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domingo, abril 04, 2010

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Gente insolente

Dora Kramer


Sabe o cunhado que vive dando vexame? Pois é. Os tucanos agora resolveram tratar Fernando Henrique nessa base. Segundo eles, "pesquisas internas" indicam que FH não é benquisto pelo eleitorado


O PSDB nasceu em 1988, oito anos depois do PT. Chegou ao poder em 1994, oito anos antes do PT – que passou 22 anos na oposição até chegar ao ponto que os tucanos levaram apenas seis para alcançar. Graças ao Plano Real.

A uma circunstância particularmente favorável. Uma ascensão acidental, já que o PSDB não trabalhou por ela, limitou-se a estar no lugar certo na hora exata. Ou melhor, a ser o partido do homem certo no momento em que o então presidente Itamar Franco não deixou ao chanceler Fernando Henrique Cardoso alternativa, praticamente o nomeando à revelia seu quarto ministro da Economia.

Contra todas as expectativas, FH deu conta da missão, reuniu o grupo adequado e estava feito o caminho do PSDB rumo ao Palácio do Planalto. Durante oito anos o partido governou o Brasil.

Fernando Henrique Cardoso não foi o rei do espetáculo, mas ajudou a mudar o perfil do país. Fez reformas, privatizou a telefonia, profissionalizou as estatais, organizou as contas públicas, acabou com a inflação, devolveu a moeda ao país, inseriu o Brasil no mercado mundial, conquistou respeito internacional, continua sendo dos mais argutos pensadores e observadores da cena nacional.

Suas análises sobre o comportamento dos políticos, as razões do distanciamento da sociedade dos partidos, as ações para promover a aproximação são precisos diagnósticos. Tão certeiros que a reação de seus adversários é sempre o apelo arrebatado para que se cale.

E o surpreendente é que os ditos correligionários fazem pior: o ignoram. Faz palestras no mundo inteiro e pelo país afora, mas o tucanatinho acha que ele não fica bem na fotografia do vigoroso partido onde vicejam próceres cuja capacidade de distinguir credibilidade de popularidade é nenhuma.

Sabe o cunhado que vive dando ve­­xame? Pois é. Os tucanos agora re­­solveram tratar Fernando Hen­ri­que nessa base. Segundo eles, “pesquisas internas” indicam que FH não é benquisto pelo eleitorado.

Atrapalha quando fala. E isso é dito tanto por pessoas com algum grau de discernimento quanto por gente que não faz um ó com um copo. Exato, o PSDB não é partido só de “quadros qualificados”.

Esse pessoal lê umas pesquisas, ou­­ve um boboca de um analista, se assusta com os arreganhos de meia dúzia de adversários e acha que is­­so os autoriza a jogar no lixo o respeito devido a quem permitiu que o partido iniciasse sua trajetória de vida pela rampa do Palácio do Pla­­nalto. Para não falar dos comprovados serviços prestados ao país, que em nações civilizadas costumam ser patrimônio preservado.

Lula perdeu três eleições presidenciais, foi muito criticado no PT, mas nos momentos difíceis nunca se viu movimento orquestrado para escondê-lo, tirá-lo de cena como se fosse um criminoso ou portador de doença contagiosa grave.

Se é sobre esse tipo de caráter que o candidato José Serra falou quando se referiu a brio, índole e solidariedade em seu discurso de despedida do governo de São Paulo, há incoerência no conceito.

Segura peão

Do presidente Lula diretamente o deputado Ciro Gomes não recebeu nenhum pedido nem recado para retirar sua candidatura. Houve uma conversa nesse sentido com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB, partido de Ciro. Foi na segunda-feira passada.

Eduardo começou convencido da necessidade da retirada e terminou balançado. Pelos seguintes argumentos: 1) Para o partido é negócio uma plataforma nacional de 12% de votos; 2) Se Ciro se retirar, nove seções do PSB, é certo, vão aderir à candidatura de José Serra; 3) Pesquisas internas indicam um potencial de crescimento de até 20 milhões de votos; 4) Todas as perguntas mostram que o eleitor reconhece nele competência semelhante à identificada em Dilma Rousseff e José Serra; 5) Ciro é a segunda opção dos eleitores dos dois principais candidatos, sendo que é majoritariamente o preferido dos eleitores de Serra.

Ou seja, se sair, favorece o tucano. Por isso deixa Serra sossegado e bate tanto no PT, porque disputa o eleitor potencial do PSDB.

