, este tipo de pesquisa serve apenas para que os pré-candidatos saiam por aí divulgando uma informação irreal, visando angariar a simpatia dos eleitores desinformados. Crendeuspai!

Há vagas de empregos

A quem interessar possa: serão abertas vagas para empregos bem remunerados no Tribunal de Contas de Sergipe. Por conta da troca da Mesa Diretora, muitos comissionados do TCE deverão perder a “boquinha”, abrindo espaço para novas contratações. Eleita para substituir o conselheiro Flávio Conceição, a nova presidente Susana Azevedo iniciará sua gestão de dois anos em janeiro próximo, devendo substituir muitos ocupantes de cargos em comissão. E não será difícil ser indicado para cargos que pagam mais de R$ 16 mil/mês: basta ter o QI de quem indica. Arre égua!

Cadê a gororoba?

Ganha uma mariola de goiaba quem souber quando realmente será implantado o prometido “Prato do Povo”. Desde o meio deste ano que o governo Mitidieri (PSD) promete encher a barriga de 4,6 mil miseráveis, só que até agora os coitados ainda não receberam nem uma cuia de farinha. Outro dia, a Secretaria Estadual de Ação Social informou que a gororoba seria distribuída agora em dezembro, mas parece que só no próximo ano. Segundo o governo, mesmo quando o programa for efetivado, aos sábados e domingos os famintos continuarão dependendo da caridade alheia para tirar a barriga da miséria. Só Jesus na causa!

 Recorte de jornal. 

Publicado no Sergipe Jornal, em 30 de dezembro de 1927.

INFONET

Advogados do Mato Grosso são indiciados por estelionato em Sergipe

  em 26 dez, 2023 16:29

Os advogados foram indiciados pela Polícia Civil (Foto: SSP/SE)

Dois advogados do Mato Grosso foram indiciados pela prática do crime de estelionato de forma contínua em Sergipe. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 26.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/SE), os advogados utilizavam nomes de pessoas humildes para receber vantagens financeiras em processos judiciais. As informações foram obtidas como resultado das investigações realizadas pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). 

Segundo a delegada Lauana Guedes, os dois vinham à Sergipe para fraudar ações judiciais a partir de requisições suplementares de registro. “Eles contratavam pessoas para captar clientes humildes em bairros populares aqui em Sergipe, que indagavam se possuíam nome sujo”, afirmou.

Os advogados utilizavam da situação para solicitar documentos destas pessoas com pendências em seus nomes. “Eles diziam que bastava entregar suas documentações pessoais como RG, CPF, comprovante de residência para que essas pessoas voltassem a ter crédito no mercado”, acrescentou a delegada. 

Diante dos dados pessoais dessas pessoas, os advogados moviam ações judiciais. “E muitas dessas foram julgadas procedentes e esses valores foram transferidos para as contas dos advogados, sem o consentimento das partes. Isso gerou um prejuízo às empresas que eram credoras, e não devedoras, mas que tiveram que arcar com o prejuízo”, complementou Lauana Guedes.

Outros casos

Conforme a delegada, com os dois advogados de Mato Grosso indiciados por essa prática em Sergipe, já são quatro identificados atuando dessa forma no estado. “Essa prática reiterada de captação de pessoas humildes. Inclusive, uma das pessoas indiciadas foi presa há dois anos. E, agora, mais dois advogados foram indiciados a partir das investigações conduzidas pelo Depatri”, informou.

Denúncias

A Polícia Civil solicita que vítimas dos advogados façam o registro de boletim de ocorrências, que também será utilizado para as investigações. Informações podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.

Com informações da SSP/SE

INFONET

Lula e Bolsonaro reforçam polarização, e eleições municipais viram teste de rejeição


Charge O Tempo 16/04/2019 | O TEMPO

Charge do Duke ( O Tempo)

Marianna Holanda, Matheus Teixeira e Julia Chaib
Folha

O presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apostam na reedição da polarização do último pleito nacional na disputa das eleições municipais de 2024. Para aumentar a quantidade de prefeituras controladas por aliados, os dois focam as cidades onde as disputas têm chances de ir ao segundo turno.

