Sílvio Ribas e Patrícia França, do A Tarde
Tramita na Câmara dos Deputados uma polêmica Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê redução do repasse do orçamento das cidades para as câmaras municipais – mas que amplia, já em 2008, em até 8.068 o número atual de vereadores em todo o País (51.875).
Trata-se da PEC 333, de 2004, que, diante do crescente receio dos parlamentares com a reação do público, poderá ser reavaliada antes mesmo de ir a plenário, contrariando desejo do presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que vê nela uma forma de esclarecer o horizonte das próximas eleições, com um ano de antecedência.
A maioria da bancada baiana já sinaliza apoio à chamada PEC dos vereadores, por considerá-la apenas uma correção do que foi visto como intromissão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em abril de 2004, poucos meses antes do último pleito. Se aprovada, a mudança restaura boa parte das 8.481 cadeiras cortadas pela resolução do órgão de Justiça.
CASUÍSMO – O advogado baiano Ademir Ismerin, especialista em Justiça Eleitoral, considera que a entrada em vigor da PEC 333 no último ano da atual legislatura e às vésperas de uma nova eleição municipal acaba anulando o que a emenda traz de positivo: a redução dos repasses financeiros às Câmaras Municipais e o restabelecimento da representatividade, com a proporção de vereadores mais próxima ao de habitantes por município.
Um dos efeitos negativos que o advogado prevê com a posse de novos vereadores em pleno ano eleitoral é o desequilíbrio nas composições políticas municipais. “Poderá haver mudanças significativas em algumas bancadas, além de acirrar a disputa por espaço entre aqueles que estão exercendo o mandato por três anos e os novatos que estão chegando”.
Definindo como casuísmo a mudança das regras em ano eleitoral, Ademir Ismerin aponta, ainda, possíveis dificuldades administrativas por parte dos Legislativos.
O advogado explica que as Casas Legislativas terão que se reorganizar do ponto de vista financeiro, de pessoal e de suas estruturas físicas para receber os novos parlamentares. “Os repasses serão menores, mas as Câmaras ganharão mais vereadores”, disse, prevendo, em alguns casos, a redução de pessoal para ajustar a receita às despesas.
MAIS FAVORECIDOS – Estudo feito pela Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais (Abrascam) mostra que os municípios baianos estão entre os mais favorecidos com o resgate das vagas, chegando a sete em alguns casos. Salvador passaria de 41 para 43; Feira de Santana de 19 para 25 e Vitória da Conquista, de 14 para 21 (acréscimo de 50%).
Apesar dessa elevação ser opcional, a tendência natural é de todos atingirem o teto, avalia o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), principal opositor da PEC no Congresso. Para ele, o problema está no dinheiro repassado às câmaras, 6,5% da arrecadação municipal em média. “Há evidente exagero nisso. Também não tem cabimento cidade de mil habitantes com nove vereadores”, disse.
O deputado informa que seu partido considerou a discussão da PEC ainda prematura e, por isso, defende que ela não tem como ser votada do jeito que está. “É preciso, antes, restringir o excessivo dinheiro repassado às câmaras”, defende o parlamentar.
DISTORÇÕES – Aleluia acha que essa distorção no orçamento municipal está fazendo os vereadores adotarem funções executivas, com contratações de serviços e construção e reforma de prédios. “O papel do Legislativo é apenas legislar e fiscalizar”, diz. Além disso, Salvador, lembra Aleluia, já tinha sido um dos poucos municípios que tinha aumentado o número de vereadores entre 2004 para 2005, de 36 para 41. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) também é outra que considera que a questão do corte de repasses deve ser melhor avaliado.
Jorge Khoury (DEM-BA) afirma que vai acompanhar a decisão do Democratas, mas considera a PEC apenas a reafirmação da autoridade dos congressistas sobre o tema. “Deveria voltar tudo como era antes da imposição do TSE”, confessa. Uma eventual pressão popular contra o aumento de vereadores já é considerada por Zezéu Ribeiro (PT-BA), mas ele explica que a PEC, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) só redimensiona os plenários em relação à população dos municípios e tem o objetivo de retomar praticamente todas as vagas enxugadas.
“O TSE exorbitou de funções poucos dias antes da eleição”, disse. Ele ressalta que a proposta não gera despesas extras e pode ficar ainda mais austera.
Principais beneficiados – Ao todo, eram 60.229 cadeiras de vereadores no Brasil em 2004, número que deverá ficar quase restabelecido. As câmaras de cidades médias seriam as mais beneficiadas pela PEC. Algumas teriam quase o dobro de vereadores atuais. Pelo projeto, os novos 8.068 vereadores, hoje suplentes, seriam empossados já em 2008.
A PEC cria 24 faixas diferentes (veja tabela) de vereadores, conforme a população dos municípios. Para as cidades com até 15 mil habitantes, seriam nove vereadores. As que têm população superior a 8 milhões de habitantes teriam no máximo 55 vereadores (caso de São Paulo). O número das novas vagas é calculado com base na população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2006.
REPASSES – Como contrapartida ao desgaste de tentar aprovar a criação dos cargos de vereadores, os deputados incluíram mecanismos que reduzem o limite de repasse do Executivo às Câmaras. Pela Constituição, as prefeituras de cidades com até 100 mil habitantes podem passar às câmaras, no máximo, 8% da receita tributária e de transferências. Com o projeto, esse limite cai para 7,5%. Os acima de 500 mil habitantes terão limite de 4,5%. Em 2004, as despesas médias foram de 3,38%, menores do que os percentuais propostos agora. Mas os defensores da PEC reforçam que ela prevê corte de gastos de 6,25% a 10%.
“Vejo uma vantagem nessa PEC, ao prever a redução dos valores repassados às câmaras”, afirma Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). Ele acredita que a votação vai corrigir a “arbitrariedade do TSE”. Para ele, a PEC é válida por reforçar o que estabelece a lei orgânica dos municípios. “Não podemos repetir impasses gerados pela decisão da Justiça Eleitoral como a de Irecê, que ficou seis meses sem presidente do Legislativo porque o número de vereadores era par e o placar da mesa ficou empatado”, disse.
Fonte: A TARDE
Certificado Lei geral de proteção de dados
domingo, setembro 16, 2007
Eleitor destaca Bolsa-Família e critica corrupção atual
Agencia Estado
O governo Lula fez três coisas boas - o programa Bolsa-Família, a estabilidade econômica e a ajuda aos pobres; e três coisas ruins - a corrupção, o apagão aéreo e a pouca atenção à saúde. Esta é a percepção do eleitorado brasileiro, colhida pela pesquisa Estado/Ipsos. O Bolsa-Família foi apontado por 43% dos eleitores; a estabilidade econômica foi citada por 20% e a ajuda aos pobres foi mencionada por 10%. Só 8% dos eleitores responderam que a maior obra do governo Lula é "nada".Na outra ponta, o eleitorado brasileiro aponta como as piores coisas do governo Lula a corrupção, citada por 23%, o apagão aéreo, mencionado por 11%, e a pouca atenção à saúde, lembrada por 10%. A visão do eleitorado sobre os lados bom e ruim do governo sintetiza a agenda de uma semana que ofereceu, de um lado, mais um capítulo da novela da corrupção, protagonizada agora por um aliado do governo; e do outro, a divulgação de dados que mostram um vigoroso crescimento da renda do trabalhador.EstabilidadeLula se apropriou quase por inteiro da conquista da estabilidade econômica, demonstrou a pesquisa Estado/Ipsos. Para 67% dos brasileiros, o atual presidente é o maior responsável por ela; o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo implantou o Plano Real e sustentou os primeiros oito anos estáveis, foi mencionado como responsável pela estabilidade por apenas 7%.E não é só quanto à estabilidade que Lula desbanca Fernando Henrique, segundo a avaliação do eleitorado. O atual presidente deu mais apoio aos pobres para 80% dos brasileiros; o antecessor ganhou o aval de apenas 9%. Para 73%, Lula favoreceu um melhor poder de compra do brasileiro; só para 16% Fernando Henrique foi melhor nesse quesito. Lula reduziu mais o custo da cesta básica para 73%; o ex-presidente, só para 15%. Lula controlou melhor a inflação para 66%; Fernando Henrique, só para 19%.Esses fenômenos têm explicações, segundo Almeida. A primeira é que o eleitorado brasileiro padece de "presentismo", ou seja, tende a atribuir as coisas boas ao governo presente, mesmo que ele não tenha sido o autor delas - desde que esse governo seja bem avaliado, tenha a simpatia da maioria da população e, naturalmente, possua um bom mecanismo comunicador. A segunda é que a conquista da estabilidade ao longo do governo FHC se esvaiu da memória popular, por duas razões: uma foi a repetição persistente do discurso petista da "herança maldita", que teria diluído as realizações dos governos FHC; outra foi a falha continuada de comunicação do PSDB, que não soube defender, ao longo dos anos, a estabilidade conquistada em sua gestão e, principalmente, a ignorou nas disputas eleitorais de 2002 e 2006. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O governo Lula fez três coisas boas - o programa Bolsa-Família, a estabilidade econômica e a ajuda aos pobres; e três coisas ruins - a corrupção, o apagão aéreo e a pouca atenção à saúde. Esta é a percepção do eleitorado brasileiro, colhida pela pesquisa Estado/Ipsos. O Bolsa-Família foi apontado por 43% dos eleitores; a estabilidade econômica foi citada por 20% e a ajuda aos pobres foi mencionada por 10%. Só 8% dos eleitores responderam que a maior obra do governo Lula é "nada".Na outra ponta, o eleitorado brasileiro aponta como as piores coisas do governo Lula a corrupção, citada por 23%, o apagão aéreo, mencionado por 11%, e a pouca atenção à saúde, lembrada por 10%. A visão do eleitorado sobre os lados bom e ruim do governo sintetiza a agenda de uma semana que ofereceu, de um lado, mais um capítulo da novela da corrupção, protagonizada agora por um aliado do governo; e do outro, a divulgação de dados que mostram um vigoroso crescimento da renda do trabalhador.EstabilidadeLula se apropriou quase por inteiro da conquista da estabilidade econômica, demonstrou a pesquisa Estado/Ipsos. Para 67% dos brasileiros, o atual presidente é o maior responsável por ela; o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo implantou o Plano Real e sustentou os primeiros oito anos estáveis, foi mencionado como responsável pela estabilidade por apenas 7%.E não é só quanto à estabilidade que Lula desbanca Fernando Henrique, segundo a avaliação do eleitorado. O atual presidente deu mais apoio aos pobres para 80% dos brasileiros; o antecessor ganhou o aval de apenas 9%. Para 73%, Lula favoreceu um melhor poder de compra do brasileiro; só para 16% Fernando Henrique foi melhor nesse quesito. Lula reduziu mais o custo da cesta básica para 73%; o ex-presidente, só para 15%. Lula controlou melhor a inflação para 66%; Fernando Henrique, só para 19%.Esses fenômenos têm explicações, segundo Almeida. A primeira é que o eleitorado brasileiro padece de "presentismo", ou seja, tende a atribuir as coisas boas ao governo presente, mesmo que ele não tenha sido o autor delas - desde que esse governo seja bem avaliado, tenha a simpatia da maioria da população e, naturalmente, possua um bom mecanismo comunicador. A segunda é que a conquista da estabilidade ao longo do governo FHC se esvaiu da memória popular, por duas razões: uma foi a repetição persistente do discurso petista da "herança maldita", que teria diluído as realizações dos governos FHC; outra foi a falha continuada de comunicação do PSDB, que não soube defender, ao longo dos anos, a estabilidade conquistada em sua gestão e, principalmente, a ignorou nas disputas eleitorais de 2002 e 2006. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ex-banqueiro Salvatore Cacciola é preso em Mônaco
Agencia Estado
O Ministério da Justiça deve pedir a extradição do banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, preso neste sábado em Mônaco por crime financeiro e lavagem de dinheiro. O ministro Tarso Genro realizará na segunda-feira uma reunião com a Polícia Federal e o Itamaraty para discutir os detalhes operacionais para que Cacciola seja enviado para o Brasil.
O banqueiro foi condenado em 2005 por crimes contra o sistema financeiro no Brasil e fugiu para a Itália, após o seu banco (Marka) ter recebido uma ajuda financeira do Banco Central, considerada fraudulenta, para cobrir prejuízos com operações de câmbio.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Genro recebeu a informação sobre a prisão pela Polícia Federal. O Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Roma ainda não foi notificada oficialmente da prisão, o que deve ocorrer ao longo da semana. Assim que o comunicado chegar a Brasília, será encaminhado ao Ministério da Justiça que poderá solicitar a extradição.
O Ministério da Justiça deve pedir a extradição do banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, preso neste sábado em Mônaco por crime financeiro e lavagem de dinheiro. O ministro Tarso Genro realizará na segunda-feira uma reunião com a Polícia Federal e o Itamaraty para discutir os detalhes operacionais para que Cacciola seja enviado para o Brasil.