Fonte: Gazeta do Povo

O presidente Lula e o futuro

Carlos Chagas

Faltando nove meses para o fim do mandato do presidente Lula, vale indagar qual a marca que seu governo deixará registrada para o futuro. Sem precipitações, é claro, porque a História não se escreve às pressas nem ao sabor das emoções. É preciso que os fatos sejam decantados, mas não custa arriscar uma incursão despretensiosa a respeito do rótulo que o primeiro-companheiro verá colado no pacote de sua passagem pelo poder.

De início, é bom recordar que todos os antigos presidentes da República se inscreveram na galeria da memória nacional, com características hoje consolidadas. Umas vibrantes, outras nem tanto. Estas edificantes, aquelas lamentáveis.

Só para ficarmos nos mais populares: Getúlio Vargas aparece sob a imagem maior das leis trabalhistas, que criou, transformando-o numa espécie de campeão das massas assalariadas. Juscelino Kubitschek surge como o empreendedor do desenvolvimento nacional, sedimentando as bases da transformação econômica do país.

E o Lula, candidato óbvio a integrar-se no rol dos mais populares?

A glória de ter sido o primeiro operário a chegar ao governo esbarra no fato de não ter promovido as reformas estruturais de base prometidas e exigidas pelo seu passado, tanto assim que continua como o preferido das elites neoliberais – uma contradição que a História dificilmente explicará ou perdoará.

Constituirá sua marca fundamental apenas o assistencialismo, ou seja, a oportunidade perdida por não haver promovido as mudanças esperadas pela maioria dos que o elegeram? O PAC fica longe do Plano de Metas de Juscelino, ao tempo em que o bolsa-família perde de goleada para as garantias do trabalho estabelecidas por Getúlio. Em suma, a marca com que o Lula se apresentará para o futuro parece inconclusa. Mas como ainda faltam nove meses…

Ja estão retaliando o poder

Não se fala das principais figuras que cercam os dois principais candidatos às eleições de outubro. É claro que teriam que gravitar em torno de Dilma Rousseff conselheiros e assessores variados, naturalmente candidatos a ministros, se ela vencer. Como ao redor de José Serra, outro time de auxiliares de peso que também é melhor não fulanizar, para não desagradar outros.

Do que tratamos hoje é daqueles representantes ou controladores de grupos, cartéis e interesses, que, ao primeiro sinal de eleições, buscam infiltrar-se e cercar os candidatos favoritos, preparados para obter e usufruir os mesmos benefícios do poder que usufruem e obtêm através dos tempos.

Já foram os barões do café, na República Velha. Os latifundiários, sempre, as empresas petrolíferas, depois. s industriais das principais atividades, os banqueiros e os especuladores, que entraram para nunca mais sair. Donos da mídia, também. No reverso da medalha, gestores das grandes estatais, dirigentes de centrais sindicais e de movimentos sociais. Sem esquecer uma parcela de intelectuais e alguns chefes de partidos políticos em ascensão.

É bom que Dilma e Serra fiquem alerta, porque a corrida já começou. Diretamente ou por interpostas pessoas, os mesmos de sempre se aproximam. Não querem ser ministros, apenas condôminos e beneficiários das principais decisões de governo.

UVAS VERDES, SÓ PARA CÃES

A fábula é por demais conhecida. A raposa desejou as uvas, no alto da parreira. Pulou, tentou subir, esfalfou-se e não conseguiu pega-las. Dando as costas, comentou: “uvas verdes, só para cães…”

Com todo o respeito, é mais ou menos o que Henrique Meirelles deve estar falando, frustrado que foi ao decidir continuar no Banco Central. A vice-presidência na chapa de Dilma Rousseff dissolveu-se como um sorvete ao sol. O governo de Goiás, ou uma cadeira de senador, também.

Pois agora vem o competente gestor da política monetária explicando que sua presença é necessária no Banco Central para consolidar as conquistas realizadas e evitar a sombra da inflação…

Fonte: Tribuna da Imprensa

A candidata perde tempo

Carlos Chagas

No ninho dos tucanos, vai prevalecendo a natureza das coisas: Aécio Neves já admite tornar-se companheiro de chapa de José Serra e, à medida em que a campanha se desenvolva, mais clara ficará a força da dupla. Nada que faça antecipar resultados, é claro, porque eleições sempre revelam surpresas. Mas Minas e São Paulo unidos sempre geram consequências no quadro nacional.

