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terça-feira, julho 23, 2024

Correios anunciam concurso com salários de até R$ 6,8 mil; veja como participar

 Foto: Agência Brasil /Arquivo

Concurso visa preencher vagas e formar cadastro de reserva para cargos nas áreas de medicina e segurança do trabalho23 de julho de 2024 | 14:14
BRASIL

Os Correios divulgaram edital de concurso público com 33 vagas que exigem nível médio e superior nesta terça-feira (23). O início das inscrições está previsto para o dia 6 de agosto e as provas ocorrerão em 13 de outubro.

No edital, publicado na edição desta terça no Diário Oficial da União, a estatal prevê o provimento de vagas e formação de cadastro de reserva para as áreas de medicina e segurança do trabalho. Os salários variam de R$ 3.672,84 a R$ 6.872,48, para cargos de nível médio e superior, respectivamente.

As inscrições podem ser realizadas pelo site do Iades (Instituto Americano de Desenvolvimento) e têm o valor de R$ 70 para todos os cargos.

O concurso oferece vagas para os cargos juniores de técnico em segurança do trabalho (nível médio), enfermeiro do trabalho (nível superior), engenheiro de segurança do trabalho (nível superior) e médico do trabalho (nível superior).

Para o cargo de enfermeiro do trabalho, todas as posições no concurso serão para a formação do cadastro de reserva.

O candidato deverá realizar as provas referentes ao concurso público nas cidades da vaga escolhida.

As inscrições poderão ser feitas até dia 8 de setembro às 22h e os pedidos de isenção da taxa de inscrição serão aceitos até 15 de agosto.

A seleção ocorrerá em suas fases, sendo que na primeira haverá uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos. Na segunda fase ocorre a comprovação de requisitos, análise de perfil profissional e realização de exames médicos admissionais.

O resultado final e a homologação da seleção ocorrerão no dia 20 de novembro.

O concurso público terá a validade de um ano, contado a partir da data de sua homologação, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.

Guilherme Bento, FolhapressPoliticaLivre

Aras recorre após derrota para Conrado Hübner Mendes e pede que julgamento seja anulado

 Foto: Roberto Jayme/TSE

Augusto Aras, então procurador-geral da República23 de julho de 2024 | 15:08

Aras recorre após derrota para Conrado Hübner Mendes e pede que julgamento seja anulado

BRASIL

O ex-procurador-geral da República Augusto Aras decidiu contestar uma decisão da Justiça Federal que barrou a continuidade de uma queixa-crime apresentada por ele contra o professor da USP e colunista da Folha Conrado Hübner Mendes.

Aras reivindica que Mendes seja condenado pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Ele cita postagens de redes sociais e uma coluna de sua autoria, publicada na Folha, intitulada “Aras é a antessala de Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional”.

Na época, o professor também chamou o então PGR de “poste-geral da República” e o classificou como o “grande fiador” da crise sanitária vivida no Brasil durante a epidemia de Covid-19, sob Jair Bolsonaro (PL).

Em outubro do ano passado, a Segunda Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) determinou que a ação retornasse à primeira instância e fosse encaminhada para arquivamento.

Ao votar contra o ex-PGR, o desembargador Marcus Vinícius Reis Bastos afirmou que “esse tipo de ação” tem como única função “intimidar quem exerce a liberdade de expressão” e “calar o crítico”.

Aras, agora, pede a anulação do julgamento. O ex-PGR afirma que as críticas feitas pelo professor da USP desonraram sua “trajetória de vida imaculada, pessoal e profissional” e o expuseram “à execração pública mediante afirmações que transcendem a informação ou a crítica”.

Ele ainda afirma que os desembargadores do TRF-1 que votaram contra a sua demanda foram omissos e desconsideraram provas que endossariam a tese de que Mendes cometeu os crimes de calúnia, injúria e difamação.

