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quinta-feira, janeiro 18, 2024

Posse de Lewandowski poderia ser questionada até por ação popular


Ricardo Lewandowski, Ministro do STF, diz que impeachment de Dilma foi um “tropeço na democracia”. | ASMETRO-SI

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Afanasio Jazadji

Nomeado pelo presidente Lula, o ministro aposentado Ricardo Lewandowski, do Supremo, deverá tomar posse como ministro da Justiça e Segurança Pública no dia 1º de fevereiro, caso sua nomeação não seja contestada.

Como ninguém está acima da lei, qualquer ato administrativo, desde que praticado com desvio de finalidade, imoralidade e ilegalidade, pode ser submetido ao crivo da Justiça, por meio de ação popular, ação civil pública e mandado de segurança, isto, a qualquer tempo, sem esquecer o prazo prescricional.

EXEMPLO DE LULA – Sobre essa possibilidade jurídica, vale relembrar que, em março de 2016, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, no governo Dilma Rousseff.

Naquele caso, o hoje decano da Corte decidiu que houve desvio de finalidade na nomeação, já que, segundo ele, a presidente Dilma apenas fez isso para que eventual denúncia contra Lula fosse julgada pelo Supremo, onde é o foro por prerrogativa de função dos ministros de Estado.

Dilma busca impedir que as investigações da Lava Jato sobre Lula não continuassem tramitando na 13ª. Vara Criminal de Curitiba, onde atuava o então juiz Sérgio Moro.

“ILÍCITO ATÍPICO” – Em sua decisão, Gilmar Mendes frisou “que a nomeação de Lula é um caso de “ilícito atípico”, ou seja, um ato ilícito que tem aparência de legalidade.

Segundo ele, ao nomear Lula como ministro, a presidente Dilma produziria resultado incompatível com a ordem constitucional, ao conferir ao investigado o foro no Supremo”.

Disse mais o relator: “É muito claro o tumulto causado ao progresso das investigações, pela mudança de foro. É autoevidente que o deslocamento da competência é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais”.

OUTRO EXEMPLO – Há seis anos, no governo Temer, a ministra Carmen Lúcia suspendeu a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho.

Era uma ação popular contra a então deputada federal Cristiane Brasil, filha do ex-deputado  Roberto Jefferson. Houve uma decisão liminar proferida pelo juiz Leonardo Couceiro, da 4ª Vara Federal Criminal de Niterói, que acabou sendo confirmada no Supremo.

Como decisão judicial se cumpre, o então presidente Temer revogou o ato de nomeação daquela que foi sem nunca ter sido ministra, cujo crime foi ter infringido as leis trabalhistas. Assim, se a moda pega, não sobra ninguém.

AÇÃO POPULAR – Portanto, nada impede que qualquer cidadão, em pleno exercício de seus direitos civis, promova ação popular contra qualquer autoridade dos Poderes da República que cometeu ou possa vir a cometer atos administrativos que infrinjam a legalidade, a moralidade pública e causem lesividade ao erário.

Acredita-se nada haver que possa impedir Ricardo Lewandowski de continuar na vida pública, agora, em substituição ao ministro Flávio Dino.

Todavia, considerando o que vem sendo insistentemente veiculado pela imprensa, a população brasileira tem o direito de saber se é verdade que o futuro ministro da Justiça, logo após deixar a Suprema Corte, foi contratado por uma empresa que disputa neste momento uma causa de R$15 bilhões na justiça brasileira.

DÚVIDAS – Pode-se saber qual é o nome do escritório de advocacia ao qual o ex-integrante do STF se vinculou dias após se aposentar em abril de 2023 e que atua em nome da J&F, empresa dos Joesley e Wesley Batista?

O ex-ministro aposentou-se em abril do ano passado e logo passou a defender os interesses dos empresários que assinaram voluntariamente um acordo de leniência, em 2017, chancelado pelo Judiciário e que agora pretendem anulá-lo. Por quê?

Essa contratação de consultoria atípica e acelerada de um ex-integrante do STF, por certo, foi antecedida de longas e antecipadas negociações antes da aposentadoria do Judiciário. Essas negociações não teriam infringido o Princípio da Moralidade?