Vale, hoje, voltar a atenção para o reverso da medalha. E a chapa encabeçada por Dilma Rousseff, como se comporá? O PMDB já foi convidado pelo presidente Lula a indicar o candidato a vice-presidente, mas com o crescimento da agora ex-chefe da Casa Civil, algumas exigências emergiram. Primeiro, o Lula quis uma lista tríplice, isto é, não pretendia ficar engessado na imposição do nome de Michel Temer, de quem não é um fã ardoroso.

Depois, foi um chute de proporções razoáveis no traseiro dos dirigentes do maior partido nacional quando as pesquisas indicaram diferença mínima entre os percentuais de Dilma e Serra. Entraram em campo a arrogância e a empáfia dos companheiros, que imaginaram não precisar depender mais do PMDB. Por que ficariam prisioneiros de um partido já considerado nem tão importante assim para a vitória da candidata oficial? Nomes variados surgiram para a vice-presidência, no PMDB e fora dele. Henrique Meirelles, Hélio Costa, Edison Lobão e até Ciro Gomes.

Com a gangorra sempre balançando, veio a pesquisa mais recente, onde a distância voltou a aumentar entre os dois pretendentes à presidência da República. Serra abriu diferença de nove pontos sobre Dilma, nem se falando nas simulações para o segundo turno. Resultado: o presidente Lula e o PT de novo passaram a cortejar o PMDB e, como conseqüência, Michel Temer. Há quem dê como certa, hoje, a candidatura do presidente da Câmara e do partido.

E amanhã? Amanhã, tudo pode mudar outra vez. Em sã consciência, ninguém sabe ao certo quem será o companheiro de chapa de Dilma Rousseff. Há tempo, é lógico, até as convenções marcadas para junho, mas se a indecisão prevalecer, perde tempo a candidata. Perderá votos, também?

Imagens oportunas

Mil personagens da História do Brasil continuam merecendo estudos mais aprofundados, à medida em que o tempo passa. Uma delas foi o coronel da Força Pública de São Paulo, Miguel Costa, revolucionário de 1924, em São Paulo, no ano seguinte comandante maior da rebelião, chegando a ostentar por algum tempo a chefia e o nome da mais célebre coluna militar revolucionária, afinal transformada em “Coluna Prestes”. Com a vitória da Revolução de 30, o velho coronel feito general ocupou a Chefia de Polícia do primeiro interventor em São Paulo, João Alberto.

É aqui que o personagem mais nos chama a atenção. Tido como socialista, execrado pelas elites paulistas, também possuía características fascistas, fundador da Legião de Outubro. Dele se dizia manter o marxismo no coração e os marxistas na cadeia.

Por que essa referência inusitada a episódios tão distantes? Porque do governo Lula pode-se fazer um paralelo: mantém o MST no coração, mas os sem-terra na cadeia…

Fonte: Tribuna da Imprensa

sábado, abril 03, 2010

VAMOS QUEIMAR O "JUDAS"

QUEM É O "JUDAS" DE JEREMOABO QUE MERECE SER QUEIMADO NESTE SÁBADO DE ALELUIA?
SALVO MELHOR JUIZO, DEVERÁ SER O MAIOR, OU OS MAIORES CORRUPTOS...

População já pode fiscalizar contas da Prefeitura e da Câmara, pelo menos é o que determina a Lei

A Câmara de Vereadores de Jeremoabo deverá disponibilizar no período de 1º de abril a 31 de maio do corrente ano as contas do Poder Executivo e Legislativo referentes ao exercício financeiro de 2009.

“A fiscalização das contas públicas por parte da população é importantíssima, é uma obrigação da Câmara disponibilizá-las e agora é com o povo de Jeremoabo o dever de acompanhar esse processo.


JUDAS? MALHE SEM DÓ!

Hoje é Sábado de Aleluia, amado leitor!

E sabe o que isso nos lembra?

Pois é. E aí, quem você malharia neste sábado tão especial?

Conte pra gente na seção comentários. Ao final do dia, a gente diz quem foi o campeão e publica a melhor justificativa.

É pra malhar, mas com “civilidade”. Esqueçamos aqueles termos pesadíssimos, como os sempre atribuídos a árbitros de futebol e políticos em geral, pois o Sr. Moderador tá muito sensível nestes dias. Malhe bonitinho.

O Judas mais comentado ganhará a devida “homenagem”. Dê a sua sugestão, comente.

