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segunda-feira, junho 03, 2024

Eleitor confia mais na mídia profissional do que nas redes sociais, diz a Datafolha


Sorriso Pensante-Ivan Cabral - charges e cartuns: Charge do dia: De olho  nas pesquisas

Charge do Ivan Cabral (Sorriso Pensante)

Deu em O Globo

Novo recorte da pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostra que a confiança da população da cidade de São Paulo é maior nos veículos de mídia profissional do que nas informações que circulam nas redes sociais. Segundo o levantamento, a maioria dos entrevistados (60%) declara confiar em alguma medida nos jornais impressos, dentre os quais 49% declaram confiança plena nesse canal de informação, contra 38% que dizem “não confiar”.

Os índices são próximos aos alcançados pelos programas jornalísticos de rádio, que têm a confiança plena de 48% dos paulistanos e parcial de 13%, e dos telejornais transmitidos na TV, totalmente confiáveis para 46% dos entrevistados e parcialmente para 38%. Os sites de notícias são bem avaliados por 42% dos eleitores de São Paulo, enquanto 16% afirmam confiar “em parte” nessa fonte de informação, e 41% declaram desconfiança.

MUITA DESCONFIANÇA – Já em relação às redes sociais, a maioria dos paulistanos interpreta as publicações com um grão de sal. A plataforma que alcança maior índice de confiabilidade é a do X (ex-Twitter), confiável para 31% dos entrevistados, mas que desperta a descrença de outros 52%.

As três outras plataformas testadas na sondagem registraram taxas de desconfiança na casa dos 70%: Facebook (confiável para 15%, e não confiável para 69%), Telegram (14% e 70, respectivamente), Whatsapp (13% e 72%, e TikTok (14% e 73%).

Apesar de mostrar que as redes sociais despertam mais suspeitas nos paulistanos, a pesquisa também reforça o alcance dessas plataformas, que desde o pleito de 2018 despertam atenção especial da Justiça Eleitoral por conta da divulgação de fake news.

PERFIS NAS REDES – Na capital paulista, 89% dizem ter perfis nas redes, taxa que sobe a praticamente 100% entre os eleitores mais jovens, os mais instruídos e os de maior renda.

O WhatsApp é a plataforma mais utilizada pelos entrevistados. Foram 88% os que disseram ter o aplicativo de mensagens, dentre os quais 40% disseram se informar sobre política e a eleição municipal por meio dessa plataforma. Desse universo, 27% declararam ter o costume de compartilhar notícias sobre o tema nessa rede social.

O WhatsApp pertence à Meta, fundada por Mark Zuckerberg. As outras duas redes da empresa também se destacam pelo alcance na difusão de informações sobre política em São Paulo: no Instagram, 41% dos usuários leem sobre o tema, taxa que é de 38% no Facebook. Em ambas as redes, 18% de seus usuários declararam compartilhar publicações sobre o assunto em seus perfis.

CHECAGEM – A desconfiança declarada pela maioria dos paulistanos nas redes sociais se transforma em ação para oito em cada dez usuários das plataformas, segundo a pesquisa. São 80% os que afirmam buscar mais informações para checar notícias que consideram suspeitas, e 83% dizem checar se as informações são verdadeiras antes de compartilhar algo.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre segunda e terça. O levantamento, contratado pela “Folha de S.Paulo” e registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-08145/2024, levou em consideração entrevistas presenciais com 1.092 eleitores da capital paulista. A margem de erro é estimada em três pontos percentuais para mais ou menos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Pesquisa importante. Confirma o que já explicamos aqui sobre fake news, que só atingem as camadas inferiores da população. Quem acompanha a grande mídia no rádio, televisão, imprensa e web, acessando os portais, sites e blogs de jornalistas profissionais, consegue escapar das fakes news, que geralmente são acessadas via celular. Essa histeria sobre a vitória nas eleições hoje depender de fake news é uma conversa fiada, uma tremenda bobagem. (C.N.)

Jeremoabo: Abandono e Descaso à Ordem Pública

Está apenas seguindo o péssimo exemplo da residência na Goela da Ema, onde os parentes do servidor que trabalha no forum de Jeremoabo praticamente interditaram uma calçada onde os transeuntes são obrigados a andar numa pista estreita e movimentada, sujeitando-se a acidente, além dos toldos em péssimas condições.