QUAL A FUNÇÃO? – Nessas ações de interesse da J&F, o ministro é parecerista, consultor e advogado? A OAB nacional foi consultada sobre a legalidade dessa prestação de serviços acordada uma semana depois que o ministro se aposentou? Não seria cautelosa a observação de uma quarentena?

Como, sem dúvida, o novo futuro ministro da Justiça lê os maiores jornais do País, que comentaram esse controverso procedimento profissional, aguarda-se que preste os esclarecimentos antes do dia 1º de fevereiro.

O tema está na ordem do dia com muitas críticas e crescente estranheza. Mas tudo indica que Lewandowski não dará nenhum esclarecimento, a não ser que seja levado a isso por uma ação popular.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Importantíssimo artigo de Afanasio Jazadji, que é jornalista, advogado e foi deputado estadual em São Paulo, quando conheceu o advogado Ricardo Lewandowski, na condição de presidente da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (1988/89) e, ao mesmo tempo, consultor jurídico da Assembléia e consultor jurídico da bancada do PT. Mas quem se interessa? (C.N.)


Posse de Lewandowski poderia ser questionada até por ação popular


Ricardo Lewandowski, Ministro do STF, diz que impeachment de Dilma foi um “tropeço na democracia”. | ASMETRO-SI

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Afanasio Jazadji

Nomeado pelo presidente Lula, o ministro aposentado Ricardo Lewandowski, do Supremo, deverá tomar posse como ministro da Justiça e Segurança Pública no dia 1º de fevereiro, caso sua nomeação não seja contestada.

Como ninguém está acima da lei, qualquer ato administrativo, desde que praticado com desvio de finalidade, imoralidade e ilegalidade, pode ser submetido ao crivo da Justiça, por meio de ação popular, ação civil pública e mandado de segurança, isto, a qualquer tempo, sem esquecer o prazo prescricional.

EXEMPLO DE LULA – Sobre essa possibilidade jurídica, vale relembrar que, em março de 2016, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, no governo Dilma Rousseff.

Naquele caso, o hoje decano da Corte decidiu que houve desvio de finalidade na nomeação, já que, segundo ele, a presidente Dilma apenas fez isso para que eventual denúncia contra Lula fosse julgada pelo Supremo, onde é o foro por prerrogativa de função dos ministros de Estado.

Dilma busca impedir que as investigações da Lava Jato sobre Lula não continuassem tramitando na 13ª. Vara Criminal de Curitiba, onde atuava o então juiz Sérgio Moro.

“ILÍCITO ATÍPICO” – Em sua decisão, Gilmar Mendes frisou “que a nomeação de Lula é um caso de “ilícito atípico”, ou seja, um ato ilícito que tem aparência de legalidade.

Segundo ele, ao nomear Lula como ministro, a presidente Dilma produziria resultado incompatível com a ordem constitucional, ao conferir ao investigado o foro no Supremo”.

Disse mais o relator: “É muito claro o tumulto causado ao progresso das investigações, pela mudança de foro. É autoevidente que o deslocamento da competência é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais”.

OUTRO EXEMPLO – Há seis anos, no governo Temer, a ministra Carmen Lúcia suspendeu a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho.

Era uma ação popular contra a então deputada federal Cristiane Brasil, filha do ex-deputado  Roberto Jefferson. Houve uma decisão liminar proferida pelo juiz Leonardo Couceiro, da 4ª Vara Federal Criminal de Niterói, que acabou sendo confirmada no Supremo.

Como decisão judicial se cumpre, o então presidente Temer revogou o ato de nomeação daquela que foi sem nunca ter sido ministra, cujo crime foi ter infringido as leis trabalhistas. Assim, se a moda pega, não sobra ninguém.

AÇÃO POPULAR – Portanto, nada impede que qualquer cidadão, em pleno exercício de seus direitos civis, promova ação popular contra qualquer autoridade dos Poderes da República que cometeu ou possa vir a cometer atos administrativos que infrinjam a legalidade, a moralidade pública e causem lesividade ao erário.