O banqueiro foi condenado em 2005 por crimes contra o sistema financeiro no Brasil e fugiu para a Itália, após o seu banco (Marka) ter recebido uma ajuda financeira do Banco Central, considerada fraudulenta, para cobrir prejuízos com operações de câmbio.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Genro recebeu a informação sobre a prisão pela Polícia Federal. O Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Roma ainda não foi notificada oficialmente da prisão, o que deve ocorrer ao longo da semana. Assim que o comunicado chegar a Brasília, será encaminhado ao Ministério da Justiça que poderá solicitar a extradição.
Fonte: A Tarde
sábado, setembro 15, 2007
A Casa dos Horrores.
Por: J. Montalvão.
Como hoje é final de semana intitulei esta matéria com o nome de um filme.
A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral. Marquês de Maricá - (1773/1848).
Desde o inicio do corrente mês, este site vem conseguindo chamar a atenção de todos para as matérias que publica, e ao mesmo tempo conseguindo atingir seus objetivos.
Levamos ao conhecimento de todos de Jeremoabo, do Brasil e do mundo, o desrespeito à população de Jeremoabo concernente ao arrombamento de um prédio publico, no caso a Prefeitura Municipal de Jeremoabo.
Conseguimos uma divulgação generalizada a respeito dos desmandos existentes na Câmara de vereadores, pois já passou do limite o contribuinte ter que assistir nove meses apenas de brigas futricas, e trabalho que é bom nada!
Apenas através de uma palavra mágica BREGA, conseguiu uma divulgação exorbitante, onde toda a Jeremoabo soube que existe o nosso site: o " jeremoabohoje “, evitändo gasto com divulgação, pois quem sabe faz a hora”.
Através dessa palavra fiz o povo tomar conhecimento de todos os acontecimentos que está se passando na Câmara de Vereadores, e espero que os vereadores entendam que o povo não apóia nem está satisfeito com o que ali se passa; sei também que a culpa não é de todos vereadores, pois em toda regra existe a exceção.
Lamento ter que informar que esse site não tem satisfação a dar a ninguém a respeito do que publica, os prejudicados procurem a Justiça se por acaso encontrar abuso ou mentiras; ou então, civilizadamente me procure para o dialogo, agora me convocar jamais, estamos num pais democrático onde temos liberdade de expressão, lamento ao autor dessa aberração desconhecer a nossa Constituição e a Liberdade de Imprensa.
Aos nossos leitores só nos resta agradecer a força e o apoio que nos presta através visitação, pois juntos conseguiremos tirar nossa Jeremoabo desse atraso, dessa corrupção e dessa inoperância. Não é meia dúzia de derrotados e ultrapassados que irão sobrepor a maioria absoluta. Jeremoabo é maior e mais importante que isso tudo.
Como hoje é final de semana intitulei esta matéria com o nome de um filme.
A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral. Marquês de Maricá - (1773/1848).
Desde o inicio do corrente mês, este site vem conseguindo chamar a atenção de todos para as matérias que publica, e ao mesmo tempo conseguindo atingir seus objetivos.
Levamos ao conhecimento de todos de Jeremoabo, do Brasil e do mundo, o desrespeito à população de Jeremoabo concernente ao arrombamento de um prédio publico, no caso a Prefeitura Municipal de Jeremoabo.
Conseguimos uma divulgação generalizada a respeito dos desmandos existentes na Câmara de vereadores, pois já passou do limite o contribuinte ter que assistir nove meses apenas de brigas futricas, e trabalho que é bom nada!
Apenas através de uma palavra mágica BREGA, conseguiu uma divulgação exorbitante, onde toda a Jeremoabo soube que existe o nosso site: o " jeremoabohoje “, evitändo gasto com divulgação, pois quem sabe faz a hora”.
Através dessa palavra fiz o povo tomar conhecimento de todos os acontecimentos que está se passando na Câmara de Vereadores, e espero que os vereadores entendam que o povo não apóia nem está satisfeito com o que ali se passa; sei também que a culpa não é de todos vereadores, pois em toda regra existe a exceção.
Lamento ter que informar que esse site não tem satisfação a dar a ninguém a respeito do que publica, os prejudicados procurem a Justiça se por acaso encontrar abuso ou mentiras; ou então, civilizadamente me procure para o dialogo, agora me convocar jamais, estamos num pais democrático onde temos liberdade de expressão, lamento ao autor dessa aberração desconhecer a nossa Constituição e a Liberdade de Imprensa.
Aos nossos leitores só nos resta agradecer a força e o apoio que nos presta através visitação, pois juntos conseguiremos tirar nossa Jeremoabo desse atraso, dessa corrupção e dessa inoperância. Não é meia dúzia de derrotados e ultrapassados que irão sobrepor a maioria absoluta. Jeremoabo é maior e mais importante que isso tudo.
LUGAR DE JUIZ PÉ-DE-CHINELO É NA RUA DA AMARGURA
Por Fábio de Oliveira Ribeiro 27/06/2007 às 17:08
Juiz brasileiro suspendeu audiência de trabalhador que estava de chinelos.
A notícia é quente: http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=40976 A imprensa infelizmente não percebeu que o Juiz que suspendeu a audiência porque o trabalhador se apresentou de chinelos cometeu uma grave infração disciplinar. Na verdade, ele demonstrou claramente que não tem condições de exercer o cargo. O art. 5º, ?caput? e inciso XXXV, da CF/88 prescreve que todos os cidadãos têm direito de ação, que todos são iguais perante a Lei e que ninguém pode ser discriminado em razão de sua condição racial, sexual ou econômica. ?Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;? As garantias mencionadas também são asseguradas pelos diplomas internacionais que foram subscritos pelo Brasil. A Declaração Universal dos Direitos do Homem prescreve que: Artigo 2° Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania. Artigo 6° Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica. Artigo 10° Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida. Já a Convenção Americana de Direitos Humanos prescreve: Artículo 1. Obligación de Respetar los Derechos Los Estados Partes en esta Convención se comprometen a respetar los derechos y libertades reconocidos en ella y a garantizar su libre y pleno ejercicio a toda persona que esté sujeta a su jurisdicción, sin discriminación alguna por motivos de raza, color, sexo, idioma, religión, opiniones políticas o de cualquier otra índole, origen nacional o social, posición económica, nacimiento o cualquier otra condición social. Artículo 8. Garantías Judiciales Toda persona tiene derecho a ser oída, con las debidas garantías y dentro de un plazo razonable, por un juez o tribunal competente, independiente e imparcial, establecido con anterioridad por la ley, en la sustanciación de cualquier acusación penal formulada contra ella, o para la determinación de sus derechos y obligaciones de orden civil, laboral, fiscal o de cualquier otro carácter. Os dispositivos internacionais devem ser rigorosamente aplicados por todos os Juizes brasileiros, pois assim o recomenda o §2º, do art. 5º, da CF/88: ?§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.? Portanto, sob o ponto de vista jurídico não resta qualquer dúvida. Por mais pobre e mal calçado que esteja o cidadão ele tem direito de não ser discriminado. Não só isto, mesmo que esteja descalço o trabalhador tem direito de ser atendido por um Juiz do Trabalho, porque a missão deste é proteger os direitos dele sem discriminá-lo. Nesse sentido, nunca é demais salientar que a principal obrigação de um Juiz é conhecer e aplicar fielmente a legislação em vigor, bem como a tratar todos os cidadãos com urbanidade (ou seja, sem discriminação econômica). É o que consta expressamente 35, I e IV, da Lei Complementar nº 35/1979 (Lei Orgânica da Magistratura). ?Art. 35. São deveres do magistrado: I - cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e atos de ofício; IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quando se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência;? O magistrado que suspendeu a audiência porque o trabalhador estava de chinelos demonstrou que desconhece ou tem um verdadeiro desprezo pelos dispositivos constitucionais, internacionais e legais citados. Portanto, não tem condições mínimas de exercer o cargo e deveria ser punido com rigor (com a perda do cargo, por exemplo). Fábio de Oliveira Ribeiro advogado
Email:: sithan@ig.com.br URL:: http://www.revistacriacao.cjb.net/
Email:: sithan@ig.com.br URL:: http://www.revistacriacao.cjb.net/
"Liberdade de imprensa?"
Carta capital 05/07/2007 às 09:37
Liberdade de imprensa?
Imparcial?: No Zero Hora, corrupção tucana é ilustrada com foto de Lula O jornal gaúcho Zero Hora publicou uma matéria falando sobre a ameaça de cassação do mandato do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). Curiosamente, na foto que ilustra a matéria, quem aparece em destaque é....o presidente Lula. Da Carta Maior Os editores dos grandes veículos de comunicação acreditam piamente ? ou dizem acreditar ? que praticam um jornalismo isento, objetivo e imparcial. Rebatem energicamente qualquer crítica sobre seu trabalho, procurando jogar no colo de quem faz a crítica a ?ameaça à liberdade de imprensa?. Quando são surpreendidos em delito, quando a hipocrisia se revela concretamente, silenciam e apostam na pouca repercussão das vozes que apontam a nudez do rei. Um exemplo disso ocorreu neste domingo (1°), na edição do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. O jornal do grupo RBS publicou uma matéria sobre ameaça de cassação que paira sobre o governador da Paraíba, o tucano Cássio Cunha Lima, acusado de distribuir cheques na campanha eleitoral de 2006. O detalhe curioso é que a foto que ilustra a matéria traz em primeiro plano....o presidente Luiz Inácio Lula da Silva! O texto da matéria não faz nenhuma referência ao presidente da República e fala da crise institucional gerada na Paraíba a partir da decisão do Ministério Público daquele Estado, pedindo a cassação de Cássio Cunha Lima (PSDB). Como explicar então a imagem em primeiro plano de Lula ilustrando a matéria? Difícil, para ser generoso, encontrar um critério editorial para entender a decisão. Olhando para a edição do jornal em seu conjunto talvez surja uma explicação. Duas páginas após a matéria envolvendo governador tucano, um artigo de meia página do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso adverte para ?a sensação de impotência diante de tanto descalabro? no país. ?A indignação com a corrupção advém de sua impunidade?, filosofa FHC, que não chega a mencionar o caso de seu correligionário ameaçado de ter o mandato cassado na Paraíba. Ainda na mesma edição, uma matéria de duas páginas destaca ?a Fantástica Fábrica de Sucessos de Aécio Neves?. O texto derrama-se em elogios à gestão tucana de Aécio em Minas Gerais, dizendo que ela ?projeta o governador para 2010?. A ?terra do choque de gestão? é apresentada como modelo para o Brasil. Como se fosse um jogo de armar, logo antes dessa matéria, outras duas páginas são dedicadas à crise financeira no Rio Grande do Sul, perguntando pelo melhor caminho para a sua superação. O leitor vira a página e dá de cara com a ?Fantástica Fábrica de Sucessos de Aécio Neves?. Vira mais duas páginas e lê a matéria do governador da Paraíba com a foto de Lula em destaque. Mais duas e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dá suas receitas para superar a crise moral do país. Tudo isso em uma mesma edição. O diretor de Redação de ZH, Marcelo Rech, expõe, também na edição dominical, a sua visão sobre o que é o bom jornalismo e a liberdade de imprensa: ?Cabe à imprensa assegurar os espaços para todos os lados e não se intimidar. À opinião pública, cabe avaliar as diferentes informações e opiniões, e delas extrair suas conclusões?. Seguindo a regra sugerida por Rech, qual a conclusão que deve ser extraída a respeito de um jornal que, entre outras coisas, publica uma matéria negativa sobre um governador do PSDB com a foto de um petista em destaque (petista que, por acaso ? ou não ?, é o presidente da República)? E que cerca essa matéria com várias páginas exaltando as idéias do ex-presidente e do modo tucano de governar. Onde está mesmo o ?espaço para todos os lados?? Onde estão as ?diferentes informações e opiniões? que constituiriam a máxima do bom jornalismo? Considerando o princípio da liberdade de expressão, um veículo de comunicação tem o direito de publicar textos, sons e imagens que julgar apropriados para seus propósitos. O problema é quando os propósitos são ?soterrados por mantos de silêncio?, para usar uma expressão do diretor de redação de ZH, ao defender a liberdade de expressão. Ele escreve: ?O direito de espernear e criticar, inclusive a imprensa, é legítimo. Essa é uma das maravilhas da liberdade de expressão. É a mesma liberdade, aliás, que tanto irrita autoridades dos três poderes que gostariam de ver informações, opiniões e debates soterrados sob mantos de silêncio?. Outra ?maravilha da liberdade de expressão? não é mencionada por Rech: a de manter um mínimo de coerência nas escolhas editoriais. Publicar um texto com uma denúncia envolvendo um líder político de um partido X, com uma foto onde o destaque é um líder do partido adversário de X não parece ser exatamente uma ?maravilha de escolha?. Maravilha seria o editor de ZH explicar aos leitores por que decidiu destacar a imagem de Lula em uma matéria onde o envolvido em denúncias é um governador do PSDB. Maravilha seria explicar aos leitores quais são os critérios editoriais adotados na definição de textos e fotos. Maravilha seria assumir explicitamente qual o ideário político defendido pelo jornal, ao invés de fazer uma hipócrita apologia da isenção. Alguns dos maiores jornais do mundo fazem isso há muitos anos, o que garante ao leitor um mínimo de transparência acerca do lugar a partir do qual o jornal em questão está falando.O caso em questão, onde a imagem de Lula na matéria sobre Cássio Cunha Lima vale por mil palavras, revela, na verdade, dois problemas que ultrapassam o tema da falta de transparência: falta de seriedade e sensação de impunidade. Em nome das ?maravilhas da liberdade de expressão?, tudo é permitido, mesmo publicar uma denúncia contra Pedro e publicar em destaque uma foto de João
. www.pt.org.br
Liberdade de imprensa?
