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sexta-feira, novembro 15, 2024

Chamar este suicida de “terrorista” parece ser um bocado de exagero


Quem é o homem que morreu em explosão de bomba perto do STF

Este era Francisco, que se explodiu sem explodir ninguém

Carlos Newton

De vez em quando, o editor da Tribuna da Internet tem uma epifania, como os gregos chamavam o sentimento de compreensão ou entendimento súbito da essência de algo, como uma manifestação que pode ter até mesmo um fundo religioso e espiritual.

Pois minha mais recente epifania ou “insight”, como dizem os americanos, é essa história do lobo solitário que atacou a Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira à noite. Os suspeitos de sempre dizem que o objetivo maior era atacar o Supremo Tribunal Federal, para matar o ministro Alexandre de Moraes, aquele que anda com um alvo pintado na careca e virou um sonho de consumo de âmbito internacional para todo tipo de terrorista, seja pé de chinelo ou empresário quase trilionário.

RESPEITAR OS MORTOS – Minha epifania/insight foi a necessidade de respeitar os mortos, sem tentar entender o que passou pela cabeça deles no último momento ou na undécima hora, mesmo que sejam perigosos terroristas.

O quê? Eu disse “perigosos terroristas”? Desculpem, foi um engano. É óbvio que o cidadão catarinense nada tem a ver com terrorismo. Muito pelo contrário, sua apresentação foi de um mero aprendiz de feiticeiro, absolutamente incapaz de criar uma bomba que prestasse.

Notem que os artefatos que colocou nos dois automóveis eram do tipo cabeça de nego, nem chegaram a estragar a lataria, os reparos ficarão baratíssimos, abaixo da taxa de risco da seguradora…

QUASE-MORTE – No desespero, ao sentir que poderia ser preso, o candidato dos 93 votos resolveu acabar com tudo de uma vez. Mas a autoexplosão foi mínima, o terrorista só morreu porque pressionou o artefato contra a cabeça, o resto do corpo ficou incólume.

Assim, diante de tão importantes detalhes, tive o insight/epifania de que é um erro chamar de “terrorista” um cidadão sofrido, candidato a vereador, arrasado pelos 93 votos recebidos. Como comparar Francisco Wanderley Luiz com os verdadeiros terroristas do World Trade Center? Ou do Estado Islâmico, do Hamas, do Hezbollah e do Iêmen???

Realmente, não há a menor base para esse tipo de comparação. Aliás, a fotografia de Francisco Wanderley Luiz diz tudo. Como na música de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, o personagem principal não tem cara de terrorista, pinta de terrorista nem roupa de terrorista. Portanto, não deveria ser rotulado assim, tão despudoradamente. Morreu sem tentar fazer mal a ninguém. É isso que interessa.

Denúncias Seletivas e Hipocrisia na Política Local de Jeremoabo


Denúncias Seletivas e Hipocrisia na Política Local de Jeremoabo

A política de Jeremoabo continua a ser marcada por episódios de contradições e denúncias seletivas. Recentemente, um vídeo tem circulado destacando os desmandos da gestão de Deri do Paloma, trazendo à tona problemas como:

  • Demissões em massa de servidores;
  • Acumulação ilícita de cargos por servidores ligados ao prefeito;
  • Lixo acumulado nas ruas;
  • Postos de saúde fechados;
  • Escolas funcionando de forma precária.

Esses acontecimentos no final da gestão de Deri do Paloma são descritos como um reflexo de gestões anteriores, perpetuando um padrão negativo de administração pública. A diferença, no entanto, é o contexto político que dá um tom peculiar ao cenário atual.

Denúncias de Acumulação Ilícita e o Papel dos Vereadores

Uma das denúncias mais comentadas envolve a acumulação ilícita de cargos por servidores simpáticos ao prefeito. Segundo relatos, até o vereador Jairo, enquanto fazia parte da base de Deri, foi alvo dessas acusações.

O que chama atenção, no entanto, é a postura contraditória de alguns vereadores da oposição. Esses parlamentares, que deveriam atuar como fiscais da lei, adotaram um comportamento seletivo:

  • Denunciaram irregularidades cometidas por aliados de Deri do Paloma;
  • Calaram-se quando os beneficiários eram seus próprios parentes.