Fotos do dia

A ex-"sister" Lia está assim nas páginas do Paparazzo Ela já terminou com o namorado Os jovens Joãozinho, Vinicios e Gabriel serão titulares do Verdão  no jogo de hoje Policial rodoviário dá informações para motoristas no novo trecho  sul do Rodoanel
Pista recém-inaugurada não tem sinalização Mexicanos encenam a Paixão de Cristo Papa fala aos fiéis durante missa da Sexta-Feira Santa Vectra tombado após acidente no Rodoanel

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Justiça amplia os atrasados de benefício especial

Ana Magalhães e Gisele Lobato
do Agora

O aposentado que pedir a revisão do benefício no posto do INSS para conseguir a contagem especial, mas só tiver o aumento concedido na Justiça, poderá conseguir uma grana maior em atrasados --diferenças que não foram pagas pelo instituto nos últimos cinco anos.

Em uma decisão, o TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que atende os Estados do Sul do país) entendeu que, nesses casos, os atrasados devem contar desde quando o segurado deu entrada no pedido no posto do INSS, e não desde quando o órgão foi citado pela Justiça.

Na ação, a Previdência queria pagar os atrasados somente a partir da citação, limitando o valor total a que o segurado poderia receber.

Fonte: Agora

Juiz de fora

Dora Kramer


Um acordo só seria aceitável e considerado de cavalheiros se fosse nos termos da lei, em que as partes concordam em obedecer estritamente às regras. Aí sim, seriam desnecessários os recursos à Justiça. Mas, convenhamos, para isso não é preciso abrir


Em 2005, quando o publicitário Duda Mendonça confessou à CPI dos Correios que foi pago por meio de caixa 2 para trabalhar na campanha do presidente Luiz Inácio da Silva na eleição de 2002, a oposição fez acordo com o PT e não levou o caso adiante.

Imaginou que a parada de 2006 estava ganha de qualquer forma e dispensou a guerra desgastante. Parou no meio do caminho e ali ficou à espera da vitória por gravidade.

Havia também o problema do então presidente do partido, Eduardo Azeredo, cuja campanha pela reeleição (perdida) para o governo de Minas Gerais havia se servido do mesmo operador – Marcos Valério – que viria a prestar serviços ao PT anos depois.

Em 2009 o PSDB entrou com várias ações contra o governo na Justiça Eleitoral por campanha antecipada. Perdeu todas.

Em 2010 ganhou duas e está conversando sobre a possibilidade de fazer um acordo de procedimentos proposto pelo PT, só agora preocupado com o “exagero” das ações ainda motivo de deboche por parte do presidente Lula, que diverte plateias com piadas sobre as multas impostas a ele.

Enquanto a oposição perdia sistematicamente na Justiça, o PT não parecia atento à questão da infração a lei eleitoral.

A partir do momento em que o plenário do Tribunal Superior Eleitoral aplicou uma multa de R$ 10 mil e um juiz do TSE determinou outra sanção de R$ 5 mil ao presidente Lula indicando uma tendência, o presidente do partido, José Eduardo Dutra, achou por bem procurar o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra.

Segundo ele, para propor “um acordo de procedimentos” a fim de não “inibir a livre manifestação dos cidadãos”.

Diálogo

É de se perguntar: que acordo? Quais procedimentos, se a lei é uma só? Onde já se viu partido, ainda mais dois partidos que disputam a Presidência da República, abrirem diálogo deixando de lado a Justiça quando ela é parte do problema em questão?

Aqui não se trata da manifestação dos cidadãos e sim da movimentação dos partidos em relação ao que pode ou não pode ser feito no período em que as candidaturas não estão registradas e do uso da máquina pública a serviço de candidatos.

Esse argumento de “judicialização” da campanha é artificial. O recurso ao Tribunal Eleitoral é um instrumento legítimo dos partidos, faz parte do jogo.

O simples fato de a oposição aceitar abrir conversações a respeito indica que há, por parte do PSDB, um interesse de fazer um acerto de cavalheiros pelo qual o partido fique também imune a ações judiciais por parte do PT.

Guardadas as proporções, uma repetição do que já ocorreu no Congresso algumas vezes sempre com ganho de causa para a impunidade.

Acordo

Ademais, esse tipo de acerto entre partidos significa que os políticos se acertam para apartar a Justiça Eleitoral do processo. Um acordo só seria aceitável e considerado de cavalheiros se fosse nos termos da lei, em que as partes concordam em obedecer estritamente às regras.

