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terça-feira, abril 09, 2019

As vezes cai um comentarista de 
paraquedas no meio de um 
diálogo ou discussão no MDig,
 que se sente no direito de
 insultar a todos. Isso está se
 tornando muito comum. Mas já
 dizia o grande filósofo alemão
 Immanuel Kant há mais de 200
 anos que: "Não discuta nunca 
com um idiota, as pessoas podem
 não notar a diferença".



Também há uma frase que circula aí
 pela rede que diz "Nunca discuta 
com um idiota. Ele o obrigará a baixar
 seu nível e ali o derrotará com a sua
 experiência".

Estas frases engenhosas e esplêndidas 
nunca perderam sua validade, ao
 contrário,na Internet estão mais
 vigente do que nunca.
 A Rede proporcionou uma liberdade sem
 precedentes aos imbecis para que possam
 demonstrar toda sua estupidez e irritar 
o resto da humanidade em toda classe
 de fóruns, blogs e sites. Pode se
 dizer que já não há cura para esta
 estranha doença da qual quem
 padece não é o doente senão os
  demais. O melhor mesmo é que nos
 vacinemos contra esta praga e a
 melhor forma de cum idiota é ignorá-lo.

Quantas vezes já não ocorreu de iniciar um intenso
 debate -a bons termos- aqui no MDig ou
 em qualquer outro blog ou fórum e, de
 repente, irrompe um idiota que, 
com a inerente falta de capacidade 
para se expressar, de escutar de forma
 crítica ou de expor argumentos de forma
 coerente começa a se comportar como o
 que seu próprio nome indica?

Os idiotas (agora chamados trolls quando se refere
 a Internet) são muito fáceis de detectar.
 Algumas pautas de seu comportamento
 são:
  • - Ainda que nem sempre seja assim, a maioria 
  • das vezes utilizam uma ortografia lamentável.
  • - Às vezes abusam dos emoticons e outras acabam
  •  as frases com algum jeito irritante como um
  •  risinho ou uma despedida em tom de 
  • superioridade. Creem que são muito inteligentes, o que
  •  lhes leva a fazer perguntas que só confirmam 
  • sua profunda estupidez. É especialmente
  •  patético quando tentam convencer 
  • dialeticamente a outrém, mas lhes falta
  •  capacidade de expressão e argumentos.
  • - Não atendem a razões nem contestam os argumentos
  •  dos demais. São muito teimosos, sempre têm
  •  razão e podem ficar horas, dias ou meses
  •  falando sobre um mesmo tema totalmente
  •  banal uma e outra vez, iniciando uma 
  • discussão sem sentido e interminável,
  •  para desespero dos outros O único remédio
  •  para isto é ignorar o primeiro comentário para não iniciar
  •  a discussão ou, se já é inevitável e começou,
  •  deixar que o idiota diga a última palavra
  •  e ponto.
  • - Quando se sentem encurralados por sua falta de
  •  argumentos, contestam com algo que não tem nada
  •  a ver ou com alguma outra estupidez.
  • - Dramatizam quando o Admin deleta um comentário
  •  seu se dizendo injustiçado e perseguido.
  •  Existem ainda os tipos que prometem
  •  vingança hacker ou o que valha.
  • - Sempre têm que dar a última palavra. Isso para eles é
  •  imprescindível.
Todos, um dia ou outro, encontraremos personagens deste 
tipo na grande rede. Ao se deparar com um, muito cuidado.
 São perigosos e se levados a sério podem ser 
prejudiciais
 para sua saúde.

A melhor forma de combatê-los é ignorá-los. Não alimente o
 troll. De nada serve se esmerar em utilizar todo um arsenal
 dialético. São somente patéticos trolls cuja triste existência 
baseia-se em querer ser o mais inteligentes ante os demais e ]
incomodar todo mundo. Não lhe dê essa satisfação.

E para terminar, outra grande frase do grande Kant:
 "O sábio pode mudar de opinião. O néscio, nunca".

.

Coluna do Bob

Texto/Fonte: Luiz Brito DRT/BA 3.913

(Foto: ilustração
Uma sacudida
A rádio Paulo Afonso FM nos próximos deverá ter uma sacudida na programação, principalmente, no quesito da informação. É uma ferramenta importante na comunicação na região do BTN.