Tanto Lula quanto Bolsonaro já indicaram que pretendem viajar para municípios com essas características e atuar como cabos eleitorais de candidaturas competitivas. Com isso, testarão a capacidade de articulação e, ao mesmo tempo, devem colocar à prova suas rejeições.

EM SÃO PAULO – Lula já atuou como cabo eleitoral em São Paulo neste último fim de semana pela pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), colocado em palanque do governo para lançamento de empreendimento habitacional.

Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030, Bolsonaro esteve em Curitiba junto com a mulher, Michelle, que intensificou as agendas políticas nos últimos meses.

A avaliação de que a polarização deve pautar as corridas para prefeituras e Câmaras Municipais em 2024 foi exposta pelo próprio Lula a uma plateia de militantes e pré-candidatos, em evento do PT neste mês. “Eu sinceramente acho que essa eleição vai acontecer, vai ser outra vez Lula e Bolsonaro disputando essas eleições nos municípios”, disse.

COM EVANGÉLICOS – Na ocasião, Lula ainda indicou aos seus apoiadores a necessidade de se aproximar de importantes setores da sociedade, hoje alinhados ao bolsonarismo. Ele citou os evangélicos, que chegam a quase um terço do eleitorado.

“Temos que aprender para conversar com essa gente. Que é gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja de ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família”, afirmou.

Na última pesquisa Datafolha, no começo deste mês, a reprovação do petista com essa fatia da sociedade atingia 38%, contra 28% entre os católicos. O levantamento apontou uma divisão no país sobre a gestão Lula: 38% aprovam o governo, 30% o reprovam e 30% o avaliam como regular. No fim de seu primeiro ano como presidente, Bolsonaro tinha 30% de aprovação, 36% de reprovação e 32% de avaliação regular.

ENGAJAMENTO – No evento do PT, Lula também aproveitou para pedir engajamento dos petistas e de seus ministros nas eleições. O partido já fez um mapa no qual elenca cidades prioritárias, com foco naquelas com mais de 100 mil eleitores.

Dirigentes do PT esperam ter uma presença relevante na maioria das cidades, mas têm admitido abrir mão de lançar candidatos próprios para costurar candidaturas competitivas com aliados.

Bolsonaro tem repetido a seus aliados a mesma avaliação de Lula, de que o pleito municipal será polarizado. O ex-presidente quer que o partido priorize candidaturas próprias especialmente nas cidades com mais de 200 mil habitantes.

META AMBICIOSA – Integrantes do PL contam com a boa votação do ex-presidente nessas praças e avaliam que ele continua com altos índices de apoiadores. Para o ano que vem, Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, lançou a ambiciosa meta de conquistar mil prefeituras, tendo Bolsonaro como principal cabo eleitoral.

A expectativa também é que a ex-primeira-dama Michelle, atual presidente do PL Mulher, consiga ampliar a filiação de mulheres e, assim, lançar candidatas identificadas com a pauta conservadora.

O maior problema de ambos os líderes políticos, porém, será justamente a dificuldade para emplacar aliados próximos na disputa pelas maiores prefeituras do país.

IRONIA DO DESTINO – As eleições nas grandes cidades estão desmoralizando a polarização. Esse posicionamento do eleitor tem um significado –  quem ainda tem a cabeça no lugar não aguenta mais essa chatice da polarização. (C.N.)


Alguém tem de dizer a Lula e ao STF que a democracia deve ser respeitada

Publicado em 27 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

dedemontalvao: A democracia é um valor absoluto e intransitivo, que não  permite relativização

Charge do Duke (O Tempo)

Carlos Newton

No próximo dia 8 de Janeiro, o presidente Lula da Silva vai comandar em Brasília um ato de repúdio à invasão dos Três Poderes, que nos traz motivos para reflexões. Como o pretexto é marcar e comemorar a preservação da democracia no Brasil, seria importante que essas autoridades fizessem uma autocrítica a respeito dos erros que vêm sendo cometidos pelos ministros do Supremo e pelo próprio presidente da República, a pretexto de estarem defendendo o próprio regime democrático.