Essa postura evidencia uma prática de “dois pesos e duas medidas”, onde a aplicação da lei parece ser condicionada por conveniências pessoais. Como destacado por um eleitor simpatizante do prefeito:

"Para os meus, tudo; para os inimigos, os rigores da lei."

Desmandos em Final de Gestão

O cenário de caos administrativo em Jeremoabo também escancara a ausência de uma transição organizada. A paralisação de serviços essenciais, como a limpeza pública e o funcionamento de escolas e postos de saúde, além de demissões arbitrárias, refletem uma falta de planejamento e respeito à população.

O desfecho dessa gestão se torna ainda mais lamentável quando se observa que as denúncias são feitas não pelo interesse público, mas para alimentar disputas políticas e beneficiar determinados grupos. O impacto negativo recai, mais uma vez, sobre os cidadãos, que sofrem com serviços precários e a ineficiência da máquina pública.

Considerações Finais

A situação em Jeremoabo é um reflexo de uma política marcada por interesses pessoais e denúncias seletivas. Tanto a base governista quanto a oposição carecem de uma postura ética e comprometida com o bem-estar da população. A crítica deve ser justa e imparcial, e a aplicação da lei não pode ser manipulada como ferramenta política.

Espera-se que a nova gestão de Tista de Deda, anunciada com promessas de transparência e técnica, rompa com esse ciclo de irresponsabilidade e coloque os interesses da comunidade em primeiro lugar.

quinta-feira, novembro 14, 2024

Injustiça a um magnífico reitor, em meio à mediocridade da política brasileira


Náufrago da Utopia: UNIVERSIDADE, A ÚLTIMA TRINCHEIRA CONTRA ESTUPIDEZ DA ERA BOLSONARO – 2

José Carlos Azevedo, um reitor notável na UnB

Vicente Limongi Netto

A colunista Ana Maria Campos (“Eixo-Capital”, no Correio Braziliense– 14/11) e a ex-deputada do PT e ex-vice-governadora Arlete Sampaio mostram esmerada e cativante união e rancor nas críticas ao ex-reitor da Universidade de Brasília, José Carlos Azevedo. Que já não pode se defender dos coices das prendadas senhoras.

A notícia desdenha do currículo acadêmico de Azevedo, tratando- apenas como capitão de mar-e-guerra. Tentativa torpe de diminui-lo profissionalmente.

GRANDE NOME – José Carlos Azevedo tinha Mestrado em Engenharia e Arquitetura Naval, em Física, Matemática e em Engenharia Nuclear pelo respeitado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

Como reitor, ampliou expressivamente a UnB e inaugurou diversos cursos de graduação e pós graduação.  Construiu bibliotecas e contratou professores do Brasil e do exterior. Azevedo deixou a UnB sem dívidas e respeitada no Brasil e no exterior.

Escrevia artigos para “O Globo”, “Estado de São Paulo” e “Folha de São Paulo”. Ninguém, em sã consciência, pode colocar em dúvida a competência de Azevedo. Jubilou aqueles que trocavam o estudo pela baderna.

TRUMP ETC. –  A vitória esmagadora e incontestável de Donald Trump poderia indicar que ele tinha razão quando denunciou fraudes na eleição que disputou com Joe Biden. Mas quem ganha não pode denunciar nada, é claro, deve ficar caladinho.

O noticiário político, aqui e alhures, vive de especulações. Em Brasília, urubu está voando de costa, como definiu  Sérgio Porto, o saudoso Stanislaw Ponte Preta, ao constatar a mediocridade da política, que pouco mudou nos últimos 50 anos.

Agora, sai Rodrigo Pacheco, entra Davi Alcolumbre. Portanto, a cadeira da presidência do Senado e do Congresso continuará vazia.


STF nega recurso de Collor e mantém 8 anos e 6 meses de prisão

Publicado em 14 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

STF reinicia julgamento de recurso de Collor nesta 4ª feira

Collor está preocupado com a possibilidade de prisão

Rayssa Motta
Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quarta-feira, 14, o recurso do ex-presidente Fernando Collor e manteve a pena de 8 anos e 6 meses de prisão decorrente de uma condenação na Operação Lava Jato.