. Soube que o PT em Paulo Afonso estaria começando a sonhar com uma provável candidatura própria à prefeitura.  Sonhar não custa nada!

. Quem anda muito mal das pernas, em Jeremoabo, segundo populares , é o prefeito Derí do Paloma (PP). Só tem 30% de aprovação do seu governo.

. Se não se recuperar do desgaste até o próximo ano, não terá a menor condição de emplacar a reeleição. Perde até para o Chaves. O povo é o povo!

. Vereador Jean Roubert de Paulo Afonso parabenizando a categoria pela passagem do dia do jornalista (7/4)­.

. Três lideranças de peso conversavam sobre o futuro de Jeremoabo.
. Com tantos erros do governo atual não é de se duvidar que uma nova configuração política esteja brotando com muita vigor.

. Não é cedo, podem apostar

Caro companheiro Marcelo do Sindicato


Agradeço sua interferência como cidadão de bem que é, porém, nada melhor do que "caducar" relembrando que:

Nunca discuta com um idiota. Não alimente um troll


Nunca discuta com um idiota. Não alimente um troll

As vezes cai um comentarista de 
paraquedas no meio de um 
diálogo ou discussão no MDig,
 que se sente no direito de
 insultar a todos. Isso está se
 tornando muito comum. Mas já
 dizia o grande filósofo alemão
 Immanuel Kant há mais de 200
 anos que: "Não discuta nunca 
com um idiota, as pessoas podem
 não notar a diferença".



Também há uma frase que circula aí
 pela rede que diz "Nunca discuta 
com um idiota. Ele o obrigará a baixar
 seu nível e ali o derrotará com a sua
 experiência".

Estas frases engenhosas e esplêndidas 
nunca perderam sua validade, ao
 contrário,na Internet estão mais
 vigente do que nunca.
 A Rede proporcionou uma liberdade sem
 precedentes aos imbecis para que possam
 demonstrar toda sua estupidez e irritar 
o resto da humanidade em toda classe
 de fóruns, blogs e sites. Pode se dizer que
 já não há cura para esta estranha doença
 da qual quem padece não é o doente senão
 os demais. O melhor mesmo é que nos
 vacinemos contra esta praga e a melhor
 forma de combater um idiota é ignorá-lo.

Quantas vezes já não ocorreu de iniciar um
 intenso debate -a bons termos- aqui no MDig
 ou em qualquer outro blog ou fórum e, de
 repente, irrompe um idiota que, com a inerente
 falta de capacidade para se expressar, de escutar
 de forma crítica ou de expor argumentos de forma
 coerente começa a se comportar como o que seu
 próprio nome indica?

Os idiotas (agora chamados trolls quando se refere
 a Internet) são muito fáceis de detectar. Algumas 
pautas de seu comportamento são:
  • - Ainda que nem sempre seja assim, a maioria 
  • das vezes utilizam uma ortografia lamentável.
  • - Às vezes abusam dos emoticons e outras acabam
  •  as frases com algum jeito irritante como um
  •  risinho ou uma despedida em tom de superioridade.
  • - Creem que são muito inteligentes, o que lhes leva
  •  a fazer perguntas que só confirmam sua profunda
  •  estupidez. É especialmente patético quando tentam
  •  convencer dialeticamente a outrém, mas lhes falta
  •  capacidade de expressão e argumentos.
  • - Não atendem a razões nem contestam os argumentos
  •  dos demais. São muito teimosos, sempre têm razão
  •  e podem ficar horas, dias ou meses falando sobre um
  •  mesmo tema totalmente banal uma e outra vez,
  •  iniciando uma discussão sem sentido e interminável,
  •  para desespero dos outros
  • . O único remédio para isto é ignorar o primeiro
  •  comentário para não iniciar a discussão ou, 
  • se já é inevitável e começou, deixar que o idiota diga
  •  a última palavra e ponto.
  • - Quando se sentem encurralados por sua falta de
  •  argumentos, contestam com algo que não tem nada
  •  a ver ou com alguma outra estupidez.
  • - Dramatizam quando o Administrador deleta um
  •  comentário seu se dizendo injustiçado e perseguido.
  •  Existem ainda os tipos que prometem vingança
  •  hacker ou o que valha.
  • - Sempre têm que dar a última palavra. Isso para
  •  eles é imprescindível.
Todos, um dia ou outro, encontraremos personagens deste 
tipo na grande rede. Ao se deparar com um, muito cuidado.
 São perigosos e se levados a sério podem ser prejudiciais para
 sua saúde.

