em 21 out, 2025 8:53
Adiberto de Souza
A exoneração do ministro Márcio Macêdo (PT) da Secretária-Geral da Presidência da República não foi surpresa para ninguém, pois há muito tempo o presidente Lula (PT) se queixava dele pelos cantos. Sem apoio das principais lideranças petistas de Sergipe e com dificuldade para fazer as entregas cobradas pelo “Barba”, Márcio passou meses na corda bamba, período em que atribuía ao “fogo amigo” as especulações sobre sua queda. Cansado de esperar pelos resultados que não chegavam, o presidente convidou o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) para colocar o governo na rua, atuar como uma ponte direta entre o Palácio do Planalto e a sociedade civil, com foco no diálogo com movimentos sociais e com as demandas populares. Após deixar o cargo, Márcio Macêdo anunciou que será candidato em 2026, porém não disse a qual cargo eletivo. Caso se disponha a disputar uma cadeira no Senado o distinto enfrentará forte oposição interna no PT, pois a maioria das tendências petistas está fechada com a reeleição do senador Rogério Carvalho. Ademais, o deputado federal João Daniel não deve facilitar as coisas para o ex-ministro, pois, tal qual Rogério, quer permanecer no Congresso, não enxergando com bons olhos a possível concorrência interna. Sem o Ministério e enfraquecido no PT, talvez só sobre para Macêdo disputar a uma
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.candidatura à Assembleia Legislativa. Misericórdia!
Coleciona condenações
A defesa do prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), terá que se virar nos trinta para torna-lo elegível até as convenções de 2026. Ontem, o ilustre foi condenado novamente pela Justiça por improbidade administrativa praticada na última vez que ele administrou o município. Agora, o Tribunal de Justiça tornou Valmir inelegível por seis anos, além de condená-lo a pagar uma multa equivalente a cinco vezes o salário de prefeito. Em 2024, o prefeito já havia sido condenado por irregularidades cometidas no matadouro de Itabaiana, tendo ficado inelegível por quatro anos. Arre égua!
Fome em Sergipe
Enquanto o marketing do governo Mitidieri insinua que o programa Prato do Povo significa “um reforço de dignidade na mesa dos sergipanos”, dados do IBGE mostram que 83 mil miseráveis passam fome no estado. Uma ampla reportagem assinada pelo jornalista Cristian Góis no site Mangue Jornalismo denuncia que o “censo do IBGE escancara racismo, discriminação contra mulher, pobreza e insegurança alimentar em Sergipe”. Entrevistada pelo coleguinha, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) afirma que o Prato do Povo não passa de uma ação eleitoreira, “que não enfrenta a fome de forma estrutural e não chega à maioria da população”. Só Jesus na causa!
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