Uma redução poderia abrir caminho para a mudança no regime de prisão e até para substituir a pena de prisão por punições alternativas, como a prestação de serviços comunitários. Ficaram vencidos os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

MAIS RECURSOS – O ex-presidente foi condenado em maio de 2023, pelo próprio STF, mas não começou a cumprir a pena porque aguarda os recursos. O processo ainda não transitou em julgado, ou seja, a defesa poderá apresentar novos embargos de declaração, modalidade de recurso que serve para esclarecer ou questionar detalhes da decisão, mas não para reverter a condenação.

Collor foi considerado culpado pelo recebimento de R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia em troca do direcionamento de contratos de BR Distribuidora.

O recurso do ex-presidente começou a ser julgado no plenário virtual do Supremo, onde já havia maioria formada para manter a pena no patamar imposto, mas o ministro André Mendonça apresentou um pedido de destaque, o que zerou o placar e obrigou a votação a começar novamente no plenário físico.

DOSIMETRIA DA PENA – A defesa do ex-presidente alegou no recurso que a pena imposta não corresponde ao voto médio discutido pelo plenário do STF no julgamento que resultou em sua condenação.

Na ocasião, a dosimetria da pena foi objeto de intenso debate entre os ministros. Foram apresentadas quatro propostas diferentes e o plenário do STF teve dificuldade em chegar a um denominador comum.

Os ministros divergiram sobre três pontos principais. Primeiro, a tipificação: alguns defenderam que a condenação deveria ser por organização criminosa, mais grave, e outros entenderam que o caso era de associação criminosa.

LAVAGEM DE DINHEIRO– Também não houve consenso sobre como considerar a denúncia por lavagem de dinheiro: se como atos separados ou um único crime.

Por fim, os atenuantes, como a idade – o ex-presidente tem mais de 70 anos -, e os agravantes, como a posição de liderança de Collor no esquema e o uso de cargo público para cometer os crimes, dividiram o plenário.

O Código Penal estabelece a pena em abstrato, ou seja, os limites mínimo e máximo para cada crime. O cálculo da punição deve atender a três fases: fixação da pena-base, análise dos atenuantes e agravantes e análise das causas de diminuição ou de aumento da pena, o que fica a critério dos magistrados.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A matéria não aborda em profundidade a hipótese da prescrição, porque Collor já tem mais de 70 anos. Isso significa que a prescrição cai pela metade. Vamos aguardar. O único recurso agora é o embargo de declaração, que pode ter efeito modificativo, em algumas hipóteses de erro no julgamento. (C.N.)


Funcionário Público Pode Administrar Empresa Privada? Entenda as Restrições para Servidores de Jeremoabo"


O ponto que você cidadão de Jeremoabo levantou é fundamental na discussão sobre o envolvimento de servidores públicos municipais em atividades empresariais. O que a legislação busca evitar é o conflito de interesses e a sobrecarga de atividades que poderiam comprometer a dedicação e o desempenho do funcionário em sua função pública.

Para servidores estatutários, a proibição da atuação como administrador ou gestor de empresas privadas (seja uma sociedade limitada ou qualquer outro formato) visa garantir que o foco e a responsabilidade estejam exclusivamente no exercício de seu cargo público, pois a função pública exige tempo e comprometimento integral para atender as necessidades do serviço público. Ao proibir a gestão ou administração ativa, a lei impede que o servidor assuma responsabilidades que poderiam desviar sua atenção ou criar conflitos de interesses.

Contudo, a legislação permite que servidores sejam acionistas, cotistas, ou comanditários, o que significa que podem investir em empresas, desde que não estejam envolvidos na gestão. Esse entendimento reflete a distinção entre investir capital — que não exige tempo nem responsabilidade gerencial direta — e gerir o negócio, que demanda decisões e atenção contínua.

O MEI e outras estruturas simplificadas, como EI ou SLU, são barrados exatamente porque não permitem essa separação entre o investidor e o administrador, o que tornaria o servidor automaticamente responsável pelas decisões do negócio. Por outro lado, na ME do tipo LTDA, é possível que o servidor público seja apenas um cotista, enquanto outra pessoa assume a função de administrador, o que está de acordo com as restrições legais.

Em resumo, a restrição principal para o servidor público é o papel ativo na administração de negócios. A permissão para ser apenas investidor visa assegurar que a função pública seja priorizada, sem desvio de foco e sem conflitos éticos.