A melhor forma de combatê-los é ignorá-los. Não alimente o
 troll. De nada serve se esmerar em utilizar todo um arsenal
 dialético. São somente patéticos trolls cuja triste existência 
baseia-se em querer ser o mais inteligentes ante os demais e ]
incomodar todo mundo. Não lhe dê essa satisfação.

E para terminar, outra grande frase do grande Kant:
 "O sábio pode mudar de opinião. O néscio, nunca".

.

Feira: Ex-prefeito e mais 3 terão de devolver R$1,7 mi por prejuízos em recursos do Fundeb

Segunda, 08 de Abril de 2019 - 16:20


Feira: Ex-prefeito e mais 3 terão de devolver R$1,7 mi por prejuízos em recursos do Fundeb
Foto: Reprodução / Blog Ramos Filho
O ex-prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Suzart Pimenta Júnior, o ex-servidor público José Raimundo Pereira de Azevedo, a empresa Brasilpama Manufatura de Papeis Ltda e sua representante Jovina Célia Schelk do Nascimento Constâncio terão de devolver R$ 1.709.675,00 aos cofres públicos. Os quatro são acusados por prejuízos em recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

De acordo com a ação, José Raimundo Azevedo, então secretário Municipal de Educação de Feira de Santana, autorizado pelo ex-prefeito, abriu em 2011 procedimento licitatório para a aquisição de kits escolares no valor estimado de R$ 2.784.970,00. Na realização do certame, que teve a empresa Brasilpama como vencedora, o Ministério Público Federal (MPF) apontou diversas ilegalidades que contrariam a Lei de Licitações e a jurisprudência do Tribunal de Contas da União.

Segundo apurado pelo MPF, os requisitos e exigências incoerentes das autoridades municipais teriam o objetivo de restringir o caráter de competitividade do certame, inviabilizando a participação dos interessados. Diversas empresas teriam requerido a impugnação do edital, o que não foi feito pela prefeitura, que justificou que nove empresas teriam apresentado as amostras dos produtos, embora conste no Relatório de Apresentação dos Kits Escolares que apenas três licitantes comprovaram as exigências. Dessas três, o MPF apontou que duas – incluindo a Brasilpama – agiram em acordo para direcionar a concorrência.

Tarcízio Pimenta Júnior e José Raimundo de Azevedo ainda tiveram os direitos políticos suspensos, por sete e cinco anos, respectivamente. Além disso, foram condenados a pagar multas de R$ 300 mil  e R$ 150 mil. Já a empresa Brasilpama foi proibida de contratar com o Poder Público e o receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de cinco anos.

Bahia Notícias

Perdi condições de ser articulador da Previdência, não falo mais em número de votos, diz Maia

Segunda, 08 de Abril de 2019 - 21:20


por Folhapress
Perdi condições de ser articulador da Previdência, não falo mais em número de votos, diz Maia
Foto: Reprodução / Agência Brasil
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (8) que "perdeu as condições" de ser o articulador político da reforma da Previdência de Jair Bolsonaro, e que não pode mais falar em prazo ou número de votos que a proposta terá na Casa.

"Agora eu não tenho mais as condições que eu tinha um mês atrás de ser um articulador político [da reforma]. Eu perdi as condições de cumprir um papel porque fui mal compreendido, parecia que eu estava tentando me aproveitar de uma articulação", afirmou Maia.

O presidente da Câmara se afastou da negociação política da reforma depois de se irritar com a maneira como Bolsonaro se relaciona com o Congresso.

Em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, o deputado disse que continua defendendo a aprovação da reforma e que irá pautá-la quando o governo entender que seja o caso, mas que não tem mais poder de falar sobre o número de votos que a proposta deve obter.

Questionado sobre se estava magoado com a ação de Bolsonaro, Maia disse que não. "Facilita a minha vida", disse. "Eu esperava que no governo a gente poderia ter um governo de coalização, o presidente acha diferente e talvez ele esteja certo. Só não vou ficar no meio dessa briga tomando porrada da base eleitoral do presidente. Também não sou mulher de malandro, para tomar porrada e achar bom", disse.

"Se o governo vai ganhar [ou não], pergunta para o ministro Onyx [Lorenzoni, da Casa Civil], disse. São necessários 308 votos para a aprovação de uma emenda constitucional. "Não falo mais de prazo, não falo mais de voto", disse.