Estou recebendo uma mensagem que denuncia o estado de abandono e descaso à ordem pública em Jeremoabo, com a administração municipal acéfala e a cidade entregue à própria sorte. A falta de liderança e organização municipal gera diversos problemas, como a obstrução de calçadas por comerciantes, colocando em risco a segurança de crianças, alunos e idosos.

Pontos chave do texto:

  • Administração municipal acéfala: A falta de liderança na prefeitura leva à desorganização e à falta de providências para solucionar problemas na cidade.
  • Cidade abandonada: A ausência de administração eficiente resulta em uma cidade negligenciada, com infraestrutura precária e serviços públicos deficientes.
  • Cada um administra ao seu modo: A falta de autoridade e organização leva à proliferação de comportamentos irresponsáveis, como a obstrução de calçadas por comerciantes.
  • Ordem não existe: O descaso com a ordem pública gera um ambiente caótico e inseguro para os cidadãos.
  • Órgãos da prefeitura desaparecem: A falta de transparência e accountability na administração municipal gera desconfiança e frustração entre os contribuintes.
  • Prefeito só pensa em festejos juninos: A priorização de eventos festivos em detrimento de necessidades básicas da população demonstra a falta de compromisso com o bem-estar dos cidadãos.
  • Contribuintes prejudicados: A ineficiência da administração municipal gera custos e transtornos para os contribuintes, que são obrigados a arcar com as consequências da má gestão.

Exemplo concreto:

O caso do bar Skinna Grill, ao lado da igreja N.S. da Conceição, ilustra o problema da obstrução de calçadas por comerciantes. A presença de um paredão na calçada impede a livre circulação de pedestres, colocando em risco a segurança de crianças, alunos e idosos. A utilização da calçada para mesas e cordas agrava a situação, tomando espaço na pista e dificultando ainda mais o trânsito. A falta de fiscalização e o descaso das autoridades locais contribuem para a perpetuação do problema.

Conclusão:

O texto apresenta um retrato preocupante da situação em Jeremoabo, onde a falta de liderança, organização e compromisso com o bem-estar da população resulta em um ambiente caótico, inseguro e negligenciado. É urgente que as autoridades tomem medidas para solucionar os problemas da cidade e garantir a qualidade de vida dos cidadãos.

Recomendações:

  • Eleição de um novo prefeito: A escolha de um líder comprometido com a gestão pública e o bem-estar da população é fundamental para iniciar a mudança na cidade.
  • Reorganização da administração municipal: A reestruturação da prefeitura, com foco na eficiência, transparência e accountability, é necessária para garantir a efetividade da gestão pública.
  • Fiscalização rigorosa: A intensificação da fiscalização e a punição de comportamentos irresponsáveis, como a obstrução de calçadas, são essenciais para garantir a ordem pública e a segurança dos cidadãos.
  • Investimentos em infraestrutura: A realização de investimentos em infraestrutura, como a recuperação de calçadas e a criação de espaços públicos seguros, é fundamental para melhorar a qualidade de vida da população.
  • Diálogo com a comunidade: A abertura de canais de comunicação entre a administração municipal e a comunidade é crucial para garantir a participação popular na tomada de decisões e na construção de um futuro melhor para Jeremoabo.

O que a revogação do decreto de emergência significa para você, cidadão comum:



Cheias em Jeremoabo: Perdas além do colchão e da casa

A recente revogação do decreto de calamidade pública em Jeremoabo pelo prefeito, em favor da realização de uma festa junina, gerou indignação e preocupação entre os moradores. Mas você sabe quais os reais impactos dessa decisão além das perdas materiais como casas e colchões?

Aumento do custo de vida:

  • Inflação galopante: Com a revogação do decreto, os benefícios sociais que auxiliariam os desabrigados pelas cheias não serão mais disponibilizados. Isso significa que, além de perderem seus lares e meios de subsistência, as famílias atingidas agora terão que lidar com o aumento do custo de vida, já que produtos básicos como coentro dobraram de preço, passando de R$2,00 para R$5,00.

Sofrimento para todos:

  • Impacto geral: Os efeitos da revogação não se limitam aos diretamente afetados pelas cheias. Toda a população está sofrendo com o aumento dos preços, impactando o bolso de quem faz compras no supermercado, na feira, afetando tanto os pobres quanto os ricos.

Festa em meio ao caos:

  • Prioridades invertidas: Enquanto famílias perdem tudo e lutam para sobreviver, o prefeito insiste em promover uma festa caríssima, desviando recursos que poderiam ser utilizados para auxiliar os necessitados. Essa atitude demonstra incompetência e falta de sensibilidade para com o sofrimento do povo.