Uma das grandes diferenças entre os sistemas políticos é o exercício da Justiça. Somente há amplo direito de defesa em regimes democráticos, porque nas ditaduras isso “non ecziste”, diria Padre Quevedo, que nos deixou há apenas quatro anos e faz uma falta danada.

GRANDE PARADOXO – Se ainda estivesse por aqui, Quevedo estaria horrorizado com os maus hábitos assumidos pela Justiça brasileira. Como diria Leonel Brizola, há anos os ministros do Supremo vinham costeando o alambrado, até conseguir rompê-lo e deixar a boiada invadir pastagens alheias.

Na verdade. passamos a conviver com uma semiditadura do Supremo desde 2019, quando o presidiário Lula da Silva ganhou a liberdade devido a um vergonhoso retrocesso judiciário, com o Brasil se tornando o único dos 193 países da ONU que não prende criminoso após condenação em segunda instância.

No próximo dia 8, essa estranha realidade deveria ser discutida pelas autoridades eleitas ou nomeadas que dividem e exercem o Poder, porém isso não vai acontecer.

INVASÃO DE COMPETÊNCIA – Não é aceitável, em nenhuma democracia, que o Judiciário legisle, como tem acontecido. O caso do marco temporal é gravíssimo e abriu uma crise institucional delicada, que vai se agravar assim que acabar o recesso do início de ano.

Também não cabe ao Judiciário decidir sobre legalização do aborto, conforme ficou claro na decisão da Suprema Corte da matriz USA, um exemplo que deveria estar sendo seguido aqui na filial Brazil, mas…

Da mesma forma, as “interpretações” da lei precisam ser contidas. Para possibilitar a candidatura de Lula da Silva, em 2021 foi muito feio criar a “incompetência territorial absoluta”, que não existe em nenhum outro país. Pior ainda foi depois inventar a “presunção de culpa”, para cassar o deputado Deltan Dallagnol.

RÉUS DO 8 DE JANEIRO – Tudo isso deve ser lembrado, porém a ilegalidade maior é o cerceamento da defesa dos réus do 8 de janeiro. Como se sabe, o inquérito foi falho, não foram identificados os verdadeiros terroristas que se infiltraram e lideraram o quebra-quebra.

E o rigor das penas é um acinte à Ciência do Direito. Quem estava lá, mesmo sem provas de ter quebrado um grampeador, pega 17 anos. Se tiver feito selfie, leva mais 4 anos, algo que não existe nem nenhum Código, pois invadir prédio público tem pena de detenção de apenas um a três meses.

Os réus são punidos como se tivessem praticado um golpe de estado, que nem aconteceu. É um julgamento que envergonha qualquer pessoa sensata e que depõe contra o notório saber dos ministros, sem que a sociedade esboce a menor reação.

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P.S. – Na patética “solenidade” do 8 de Janeiro, o mais ridículo serão os discursos esculhambando esses “maus brasileiros que tentaram dar um golpe de estado”. Os oradores não entendem que “querer” destruir a democracia não é crime nem dá cadeia. Crime muito pior é descumprir os trâmites democráticos e aplicar penas descabidas, a pretexto de que sirvam de exemplo aos demais membros da coletividade. As autoridades não percebem que sempre foi exatamente esta a justificativa dos linchamentos que a democracia até hoje tenta inutilmente evitar. Mas quem se interessa? (C.N.)


Erros de Lula, e não hostilidade parlamentar, causaram seguidas derrotas no Congresso


Charge do JCaesar | VEJA

Charge do JCaesar | VEJA

Carlos Pereira
Estadão

A aprovação da reforma tributária, que de acordo com o Banco Mundial é extremamente difícil de ser alcançada em qualquer país democrático do mundo, jogou definitivamente por terra interpretações de que o presidente Lula estaria “diante de um Congresso hostil e indócil, que praticamente inviabilizaria a sua governabilidade”.