Por que suicida se explodiu diante do tribunal que é uma bomba?

Publicado em 14 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

'El País', Espanha — Foto: El País/Reprodução

Suicídio em Brasília foi noticiado em outros países

Eduardo Gonçalves e Patrik Camporez
O Globo

A Polícia Civil do Distrito Federal refez os últimos passos do até agora único suspeito das duas explosões que ocorreram nas imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira. Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina, foi identificado após ser morto por um artefato que ele mesmo acionou, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O carro dele também explodiu no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados, a cerca de 500 metros de onde ele aparentemente cometeu suicídio.

DOIS ARTEFATOS – A equipe do esquadrão antibomba explodiu por volta da 00h30 dois artefatos ao lado do corpo do homem em frente à estátua “Justiça”, que fica a poucos metros da sede da mais alta Corte do Poder Judiciário.

Em boletim de ocorrência, a polícia registrou o depoimento de um segurança do STF, que acompanhou toda a movimentação.

Segundo esse relato, Francisco Luiz “se aproximou (do STF) e ficou parado em frente à estátua (Justiça). Ele trazia consigo “uma mochila e estava em atitude suspeita”. Então colocou a mochila no chão, “tirou um extintor e uma blusa de dentro da mochila”.

RELÓGIO DIGITAL – A polícia prossegue com o relato colhido. Francisco teria então, após a aproximação do segurança, aberto a camisa e feito a advertência para que não se aproximasse.

“(O segurança) visualizou um objeto semelhante a um relógio digital”, e acreditou tratar-se de uma bomba. O suspeito então saiu com artefatos pra lateral e lançou dois ou três objetos, “que estouraram”.

Francisco Luiz, então, “deitou no chão” e “acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”.

ALUGOU CASA – A Polícia Civil do Distrito Federal identificou ainda que Francisco alugou uma casa em Ceilândia há duas semanas. A equipe fez buscas no local e encontrou sua carteira de habilitação.

Depois, investigadores passaram também a procurar uma espécie de um trailer, ou “carretinha”, que era rebocado pelo carro do autor das explosões. Nesta quinta-feira, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do DF vão tentar avançar na investigação. Ambas as corporações abriram inquéritos e ainda avaliam as circunstâncias dos ataques.

Identificado como Tiü França nas redes sociais, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não ameaçou ninguém, não quis explodir ninguém, era apenas um suicida, que decidiu se explodir diante de um tribunal que também é considerado uma bomba, num governo idem. (C.N.) 

Redução da jornada de trabalho coloca governo Lula em uma sinuca de bico


Charge do Baggi (instagram.com/falabobaggi)

Pedro do Coutto

Dificilmente o projeto que estabelece redução de jornada do trabalho será aprovado pelo Congresso. E, no caso de aprovação, criará um problema para o presidente Lula da Silva, levando-o a vetá-lo por uma questão de direito social. Será trabalhoso convencer o empresariado de sua importância, uma vez que o aspecto econômico se sobrepõe a um direito social difícil de implantar. Várias são as questões embutidas na matéria.

Uma delas é o custo financeiro com o desembolso da carga fiscal, gerando a redução do lucro, o que causaria o efeito absolutamente contrário à vontade empresarial. O impulso no sentido do lucro tem um grande peso nas relações de trabalho que não poderão ser compensadas por um fator de benefício dos trabalhadores e terá que ser considerado através do tempo, uma vez que abrirá um precedente para que sejam seguidos por todas as atividades trabalhistas, criando uma diversidade muito grande de atividades que não são apenas uma única.

VARIAÇÕES – Há um número enorme de variantes e, portanto, de variações, que marcam o trabalho humano e que seriam atingidas de forma múltipla, uma vez que existem serviços cujas características oscilam muito entre si. A área de serviços médicos, por exemplo, é um caso complexo em função da menor jornada. Existem casos em que máquinas não podem ser desligadas, como é o caso das usinas siderúrgicas.

Há problemas com os transportes em que a diminuição da carga horária levaria inevitavelmente à obrigação de admitir a contratação de maior número de trabalhadores para compensar a proporção da ideia do sistema de quatro por três. Outro aspecto que se apresenta é o pagamento de horas extraordinárias.