Mobilização é necessária:

  • Não podemos nos calar! É fundamental que a população se mobilize e cobre do prefeito explicações sobre essa decisão absurda. Precisamos exigir que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e que as famílias atingidas pelas cheias recebam o apoio necessário para reconstruir suas vidas.

Lembre-se: a revogação do decreto de emergência não afeta apenas os diretamente atingidos pelas cheias. Todos nós estamos pagando o preço da incompetência e da irresponsabilidade do prefeito. Chega de festas em meio ao caos! Exijamos ações concretas para ajudar as vítimas das cheias e construir um futuro melhor para Jeremoabo!

Desvendando o Enigma do Concurso: Uma Análise Detalhada

Desvendando o Enigma do Concurso: Uma Análise Detalhada

O Contexto:

O vídeo em questão levanta sérias dúvidas sobre a legitimidade do concurso público realizado em Jeremoabo, sugerindo que o processo foi direcionado para beneficiar a família do prefeito, Deri do Paloma, e do secretário de Administração. As acusações se baseiam em relatos do radialista Junior de Santinha, que aponta para irregularidades e desvios de recursos em diferentes áreas da administração municipal.

Analisando as Acusações:

  • Malversação de Recursos na Saúde: A afirmação de que o dinheiro da saúde foi mal utilizado, deixando o povo sem medicamentos e assistência médica, é extremamente grave. Se comprovada, tal conduta configura crime e demonstra negligência com a saúde pública, colocando em risco a vida dos cidadãos.
  • Corrupção na Educação: A alegação de corrupção nos recursos da educação, com escolas em péssimas condições, ônibus escolares sucateados e merenda de má qualidade, também é preocupante. Essa situação compromete a qualidade do ensino e impede que os alunos recebam uma educação digna.
  • Favorecimento no Concurso: A principal acusação do vídeo reside na suspeita de que o concurso público foi manipulado para beneficiar a família do prefeito e do secretário de Administração. Tal prática, se confirmada, seria um ato de nepotismo e violaria os princípios da isonomia e da impessoalidade da administração pública.

Impacto das Acusações:

As acusações levantadas no vídeo geram um clima de desconfiança e indignação na população de Jeremoabo. A comunidade se sente lesada e enganada por seus próprios representantes, que deveriam zelar pelo bem-estar coletivo e não por interesses pessoais. O sentimento de impotência e frustração é agravado pela percepção de que tais práticas se tornaram "normais", como se a corrupção e a má gestão fossem fatos inevitáveis na administração pública.

Reflexões e Questões:

O vídeo serve como um alerta para a necessidade de maior transparência e accountability na gestão pública. É fundamental que os cidadãos cobrem seus representantes vereadores e exijam que os recursos públicos sejam utilizados de forma responsável e ética. As autoridades competentes devem investigar as denúncias e tomar as medidas cabíveis, caso se comprovem as irregularidades.

Pontos Dignos de Nota:

  • O vídeo não apresenta provas concretas das acusações, o que torna importante a investigação por parte das autoridades competentes.
  • A linguagem utilizada no vídeo é forte e carregada de emoção, o que pode influenciar a interpretação das informações.
  • É importante ter em mente que se trata de apenas um lado da história, e que o prefeito e o secretário de Administração ainda não tiveram a oportunidade de se defender das acusações.

Conclusão:

O vídeo levanta sérias preocupações sobre a gestão pública em Jeremoabo, mas é fundamental que as acusações sejam investigadas de forma rigorosa e imparcial. A comunidade tem o direito de saber a verdade e de exigir que seus representantes atuem com honestidade e responsabilidade.





 


Atenção, Prefeito Deri do Paloma!

Não se aproveite da simplicidade do povo do Barro São José!

É inadmissível que o senhor utilize o Instagram, pago com dinheiro público, para propagar uma falsa realidade sobre a pavimentação do bairro.

A obra foi realizada com recursos públicos, provenientes do suor e do imposto do povo, e não deve ser usada como plataforma para autopromoção e propaganda enganosa.

Lembre-se:

  • A função pública não é um palanque eleitoral.
  • Seus deveres como prefeito incluem zelar pelo bem-estar da população, e não por sua própria imagem.
  • A população do Barro São José merece respeito e transparência, não mentiras e manipulações.

Exigimos:

  • Que o senhor cesse imediatamente com essa conduta antiética.
  • Que se concentre em administrar o município de forma responsável e transparente.
  • Que priorize o bem-estar da população, especialmente daqueles que mais precisam.