Segundo Maia, é prejudicial falar em número de votos antes de colocar o projeto em votação. "Não importa se o governo tem 200 votos hoje, o que importa é ter 308 votos no dia", disse. Ele também afirmou que é preferível demorar para votar a reforma e conseguir uma economia maior do que votar rapidamente por uma economia menor.

Antes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que também participa do evento, disse que não tem temperamento ou pretensão para assumir a articulação política da reforma. 

"Eu não tenho a pretensão de ser coordenador político. Vocês viram meu desempenho lá", afirmou Guedes nesta segunda, em referência à audiência pública na Câmara, na semana passada, que foi marcada por tom agressivo do ministro em uma reunião que foi encerrada antes da hora, com bate-boca e confusão. "Não tenho propriamente um bom temperamento para fazer essa função."
Bahia Notícias

Presidente do STJ defende blindagem e aposentadoria integral para os juízes


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Em outros países juiz tem aposentadoria integral, alega Noronha
Bernardo Bittar e Denise RothenburgCorreio Braziliense
Discreto e atento aos fatos da República, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha discorre sobre os mais variados assuntos — das mudanças nas aposentadorias dos magistrados, neste projeto da nova Previdência, ao pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, tema sobre o qual ainda não havia comentado em público: “Não vai se acabar com a violência no Brasil mudando a lei. A saída é a educação”, diz.
Sobre o Poder Judiciário, Noronha considera que magistrado tem de ser protegido. “A gente precisa blindar o juiz. E, quando falo isso, alguns acham que estou propondo corporativismo. Blindar juiz da influência de terceiros, de amigos, da família. Na hora de decidir, ele não tem de saber o que pensa a mulher, o filho… Tem de decidir com base na Constituição”, ressalta. Leia a seguir alguns trechos da entrevista.
Como avalia a sessão da semana passada no Supremo Tribunal Federal em defesa da própria Corte?Acredito que o STF não marcou a sessão exatamente para isso. Várias autoridades estavam lá, presidentes da Câmara e do Senado, acho que mais por um ato de solidariedade pelos injustificáveis ataques feitos à Suprema Corte. Acabou se transformando em uma sessão de defesa da instituição. Precisamos defender as instituições. O pensamento de que não é necessário (responder) é uma falácia. O Supremo vem sendo ardilosamente atacado por muitas pessoas, inclusive jornalistas. Ataques são, às vezes, injustificáveis. Atacam pelo conteúdo da decisão sem impugnar o que tem dentro dessa sentença. Só veem o resultado. Ninguém fala quando o decreto prisional não tem fundamento, quando a prisão é cautelar… Ninguém faz uma análise da decisão. Apenas se fala que soltou alguém que a Lava-Jato prendeu. Não podemos deixar alguém preso só porque o clamor público deseja ou porque determinado segmento da imprensa pressiona. Um tribunal constitucional precisa garantir os direitos fundamentais assegurados na Constituição.
O senhor defende a independência do Judiciário. Acha que ela corre risco?Hoje, o juiz novo precisa ser bem formado e bem-instruído. A gente precisa blindar o juiz. E, quando falo isso, alguns acham que estou propondo corporativismo. Blindar juiz da influência de terceiros, de amigos, da família. Na hora de decidir, ele não tem de saber o que pensa a mulher, o filho… Tem de decidir com base na Constituição. (É necessário) blindar o juiz da mídia, que costuma trazer um clamor público que nem sempre é verdadeiro. É preciso blindar os juízes dos próprios colegas. O juiz precisa ser totalmente independente para que possa, com sua livre convicção motivada, julgar e conceder a liberdade ou a prisão.
O que acha do tempo que os juízes ficam na ativa? Há uma comoção no Congresso para que a aposentadoria compulsória volte aos 70 anos (hoje, são 75).O que me preocupa é a causa do debate. Ninguém discutiu: ‘Olha, não devemos ficar até os 75 anos por causa da improdutividade, porque não é bom’. Querem derrubar porque outro presidente vai nomear ou porque os que estão aí foram nomeados por outro governo, e nós não queremos que fique. Isso não é uma discussão inconstitucional. Nos Estados Unidos, por exemplo, é vitalício. Se os exames médicos indicarem plena capacidade, o ministro da Suprema Corte pode ficar. Lá, eles não desprezam a experiência. A sapiência norte-americana faz com que os juízes mais antigos fiquem com a menor carga de trabalho, mas dá a eles as causas mais complexas. Eles usam a experiência de vida para decidir com segurança os anseios da sociedade. Então, nós temos essa discussão. E ela tem de vir de outra forma. Não se pode mudar a legislação por conta de um acerto de contas.