Destruiu também interpretações esdrúxulas de que o presidencialismo de coalizão seria disfuncional ou que estaríamos vivendo em uma espécie de semipresidencialismo informal, em que o presidente enfraquecido estaria sendo o refém indefeso do um Legislativo dominado por um Centrão guloso e sem limites.

MÁ GERÊNCIA – Na realidade, não apenas a reforma tributária, mas as aprovações da PEC da Transição, do Marco Fiscal, das aprovações de Flávio Dino para o Supremo e de Paulo Gonet para a Procuradoria etc., demonstraram, mais uma vez, a força institucional do presidencialismo multipartidário, mesmo quando o presidente não gerencia bem a sua coalizão, como é o caso de Lula.

Embora os custos de gerência de coalizão do governo Lula estejam muito altos (pasmem, mais altos em termos de emendas parlamentares do que no governo Bolsonaro, que montou uma coalizão minoritária de sobrevivência) e a sua taxa de sucesso no Legislativo esteja relativamente baixa (o pior resultado em 33 anos), a governabilidade está completamente preservada.

Não vivemos paralisia decisória nem crises abertas entre poderes, mas disputas virtuosas dentro dos limites institucionais.

ERROS GROSSEIROS – O alto custo de governabilidade e o relativo baixo desempenho legislativo (especialmente a reduzida aprovação de Medidas Provisórias e de Projetos de Lei ordinários) não podem ser atribuídos a um suposto Congresso adversarial ou “indócil” nem tampouco ao enfraquecimento do executivo, mas aos inúmeros erros grosseiros de gerência de coalizão cometidos sistematicamente pelo próprio governo Lula.

Se observamos com desapego, vamos constatar que algumas das restrições políticas para gerência de coalizão foram atenuadas no terceiro mandato de Lula.

A fragmentação partidária diminuiu consideravelmente, voltando ao patamar de nove partidos efetivos da era FHC; o tamanho das bancadas dos principais partidos aumentou; a composição ideológica do Legislativo não é mais conservadora; a coesão partidária continua sendo altíssima; a supercoalizão do presidente é amplamente majoritária; a oposição é francamente minoritária. Ou seja, o inferno não são os outros!

OPÇÕES ERRADAS – Lula preferiu apoiar as candidaturas à reeleição de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Com isso, perdeu a oportunidade de ter nesses postos-chave, que controlam a agenda do Congresso, líderes mais próximos de sua preferência.

Tinha condições de ter montado maiorias estáveis se tivesse sinalizado crivelmente para seus potenciais parceiros que iria compartilhar poder e recursos de forma proporcional levando em consideração o peso político de cada aliado no Legislativo, como fez FHC e Temer.

Mas ao contrário, reproduziu seu velho modelo de monopolização de poder (ministérios e cargos na burocracia) e de recursos orçamentários no próprio PT, como tem sido a tradição do partido.

TRAIU OS ELEITORES – Também preferiu não enfrentar os enormes problemas causados pela impositividade das emendas individuais e coletivas criados pelos governos Dilma e Bolsonaro, respectivamente. Escolheu reproduzir a sua versão de “orçamento secreto”, via emendas Pix, traindo inclusive seus eleitores, que tinham expectativa de observar mais transparência no jogo entre o executivo e o legislativo como prometido durante sua campanha.

Montou uma coalizão gigante, com 16 partidos, extremamente heterogêneos do ponto de vista ideológico e sem uma agenda comum que os unificasse ou que servisse de guia para a atuação de parceiros em coalizão. Tal perfil de coalizão tem gerado crescentes custos de coordenação e dificuldades governativas.

Essas escolhas do presidente Lula, e não uma hostilidade do Legislativo, é que têm acarretado a ineficiência de seu governo no Congresso; ou seja, aprovação baixa a custos altos. Diante de um Executivo constitucionalmente poderoso, como o brasileiro, quando algo não funciona bem com o Legislativo a responsabilidade é sempre do presidente. As razões da desordem, portanto, estão em casa!


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