Imparcial?: No Zero Hora, corrupção tucana é ilustrada com foto de Lula O jornal gaúcho Zero Hora publicou uma matéria falando sobre a ameaça de cassação do mandato do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). Curiosamente, na foto que ilustra a matéria, quem aparece em destaque é....o presidente Lula. Da Carta Maior Os editores dos grandes veículos de comunicação acreditam piamente ? ou dizem acreditar ? que praticam um jornalismo isento, objetivo e imparcial. Rebatem energicamente qualquer crítica sobre seu trabalho, procurando jogar no colo de quem faz a crítica a ?ameaça à liberdade de imprensa?. Quando são surpreendidos em delito, quando a hipocrisia se revela concretamente, silenciam e apostam na pouca repercussão das vozes que apontam a nudez do rei. Um exemplo disso ocorreu neste domingo (1°), na edição do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. O jornal do grupo RBS publicou uma matéria sobre ameaça de cassação que paira sobre o governador da Paraíba, o tucano Cássio Cunha Lima, acusado de distribuir cheques na campanha eleitoral de 2006. O detalhe curioso é que a foto que ilustra a matéria traz em primeiro plano....o presidente Luiz Inácio Lula da Silva! O texto da matéria não faz nenhuma referência ao presidente da República e fala da crise institucional gerada na Paraíba a partir da decisão do Ministério Público daquele Estado, pedindo a cassação de Cássio Cunha Lima (PSDB). Como explicar então a imagem em primeiro plano de Lula ilustrando a matéria? Difícil, para ser generoso, encontrar um critério editorial para entender a decisão. Olhando para a edição do jornal em seu conjunto talvez surja uma explicação. Duas páginas após a matéria envolvendo governador tucano, um artigo de meia página do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso adverte para ?a sensação de impotência diante de tanto descalabro? no país. ?A indignação com a corrupção advém de sua impunidade?, filosofa FHC, que não chega a mencionar o caso de seu correligionário ameaçado de ter o mandato cassado na Paraíba. Ainda na mesma edição, uma matéria de duas páginas destaca ?a Fantástica Fábrica de Sucessos de Aécio Neves?. O texto derrama-se em elogios à gestão tucana de Aécio em Minas Gerais, dizendo que ela ?projeta o governador para 2010?. A ?terra do choque de gestão? é apresentada como modelo para o Brasil. Como se fosse um jogo de armar, logo antes dessa matéria, outras duas páginas são dedicadas à crise financeira no Rio Grande do Sul, perguntando pelo melhor caminho para a sua superação. O leitor vira a página e dá de cara com a ?Fantástica Fábrica de Sucessos de Aécio Neves?. Vira mais duas páginas e lê a matéria do governador da Paraíba com a foto de Lula em destaque. Mais duas e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dá suas receitas para superar a crise moral do país. Tudo isso em uma mesma edição. O diretor de Redação de ZH, Marcelo Rech, expõe, também na edição dominical, a sua visão sobre o que é o bom jornalismo e a liberdade de imprensa: ?Cabe à imprensa assegurar os espaços para todos os lados e não se intimidar. À opinião pública, cabe avaliar as diferentes informações e opiniões, e delas extrair suas conclusões?. Seguindo a regra sugerida por Rech, qual a conclusão que deve ser extraída a respeito de um jornal que, entre outras coisas, publica uma matéria negativa sobre um governador do PSDB com a foto de um petista em destaque (petista que, por acaso ? ou não ?, é o presidente da República)? E que cerca essa matéria com várias páginas exaltando as idéias do ex-presidente e do modo tucano de governar. Onde está mesmo o ?espaço para todos os lados?? Onde estão as ?diferentes informações e opiniões? que constituiriam a máxima do bom jornalismo? Considerando o princípio da liberdade de expressão, um veículo de comunicação tem o direito de publicar textos, sons e imagens que julgar apropriados para seus propósitos. O problema é quando os propósitos são ?soterrados por mantos de silêncio?, para usar uma expressão do diretor de redação de ZH, ao defender a liberdade de expressão. Ele escreve: ?O direito de espernear e criticar, inclusive a imprensa, é legítimo. Essa é uma das maravilhas da liberdade de expressão. É a mesma liberdade, aliás, que tanto irrita autoridades dos três poderes que gostariam de ver informações, opiniões e debates soterrados sob mantos de silêncio?. Outra ?maravilha da liberdade de expressão? não é mencionada por Rech: a de manter um mínimo de coerência nas escolhas editoriais. Publicar um texto com uma denúncia envolvendo um líder político de um partido X, com uma foto onde o destaque é um líder do partido adversário de X não parece ser exatamente uma ?maravilha de escolha?. Maravilha seria o editor de ZH explicar aos leitores por que decidiu destacar a imagem de Lula em uma matéria onde o envolvido em denúncias é um governador do PSDB. Maravilha seria explicar aos leitores quais são os critérios editoriais adotados na definição de textos e fotos. Maravilha seria assumir explicitamente qual o ideário político defendido pelo jornal, ao invés de fazer uma hipócrita apologia da isenção. Alguns dos maiores jornais do mundo fazem isso há muitos anos, o que garante ao leitor um mínimo de transparência acerca do lugar a partir do qual o jornal em questão está falando.O caso em questão, onde a imagem de Lula na matéria sobre Cássio Cunha Lima vale por mil palavras, revela, na verdade, dois problemas que ultrapassam o tema da falta de transparência: falta de seriedade e sensação de impunidade. Em nome das ?maravilhas da liberdade de expressão?, tudo é permitido, mesmo publicar uma denúncia contra Pedro e publicar em destaque uma foto de João
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Mais uma matéria para que os idiotas entendam que por escrever BREGA, não tenho que dar satisfação a ninguém
Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado
Por LBI 15/09/2007 às 14:23
Leia o editorial do jornal Luta Operária, nº 154, 1ª Quinzena de setembro/2007 e o sumário completo desta edição
Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado: Aprofunda-se a crise do regime político O encontro público ocorrido há cerca de 15 dias, entre o atual Ministro da Defesa, Nelson Jobim e o Presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de externar a solidariedade do governo Lula com o mafioso alagoano, revela a "senha" do processo já considerado ganho de antemão. Jobim exigiu celeridade de Renan para a votação em plenário, o Planalto buscava encerrar o jogo de ameaças e chantagens desencadeado por Renan contra os senadores da base aliada, na medida em que já havia assegurado a maioria necessária para sua absolvição. O resultado da sessão secreta do Senado da tarde do último dia 12 não foi propriamente uma surpresa, 40 a 35 pró-Renan, só esclareceu a fórmula encontrada por Lula para enquadrar os votos da bancada "ética" do PT, como Mercadante, Arns e Suplicy, a abstenção foi a saída encontrada para salvar Renan da degola e preservar os vínculos deste setor "vestal" do PT com as benesses do Estado. A votação favorável a Renan, longe de encerrar a crise política, aberta há quatro meses, apenas encerra uma primeira disputa, que reflete interesses sociais muitos mais abrangentes do que o simples mandato do próprio Renan ou de qualquer outro dos 81 senadores. Sob fogo cerrado da mídia, a crise que envolveu Renan tem como pano de fundo uma cisão no seio das próprias classes dominantes, mais especificamente uma pugna entre as oligarquias nordestinas e a burguesia industrial paulista. O start da crise foi a aprovação pelo Senado de um projeto que se arrastava desde o governo Sarney, trata-se da criação das ZPE´s, duramente criticada pela FIESP. Por outro lado, pegando carona na insatisfação da mídia paulista com o favorecimento do Senado às oligarquias "maquiladoras" a oposição "conservadora" vislumbrou a possibilidade de abocanhar a presidência da Casa, apesar da excelente relação política que até então estabelecia com o grupo de Renan, aliada regional do PSDB em Alagoas. A vitória do primeiro round por parte de Renan deve-se fundamentalmente ao fato de que ele nem pessoal nem politicamente era o alvo preferencial da disputa em curso. As denúncias assacadas contra ele (pensão de uma filha fora do casamento paga por empreiteira etc.) eram absolutamente "prosaicas" se comparadas às grandes maracutaias estatais operadas pelo alto staf da política burguesa. Isto foi usado como moeda de troca, ou melhor, chantagem pesada contra seus "algozes" e aliados, ou seja, seria condenado por "roubar galinhas" enquanto seus pares ultracor-ruptos posavam de probos parlamentares. O ex-presidente Sarney, um dos artífices da permanência de Renan tentou em um primeiro momento convencer o "afilhado" a apear do posto da presidência, não obteve êxito, então conduziu uma ampla articulação política que incluiu o retrocesso na própria tramitação das implantações das ZPE´s que por um acordo foi parcialmente vetada pelo governo Lula para retornar ao Senado a fim de serem feitos "ajustes", leia-se uma saída de "compromisso" entre a burguesia paulista e as oligarquias nordestinas sobre esta questão. Neste curso dos acontecimentos, com o acordo selado pela elite dominante, Renan pode suportar a tremenda pressão e negociar futuramente uma licença da presidência do Senado, passando diretamente ao PT (Tião Viana assumiria temporariamente) a condução da aprovação da CPMF na Casa, ponto central para o governo no momento. A questão a saber é se a oposição "conservadora", agora engrossada pelo PSOL e PSB, salivando a possibilidade real de ocupar a presidência do Senado, aceitará ou não os termos do acordo celebrado pelas frações da burguesia nacional. Enganam-se completamente as análises tolas e superficiais, todas baseadas na legitimidade das instituições "republicanas", de que se tratou de mais uma "pizza" a permanência de Renan a frente do Senado. Na verdade, a manutenção de Renan se impôs como uma saída de crise, na ausência de uma alternativa política palatável para a opinião pública. A cassação de Renan, se fosse aprovada, significaria um "resgate" da imagem simbólica do parlamente junto a população manipulada pelos meios de comunicação supostamente paladinos da "ética". Ao contrário da crise do "mensalão", onde cabeças foram sacrificadas para estancar o sangramento do PT, nesta crise a "cabeça" de Renan não pode ser oferecida e o sangramento do Senado e, por conseqüência do próprio regime político, deve continuar. Do ponto de vista do proletariado trata-se de aproveitar o impasse da burguesia, rejeitando cabalmente a via da apologia das instituições democráticas e impulsionando a ação direta das massas independente do calendário eleitoral e da institucionalidade burguesa. O PSOL teve um destacado papel no desenrolar da crise do Senado. Foi o partido que apresentou uma representação no Conselho de Ética do Senado contra Renan, acusando-o por quebra do "decoro parlamentar". Na seqüência dos acontecimentos o PSOL levantou a campanha "Fora Renan" em defesa da moralidade e da ética no Congresso Nacional. Se é bem verdade que a tal campanha nunca "decolou" por absoluta falta de ligação com o movimento de massas, o PSOL teve o "mérito" de em um primeiro momento romper a inércia do Senado e pontear a oposição "conservadora", particularmente na política vacilante do PSDB. Agora se junta organicamente aos tucanos e ?democratas? em um bloco orgânico no Senado, assim como o fez na Câmara dos Deputados com a chamada "terceira via". Desta forma, o PSOL desnuda claramente seu caráter de classe e segue uma trajetória política ainda mais acelerada do que a do PT em integrar-se ao Estado burguês. Pitoresco mesmo foi o episódio em que na qualidade de "advogada de acusação" a vestal presidente do PSOL, tendo direito à voz na sessão secreta do dia 12, foi acusada pelo próprio Renan de estar sendo processada pela Receita Federal pelo crime de sonegação fiscal em Alagoas. Mais tarde Heloísa admitiu o processo e afirmou que se tratava de uma ação coletiva contra todos os deputados estaduais de Alagoas (90-94) que não declararam ao fisco a verba de representação recebida. Como se pode constatar em sua própria trajetória política, o engodo da pureza ética de Heloísa não consegue passar nem pelo crivo de um mafioso corrupto do quilate de um Renan Calheiros. Na outra margem da esquerda pequeno-burguesa postou-se o PCdoB, na crise do Senado. Os ex-stalinistas agora convertidos em social-democratas adeptos da democracia como valor universal formaram a tropa de choque da defesa de Renan, diga-se de passagem, um velho ?amigo? do partido e responsável pela eleição do "neocomunista" Aldo Rabelo à presidência da Câmara dos Deputados em 2005. Apesar das posições completamente decompostas programaticamente e ultra-oportunistas no campo político, o PCdoB vinha sendo cortejado pela "oposição de esquerda" (PSOL e PSTU) para integrar uma nova articulação sindical em virtude do anúncio que fez de suas intenções de romper com a CUT. Devemos esperar para assistir, mais uma vez, os morenistas do PSTU saudarem a "combatividade" do PCdoB, muito provavelmente na marcha lobista que organizam para o próximo 24 de outubro em Brasília. Resta saber se no "bonde" sindical do PSTU e do PSOL, além do PCdoB também cabem os "aliados" destes ex-stalinistas, como Renan e Sarney. Para os marxistas revolucionários, as lições a serem abstraídas da longa agonia política do Senado Federal passa bem ao largo das receitas democratizantes do tipo "Assembléia Constituinte" ou mesmo convocação de novas eleições parlamentares. A crise crônica do regime político, do qual a novela Renan é apenas o episódio exige uma perspectiva de classe, ou seja, proletária. Somente com um paciente e pedagógico trabalho publicitário entre as massas, explicando a inviabilidade histórica de "remendar" o Estado burguês e seu regime decomposto, apontando o norte da revolução socialista como única saída progressista diante da barbárie capitalista. A tarefa colocada para o conjunto da vanguarda classista em nosso país é a unificação programática em torno da bandeira da Quarta Internacional, no sentido da construção de um instrumento revolucionário que possa dirigir a latente rebelião das massas gestada a partir da agudização da própria crise capitalista mundial. ============================ SUMÁRIO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 154 - 1ª QUINZENA DE SETEMBRO/2007 Editorial: Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado - Aprofunda-se a crise do regime político Reunião da Conlutas/Nordeste: Organizar um pólo de resistência na Conlutas à política de "unidade" do PSTU com os governistas Movimento Operário: Todo apoio à greve nacional dos Correios! Unificar já todas as campanhas salariais! Polêmica sobre os boxeadores cubanos: PSTU e PCdoB disputam a medalha de ouro do antimarxismo História Marxista: Há seis anos do 11 de Setembro, um novo panorama mundial - Do fracasso da ofensiva militar imperialista ao crash financeiro Japão: Crise econômica e impossibilidade de cumprir as ordens de Bush derrubam primeiro-ministro Publicações Liga Bolchevique Internacionalista: Lançado o livro "O Marxismo e insurreição de Outubro" de Lenin!