“O embargado [Mendes] não se limitou a promover crítica mediante narrativa ou simplesmente formulou uma crítica ácida ou com teor altamente negativo, ele imputou ao embargante [Aras] a prática do crime de prevaricação”, diz o recurso apresentado por Aras.

“A indicação de afirmações infamantes específicas que, em tese, se qualificam como comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas e mentirosas deve ser expressamente enfrentada, sob pena de omissão”, afirma ainda.

Além da queixa-crime, Aras fez uma representação contra o professor junto à Comissão de Ética da USP, mas o colegiado rejeitou a denúncia em decisão unânime.

O parecer destacou que os artigos e pronunciamentos mencionados são compatíveis com a atuação de Mendes enquanto pesquisador e especialista em direito constitucional e em teorias da democracia e da Justiça, que incluem a análise das decisões do Ministério Público contra o interesse público.

Mônica Bergamo, Folhapress
PoliticaLivre

Não precisamos de políticos imbrocháveis nem que tenham tesão de 20 anos…

Publicado em 23 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

“Quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja”, diz Lula

Lula continua a ser o rei das declarações com baixarias

Becky S. Korich
Folha

Em 1991, o então presidente Fernando Collor de Mello declarou que tinha nascido com “aquilo roxo”, para enfatizar sua força e masculinidade. Sua “macheza” não foi suficiente para impedi-lo de ser triturado em um processo de impeachment.

Passados mais de trinta anos, nada mudou. Em 2022, Jair Bolsonaro repetiu cinco vezes o termo “imbrochável” para afirmar sua virilidade, em um discurso na Esplanada dos Ministérios durante a celebração do 7 de Setembro, sugerindo uma suposta potência sexual inabalável. Em maio de 2021, ele tinha ido ainda mais longe: “Fique tranquilo. Já falei que sou imorrível, imbrochável e também sou incomível”. Só faltou o inelegível nessa lista.

LULA TESUDO – Quando pensávamos que estaríamos livres do palavreado chulo e da retórica sexualizada, o Presidente Lula não se conteve: quis ser tão potente e viril quanto o seu antecessor. Recentemente, em um evento em São Paulo, fez questão de declarar que dispõe de uma tenacidade (sexual) de um jovem de vinte anos e ainda cometeu a indelicadeza de expor sua mulher:

“Quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para Janja. Ela é testemunha ocular. Quando eu falo que eu tenho 70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20, eu estou falando com conhecimento de causa”.

Em setembro do ano passado, antes mesmo do efeito Biden, Lula fez uma declaração no mínimo capacitista depois de passar por uma cirurgia: “O Ricardo Stuckert [fotógrafo oficial da Presidência] não quer que eu ande de andador. Ele já falou: ‘Não vou filmar você de andador’. Então significa que vocês não vão me ver de andador, de muleta. Vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado.”

CORINTIANO – A gafe mais recente, em tom de piada com o que não se brinca, foi sobre a violência contra as mulheres que aumentam depois dos jogos de futebol, “se o cara é corintiano, tudo bem”. Isso está mais para uma conversa de bar entre machos do que uma declaração presidencial.

Ninguém precisa de garanhões insaciáveis no governo. Não precisamos de presidentes imbrocháveis, joviais, viris, imbatíveis; não são essas as “forças políticas” que vão fazer um país melhor.

Não nos interessa saber o nível de testosterona dos nossos dirigentes, não temos mais paciência nem estômago para as autoproclamações de virilidade – que mais nos dão a sensação de falta do que de plenitude.

EMPODERADOS – Homens “do poder” precisam aprender a ser homens “empoderados”. Aprender a não diminuir as mulheres para se sentirem grandes; a ficar calados quando o silêncio é mais precioso; a ser fortes a ponto de não precisar agredir para demonstrar força; a ser corajosos para assumir suas próprias falhas e, por que não, suas brochadas.

Homens públicos empoderados pensam antes de falar; não precisam gritar para serem ouvidos; conseguem ouvir vozes mais fracas; fazem de tudo para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades, sem se sentirem ameaçados. Homens empoderados torcem por mais mulheres empoderadas.