Uma das críticas ao Supremo foi o adiamento da análise sobre prisão após decisão em segunda instância. Qual é a sua opinião?Isso é uma pauta do Supremo Tribunal Federal. O presidente tem uma demanda de pedidos de julgamento. Há o interesse para que o tema seja exaurido com rapidez, até para que quem se encontra nessa situação possa progredir na pena ou reestabelecer a liberdade até o trânsito em julgado.
A população reclama da morosidade da Justiça, às vezes, os processos demoram muito. O que pode ser feito para tentar acelerar o trabalho, assegurando o amplo direito de defesa?Um famoso processualista italiano, Francesco Carnelutti, diz que processo repele a ideia de instantaneidade. Processo nasce para se desenvolver no tempo. Tem de ter as fases: pedido, defesa e produção de provas para, assim, chegar à sentença, que é a conclusão. O processo instantâneo, chamado sumário, tende à injustiça, sacrifica o direito de defesa, mas não pode ser tão longo a ponto de fazer com que a justiça seja tardia.
Juízes dizem que o conceito da justiça é subjetivo, mas a letra da lei não é fria?
A lei é dúbia. Às vezes, as normas do direito se alteram sem alterar o texto da lei. Olha bem: quem censura adultério como crime? Ninguém. Isso estava há pouco tempo no Código Penal, na letra da lei. Houve uma mudança da consciência social. Isso leva o juiz a avançar, mesmo que a lei não tenha mudado. As coisas mudaram. Veja a defesa da honra, o assassinato de mulheres… O caso do (ex-presidente) Lula, alguém pode dizer que demorou? Quantos processos da Lava-Jato têm sentença condenatória? Quando se fala em homicídios: nós temos uma estrutura policial adequada para investigar? Aí, vem falar do caso da Marielle (Franco, vereadora do PSol no Rio de Janeiro, assassinada no ano passado) que demorou um ano e não foi resolvido. Não tinha testemunha, não tinha estrutura. A facada no presidente Bolsonaro? Esse caso foi resolvido, embora as pessoas não se conformem com o resultado da investigação.
O que o senhor pensa das mudanças na aposentadoria dos juízes, prevista no projeto de reforma da Previdência? Pode ser que a pensão por morte se torne proporcional…Em todos os países, a aposentadoria de juízes é integral. É assim na Itália, na França, nos Estados Unidos… A carreira de Estado é assim. Precisamos tirar a ideia de que a aposentadoria do juiz é um privilégio, que somos uma categoria de privilegiados. O juiz só pode ser juiz. Um militar só pode ser militar. Empresário que vira ministro de Estado pode ter negócios aqui, ali, mas o magistrado, não.
Mas pode ser professor de cursinho, de universidade…Professor de cursinho é uma questão que a gente precisa estudar melhor. Fazer carreira em uma universidade, tudo bem. Existe melhor laboratório de direito do que um tribunal? Essa experiência deve ser compartilhada. O que ganha um professor? Alguém vai ficar rico por dar aula? Se estiver dando aula em universidade federal, ainda está limitado ao teto. Muitos acabam dando aula de graça. Mas em cursinho, eu sou contra.
O senhor acha que as mudanças na aposentadoria dos juízes foram mais duras do que para os militares? O Judiciário vai pressionar o ministro Paulo Guedes e o Congresso?Com certeza, o Judiciário vai lutar para melhorar esse cenário. Há uma preocupação muito grande com a transição. Acho que as entidades de classe, como Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros)… Parece que elas vão lutar. A aposentadoria dos juízes, se estabelecer a idade mínima de 65 anos, não tem problema nenhum. Onde há vitaliciedade, não tem problema a idade.
O que pensa sobre a reforma da Previdência?Precisa ser feita com muito cuidado para não voltar um novo projeto daqui a dois, quatro anos. Sempre há uma coisa ou outra que pode ficar para depois, mas a Previdência, não. O Brasil não pode continuar gastando progressivamente com aposentadorias. Tem de se pensar numa solução agora e, tanto quanto possível, pensar no futuro. Pensar naquele funcionário com 50 anos que é despedido e tem de esperar os 65 para se aposentar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na hora da verdade, o corporativismo sempre prevalece. Esta é uma realidade imutável. (C.N.)