O povo do Barro São José está atento e não se deixará enganar por suas jogadas políticas.

#ChegaDePropagandaEnganosa #BarroSãoJoséMereceMais #TransparênciaJá

Compartilhe essa mensagem para que o Prefeito Deri do Paloma seja cobrado por suas ações!

TJBA avança na criação de um assistente técnico para magistrados de 1ª instância

 Foto: Divulgação

O Desembargador Rolemberg Costa segurando o Projeto de Lei junto com a Presidente do TJBA, Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende03 de junho de 2024 | 15:44

TJBA avança na criação de um assistente técnico para magistrados de 1ª instância

O Desembargador Rolemberg Costa, na condição de Coordenador do Grupo de Trabalho para a realização de estudos e formulação de propostas para aperfeiçoar os serviços judiciários de primeira instância, apresentou à Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, o Projeto de Lei que cria a figura do assistente técnico para os juízes.

A reunião ocorreu na segunda-feira (27), com a presença da Juíza Rita de Cássia Ramos Carvalho, Assessora Especial da Presidência para Assuntos Institucionais, e do Assessor Neilto Barreto Filho.

Atualmente, cada magistrado tem um assessor. Com a inovação, passará a ter um assessor e um assistente técnico. O objetivo da criação dessa função de confiança é reduzir a taxa de congestionamento de processos e, por consequência, aumentar a celeridade do Poder Judiciário, resultando na melhoria dos serviços prestados à população.

Os próximos passos, ainda no âmbito do TJBA, são o parecer da Comissão de Reforma Judiciária, Administrativa e Regimento Interno, bem como a aprovação do Tribunal Pleno. Após essas duas etapas, o Projeto de Lei vai para a votação na Assembleia Legislativa da Bahia.

O Grupo de Trabalho foi instituído pelo Decreto Judiciário nº 192/2024 e cumpre as diretrizes estabelecidas pela Resolução CNJ nº 194/2016, que institui a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição.

Fim das saidinhas pode dividir detentos em duas categorias, diz chefe da Defensoria da União

 Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

03 de junho de 2024 | 17:00

Fim das saidinhas pode dividir detentos em duas categorias, diz chefe da Defensoria da União

BRASIL

O defensor público-geral federal, Leonardo Magalhães, diz que o fim das saidinhas pode dividir os presos entre os que já tinham decisão favorável para deixar o sistema penitenciário em datas comemorativas e os que terão que se submeter às novas regras, sem o direito de visitar a família.

Antes mesmo da derrubada do veto do presidente Lula (PT), a lei reduzia drasticamente o número de possíveis beneficiados e dava início a uma “imensa discussão jurídica” ao deixar de propor qualquer norma de transição, afirma o chefe da Defensoria Pública da União.

“Você retira totalmente o direito a saídas temporárias no Brasil. A gente tem mulheres que não praticaram crimes com violência ou grave ameaça, não praticaram crimes hediondos, e que vão perder o direito de ver seus filhos. Presos que vão perder o direito de ver os pais”, diz em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

No cargo desde janeiro depois que o Senado rejeitou o nome do indicado anterior, Magalhães também afirma que avalia acabar temporariamente com o teto de renda de R$ 2 mil para acessar os serviços da DPU no Rio Grande do Sul.

De que forma o fim das saidinhas o preocupa?

A saída temporária é um direito que vem para garantir a reinserção social do preso. É uma forma de, pouco a pouco, a pessoa voltar ao convívio da família, dos amigos. Uma política de descompressão do sistema penal. Com o veto derrubado, você retira totalmente o direito a saídas temporárias no Brasil. É uma situação complicada.

A gente tem mulheres que não praticaram crimes com violência ou grave ameaça, não praticaram crimes hediondos, e que vão perder o direito de ver seus filhos. Presos que vão perder o direito de ver os pais.

A pena não pode passar da pessoa do condenado. Nós estamos também retirando dos filhos, dos pais, a possibilidade de ter o convívio, ainda que por um período pequeno, com a pessoa privada de liberdade. Pouco mais de 5% dos beneficiados não retornam. Que política pública tem 95% de êxito?

O sr. teme rebeliões?

Quem atua no sistema penitenciário sabe muito bem que essas restrições têm um condão de gerar instabilidades, insatisfações, e que essas insatisfações eventualmente podem escalar. De maneira que pode gerar uma situação de rebelião. Um dos requisitos para o preso ter acesso à saída temporária é ter bom comportamento. Se ele não tem incentivo do Estado para ter bom comportamento…

A lei pode criar duas categorias de detentos?