Aí sim, seriam desnecessários os recursos à Justiça. Mas, convenhamos, para isso não é preciso abrir diálogo algum. Basta andar na linha e pronto.

O que parece estar em jogo aqui é outra coisa: um acerto mútuo de não agressão para deixar a Justiça impossibilitada de atuar.

Lições do abismo

De acordo com a cartilha do professor Paulo Vannucchi, ministro dos Direitos Humanos, o papel da imprensa é “informar, cobrar e denunciar”. Quando age fora desse limite se transforma em “uma espécie de partido de oposição”.

Opinar ou criticar, como faz o ministro, é prerrogativa exclusiva de partido de oposição. Ou “uma espécie de”.

Por esse critério, nem às legendas de situação o professor confere a oportunidade de emitir críticas e opiniões. Isso só os partidos de oposição – ou “uma espécie de” – têm o direito de fazer.

Seria o caso, então, de o professor se filiar a uma espécie de partido de oposição, já que gosta tanto de criticar e opinar. Só por uma questão de foro íntimo, porque legalmente a Constituição já lhe garante esse direito. Bem como aos demais cidadãos.

Fonte: Gazeta do Povo

"Emprego nos EUA está começando a melhorar", diz Obama

Jewel Samad/AFP

Jewel Samad/AFP / Obama: Obama: "Hoje é um dia encorajador"
EUA
Reuters

O presidente norte-americano, Barack Obama, saudou os números sobre o emprego nesta sexta-feira como uma evidência de que a economia está mudando para melhor, mas ele disse que ainda levará tempo para se atingir a geração de empregos sustentável de que o país precisa.

Procurando manter o ritmo depois de os parlamentares terem aprovado sua histórica reforma no sistema de saúde, Obama mudou o foco para combater o alto desemprego, um problema que ameaça prejudicar as perspectivas do Partido Democrata nas eleições parlamentares de novembro.

Obama falou após um relatório do governo ter mostrado que a economia dos EUA criou 162 empregos em março, o sinal mais forte até agora de que a recuperação econômica está em terreno mais sólido.

"Hoje é um dia encorajador. Nós aprendemos que a economia realmente produziu um número substancial de empregos ao invés de perder um número substancial de empregos. Nós estamos começando a virar a esquina", disse Obama a trabalhadores em uma fábrica de componentes de bateria na Carolina do Norte, um estado disputado onde ele venceu nas eleições presidenciais de 2008.

Apesar de receber o relatório desta sexta-feira como "a melhor notícia sobre o mercado de trabalho em mais de dois anos", ele alertou que há mais a ser feito para incentivar a criação de empregos, sua prioridade doméstica.

"Não é rápido e não é fácil", disse ele. "É importante enfatizar que, apesar de nós termos percorrido um longo caminho, nós ainda temos um longo caminho pela frente."

O mercado de trabalho atrasou a recuperação da economia norte-americana na pior recessão desde os anos 1930, criando um desafio político para Obama. No mês passado, a taxa de desemprego continuou em 9,7 por cento.

Mas Obama disse: "O pior da tempestade terminou e há dias mais claros pela frente."

Ele também usou sua visita à Carolina do Norte para promover a reforma do sistema de saúde, tendo em mente as pesquisas mostrando que muitos norte-americanos estão céticos sobre o extenso plano, aprovado apesar da forte oposição republicana.

Fonte: Gazeta do Povo

"Viúva negra" adolescente seria autora de atentado de Moscou

Mundo

Sábado, 03/04/2010

AFP

AFP / Dzhennet Abdurakhmanova posa para foto com pistola Dzhennet Abdurakhmanova posa para foto com pistola
Rússia|
Reuters

A viúva de 17 anos de idade de um militante islâmico do Norte do Cáucaso é suspeita de ter se explodido em ataques suicidas que mataram 40 pessoas no metrô de Moscou, disse um agente da polícia russa.

Mais de 50 pessoas foram mortas e outras 100 ficaram feridas em ataques suicidas nesta semana no metrô de Moscou e em uma cidade no Daguestão, turbulenta região do Norte do Cáucaso, gerando temores de uma nova campanha de ataques.

Fotografias reveladas pelo policial, em um departamento de polícia russo no Daguestão, mostravam uma jovem mulher vestindo um véu preto e segurando uma granada.

Outra fotografia mostrava a mesma mulher segurando uma pistola. Esta fotografia foi publicada no jornal russo Kommersant nesta sexta-feira.