Fonte: CMI Brasil
Por LBI 15/09/2007 às 14:23
Leia o editorial do jornal Luta Operária, nº 154, 1ª Quinzena de setembro/2007 e o sumário completo desta edição
Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado: Aprofunda-se a crise do regime político O encontro público ocorrido há cerca de 15 dias, entre o atual Ministro da Defesa, Nelson Jobim e o Presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de externar a solidariedade do governo Lula com o mafioso alagoano, revela a "senha" do processo já considerado ganho de antemão. Jobim exigiu celeridade de Renan para a votação em plenário, o Planalto buscava encerrar o jogo de ameaças e chantagens desencadeado por Renan contra os senadores da base aliada, na medida em que já havia assegurado a maioria necessária para sua absolvição. O resultado da sessão secreta do Senado da tarde do último dia 12 não foi propriamente uma surpresa, 40 a 35 pró-Renan, só esclareceu a fórmula encontrada por Lula para enquadrar os votos da bancada "ética" do PT, como Mercadante, Arns e Suplicy, a abstenção foi a saída encontrada para salvar Renan da degola e preservar os vínculos deste setor "vestal" do PT com as benesses do Estado. A votação favorável a Renan, longe de encerrar a crise política, aberta há quatro meses, apenas encerra uma primeira disputa, que reflete interesses sociais muitos mais abrangentes do que o simples mandato do próprio Renan ou de qualquer outro dos 81 senadores. Sob fogo cerrado da mídia, a crise que envolveu Renan tem como pano de fundo uma cisão no seio das próprias classes dominantes, mais especificamente uma pugna entre as oligarquias nordestinas e a burguesia industrial paulista. O start da crise foi a aprovação pelo Senado de um projeto que se arrastava desde o governo Sarney, trata-se da criação das ZPE´s, duramente criticada pela FIESP. Por outro lado, pegando carona na insatisfação da mídia paulista com o favorecimento do Senado às oligarquias "maquiladoras" a oposição "conservadora" vislumbrou a possibilidade de abocanhar a presidência da Casa, apesar da excelente relação política que até então estabelecia com o grupo de Renan, aliada regional do PSDB em Alagoas. A vitória do primeiro round por parte de Renan deve-se fundamentalmente ao fato de que ele nem pessoal nem politicamente era o alvo preferencial da disputa em curso. As denúncias assacadas contra ele (pensão de uma filha fora do casamento paga por empreiteira etc.) eram absolutamente "prosaicas" se comparadas às grandes maracutaias estatais operadas pelo alto staf da política burguesa. Isto foi usado como moeda de troca, ou melhor, chantagem pesada contra seus "algozes" e aliados, ou seja, seria condenado por "roubar galinhas" enquanto seus pares ultracor-ruptos posavam de probos parlamentares. O ex-presidente Sarney, um dos artífices da permanência de Renan tentou em um primeiro momento convencer o "afilhado" a apear do posto da presidência, não obteve êxito, então conduziu uma ampla articulação política que incluiu o retrocesso na própria tramitação das implantações das ZPE´s que por um acordo foi parcialmente vetada pelo governo Lula para retornar ao Senado a fim de serem feitos "ajustes", leia-se uma saída de "compromisso" entre a burguesia paulista e as oligarquias nordestinas sobre esta questão. Neste curso dos acontecimentos, com o acordo selado pela elite dominante, Renan pode suportar a tremenda pressão e negociar futuramente uma licença da presidência do Senado, passando diretamente ao PT (Tião Viana assumiria temporariamente) a condução da aprovação da CPMF na Casa, ponto central para o governo no momento. A questão a saber é se a oposição "conservadora", agora engrossada pelo PSOL e PSB, salivando a possibilidade real de ocupar a presidência do Senado, aceitará ou não os termos do acordo celebrado pelas frações da burguesia nacional. Enganam-se completamente as análises tolas e superficiais, todas baseadas na legitimidade das instituições "republicanas", de que se tratou de mais uma "pizza" a permanência de Renan a frente do Senado. Na verdade, a manutenção de Renan se impôs como uma saída de crise, na ausência de uma alternativa política palatável para a opinião pública. A cassação de Renan, se fosse aprovada, significaria um "resgate" da imagem simbólica do parlamente junto a população manipulada pelos meios de comunicação supostamente paladinos da "ética". Ao contrário da crise do "mensalão", onde cabeças foram sacrificadas para estancar o sangramento do PT, nesta crise a "cabeça" de Renan não pode ser oferecida e o sangramento do Senado e, por conseqüência do próprio regime político, deve continuar. Do ponto de vista do proletariado trata-se de aproveitar o impasse da burguesia, rejeitando cabalmente a via da apologia das instituições democráticas e impulsionando a ação direta das massas independente do calendário eleitoral e da institucionalidade burguesa. O PSOL teve um destacado papel no desenrolar da crise do Senado. Foi o partido que apresentou uma representação no Conselho de Ética do Senado contra Renan, acusando-o por quebra do "decoro parlamentar". Na seqüência dos acontecimentos o PSOL levantou a campanha "Fora Renan" em defesa da moralidade e da ética no Congresso Nacional. Se é bem verdade que a tal campanha nunca "decolou" por absoluta falta de ligação com o movimento de massas, o PSOL teve o "mérito" de em um primeiro momento romper a inércia do Senado e pontear a oposição "conservadora", particularmente na política vacilante do PSDB. Agora se junta organicamente aos tucanos e ?democratas? em um bloco orgânico no Senado, assim como o fez na Câmara dos Deputados com a chamada "terceira via". Desta forma, o PSOL desnuda claramente seu caráter de classe e segue uma trajetória política ainda mais acelerada do que a do PT em integrar-se ao Estado burguês. Pitoresco mesmo foi o episódio em que na qualidade de "advogada de acusação" a vestal presidente do PSOL, tendo direito à voz na sessão secreta do dia 12, foi acusada pelo próprio Renan de estar sendo processada pela Receita Federal pelo crime de sonegação fiscal em Alagoas. Mais tarde Heloísa admitiu o processo e afirmou que se tratava de uma ação coletiva contra todos os deputados estaduais de Alagoas (90-94) que não declararam ao fisco a verba de representação recebida. Como se pode constatar em sua própria trajetória política, o engodo da pureza ética de Heloísa não consegue passar nem pelo crivo de um mafioso corrupto do quilate de um Renan Calheiros. Na outra margem da esquerda pequeno-burguesa postou-se o PCdoB, na crise do Senado. Os ex-stalinistas agora convertidos em social-democratas adeptos da democracia como valor universal formaram a tropa de choque da defesa de Renan, diga-se de passagem, um velho ?amigo? do partido e responsável pela eleição do "neocomunista" Aldo Rabelo à presidência da Câmara dos Deputados em 2005. Apesar das posições completamente decompostas programaticamente e ultra-oportunistas no campo político, o PCdoB vinha sendo cortejado pela "oposição de esquerda" (PSOL e PSTU) para integrar uma nova articulação sindical em virtude do anúncio que fez de suas intenções de romper com a CUT. Devemos esperar para assistir, mais uma vez, os morenistas do PSTU saudarem a "combatividade" do PCdoB, muito provavelmente na marcha lobista que organizam para o próximo 24 de outubro em Brasília. Resta saber se no "bonde" sindical do PSTU e do PSOL, além do PCdoB também cabem os "aliados" destes ex-stalinistas, como Renan e Sarney. Para os marxistas revolucionários, as lições a serem abstraídas da longa agonia política do Senado Federal passa bem ao largo das receitas democratizantes do tipo "Assembléia Constituinte" ou mesmo convocação de novas eleições parlamentares. A crise crônica do regime político, do qual a novela Renan é apenas o episódio exige uma perspectiva de classe, ou seja, proletária. Somente com um paciente e pedagógico trabalho publicitário entre as massas, explicando a inviabilidade histórica de "remendar" o Estado burguês e seu regime decomposto, apontando o norte da revolução socialista como única saída progressista diante da barbárie capitalista. A tarefa colocada para o conjunto da vanguarda classista em nosso país é a unificação programática em torno da bandeira da Quarta Internacional, no sentido da construção de um instrumento revolucionário que possa dirigir a latente rebelião das massas gestada a partir da agudização da própria crise capitalista mundial. ============================ SUMÁRIO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 154 - 1ª QUINZENA DE SETEMBRO/2007 Editorial: Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado - Aprofunda-se a crise do regime político Reunião da Conlutas/Nordeste: Organizar um pólo de resistência na Conlutas à política de "unidade" do PSTU com os governistas Movimento Operário: Todo apoio à greve nacional dos Correios! Unificar já todas as campanhas salariais! Polêmica sobre os boxeadores cubanos: PSTU e PCdoB disputam a medalha de ouro do antimarxismo História Marxista: Há seis anos do 11 de Setembro, um novo panorama mundial - Do fracasso da ofensiva militar imperialista ao crash financeiro Japão: Crise econômica e impossibilidade de cumprir as ordens de Bush derrubam primeiro-ministro Publicações Liga Bolchevique Internacionalista: Lançado o livro "O Marxismo e insurreição de Outubro" de Lenin!
Fonte: CMI Brasil
Estou publicando estas duas materias para que alguns aculturados de Jeremoabo entendam o que significa liberdade de expressão
A INUTILIDADE DO SENADOPor SOARES 13/09/2007 às 16:38
A absolvição de Renan Calheiros, muito mais do que um ato de cumplicidade e de covardia de 46 senadores, se constituiu numa gigantesca tolice. A desnecessidade desta instituição republicana, que antes do julgamento em plenário já era nítida, ficou ainda mais evidente,e reforçou a crença de que, por inútil, deve ser extinto.
O Congreso afunda junto com seu presidente.