O macho de verdade respeita as escolhas sexuais não só das mulheres como de todas as pessoas; não expõe sua intimidade (principalmente quando envolve a de outra pessoa); não precisa publicar no jornal suas peripécias sexuais; não tem medo de pedir ajuda quando precisa, de falar “eu não sei” ou “eu errei”.

PODE BROCHAR – Macho de verdade não tem medo de brochar. A política não é um palco para os homens reafirmarem sua masculinidade.

 Mas, infelizmente, o cenário político se tornou um campo especialmente atraente para os homens reforçarem seu status de masculinidade. Nesse contexto, as posturas e políticas masculinas refletem qualidades que podem ser consideradas relevantes nos domínios da segurança nacional e da política no geral.

Isso faz com que alguns homens se sintam impelidos a seguir um padrão implacável de masculinidade, para não correrem o risco de perder seu status de “homens de verdade”. É aqui que reside a masculinidade frágil.

OUTRAS QUALIDADES – A masculinidade real não se caracteriza pela agressividade e força, ela necessariamente inclui qualidades como civilidade, respeito e cuidado. Na política, que ainda é predominantemente composta por homens e onde o “mais forte vence”, os líderes masculinos devem reunir todas as suas forças para modelar essa versão mais positiva da masculinidade.

Para merecer o cargo, um líder precisa se adaptar às mudanças na mesma velocidade em que elas acontecem. Por mais que tente se superar, Lula se mantém como um homem de seu tempo, moldado por uma sociedade estruturalmente machista. Suas falas infelizes provam a dificuldade que tem para atualizar as referências sobre as mulheres e sobre o papel do homem de hoje.

Não é questão de idade, muito menos de virilidade. Para esse tipo de derrapada, não há Viagra que resolva.

Kamala consolida candidatura, e o debate se volta para escolha de seu vic


A imagem mostra Kamala em pé atrás de um púlpito, fazendo gestos com as mãos enquanto fala. Ela está vestindo um blazer escuro e tem cabelo castanho. Ao fundo, há bandeiras dos Estados Unidos e um painel com a inscrição 'HARRIS for PRESIDENT'. Um fotógrafo está capturando a cena.

Aumento das doações demonstra o apoio dos democratas

Fernanda Perrin
Folha

Kamala Harris se consolidou nesta segunda (22) como a substituta de Joe Biden na disputa pela Casa Branca contra Donald Trump. Nenhum outro nome relevante do Partido Democrata veio a público desafiar sua candidatura, endossada pelo próprio presidente e pela maior parte da legenda.

O clima de triunfo era visível em seu primeiro discurso de campanha, feito no início da noite desta segunda no local onde até o último domingo (21) era a sede da campanha Biden-Harris. “O bastão está nas nossas mãos”, disse Kamala, que foi introduzida ao som de “Freedom”, de Beyoncé.

PELO TELEFONE – Joe Biden, isolado em Rehoboth Beach em razão da Covid-19, participou por telefone. O presidente agradeceu a equipe e disse que continuará “totalmente engajado” na campanha. “Eu estou de olho em você, menina. Eu amo você”, disse ele a Kamala.

Todos os 23 governadores democratas, incluindo cotados para a vaga de Biden como J.B. Pritzker (Illinois) e Gretchen Whitmer (Michigan), declararam apoio a Kamala. No Congresso, 181 dos 212 deputados e 41 dos 47 senadores fizeram o mesmo, segundo monitoramento feito pelo New York Times.

Um dos nomes mais importantes a vir a público apoiá-la nesta segunda foi a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi. A lendária líder democrata operou nos bastidores para que Biden desistisse, mas havia permanecido em silêncio no domingo sobre quem endossaria. “Tenho plena confiança de que ela nos levará à vitória em novembro”, afirmou em nota divulgada nesta segunda.