A fonte, que pediu para não ser identificada, disse que a mulher tinha nascido no Daguestão e que se chamava Dzhennet Abdurakhmanova, a viúva de Umalat Magomedov, de 30 anos, um insurgente de destaque morto por forças russas em 31 de dezembro.

Magomedov, que aparecia nas fotografias segurando uma pistola automática, chamava a si mesmo de o "Emir dos mujahidins do Vilayat Daguestão", um grupo islâmico local, disse a fonte.

Duas mulheres-bomba - conhecidas pela mídia russa como "viúvas negras" - mataram pelo menos 40 pessoas em vagões de metrô lotados em Moscou durante a hora do rush na segunda-feira.

Fonte: Gazeta do Povo

PT: chapa dos sonhos está próxima

Adriano villela e Raul monteiro

O último impasse, leia-se a oficialização da “união” entre o governador Jaques Wagner e o senador César Borges (PR), para o anúncio oficial da “chapa dos sonhos” de Wagner, tende a ser solucionado nos próximos dias, conforme apostam os próprios petistas. De acordo com o presidente estadual da legenda, Jonas Paulo, “resta apenas a cereja do bolo”. Até mesmo a coligação na proporcional, que seria uma das imposições do senador republicano, já estaria bem encaminhada.

A chapa dos sonhos inclui, além do senador César Borges (PR), a deputada federal e ex-prefeita de Salvador, Lídice da Mata (PSB), assim como três nomes que já governaram o estado – o atual gestor, Borges e Otto .

“O partido está concluindo com sucesso e harmonia com o processo nacional a definição da estratégia, perfil e composição da chapa majoritária. Vamos, nas proporcionais, costurar as composições que nos garanta uma maioria estável”, assegurou o dirigente petista.

Novas conversas estão previstas para hoje (Sábado de Aleluia) e amanhã (Domingo de Páscoa). A meta é que o anúncio possa ser dado na próxima segunda-feira, mesmo dia em que o PR nacional promoverá festa em Brasília para oficializar a aliança com o PT na coligação da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff.

No domingo, o governador da Bahia pretende chegar mais cedo da viagem que faz ao Rio de Janeiro, onde visita familiares, com o objetivo de concluir os acertos.

Vale ressaltar que uma reunião entre Wagner e o senador César Borges (PR), na última quinta-feira, aprofundou as negociações para a estratégia da disputa proporcional, tida como principal entrave no momento, conforme reconheceu o governador na solenidade em que o nome de Otto Alencar foi oficializado como candidato a vice. Outro encontro ocorreu em Brasília, envolvendo as direções nacionais do PT e do PR e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Wagner, entretanto, ao discursar no ato de filiação de Otto, reconheceu haver dificuldades nas negociações para a candidatura a deputado federal, por envolver interesses “de partidos, parlamentares e candidatos” que querem uma situação mais confortável para seu projeto eleitoral.

O gestor e candidato à reeleição pediu também para que os correligionários que disputam as eleições para deputado exercitem a paciência ao máximo, mas deixou um recado direto: “Posso ter que tomar uma decisão e trabalhar com imposição. Não é meu estilo. O preço fica mais caro do que do que numa decisão tomada por negociação e consenso”.

Os novos aliados, PP e PR, preferem o chapão – mas os partidos do campo de esquerda da coligação (PT,PcdoB, PSB e PDT) admitem apenas a candidatura conjunta para deputado federal. O PP até aceita mais de uma chapa na eleição para deputado, mas quer na mesma aliança do PT.

Os petistas baianos apostam numa estratégia afinada com a campanha para Presidente da ex-ministra Dilma Rousseff, o que significa dizer polarizar com partidários do grupo do presidenciável José Serra (PSDB) e mirar vencer no primeiro turno. “É hora da costura paciente e cuidadosa para eleger a maioria legislativa, fazendo da governabilidade um componente do processo político eleitoral e não uma necessidade legislativa episódica às vezes na fronteira da ética política”, reiterou Jonas Paulo.

A chapa dos sonhos inclui, além do senador César Borges (PR), a deputada federal Lídice da Mata (PSB). Além do amplo leque do ponto de vista político (teria ainda os partidos PCdoB, PDT e PHS), a coalizão liderada por Jaques Wagner conta com três nomes que já governaram o estado – o atual gestor, Borges e Otto – e uma ex-prefeita da capital.

Fonte: Tribuna da Bahia

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