A INUTILIDADE DO SENADO A absolvição de Renan Calheiros, muito mais do que um ato de cumplicidade e de covardia de 46 senadores, se constituiu numa gigantesca tolice, pois jogou , agora sim , o Senado numa crise permanente. A desnecessidade desta instituição republicana, que antes do julgamento em plenário já era nítida, ficou ainda mais evidente, com o resultado deste.Ao optar por absolver o seu presidente, o Senado se auto-condenou, e reforçou a crença de que, por inútil, deve ser extinto. . O resultado já era, de certa forma, esperado, tendo em vista a que a maioria dos senadores são oriundos de estados pequenos, extremamente dependentes do governo federal, e com uma massa de eleitores pouco afeita às questões que agitam Brasília e costumam indignar a opinião pública das grandes centros do sudeste e do sul. Para estes senadores, o que importa é o sentimento predominante nos rincões onde eles amealham seus votos. Dificilmente um político corrupto de um destes estados é punido por seus eleitores. A estes senadores, formados na cultura do clientelismo e do fisiologismo, é mais importante a fidelidade com a corporação da qual fazem parte, não importando o tipo de compromisso, do que a fidelidade com a República, a Constituição e a democracia. É através destes compromissos que acordos são acertados, cargos são oferecidos, parcelas de poder são distribuídas e vantagens são amealhadas. Além disso, durante todo este processo contra Renan, pairou no ar um clima de terror, de ameaças veladas e de chantagem. É sabido que o presidente do Senado tem conhecimento profundo sobre a vida, digamos, pouco republicana de boa parte de seus colegas. Negócios escusos com empresas que atuam na área pública, concessões de rádio e de TV, controle de feudos na administração federal e nos seus estados, e até a existência de amantes sustentadas com dinheiro público, fazem parte do cardápio de muitos daqueles senadores que, sob a luz dos holofotes costumam adotar um discurso moralizador. Sabe-se, por exemplo, que na sessão secreta de quarta feira Renan usou e abusou da tática do amedrontamento contra seus possíveis algozes.. Dois deles ? Pedro Simon e Jefferson Peres ?, campeões do moralismo, ouviram, calados, insinuações maldosas de Renan contra eles. Mas tudo isto não teria sido decisivo no placar final do julgamento, não fosse a atuação de Lula e do PT. Aparentemente distante da crise, como é de seu feitio, Lula agiu como nunca. Colocou a tropa de choque petista, comandada por Ideli Salvatti e Aloizio Mercadante, em defesa do senador alagoano. O argumento usado pelos petistas era de que se tratava de uma tentativa de golpe da oposição no Senado. Funcionou. Ao final,viu-se que os votos dos petistas foram fundamentais. Livrou o presidente do Congresso da morte política mas não tirou a corda de seu pescoço. Continua com a vida por um fio, refém da vontade de Lula e do PT. Dentro deste contexto, é importante para o governo petista manter o Senado enfraquecido, dividido, com o seu presidente desmoralizado e subjugado pelo Planalto. Não se sabe quais são os planos futuros de Lula e do PT, mas são fortes os indícios de que pretende pavimentar o caminho para um terceiro mandato.E, para isto, ter o PMDB de Renan como aliado é importantíssimo. Em que pese a ajuda de Lula e a cumplicidade da maioria de seus pares, a agonia de Renan não terminou. Existem contra ele mais duas representações protocoladas no Conselho de Ética, além de mais uma nova denúncia nos meios de comunicação.Mesmo que uma hipotética onda cívica e ética tome conta da Casa, e leve o seu presidente à cassação num dos dois processos que restam, a capacidade de recomposição do Senado está definitivamente comprometida. Enfraquecido, dividido ao meio,com a maioria dos seus membros sob a ira da opinião pública, com o seu presidente moralmente condenado e politicamente nas mãos do presidente da República, o Senado é, a partir de ontem, um cadáver insepulto. Tal quadro reforça, mais do que nunca a necessidade de uma reforma política, na qual a extinção do Senado e a instituição de um parlamento único com um número de representantes reduzido à metade do atual existente na Câmara dos Deputados, seria a prioridade máxima. Tal reforma, é óbvio, teria que ser precedida por um amplo debate e por uma intensa campanha de esclarecimento e de convencimento da sociedade. Seria prudente,portanto, sob risco de atender a outros objetivos que não o fortalecimento da democracia, que ela acontecesse na próxima legislatura e no próximo mandato presidencial. Lula e o atual Congresso já se desmoralizaram definitivamente mergulhados na lama de sucessivos escândalos. Não têm condições política e moral para promover reforma alguma.Quando Renan , ao comentar a sua absolvição, disse que tinha sido ?a vitória da democracia?, é que se entende melhor qual o conceito que esta gente tem de democracia. 120907
Email:: fasoares15@bol.com.br URL:: http://blogdofasoares.blogspot.com/
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Todos farinha do mesmo saco!
cmte.othmar thomaz ility 13/09/2007 20:35
A absolvição de Renan Calheiros não tem nada de absurdo e incompreensível, pois no Senado Federal todos trabalham juntos para esconder a sujeira da mentira institucional chamada "Democracia brasileira". É só roubalheira generalizada. Até a oposição por lá é de mentirinha, um verdadeiro faz de contas apenas para fazer número e se dizer combativa em prol dos interesses da sociedade brasileira. É tudo combinado, uma representação teatral de quinta categoria ou seja: -Vc hoje é oposição, amanhã é situação! Um teatrinho ridículo que só convence gente que acredita no PAPAI NOEL E NA FADA MADRINHA! É tudo dinheiro e mais dinheiro, nada mais. Para o "povo" somente a desesperança e migalhas!
A absolvição de Renan Calheiros, muito mais do que um ato de cumplicidade e de covardia de 46 senadores, se constituiu numa gigantesca tolice. A desnecessidade desta instituição republicana, que antes do julgamento em plenário já era nítida, ficou ainda mais evidente,e reforçou a crença de que, por inútil, deve ser extinto.
O Congreso afunda junto com seu presidente.
A INUTILIDADE DO SENADO A absolvição de Renan Calheiros, muito mais do que um ato de cumplicidade e de covardia de 46 senadores, se constituiu numa gigantesca tolice, pois jogou , agora sim , o Senado numa crise permanente. A desnecessidade desta instituição republicana, que antes do julgamento em plenário já era nítida, ficou ainda mais evidente, com o resultado deste.Ao optar por absolver o seu presidente, o Senado se auto-condenou, e reforçou a crença de que, por inútil, deve ser extinto. . O resultado já era, de certa forma, esperado, tendo em vista a que a maioria dos senadores são oriundos de estados pequenos, extremamente dependentes do governo federal, e com uma massa de eleitores pouco afeita às questões que agitam Brasília e costumam indignar a opinião pública das grandes centros do sudeste e do sul. Para estes senadores, o que importa é o sentimento predominante nos rincões onde eles amealham seus votos. Dificilmente um político corrupto de um destes estados é punido por seus eleitores. A estes senadores, formados na cultura do clientelismo e do fisiologismo, é mais importante a fidelidade com a corporação da qual fazem parte, não importando o tipo de compromisso, do que a fidelidade com a República, a Constituição e a democracia. É através destes compromissos que acordos são acertados, cargos são oferecidos, parcelas de poder são distribuídas e vantagens são amealhadas. Além disso, durante todo este processo contra Renan, pairou no ar um clima de terror, de ameaças veladas e de chantagem. É sabido que o presidente do Senado tem conhecimento profundo sobre a vida, digamos, pouco republicana de boa parte de seus colegas. Negócios escusos com empresas que atuam na área pública, concessões de rádio e de TV, controle de feudos na administração federal e nos seus estados, e até a existência de amantes sustentadas com dinheiro público, fazem parte do cardápio de muitos daqueles senadores que, sob a luz dos holofotes costumam adotar um discurso moralizador. Sabe-se, por exemplo, que na sessão secreta de quarta feira Renan usou e abusou da tática do amedrontamento contra seus possíveis algozes.. Dois deles ? Pedro Simon e Jefferson Peres ?, campeões do moralismo, ouviram, calados, insinuações maldosas de Renan contra eles. Mas tudo isto não teria sido decisivo no placar final do julgamento, não fosse a atuação de Lula e do PT. Aparentemente distante da crise, como é de seu feitio, Lula agiu como nunca. Colocou a tropa de choque petista, comandada por Ideli Salvatti e Aloizio Mercadante, em defesa do senador alagoano. O argumento usado pelos petistas era de que se tratava de uma tentativa de golpe da oposição no Senado. Funcionou. Ao final,viu-se que os votos dos petistas foram fundamentais. Livrou o presidente do Congresso da morte política mas não tirou a corda de seu pescoço. Continua com a vida por um fio, refém da vontade de Lula e do PT. Dentro deste contexto, é importante para o governo petista manter o Senado enfraquecido, dividido, com o seu presidente desmoralizado e subjugado pelo Planalto. Não se sabe quais são os planos futuros de Lula e do PT, mas são fortes os indícios de que pretende pavimentar o caminho para um terceiro mandato.E, para isto, ter o PMDB de Renan como aliado é importantíssimo. Em que pese a ajuda de Lula e a cumplicidade da maioria de seus pares, a agonia de Renan não terminou. Existem contra ele mais duas representações protocoladas no Conselho de Ética, além de mais uma nova denúncia nos meios de comunicação.Mesmo que uma hipotética onda cívica e ética tome conta da Casa, e leve o seu presidente à cassação num dos dois processos que restam, a capacidade de recomposição do Senado está definitivamente comprometida. Enfraquecido, dividido ao meio,com a maioria dos seus membros sob a ira da opinião pública, com o seu presidente moralmente condenado e politicamente nas mãos do presidente da República, o Senado é, a partir de ontem, um cadáver insepulto. Tal quadro reforça, mais do que nunca a necessidade de uma reforma política, na qual a extinção do Senado e a instituição de um parlamento único com um número de representantes reduzido à metade do atual existente na Câmara dos Deputados, seria a prioridade máxima. Tal reforma, é óbvio, teria que ser precedida por um amplo debate e por uma intensa campanha de esclarecimento e de convencimento da sociedade. Seria prudente,portanto, sob risco de atender a outros objetivos que não o fortalecimento da democracia, que ela acontecesse na próxima legislatura e no próximo mandato presidencial. Lula e o atual Congresso já se desmoralizaram definitivamente mergulhados na lama de sucessivos escândalos. Não têm condições política e moral para promover reforma alguma.Quando Renan , ao comentar a sua absolvição, disse que tinha sido ?a vitória da democracia?, é que se entende melhor qual o conceito que esta gente tem de democracia. 120907
Email:: fasoares15@bol.com.br URL:: http://blogdofasoares.blogspot.com/
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Todos farinha do mesmo saco!
cmte.othmar thomaz ility 13/09/2007 20:35
A absolvição de Renan Calheiros não tem nada de absurdo e incompreensível, pois no Senado Federal todos trabalham juntos para esconder a sujeira da mentira institucional chamada "Democracia brasileira". É só roubalheira generalizada. Até a oposição por lá é de mentirinha, um verdadeiro faz de contas apenas para fazer número e se dizer combativa em prol dos interesses da sociedade brasileira. É tudo combinado, uma representação teatral de quinta categoria ou seja: -Vc hoje é oposição, amanhã é situação! Um teatrinho ridículo que só convence gente que acredita no PAPAI NOEL E NA FADA MADRINHA! É tudo dinheiro e mais dinheiro, nada mais. Para o "povo" somente a desesperança e migalhas!
Fonte: CMI Brasil
Exemplo de "determinação, trabalho e civilização"
Por: J. Montalvão
“ Só a idéia de que uma coisa cruel possa ser útil, é já de si imoral (Cícero)
Nós eleitores contribuintes da cidade de Jeremoabo/Bahia, estamos remunerando os nossos “representantes”vereadores para durante 09(nove) meses se gladearem na arena daquela casa que deveria ser do povo.
De janeiro até a presente data o único assunto relevante e produtivo que se tem conhecimento, é a briga pelo poder entre Carlos e Josadilson. Inicia-se a sessão então começa o bate boca, xingamento e sessão encerrada.
Durante todo esse um período legislativo, já houve, bate boca, xingamento, tapas, pontapés, intervenção da policia, ações na Justiça,e o povo que sirva de bobo da corte, ou então fique somente no “pão e circo’.
Se não fosse trágico e humilhante e degradante, seria hilariante.
Como a população horrorizada e humilhada começa a se manifestar protestando pacificamente, eles sem saída, desconhecendo o que é um Blog e tão pouco o significado de Liberdade de Expressão, pensando ou fazendo de conta que o povo é algum alienado ou idiota, fingem que estão ofendidos com a palavra BREGA, pois essa é a única saída na tentativa de desviar a atenção, indignação e repudio do contribuinte, principalmente no beco sem saída que entraram por politicagem, não querendo aprovar aquisição de maquinários para o melhoramento do município.
Como pelo visto os ilustre vereadores não sabem o significado da palavra BREGA, eu vou tentar explicar:
“Brega, na expressão popular, com origem nordestina, significa `lupanar, prostíbulo´ Também tem a acepção de `deselegante, cafona´, em uma clara referência ao estilo de seus freqüentadores.
Segundo o cantor baiano Caetano Veloso conta em seu livro "Verdade Tropical", o termo brega surgiu no início dos anos 70, possivelmente 1972. A palavra teria surgido de uma brincadeira dos trabalhadores de Salvador que se dirigiam à rua Padre Manuel da Nóbrega, onde ficava um prostíbulo e um bar. A placa da rua, deteriorada, só mostrava as últimas cinco letras da palavra Nóbrega, e os trabalhadores, vendo esse detalhe, faziam o convite, uns aos outros, dizendo "vamos ao brega?". Nesses locais, tocava a chamada música cafona, termo lançado pelo jornalista Carlos Imperial em 1962.