DOADORES DISPARAM – Tão importante quanto o apoio do partido é o de doadores: foram US$ 81 milhões nas 24 horas após Kamala lançar-se candidata – um recorde, segundo a campanha. A equipe diz que contribuíram com esse montante 888 mil pequenos doadores, sendo que 60% deles fizeram uma doação pela primeira vez neste ano.

A esse montante se somam os US$ 150 milhões levantados de grandes doadores pelo comitê de arrecadação (conhecido como PAC, na sigla em inglês) Future Forward, de acordo com o site Politico.

A demonstração de união dos democratas sucede semanas de conflitos internos em torno da candidatura de Biden, em que a imagem dividida do partido contrastou negativamente com o domínio total de Donald Trump sobre os republicanos na convenção nacional do partido, realizada na semana passada.

FALTA O VICE – Conforme Kamala se firma como a candidata democrata, a discussão se volta para quem será o vice na chapa do partido. Seguindo a estratégia clássica de alguém com perfil complementar, as apostas são um homem branco –preferencialmente de um estado-pêndulo.

Os principais cotados para vice, por ora, são os governadores Andy Beshear (Kentucky), Roy Cooper (Carolina do Norte), Josh Shapiro (Pensilvânia) e Pritzker. Outro nome citado é o senador Mark Kelly (Arizona), cujas credenciais de militar e astronauta reluzem aos olhos democratas.

“Eu quero que o povo americano saiba o que é uma pessoa do Kentucky e como ela se parece, porque deixa eu eu te dizer, J.D. Vance não é daqui”, afirmou Beshear em entrevista à MSNBC nesta segunda, em um ataque ao vice de Trump nascido em seu estado.

 

Bancada Agro tem viés de oposição, não importa quem esteja no governo

Publicado em 23 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

A agrônoma que venceu o preconceito na política e virou ministra da  Agricultura - Revista Globo Rural | Agro É Delas

Tereza Cristina diz que MST atrapalha a atuação do governo

Renata Agostini e Lauriberto Pompeu
O Globo

 Uma das principais lideranças do agronegócio no Congresso, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) reconhece que o governo Lula mudou o tom com o setor. Em entrevista ao Globo, a ex-ministra de Jair Bolsonaro pondera, contudo, que a proximidade do PT com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a postura hostil no debate ambiental ainda são obstáculos para um maior aproximação com o setor.

A relação do governo Lula com o agronegócio segue difícil. Por quê?
A postura inicial do governo foi ruim. Houve falas hostis. Lula ter colocado o MST na pauta prioritária dele, voltando com negócio de invasão, dando uma conotação de que o MST era um movimento legal. Os produtores rurais não aceitam a insegurança que a invasão em terra produtiva traz. Mas tenho de reconhecer que eles (o governo) têm feito um esforço.

Foram dois Plano Safra com valores recordes. Isso ajudou
É um esforço que a bancada reconhece. Agora, é um setor que vem puxando a economia. O agro tomou uma dimensão que não tinha nos governos anteriores do presidente Lula. O governo se esforçou para colocar mais recursos.

O governo vê a bancada ruralista com predisposição para criticá-lo.
A bancada realmente tem viés de oposição maior. Eu tenho esse perfil do equilíbrio, do diálogo. Quando vou no ministro Fávaro (Agricultura) ou no ministro Haddad (Fazenda), sou muito bem recebida. Agora, algumas pautas precisamos alinhar. Temos um problema sério de invasões. Não é culpa do governo, mas ele também não se mexeu. O produtor do Brasil é o único que tem reserva legal privada compulsória, uma obrigação do Código Florestal. Ainda assim, vemos parte do governo atacando os produtores. Só 2% cometem crimes ambientais e colocam todos na mesma cesta. Os produtores se sentem mal com isso. Não vemos defesa lá fora do produtor rural.

Falta defesa do próprio presidente Lula?
Não sei dizer. Ele tem se esforçado ultimamente, ele mudou um pouco o tom dele.