Eu solicitei à Câmara de Coordenação e Revisão Criminal, que orienta a atuação dos defensores, uma nota técnica sobre as consequências.

Qual é a questão? Uma coisa são aquelas pessoas que já têm decisão judicial favorável à saída temporária. Aquelas que já tiverem decisão judicial vão gozar da saída temporária nos termos definidos na decisão judicial. Aquelas que não têm podem ter que cumprir a lei vigente. Mas esses pedidos têm que ser renovados porque dependem do bom comportamento.

Isso vai impactar também os presos do 8 de janeiro; essa é uma pergunta que me fazem. Não está assegurada para nenhum preso a aplicação da lei anterior. É uma norma de direito processual, que se aplica a partir da data de vigência.

Nós, da Defensoria Pública, muito provavelmente manteremos a posição de que nenhuma norma pode retroagir para prejudicar. Em tese, [a lei] deveria ser aplicada só para os crimes posteriores. Isso vai ser objeto de imensa discussão jurídica. A lei não traz norma de transição.

Como está a atuação da DPU no 8 de janeiro?

No mês passado, reuni-me com o procurador-geral da República [Paulo Gonet] e solicitamos a celebração de acordos de não persecução penal para casos de menor potencial ofensivo, pessoas que não participaram da depredação.

Uma vez homologado o acordo, a pessoa deve cumprir serviços comunitários e indenizar o Estado. Ao assinar, a pessoa reconhece a prática delitiva. Um problema que surgiu é que muitas dessas pessoas são hipossuficientes e não têm condições de pagar a multa mínima de um salário mínimo. A solução apresentada foi pedir o parcelamento.

Estamos falando de quantas pessoas?

Houve 1.254 processos na DPU, dos quais 979 foram arquivados. Entre os arquivados, alguns foram absolvidos, outros, condenados. Em outros, um advogado particular assumiu a defesa. Alguns processos também foram arquivados devido aos acordos de não persecução penal. Até o momento, foram firmados 110. Nosso trabalho hoje é identificar essas situações de menor potencial, menor dano.

Só neste ano o Senado aprovou castração química, PEC anti-drogas, fim das saidinhas. O que o sr. conclui desse quadro?

Acredito que precisamos compreender que o Brasil é uma República Federativa composta de três Poderes. O Legislativo tem a obrigação constitucional de legislar e representar os anseios da população.

Se o Congresso entende que deve avançar em certos temas que, eventualmente, possam não parecer tão adequados do ponto de vista da dignidade humana, isso será, no futuro, objeto de discussão judicial.

Isso não impede que órgãos de Estado, como a Defensoria Pública, defendam garantias. Em situações que entendemos poder ser objeto de judicialização, a Defensoria agirá no caso concreto da pessoa específica, buscando promover todos os direitos possíveis.

Como está a atuação no Rio Grande do Sul?

A sede DPU em Porto Alegre, Canoas e Santa Maria foi alagada. No dia 4 de abril eu inaugurei a nova sede em Porto Alegre. Nós perdemos tudo. Estive com a Caixa Econômica, nós vamos estar juntos na identificação de beneficiários. As pessoas perderam tudo, inclusive documentos.

Como a gente vai identificar aquela pessoa como beneficiária do Bolsa Família? Fizemos uma parceria para que a identificação biométrica seja utilizada.

Para as pessoas que possuem financiamento imobiliário, solicitamos à Caixa, que nos atendeu prontamente, que elas possam solicitar ao seguro a quitação do financiamento. Elas vão ter outra dívida, a da reconstrução. Estamos atuando também no remanejamento da população penitenciária. O primeiro andar do Complexo Prisional de Charqueadas foi alagado, os presos foram transferidos para o segundo.

Em breve, pretendo publicar uma norma específica para o Rio Grande do Sul [acabando com o teto exigido para ser atendido, de renda familiar de até R$ 2.000]. Da noite para o dia, pessoas que antes não eram assistidas pela Defensoria, que não eram parte do público-alvo, passaram a ser. Porque perderam tudo. Veja Eldorado do Sul, 98% do município [atingido]. Já estive com a AGU, a ideia também é tentar fazer conciliações prévias para evitar ao máximo demandas judiciais.

Thaísa Oliveira/Raquel Lopes/FolhapressPoliticaLivre

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