Na música popular brasileira, ou MPB, designa, finalmente, um gênero musical de cunho popular ou determina ainda a arte de pouco refinamento ou de pouca qualidade. A denominação, originalmente de cunho pejorativo e discriminatório, foi entretanto sendo incorporado e assumido, perdendo com o tempo esta acepção. “
A situação caótica da Câmara de Vereadores de Jeremaobo/Bahia, hoje é de conhecimento do universo globalizado, onde a título de ilustração transcreveremos o que diz o Blog : http://number.one.zip.net/index.html :
“CÂMARA DE JEREMOABO EM FOCO
Moção de Repúdio
A Câmara de Jeremoabo aprovou, nesta terça-feira, moção de repúdio ao Sr. José Montalvão, por ter se referido à instituição com adjetivos chulos em matéria publicada em seu site, girando as discussões da sessão em torno deste assunto. Aprovou também a convocação do repudiado para comparecer, na qualidade de Secretário Municipal do Meio Ambiente, a fim de prestar esclarecimentos sobre o trabalho desenvolvido pela Secretaria.
Não fazemos defesa de expressões pouco educadas ou do uso de adjetivos deselegantes, principalmente em se tratando de uma instituição representativa de um Poder Municipal que, mesmo não estando sendo respeitada por quem deveria, seus próprios membros, merece o nosso em memória de tantos homens e mulheres que por lá passaram e honraram sua história, exercendo com seriedade e respeito a Jeremoabo e ao seu povo o mandato que exerciam.
Mas diante de tantos acontecimentos norteando o mundo da política municipal, parece um despropósito ver a Câmara gastar o tempo que deveria ser usado para discutir os graves problemas de Jeremoabo em falações sobre Dedé Montalvão e seu site. A impressão que fica é que não passa de uma tentativa de fugir-se dos debates, pois mesmo estando indignados pelo que consideram ofensivos às suas pessoas, os Vereadores são pagos para discutir assuntos que interessam à coletividade. E com certeza este não interessa senão aos próprios. (Nosso grifo)
Protestos De Populares
Se eles acessassem também o site de Pedro Son veriam que não é apenas Dedé que merece o seu “repúdio” mas dezenas de pessoas que postam mensagens no mural do portal valendo-se de expressões bem piores, achincalhando a atuação dos Vereadores, exprimindo um sentimento que se observa na população de um modo geral. E se isto está acontecendo é porque algo está errado. Então talvez seja a hora de os ilustres Vereadores fazerem uma auto-avaliação para saber o que estão fazendo de errado para gerar tantos protestos de diferentes pessoas. (Nosso grifo)
Convocação É Revanchismo
A convocação do “repudiado” para prestar esclarecimentos à Câmara na qualidade de Secretário do Meio Ambiente é outro despropósito, e somente seria justificável se em algum momento da atual legislatura tivessem os Vereadores demonstrado interesse pelas questões ambientais. E isto nunca aconteceu. (Nosso grifo)
O Vaza Barris morre a cada dia mais um pouco e ninguém levanta a voz; o Rio Vermelho agoniza mas a Reserva da Pedra Furada que tinha como objetivo a preservação da nascente do rio, instituída por nós quando fomos Vereadores e elaboramos, como relator, a Lei Orgânica, foi extinta por esta mesma Câmara. A caça predatória extinguiu animais silvestres sob o silêncio conivente e criminoso dos que deveriam protestar. A reunião realizada o ano passado, coincidentemente na sede do Legislativo, do Comitê do Projeto Ararinha Azul, à qual estivemos presentes, não contou com a participação dos Vereadores e o único presente entrou mudo e saiu calado.
Então essa convocação do Secretário é puro revanchismo pelo orgulho (?) ferido, nada mais. Afinal o mesmo ocupa o cargo há três anos e somente agora perceberam sua inoperância, e a necessidade de convocá-lo. “
Então meus amigos, primeiro eles deveriam mostrar o que já fizeram de produtivo e importante para o engrandecimento e melhoria de todos os jeremoabenses durante esses nove meses, para depois pedir informação aos demais.
Blogueiros protestam contra decisão do Senado
A Tarde On Line
Blogueiros brasileiros se uniram em uma campanha contra a absolvição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na última quarta-feira. Inconformados com a decisão do Senado, que por 40 votos a favor da absolvição evitou que o político tivesse seu mandato cassado, donos de blogs lançaram uma campanha na internet.
O manifesto consiste em fazer um link para a página do senado brasileiro, sob o título Vergonha Nacional. Um dos blogs explica a proposta: “A idéia é simples, quando várias pessoas criarem um link para o site do senado federal com o título Vergonha Nacional o google irá indexar o termo e quando alguém procurá-lo a primeira referência que aparecer vai ser o site do Senado”.
E a idéia pegou. Quando um internauta entra no site de busca Google e procura por “Vergonha Nacional”, a primeira opção que aparece na listagem é justamente o site do senado. Os blogueiros comemoram: “A blogosfera acabou de mostrar a sua união! Em menos de 24 horas de campanha conseguimos colocar o site do senado federal como sendo a primeira resposta quando procurado o termo Vergonha Nacional, no google”, lê-se em uma das páginas.
Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior.
Blogueiros brasileiros se uniram em uma campanha contra a absolvição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na última quarta-feira. Inconformados com a decisão do Senado, que por 40 votos a favor da absolvição evitou que o político tivesse seu mandato cassado, donos de blogs lançaram uma campanha na internet.
O manifesto consiste em fazer um link para a página do senado brasileiro, sob o título Vergonha Nacional. Um dos blogs explica a proposta: “A idéia é simples, quando várias pessoas criarem um link para o site do senado federal com o título Vergonha Nacional o google irá indexar o termo e quando alguém procurá-lo a primeira referência que aparecer vai ser o site do Senado”.
E a idéia pegou. Quando um internauta entra no site de busca Google e procura por “Vergonha Nacional”, a primeira opção que aparece na listagem é justamente o site do senado. Os blogueiros comemoram: “A blogosfera acabou de mostrar a sua união! Em menos de 24 horas de campanha conseguimos colocar o site do senado federal como sendo a primeira resposta quando procurado o termo Vergonha Nacional, no google”, lê-se em uma das páginas.
Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior.
Fonte: A Tarde On Line
Ex-deputado é assassinado a tiros em Itamaruju
Por: Bruno Wendel
Maurício Cotrim Guimarães, 59 anos, foi executado por dois motoqueiros no centro da cidade
O empresário e ex-deputado estadual Maurício Cotrim Guimarães, 59 anos, foi assassinado com tiros à queima-roupa, ontem à tarde, no município de Itamaraju, distante 733km de Salvador. Ele fazia cooper, quando foi morto por dois homens que estavam na motocicleta Honda de placa “clonada” MRU-9198 licença de Vila Velha-ES, abandonada horas depois. A polícia ainda não tem pistas dos criminosos.
Como de costume, Maurício caminhava na Praça Dois de Julho, no centro da cidade, a poucos metros de casa, quando os assassinos se aproximaram e o carona desceu da motocicleta de cor preta e efetuou cinco disparos, por volta das 17h. Baleado no tórax, ele chegou a ser socorrido por populares ao Hospital Santa Rita, mas morreu no trajeto. Os bandidos fugiram em disparada.
Logo depois, o delegado titular Júlio César Teles se deslocou até a cena do crime e presidiu o levantamento cadavérico. De acordo com a perícia técnica, a arma usada na execução foi um revólver. Policiais civis e militares realizaram diligências no intuito de prender os assassinos, mas apenas encontraram a motocicleta num barranco às margens da BR-101.
Natural de São José do Rio Preto-SP, o empresário do ramo de transporte urbano, rodoviário e postos de gasolina em Guarapari, Espírito Santo, desde de 1974 dedicou-se ao setor madeireiro nos municípios baianos de Teixeira de Freitas, Itabela e Eunápolis. Em 1987, foi eleito deputado estadual pelo PMDB.
Ele ocupou o cargo de tesoureiro do diretório do PDS, em Teixeira de Freitas, foi vice-líder do PMDB na Assembléia Legislativa da Bahia (1987-1988) e líder do PRN na Casa em 1990, onde também presidiu várias comissões, a exemplo da CPI Violência, em 1988.
Fonte: Correio da Bahia
Maurício Cotrim Guimarães, 59 anos, foi executado por dois motoqueiros no centro da cidade
O empresário e ex-deputado estadual Maurício Cotrim Guimarães, 59 anos, foi assassinado com tiros à queima-roupa, ontem à tarde, no município de Itamaraju, distante 733km de Salvador. Ele fazia cooper, quando foi morto por dois homens que estavam na motocicleta Honda de placa “clonada” MRU-9198 licença de Vila Velha-ES, abandonada horas depois. A polícia ainda não tem pistas dos criminosos.
Como de costume, Maurício caminhava na Praça Dois de Julho, no centro da cidade, a poucos metros de casa, quando os assassinos se aproximaram e o carona desceu da motocicleta de cor preta e efetuou cinco disparos, por volta das 17h. Baleado no tórax, ele chegou a ser socorrido por populares ao Hospital Santa Rita, mas morreu no trajeto. Os bandidos fugiram em disparada.
Logo depois, o delegado titular Júlio César Teles se deslocou até a cena do crime e presidiu o levantamento cadavérico. De acordo com a perícia técnica, a arma usada na execução foi um revólver. Policiais civis e militares realizaram diligências no intuito de prender os assassinos, mas apenas encontraram a motocicleta num barranco às margens da BR-101.
Natural de São José do Rio Preto-SP, o empresário do ramo de transporte urbano, rodoviário e postos de gasolina em Guarapari, Espírito Santo, desde de 1974 dedicou-se ao setor madeireiro nos municípios baianos de Teixeira de Freitas, Itabela e Eunápolis. Em 1987, foi eleito deputado estadual pelo PMDB.
Ele ocupou o cargo de tesoureiro do diretório do PDS, em Teixeira de Freitas, foi vice-líder do PMDB na Assembléia Legislativa da Bahia (1987-1988) e líder do PRN na Casa em 1990, onde também presidiu várias comissões, a exemplo da CPI Violência, em 1988.
Fonte: Correio da Bahia
Crise põe em xeque relações PT-PMDB
“O PMDB só recuará da candidatura do ex-deputado Leur Lomanto a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado se o governador Jaquer Wagner fizer um pedido público ao ministro Geddel Vieira Lima”. A provocação, do deputado oposicionista Paulo Azi (DEM), sintetiza o nível a que chegou o relacionamento na bancada da maioria na Assembléia, especialmente o confronto PT-PMDB, que ocorre, segundo se diz, à revelia das duas maiores lideranças dos partidos na Bahia. A divergência ficou evidente na noite de quarta-feira, quando o plenário aprovou um pedido de urgência para a tramitação de um projeto de resolução que acelera o processo de escolha do novo conselheiro. O governo apóia o deputado Zilton Rocha (PT), mas o seu aliado PMDB saiu com o nome de Leur. O deputado Paulo Câmera (PTB) corre por fora, mas a esta altura é considerado um nome queimado. A preocupação dos governistas pró-Leur é descaracterizar a disputa pela vaga no TCE como assunto entre governo e oposição. O deputado Euclides Fernandes (PDT), por exemplo, lembrou que o governador Jaques Wagner jamais se manifestou pelo nome de Zilton, reiterando ser a decisão da competência do Legislativo. “O governador”, disse Fernandes, “não fez como na eleição para presidente da Casa. Naquela época, ele esperou o consenso e, quando viu que não ocorreria, reuniu a bancada para dizer que Marcelo Nilo não era seu candidato, mas que tinha sua preferência”. Mesmo na bancada da oposição, o discurso é semelhante. O líder Gildásio Penedo (DEM) e o líder do PR, Elmar Nascimento, entendem tratar-se de uma questão interna da Assembléia, dizendo respeito à independência do Poder. Elmar afirma que nem é o caso de argumentar que a derrota do governo no plenário pode levá-lo a apressar as conversas com o PR e PP para reforçar a base e evitar novas surpresas. “Nessa votação, mesmo que eu fosse governo, também votaria contra”, afirmou. Entre governistas, porém, a opinião é diferente. Para Álvaro Gomes (PCdoB), que acha que “algo deve ser feito”, o episódio “sinaliza para uma nova derrota quando as candidaturas forem a plenário”. Seu correligionário Javier Alfaya defende uma “revisão dos métodos de articulação” e atribui o fracasso do governo na votação à “sucessão de erros representada por iniciativas individuais de candidaturas sem prévia discussão”. Deputados governistas que preferem falar reservadamente são, entretanto, mais diretos. “Wagner entregou tudo ao secretário Rui Costa, que não pensa em ajudar o governo, mas apenas na sua própria candidatura a deputado federal”, diz um. “Ele concentra muito poder”, afirma outro deputado, ainda falando de Rui Costa. E completa: “Ele cuida da agenda do governador, da distribuição de cargos e da articulação, mas não recebe os deputados”. Nesse cenário incerto, as especulações se espalham, ainda mais que a sessão matinal de ontem não foi aberta por falta de quórum. (Por Luis Augusto Gomes)
ALB presta homenagem ao ex-senador ACM
A Academia de Letras da Bahia prestou homenagem a Antonio Carlos Magalhães, que foi membro da entidade e deixa vaga a cadeira de nº 37. Durante a solenidade, foi ressaltada a importância de ACM para o órgão, destacando a doação do Palacete Góes Calmon, um dos mais expressivos prédios da arquitetura do século XIX no Estado, à Academia de Letras da Bahia. “Em 1981, Antonio Carlos Magalhães discursou, ao anunciar a doação, que é dever do Estado amparar instituições que se destinam à cultura baiana. Ele foi responsável pela doação do prédio, instalações, equipamentos e consignação de recursos para administração”, afirmou o presidente da Academia, Edivaldo Boaventura. O monsenhor Gaspar Sadock presidiu a solenidade, que contou com a presença do senador ACM Júnior, da acadêmica Consuelo Pondé, Nogueira Reis, Kléber Pacheco, entre outros.