Por que a senhora acredita que isso ocorreu?
Ele vê que para aprovar qualquer projeto na Câmara hoje é preciso a FPA. São mais de 300 deputados e eles têm votado de forma muito coesa. O senador é mais individualista que o deputado, mas (a frente) vem crescendo no Senado também. É uma questão de sobrevivência, o governo precisa estar mais junto.

As novas revelações da PF no caso das joias e da ‘Abin Paralela’ mudaram a imagem que a senhora tem de Bolsonaro?
Esse processo ainda está sendo analisado. Prefiro aguardar o encaminhamento da defesa do presidente. O presidente é um homem probo. Fui ministra dele. Ele nunca me pediu para nomear uma pessoa que não fosse boa. Então, não posso fazer ilações. Lula há algum tempo estava na cadeia. Não foi inocentado, mas os processos caíram e ele é hoje o presidente.

As revelações colocam em xeque a posição de Bolsonaro como principal líder da direita?
Para o eleitor bolsonarista, não. Eles confiam nele e acham que ele está sendo perseguido.

A senhora apoia o projeto de anistia para quem participou do 8 de Janeiro?
Tem muita gente que não ia fazer golpe nenhum. Claro que os que praticaram a quebradeira precisam ser punidos. Prenderam um monte de gente sem saber. Há injustiças e vamos ter de corrigir isso.

Essa PEC pode abrir espaço para blindar Bolsonaro de persecuções penais.
No 8 de Janeiro. Não estou falando de inelegibilidade.

Se Bolsonaro seguir inelegível, quem deve ocupar esse espaço?
Hoje, o nome mais falado é do governador Tarcísio de Freitas. Mas aparecem outros: Ratinho Júnior, Romeu Zema, Ronaldo Caiado. Lá na frente, precisaremos ter a maturidade para ver o melhor nome.

A senhora era opção de vice para Bolsonaro em 2022, mas Braga Netto foi escolhido. Em 2026, se for chamada, participará da chapa presidencial?
Está muito cedo, tudo isso ainda são conjecturas, mas se eu puder contribuir… Seja como candidata ou no processo, quero contribuir com o país. O nome mais consolidado (como candidato a presidente) é do Tarcísio de Freitas.

Michelle Bolsonaro está dentre as possibilidades?
Ela é super bem avaliada, carismática, tem apelo muito grande na direita. Está no páreo, sim.

O nome da direita em 2026 terá de passar pela bênção de Bolsonaro?
Sim, ninguém escapa disso. O apoio dele é fundamental para o nome se eleger.

Muitos falam que a corrida pela sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado já está definida a favor de Davi Alcolumbre (União-AP). Qual a sua avaliação?
Até agora não surgiu outro candidato.

A oposição vai apoiá-lo?
Tem a possibilidade.

A senhora é relatora da PEC que propõe mandatos para ministros do STF. Vai avançar?
Meu grupo técnico já fez um apanhado, olhamos vários países, as mais diferentes configurações. Já fiz um plano de trabalho. A ideia é votar antes do final do ano.

Pacheco se comprometeu a votar nesse prazo?
Sim, se comprometeu. Não tem afronta (ao STF). É uma modernização. Precisamos ter voto, meu relatório tem que ser bom, mas isso vai caminhar. Se vai parar na Câmara, eu não sei.

Políticas públicas para salvar a Amazônia estão tendo efeito exatamente contrário


Cheia e chuva arrastam resíduos e formam 'tapete' de lixo em igarapé de  Manaus | Amazonas | G1

Em Manaus, a poluição dos igarapés já é revoltante

José Luiz Alquéres
Diário de Petrópolis

Em 1964, fui pela primeira vez a Manaus. Era uma cidade isolada. Fiquei hospedado no Hotel Amazonas, que conhecia de anúncios pitorescos na revista Reader’s Digest. Lá, ele aparecia como algo no meio da floresta, ao lado de uma arara, sugerindo um ambiente exótico e primitivo. Era um anúncio tão convincente que o pessoal do hotel costumava dizer que era comum turistas desembarcarem com aquela indumentária de ingleses a caminho de um safári.