PROBLEMA – O projeto, no fundo, cria um problema para o governo Lula. Inicialmente, ele acrescenta uma vantagem no sentido político, mas em outro plano funciona para colocá-lo numa posição desfavorável no que se refere ao seu relacionamento com as classes produtoras que se compõem tanto pelo empresariado quanto pela mão-de-obra que integra os assalariados.

Os assalariados, no caso da redução da carga horária, estariam expostos à perspectiva da diminuição dos valores do trabalho. Tal aspecto colocaria mais uma contradição entre as que já existem. Mais uma matéria marcada por prós e contras.


Vitória de Trump nos Estados Unidos cria expectativa na direita brasileira


Homem branco de cabelo curto da região do quadril para cima. Ele aparece de terno preto, fundido em um fundo também preto

Trump está dominando também as redes sociais no Brasil

Felipe Bailez e Luis Fakhouri
Folha

Donald Trump experienciou uma vitória massiva nas eleições dos Estados Unidos. Após as eleições municipais no Brasil, diversos analistas políticos e atores partidários fizeram um balanço sobre os resultados. Em meio à miríade de diferentes opiniões, destaca-se o debate em torno de qual deve ser o papel do progressismo.

 Enquanto alguns argumentam que deve haver um movimento mais ao centro, outros apostam na fidelidade aos valores e em uma guinada mais à esquerda. No entanto, o debate sobre o futuro do campo progressista não deveria se dar em torno da agenda de valores, mas principalmente sobre a forma de comunicação.

UMA NOVA DIREITA – A direita aprendeu a se comunicar de forma popular e usar as redes sociais como instrumento para alcançar um grande número de pessoas. Na democracia, essa combinação é bastante poderosa.

Nas redes sociais analisadas pela Palver, as menções a Donald Trump atingiram o pico na quarta-feira (6), quando já se sabia que ele ocuparia a posição de 47º presidente dos Estados Unidos.

Nos grupos públicos de WhatsApp, destaca-se o volume de menções quase 3 vezes superior às de Lula e 4 vezes maior do que as de Bolsonaro, ainda que com o filtro de país considerando apenas os grupos brasileiros. Nos grupos de direita, a linha mais intensa de mensagens é de caráter vingativo com relação aos políticos, instituições e lideranças brasileiras.

MUSK E MORAES – Um dos vídeos que circulam nos grupos de mensageria afirma que Elon Musk fez uma postagem fazendo alusão à prisão de Alexandre de Moraes.

O contexto dá a entender que o movimento teria ocorrido após a vitória de Donald Trump, alimentando, portanto, expectativa de possíveis novos desdobramentos. No entanto, tratava-se de uma postagem feita em agosto de 2024.

Essa mesma tática é prevalecente nos grupos de mensageria. A grande maioria das postagens tem conteúdo descontextualizado ou antigo e que ganha nova vida após a eleição de Trump. Há muita expectativa na direita brasileira de que Trump use seu novo mandato para enaltecer Bolsonaro e seus apoiadores.

NOVO PASSAPORTE – Em um dos vídeos, o jornalista Alexandre Garcia levanta a possibilidade de Bolsonaro receber um passaporte especial de Donald Trump para a cerimônia de posse e questiona qual seria a reação do Judiciário brasileiro nesse caso. Além disso, afirma que Trump “já está falando em processar o Bill Gates por causa de vacinas”.

Na mesma linha, o ex-deputado Deltan Dallagnol gravou um vídeo no Youtube cuja legenda é “Com Trump e Musk no poder, Alexandre de Moraes acabará na cadeia?”.

Esse foi o vídeo mais popular da conta de Dallagnol no último mês. Para aumentar o engajamento, esse tipo de conteúdo traz um apelo sensacionalista e deslocado da realidade, mas que inflama a base de apoiadores.

DESEJO EXISTENTE – Nesses dois exemplos, é possível identificar que os vídeos procuram apresentar o desejo já existente de uma parcela da população com estratégias retóricas e uso dos algoritmos das redes sociais para um maior alcance e engajamento.

Nos grupos de mensageria mais ligados à esquerda, uma das mensagens que mais circulou foi dizendo “a filha trans de Elon Musk diz que deixará os EUA após a vitória de Trump”.

Há, ainda, vídeos com análises políticas apontando que o cenário em 2026 no Brasil vai depender das decisões judiciais acerca do futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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