MP quer anular verba de R$ 7 mil de vereadores
O Ministério Público baiano vai ingressar na Justiça com pedido de anulação do decreto da Mesa Diretora da Câmara de Salvador que criou, há mais de um ano, a concessão de verba suplementar (a indenizatória) de R$ 7 mil mensais para seus 41 integrantes. O decreto, no entender do MP, não tem caráter legal. Caso não consiga derrubá-lo imediatamente, o Ministério Público está propenso a entrar com processos individuais contra os vereadores, que, em tese, terão, uma vez condenados, de devolver toda a quantia recebida até aqui. O MP não concorda com o argumento apresentado pelo Legislativo municipal segundo o qual o mesmo benefício é recebido pelos deputados federais, em Brasília, com parecer favorável do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o MP, ao contrário dos deputados federais, que precisam manter uma estrutura do mandato em seus estados de origem, os vereadores trabalham diretamente nas suas cidades e, portanto, não têm direito a recursos suplementares. O MP já vem alertando o presidente da Câmara de Salvador, Valdenor Cardoso, há algum tempo sobre a suposta irregularidade, mas a direção da Casa insiste em manter o privilégio, destinado a elaboração de atividades do mandato, confecção de informativos, compra de material e aluguel de escritório.
Fonte: Tribuna da Bahia
ALB presta homenagem ao ex-senador ACM
A Academia de Letras da Bahia prestou homenagem a Antonio Carlos Magalhães, que foi membro da entidade e deixa vaga a cadeira de nº 37. Durante a solenidade, foi ressaltada a importância de ACM para o órgão, destacando a doação do Palacete Góes Calmon, um dos mais expressivos prédios da arquitetura do século XIX no Estado, à Academia de Letras da Bahia. “Em 1981, Antonio Carlos Magalhães discursou, ao anunciar a doação, que é dever do Estado amparar instituições que se destinam à cultura baiana. Ele foi responsável pela doação do prédio, instalações, equipamentos e consignação de recursos para administração”, afirmou o presidente da Academia, Edivaldo Boaventura. O monsenhor Gaspar Sadock presidiu a solenidade, que contou com a presença do senador ACM Júnior, da acadêmica Consuelo Pondé, Nogueira Reis, Kléber Pacheco, entre outros.
MP quer anular verba de R$ 7 mil de vereadores
O Ministério Público baiano vai ingressar na Justiça com pedido de anulação do decreto da Mesa Diretora da Câmara de Salvador que criou, há mais de um ano, a concessão de verba suplementar (a indenizatória) de R$ 7 mil mensais para seus 41 integrantes. O decreto, no entender do MP, não tem caráter legal. Caso não consiga derrubá-lo imediatamente, o Ministério Público está propenso a entrar com processos individuais contra os vereadores, que, em tese, terão, uma vez condenados, de devolver toda a quantia recebida até aqui. O MP não concorda com o argumento apresentado pelo Legislativo municipal segundo o qual o mesmo benefício é recebido pelos deputados federais, em Brasília, com parecer favorável do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o MP, ao contrário dos deputados federais, que precisam manter uma estrutura do mandato em seus estados de origem, os vereadores trabalham diretamente nas suas cidades e, portanto, não têm direito a recursos suplementares. O MP já vem alertando o presidente da Câmara de Salvador, Valdenor Cardoso, há algum tempo sobre a suposta irregularidade, mas a direção da Casa insiste em manter o privilégio, destinado a elaboração de atividades do mandato, confecção de informativos, compra de material e aluguel de escritório.
Fonte: Tribuna da Bahia
Impunidade estimula corrupção
Por Priscila Melo
O artigo 5° da Constituição, que abre o Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Ou seja: independente de cor, raça ou classe social, todos devem ser julgados de forma igualitária. Mas, na prática a conversa é outra. Principalmente quando se trata de juízes, promotores, filhos de policiais e políticos. Exemplo desta distorção é o que acaba de acontecer com a juíza Olga Regina Santiago Guimarães, acusada de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, que foi premiada com uma promoção no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Mas, no caso de um trabalhador da periferia, pobre, negro e sem acesso à educação superior, a lei é aplicada da forma mais rígida possível. Quem rouba lingüiça no açougue da esquina para não passar fome está atrás das grades. Mas quem desvia milhões dos cofres públicos, no máximo se afasta do cargo e ainda se reelege, aproveitando-se da memória fraca dos brasileiros. No caso da juíza, o Tribunal de Justiça da Bahia tomou conhecimento das denúncias na semana passada e somente na última segunda instaurou inquérito para investigar as acusações. A Polícia Federal encaminhou gravações onde ela aparece em conversas suspeitas com traficantes internacionais. Mas, mesmo assim, ganhou uma promoção e foi empossada como juíza de direito titular da 47ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador. Antes de passar pela Vara Criminal da Comarca de Cruz das Almas em 2001, ela passou cinco anos em Juazeiro, onde absolveu uma gang, apontada pela Polícia Federal como envolvida com um esquema de tráfico internacional de cocaína, chefiada pelo dono da empresa de fruticultura Mariad, Gustavo Duran Bautista. A PF descobriu que a empresa era usada como fachada por traficantes e ela justificou a soltura alegando que eles seriam apenas usuários. Já em São Paulo, o promotor Thales Ferri Schoedl confessou ser autor do assassinato do atleta Diego Modanez, que tinha de 20 anos, em dezembro de 2004, no Guarujá, mas, mesmo assim foi premiado pelo Colégio Especial de Promotores de São Paulo sendo mantido no cargo. A decisão foi suspensa pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que também afastou o promotor das funções, mas ele continua recebendo o salário de R$ 10,8 mil. Esta foi, até então, sua única punição. Schoedl também é acusado de ferir Felipe Cunha de Souza, em um luau na praia de Riviera de São Lourenço, no litoral paulista, no mesmo dia em que matou o jogador de futebol. O promotor alegou legítima defesa e disse que os dois amigos o teriam agredido depois de fazer insinuações sobre sua namorada. Na época ele chegou a ser preso, mas conseguiu autorização judicial para aguardar o julgamento em liberdade. O mesmo resultado se aplica ao caso do jornalista Pimenta Neves, ex-diretor de Redação de “O Estado de S. Paulo”, assassino confesso da ex-namorada Sandra Gomide, que, apesar de não ser promotor, faz parte da classe das influências. Mesmo tendo fugido e sido condenado, conseguiu um habeas corpus que lhe dá liberdade até o julgamento definitivo. O crime aconteceu em 20 de agosto de 2000, no Haras Setti, em Ibiúna. E não são somente os “poderosos” a serem liberados da pena pela força do próprio poder. A família embarca pelos mesmos meios e também celebram a impunidade. Exemplo disso foi a soltura do estudante integrante da gangue dos grã-finos (todos são de famílias de classe média e universitários), que vai responder pelo crime em liberdade. Acusado de receptação de veículo, Pedro Mercês, de 18 anos, foi preso no dia 11 de julho, junto com outros estudantes, de posse do Fiat Stilo roubado, de placa JQX-6149. Ele é estudante de direito da Faculdade Jorge Amado e filho de um policial federal. A liberdade foi concedida pelo juiz titular da 8ª Vara Criminal, Abelardo Paulo da Matta, com os seguintes motivos: réu primário, bons antecedentes e moradia comprovada, além de não ter sido reconhecido por nenhuma das vítimas de assaltos (apesar de estar com um carro roubado no momento em que foi preso). Para o antropólogo baiano Roberto Albergaria, entre todos os exemplos, é preciso identificar um problema além da impunidade. “A impunidade existe. A mola mestra é mesmo a cumplicidade”, resume, referindo-se ao “coleguismo” da ponta do iceberg, único que, até então, está aparecendo. “A desigualdade nasceu com o Brasil e perpetua até hoje. Não há mudança profunda na estrutura da sociedade. Existe sim, uma desigualdade social, política e das tribos profissionais”, diz. Ele identifica os protagonistas dos escândalos como personagens de um grupo corporativista especialmente nos setores executivo, legislativo e judiciário. “Um deputado não condena o outro e o mesmo se aplica para o médico, o advogado, o professor e o jornalista, por exemplo. Renan Calheiros é um símbolo da lambança brasileira. Faz parte de um corporativismo do Partido dos Traíras (referindo-se ao PT)”, explica o antropólogo. Albergaria critica ainda a forma como Renan é identificado pela mídia. “Ele foi colocado de uma maneira personalizada, quando a culpa não é somente dele. O problema é que existe uma rede de cumplicidade que é sabida, mas não pode ser apontada”, diz. Ele lembra ainda do caso da juíza Olga Regina Santiago: “É muito parecido com o caso do jogo do bicho. Todo mundo sabe quem está envolvido, mas não pode falar”, diz, lembrando que ela também não está só no envolvimento ao qual é acusada. Para Albergaria, o pior de tudo não é Renan, mas sim os cúmplices do Senado. “No Brasil todo mundo quer ser especial. O que existe é uma privilegiatura e não uma democracia”, concluiu o antropólogo.
Na política absolvição é comum
Se entre juízes, promotores, filhos de policiais já existem exemplos comuns, a lista é mais extensa ainda quando se trata de políticos. Ontem mesmo, na tão esperada votação, diga-se de passagem, secreta, o plenário do Senado Federal absolveu, por 40 votos a 35, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele era acusado de quebra de decoro parlamentar por usar dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. Vale lembrar ainda que o senador responde a outros dois processos de quebra de decoro parlamentar que tramitam no Conselho de Ética da Casa. Entre os tantos, José Genuíno, ex-presidente do PT, que foi denunciado por corrupção, além de ter sido acusado de negociar pagamentos a parlamentares em troca de apoio político, e em seguida renunciou à presidência do partido. Até então, nada de punição. Ele ainda se elegeu como deputado federal. Já o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, acusado de ser o responsável pelo esquema de repasse de dinheiro, não teve tanta sorte assim. Acabou sendo expulso do PT em 2005 e vive tranqüilo, até então, na fazenda do pai em Goiás. A dona do Banco Rural Kátia Rabello, foi acusada de ter viabilizado o esquema de mensalão, montado por Marco Valério. Apesar de ter cometido fraudes ela continua como presidente do conselho de administração do banco. O deputado federal Paulo Rocha foi denunciado por lavagem de dinheiro. Ele teria sacado 920 000 reais do valerioduto. Na época, renunciou ao mandato, mas já se reelegeu. Esses são apenas alguns dos políticos que cometeram crimes recentemente. O Congresso está abarrotado de exemplos como estes.
Os recifes de coral e as mudanças globais
No âmbito dos Seminários Novos e Velhos Saberes, organizados conjuntamente pelo Departamento de Botânica e Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento da UFBA, a Profa. Zelinda Leão, do Instituto de Geociências (IGEO), ministra hoje o seminário “Mudanças globais e os recifes de coral da Bahia”. Será no Salão Nobre do Instituto de Biologia (Campus de Ondina), às 14 horas. A entrada é franca. Os corais configuram-se como elementos da paisagem da região costeira do Estado da Bahia e estudos desenvolvidos mostram que os recifes costeiros vêm apresentando sinais de degradação. As causas são as ações sinérgicas de processos globais (oscilações do nível do mar e El Niño) e influências antropogênicas. São exemplos a ocupação desordenada da costa, eutroficação dos recifes, poluição marinha, turismo inadequado, super-exploração dos recursos e sobre-pesca, sem mencionar a entrada de sedimento inorgânico oriundo dos rios. Esses fatores serão discutidos e sugestões apresentadas para a execução de atividades de gestão desses ecossistemas, que permitam a manutenção de seus serviços ambientais. Mais informações: 3283-6525.