A realidade era diferente: o hotel ficava numa rua central de Manaus, tipicamente um edifício urbano. O que ainda era primitivo era o interior do estado, como pude comprovar viajando numa “gaiola”, visitando comunidades ribeirinhas.

BRASIL GRANDE – Logo depois, começou aquela febre de Brasil grande. O asfaltamento da Belém-Brasília, rodovia Transamazônica, Perimetral Norte, Suframa, Basa, Zona Franca de Manaus, Sudam, agrovilas e um festival de iniciativas e alocação de subsídios que, desde então, vêm incessantemente destruindo os ambientes naturais.

Como era de se esperar, o subsídio, ao injetar dinheiro barato em uma economia frágil, atrai contingentes populacionais com custos de produção gravosos e alto potencial de destruição de ambientes naturais para a região que recebe tais subsídios.

Em 1970, seis anos após aquela primeira visita, lembro de ter constatado uma degradação perceptível nos ambientes urbanos, naturais e na própria população. No censo daquele ano, a região Norte já respondia por cerca de cinco por cento da população nacional.

SALVAR A AMAZÔNIA – Nos 50 anos subsequentes, o processo de degradação se acelerou, pois a sanha de direcionar subsídios para aquela região, cristalizada na Constituição de 88 e recentemente expandida, hoje já faz detectar mais de 25 milhões de habitantes na Amazônia legal, conforme tem apregoado o presidente da república e os políticos locais, muito animados em atrair, com a realização da COP 30 da ONU, recursos para “salvar a Amazônia”.

A Amazônia que receberá a conferência da ONU é, portanto, o mostruário de tudo que não se deve fazer em matéria de desenvolvimento ambiental. Certamente é a maior destruição já vista em uma época que, supostamente, a consciência ecológica deveria prevenir tal tipo de desastre.

Hoje, vivem na região cerca de 12,5% da população brasileira, um ganho estrutural muito significativo nos últimos 50 anos, mostrando que para lá se dirigem correntes migratórias internas do país.

CONTRABANDO – Por outro lado, isso em nada auxilia na inviolabilidade das nossas fronteiras, pois por essa região flui contrabando de toda sorte. As Forças Armadas, que nos últimos séculos haviam garantido nosso território, têm sido profundamente penalizadas por cortes de verbas.

O grande fotógrafo Sebastião Salgado, um dos maiores conhecedores da Amazônia e autor de um incomparável acervo fotográfico da natureza e das populações indígenas, costuma apontar em suas palestras que o mais importante trabalho de assistência às populações e controle de fronteiras é efetuado pelas Forças Armadas.

POLÍTICAS ERRADAS – É lamentável, por fim, constatar que esses males aos quais se somam o garimpo ilegal, a poluição dos rios, a escandalosa exportação de madeiras e tantos outros são consequências diretas ou indiretas de políticas públicas.

Essas políticas continuam vigentes, enriquecendo políticos locais e outros atores que concentram essa renda transferida através de subsídios, dos quais o mais recente capítulo é a sucessão de coincidências: Eletrobras vendendo térmicas para empresa Âmbar, medida provisória três dias após concedendo subsídios para a energia produzida por estas usinas e, na semana seguinte, a Âmbar compra a Amazonas Energia, destino final de mais de 10 bilhões de subsídios para indenizar energia e combustíveis pagos à Petrobras.

Essa conta recairá em todos nós, consumidores de energia do resto do país. Como vemos, em matéria de “greenwashing”, podemos ser campeões mundiais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Impressionante artigo, enviado por Mário Assis Causanilhas, demonstra como os sucessivos governos erram na gestão da Amazônia. E alegam que a estão salvando, igual à democracia. Reina a desfaçatez. (C.N.)

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