Ao descartar a capitalização, Bolsonaro colocou Paulo Guedes no seu devido lugar


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Com habilidade, Bolsonaro mostrou a Guedes que tudo tem limites
Carlos Newton
Na juventude, Paulo Guedes chegou a ser conhecido como um dos economistas da chamada turma de Chicago, ingressou pesado no mercado financeiro e em 1983 foi um dos criadores da distribuidora BTG Pactual, junto com André Jacurski e Luiz Cezar Fernandes. Foi fundador também do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e do Instituto Millenium, que defende o ultraliberalismo no Brasil.
POSTO IPIRANGA – Quando se aproximou de Bolsonaro para colaborar no programa do então candidato (que até hoje reconhece nada entender de economia), Guedes encontrou campo fértil para semear suas teses, na condição de “Posto Ipiranga”, assim definida à imprensa pelo próprio Bolsonaro.
O candidato foi eleito e Guedes entronizado no cargo de ministro da Economia, com poderes jamais concedidos a nenhum outro antecessor. Nomeou quem bem quis, Bolsonaro não indicou um só nome, deixou tudo por conta do “Posto Ipiranga”, um atitude cômoda para o presidente, porém arriscada em termos governamentais.
ESPÍRITO PÚBLICO – Como todos sabem, o poder embriaga e faz com que aflorem os sete pecados capitais. E a “Veja” até colocou Guedes na capa com o título “Este homem pode presidir o Brasil”. Nesse clima, é preciso estar muito preparado para deixar a vaidade de lado, resistir e entender que o espírito público deve estar sempre em primeiro lugar.
Mas acontece que Paulo Guedes é um profissional do mercado financeiro, do ramo monetarista. Para exercer o cargo de ministro da Economia, era necessário que se despojasse do passado de investidor, para passar a defender as finanças públicas num momento de gravíssima crise nacional. Mas isso não aconteceu e Guedes continua o mesmo.
Não foi surpresa quando sua reforma da Previdência incluiu a capitalização, uma solução bancária absolutamente inaceitável. Ao defender essa proposta nos eventos a que comparece, Guedes tem “inventado” que o modelo “pode criar milhões de empregos rápidos, por causa da desoneração dramática dos encargos trabalhistas”, tudo uma tremenda conversa fiada. Se isso fosse verdade, não precisava dizer mais nada, seria aclamado em praça pública.
FALTOU DIZER – Na verdade, Guedes deveria ter revelado que trabalhava no Chile quando foi criado a capitalização e foi  responsável por incluir no esquema uma desconhecida corretora brasileira, a BTG, que ainda hoje continua a ser uma das seis administradoras das aposentadorias chilenas.
Detalhe importantíssimo: o sistema de capitalização só começou a ser implantado com sentido  obrigatório no Chile em 1982 e no ano seguinte Guedes criava a BTG no Brasil. Terá sido coincidência?
O fato é que Guedes vinha se comportando como se estivesse no poder e suas ordens fossem incontestáveis. Ilusão à toa, diria Johnny Alf. O presidente Bolsonaro pode não entender nada de economia, mas tem alguns assessores de nível. Nesta sexta-feira, quando descartou a obrigatoriedade de adoção da sistema chileno, o chefe do governo mandou um recado ao Congresso e colocou Guedes em seu devido lugar.
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P.S.
 1 – Se tivesse um mínimo de dignidade, Guedes pediria demissão, para ficar em casa, guardado por Deus e contando o vil metal, como dizia Belchior. É um homem riquíssimo, não necessita de cargo nem função. Mas precisa desesperadamente permanecer como ministro, para manter o foro privilegiado e não cair nas mãos da Lava Jato. Essa é a realidade surrealista da política brasileira, versão 2019.
P.S. 2 – Quanto ao novo ministro da Educação, que defende a adoção do estilo Olavo de Carvalho de se comunicar aos palavrões, sua nomeação merece ser a Piada do Ano. A não ser que Bolsonaro esteja de sacanagem, como se dizia antigamente. (C.N.)

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