Fonte: Tribuna da Bahia
O artigo 5° da Constituição, que abre o Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Ou seja: independente de cor, raça ou classe social, todos devem ser julgados de forma igualitária. Mas, na prática a conversa é outra. Principalmente quando se trata de juízes, promotores, filhos de policiais e políticos. Exemplo desta distorção é o que acaba de acontecer com a juíza Olga Regina Santiago Guimarães, acusada de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, que foi premiada com uma promoção no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Mas, no caso de um trabalhador da periferia, pobre, negro e sem acesso à educação superior, a lei é aplicada da forma mais rígida possível. Quem rouba lingüiça no açougue da esquina para não passar fome está atrás das grades. Mas quem desvia milhões dos cofres públicos, no máximo se afasta do cargo e ainda se reelege, aproveitando-se da memória fraca dos brasileiros. No caso da juíza, o Tribunal de Justiça da Bahia tomou conhecimento das denúncias na semana passada e somente na última segunda instaurou inquérito para investigar as acusações. A Polícia Federal encaminhou gravações onde ela aparece em conversas suspeitas com traficantes internacionais. Mas, mesmo assim, ganhou uma promoção e foi empossada como juíza de direito titular da 47ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador. Antes de passar pela Vara Criminal da Comarca de Cruz das Almas em 2001, ela passou cinco anos em Juazeiro, onde absolveu uma gang, apontada pela Polícia Federal como envolvida com um esquema de tráfico internacional de cocaína, chefiada pelo dono da empresa de fruticultura Mariad, Gustavo Duran Bautista. A PF descobriu que a empresa era usada como fachada por traficantes e ela justificou a soltura alegando que eles seriam apenas usuários. Já em São Paulo, o promotor Thales Ferri Schoedl confessou ser autor do assassinato do atleta Diego Modanez, que tinha de 20 anos, em dezembro de 2004, no Guarujá, mas, mesmo assim foi premiado pelo Colégio Especial de Promotores de São Paulo sendo mantido no cargo. A decisão foi suspensa pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que também afastou o promotor das funções, mas ele continua recebendo o salário de R$ 10,8 mil. Esta foi, até então, sua única punição. Schoedl também é acusado de ferir Felipe Cunha de Souza, em um luau na praia de Riviera de São Lourenço, no litoral paulista, no mesmo dia em que matou o jogador de futebol. O promotor alegou legítima defesa e disse que os dois amigos o teriam agredido depois de fazer insinuações sobre sua namorada. Na época ele chegou a ser preso, mas conseguiu autorização judicial para aguardar o julgamento em liberdade. O mesmo resultado se aplica ao caso do jornalista Pimenta Neves, ex-diretor de Redação de “O Estado de S. Paulo”, assassino confesso da ex-namorada Sandra Gomide, que, apesar de não ser promotor, faz parte da classe das influências. Mesmo tendo fugido e sido condenado, conseguiu um habeas corpus que lhe dá liberdade até o julgamento definitivo. O crime aconteceu em 20 de agosto de 2000, no Haras Setti, em Ibiúna. E não são somente os “poderosos” a serem liberados da pena pela força do próprio poder. A família embarca pelos mesmos meios e também celebram a impunidade. Exemplo disso foi a soltura do estudante integrante da gangue dos grã-finos (todos são de famílias de classe média e universitários), que vai responder pelo crime em liberdade. Acusado de receptação de veículo, Pedro Mercês, de 18 anos, foi preso no dia 11 de julho, junto com outros estudantes, de posse do Fiat Stilo roubado, de placa JQX-6149. Ele é estudante de direito da Faculdade Jorge Amado e filho de um policial federal. A liberdade foi concedida pelo juiz titular da 8ª Vara Criminal, Abelardo Paulo da Matta, com os seguintes motivos: réu primário, bons antecedentes e moradia comprovada, além de não ter sido reconhecido por nenhuma das vítimas de assaltos (apesar de estar com um carro roubado no momento em que foi preso). Para o antropólogo baiano Roberto Albergaria, entre todos os exemplos, é preciso identificar um problema além da impunidade. “A impunidade existe. A mola mestra é mesmo a cumplicidade”, resume, referindo-se ao “coleguismo” da ponta do iceberg, único que, até então, está aparecendo. “A desigualdade nasceu com o Brasil e perpetua até hoje. Não há mudança profunda na estrutura da sociedade. Existe sim, uma desigualdade social, política e das tribos profissionais”, diz. Ele identifica os protagonistas dos escândalos como personagens de um grupo corporativista especialmente nos setores executivo, legislativo e judiciário. “Um deputado não condena o outro e o mesmo se aplica para o médico, o advogado, o professor e o jornalista, por exemplo. Renan Calheiros é um símbolo da lambança brasileira. Faz parte de um corporativismo do Partido dos Traíras (referindo-se ao PT)”, explica o antropólogo. Albergaria critica ainda a forma como Renan é identificado pela mídia. “Ele foi colocado de uma maneira personalizada, quando a culpa não é somente dele. O problema é que existe uma rede de cumplicidade que é sabida, mas não pode ser apontada”, diz. Ele lembra ainda do caso da juíza Olga Regina Santiago: “É muito parecido com o caso do jogo do bicho. Todo mundo sabe quem está envolvido, mas não pode falar”, diz, lembrando que ela também não está só no envolvimento ao qual é acusada. Para Albergaria, o pior de tudo não é Renan, mas sim os cúmplices do Senado. “No Brasil todo mundo quer ser especial. O que existe é uma privilegiatura e não uma democracia”, concluiu o antropólogo.
Na política absolvição é comum
Se entre juízes, promotores, filhos de policiais já existem exemplos comuns, a lista é mais extensa ainda quando se trata de políticos. Ontem mesmo, na tão esperada votação, diga-se de passagem, secreta, o plenário do Senado Federal absolveu, por 40 votos a 35, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele era acusado de quebra de decoro parlamentar por usar dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. Vale lembrar ainda que o senador responde a outros dois processos de quebra de decoro parlamentar que tramitam no Conselho de Ética da Casa. Entre os tantos, José Genuíno, ex-presidente do PT, que foi denunciado por corrupção, além de ter sido acusado de negociar pagamentos a parlamentares em troca de apoio político, e em seguida renunciou à presidência do partido. Até então, nada de punição. Ele ainda se elegeu como deputado federal. Já o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, acusado de ser o responsável pelo esquema de repasse de dinheiro, não teve tanta sorte assim. Acabou sendo expulso do PT em 2005 e vive tranqüilo, até então, na fazenda do pai em Goiás. A dona do Banco Rural Kátia Rabello, foi acusada de ter viabilizado o esquema de mensalão, montado por Marco Valério. Apesar de ter cometido fraudes ela continua como presidente do conselho de administração do banco. O deputado federal Paulo Rocha foi denunciado por lavagem de dinheiro. Ele teria sacado 920 000 reais do valerioduto. Na época, renunciou ao mandato, mas já se reelegeu. Esses são apenas alguns dos políticos que cometeram crimes recentemente. O Congresso está abarrotado de exemplos como estes.
Os recifes de coral e as mudanças globais
No âmbito dos Seminários Novos e Velhos Saberes, organizados conjuntamente pelo Departamento de Botânica e Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento da UFBA, a Profa. Zelinda Leão, do Instituto de Geociências (IGEO), ministra hoje o seminário “Mudanças globais e os recifes de coral da Bahia”. Será no Salão Nobre do Instituto de Biologia (Campus de Ondina), às 14 horas. A entrada é franca. Os corais configuram-se como elementos da paisagem da região costeira do Estado da Bahia e estudos desenvolvidos mostram que os recifes costeiros vêm apresentando sinais de degradação. As causas são as ações sinérgicas de processos globais (oscilações do nível do mar e El Niño) e influências antropogênicas. São exemplos a ocupação desordenada da costa, eutroficação dos recifes, poluição marinha, turismo inadequado, super-exploração dos recursos e sobre-pesca, sem mencionar a entrada de sedimento inorgânico oriundo dos rios. Esses fatores serão discutidos e sugestões apresentadas para a execução de atividades de gestão desses ecossistemas, que permitam a manutenção de seus serviços ambientais. Mais informações: 3283-6525.
Fonte: Tribuna da Bahia
Simon diz que Vasconcellos não quer substituir Renan
SÃO PAULO - Na sessão de ontem do Senado, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), após defender a saída do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), da presidência do Senado, disse que o senador Jarbas Vasconcellos (PPS-PE) não quer ser candidato à Presidência da Casa e que rejeitaria o nome dele para este posto, pois não quer dar a impressão que se aproveitará do momento.
"Não estamos querendo aproveitar do momento, mas sim buscar a melhoria da imagem do Senado", disse. Ele também condenou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), por ter apresentado no congresso do partido uma proposta para se lutar pelo fim do Senado.
"Ora, se temos aqui três senadores do Piauí, na Câmara, temos 87 deputados de São Paulo. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tomariam conta da situação", disse. O senador Heráclio Fortes (DEM-PI) disse que a reunião do PT foi um verdadeiro "febeapá" (festival de besteiras que assola o País, expressão criada pelo jornalista Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo de Sérgio Porto).
Fonte: Tribuna da Imprensa
"Não estamos querendo aproveitar do momento, mas sim buscar a melhoria da imagem do Senado", disse. Ele também condenou o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), por ter apresentado no congresso do partido uma proposta para se lutar pelo fim do Senado.
"Ora, se temos aqui três senadores do Piauí, na Câmara, temos 87 deputados de São Paulo. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tomariam conta da situação", disse. O senador Heráclio Fortes (DEM-PI) disse que a reunião do PT foi um verdadeiro "febeapá" (festival de besteiras que assola o País, expressão criada pelo jornalista Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo de Sérgio Porto).
Fonte: Tribuna da Imprensa
Chico Alencar: Lula atuou da Dinamarca em defesa de Renan
Ao relatar no início da tarde ontem, em praça pública, no Centro do Rio, ao que assistiu na sessão secreta que absolveu o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse ter se impressionado com o fato de, dos únicos 19 senadores que usaram da palavra naquele dia, 15 foram a favor da cassação dele. A grande maioria - 62 senadores - permaneceu calada toda a sessão.
Na conversa que costuma manter todas às sextas-feiras no Buraco do Lume, numa das mais movimentadas esquinas do Centro do Rio, Chico Alencar deixou claro não ter dúvidas de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou a favor de do presidente do Senado.
"O Lula lá na Dinamarca, há algo de podre no reino do Brasil. Mas operando, fortemente, pela defesa do Renan. O PT trabalhou para defender o Renan e o esquema. O Mercadante (Aloizio Mercadante, senador) - para mim, foi surpresa - também. Ele, todo falante, sempre cheio de intelectualidade, uma certa soberba, ficou quietinho lá, mas andava muito no plenário. No final, confessou o voto neutro que não era neutro neste caso, porque precisava 41 votos para cassar o Renan, foram 35 com 6 abstenções. Foi a solução petista", disse.
O deputado do PSOL do Rio também acusou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) de, apesar de dizer que faria uma "defesa técnica", ter feito uma defesa do presidente do Congresso eminentemente política. Segundo Chico Alencar, Dornelles começou admitindo que senadores podem burlar o Fisco.
"Ele falou que não há provas e que, no máximo, se houve algum crime, foi um crime tributário e fiscal, que qualquer um daqui pode cometer. Se a gente cassar o Renan por causa disto, é um precedente perigoso." Depois disto, fez uma advertência fortemente política.
De acordo com o deputado do PSOL, Dornelles admitiu a pressão popular, mas lembrou que "estes que querem cassar o Renan, amanhã vão querer reestatizar a (Companhia) Vale do Rio Doce (CVRD), vão querer desapropriar terras para a reforma agrária, desapropriar empresas estrangeiras. Vão querer até a revogabilidade dos nossos mandatos. Será que vocês vão votar nisto?"
Fonte: Tribuna da Imprensa
Na conversa que costuma manter todas às sextas-feiras no Buraco do Lume, numa das mais movimentadas esquinas do Centro do Rio, Chico Alencar deixou claro não ter dúvidas de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou a favor de do presidente do Senado.
"O Lula lá na Dinamarca, há algo de podre no reino do Brasil. Mas operando, fortemente, pela defesa do Renan. O PT trabalhou para defender o Renan e o esquema. O Mercadante (Aloizio Mercadante, senador) - para mim, foi surpresa - também. Ele, todo falante, sempre cheio de intelectualidade, uma certa soberba, ficou quietinho lá, mas andava muito no plenário. No final, confessou o voto neutro que não era neutro neste caso, porque precisava 41 votos para cassar o Renan, foram 35 com 6 abstenções. Foi a solução petista", disse.
O deputado do PSOL do Rio também acusou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) de, apesar de dizer que faria uma "defesa técnica", ter feito uma defesa do presidente do Congresso eminentemente política. Segundo Chico Alencar, Dornelles começou admitindo que senadores podem burlar o Fisco.
"Ele falou que não há provas e que, no máximo, se houve algum crime, foi um crime tributário e fiscal, que qualquer um daqui pode cometer. Se a gente cassar o Renan por causa disto, é um precedente perigoso." Depois disto, fez uma advertência fortemente política.
De acordo com o deputado do PSOL, Dornelles admitiu a pressão popular, mas lembrou que "estes que querem cassar o Renan, amanhã vão querer reestatizar a (Companhia) Vale do Rio Doce (CVRD), vão querer desapropriar terras para a reforma agrária, desapropriar empresas estrangeiras. Vão querer até a revogabilidade dos nossos mandatos. Será que vocês vão votar nisto?"
Fonte: Tribuna da Imprensa
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