Acredita-se nada haver que possa impedir Ricardo Lewandowski de continuar na vida pública, agora, em substituição ao ministro Flávio Dino.

Todavia, considerando o que vem sendo insistentemente veiculado pela imprensa, a população brasileira tem o direito de saber se é verdade que o futuro ministro da Justiça, logo após deixar a Suprema Corte, foi contratado por uma empresa que disputa neste momento uma causa de R$15 bilhões na justiça brasileira.

DÚVIDAS – Pode-se saber qual é o nome do escritório de advocacia ao qual o ex-integrante do STF se vinculou dias após se aposentar em abril de 2023 e que atua em nome da J&F, empresa dos Joesley e Wesley Batista?

O ex-ministro aposentou-se em abril do ano passado e logo passou a defender os interesses dos empresários que assinaram voluntariamente um acordo de leniência, em 2017, chancelado pelo Judiciário e que agora pretendem anulá-lo. Por quê?

Essa contratação de consultoria atípica e acelerada de um ex-integrante do STF, por certo, foi antecedida de longas e antecipadas negociações antes da aposentadoria do Judiciário. Essas negociações não teriam infringido o Princípio da Moralidade?

QUAL A FUNÇÃO? – Nessas ações de interesse da J&F, o ministro é parecerista, consultor e advogado? A OAB nacional foi consultada sobre a legalidade dessa prestação de serviços acordada uma semana depois que o ministro se aposentou? Não seria cautelosa a observação de uma quarentena?

Como, sem dúvida, o novo futuro ministro da Justiça lê os maiores jornais do País, que comentaram esse controverso procedimento profissional, aguarda-se que preste os esclarecimentos antes do dia 1º de fevereiro.

O tema está na ordem do dia com muitas críticas e crescente estranheza. Mas tudo indica que Lewandowski não dará nenhum esclarecimento, a não ser que seja levado a isso por uma ação popular.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Importantíssimo artigo de Afanasio Jazadji, que é jornalista, advogado e foi deputado estadual em São Paulo, quando conheceu o advogado Ricardo Lewandowski, na condição de presidente da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (1988/89) e, ao mesmo tempo, consultor jurídico da Assembléia e consultor jurídico da bancada do PT. Mas quem se interessa? (C.N.)

Acusação contra Moro é “longa, detalhista e por vezes confusa”, diz a Polícia Federal


Moro vende móveis que usou em sua passagem de um ano pelos EUA

Moro diz que acusação é feita por um criminoso condenado

Luis Felipe Azevedo
O Globo

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou, na noite desta segunda-feira, que “não teme qualquer investigação” após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a abertura de inquérito para apurar suspeita de irregularidades cometidas pelo parlamentar quando era juiz federal, incluindo na Operação Lava-Jato.

Em postagem na rede social X (antigo Twitter), Moro lamentou a abertura de inquérito “com base nas fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que as suportem”.

FANTASIAS CONFUSAS – “Não temo qualquer investigação, pois sempre agi com correção e com base na lei para combater o crime, mas lamento a abertura de inquérito sobre fatos de quase 20 anos atrás e ao qual minha defesa não teve acesso, com base nas fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que as suportem”, escreveu o senador.

A investigação foi instaurada a partir de pedido apresentado pela Polícia Federal (PF) e reforçado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido de abertura de inquérito foi baseado em um relato do empresário e ex-deputado Antonio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, que firmou delação premiada no caso Banestado. O acordo foi homologado por Moro, então juiz federal.

Garcia afirmou que Moro passou “missões” que deveriam ser cumpridas, que incluiriam o uso de escutas ambientais e de interceptações em telefones. Para a PF, há indícios das práticas dos crimes de fraude processual, organização criminosa, lavagem de capitais e concussão.

SEM IRREGULARIDADE – Em nota divulgada mais cedo, Moro afirmou que “não houve qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás” e negou os “fatos afirmados no fantasioso relato do criminoso Tony Garcia”.

Uma investigação preliminar foi realizada no ano passado, por determinação de Toffoli, e Garcia prestou três depoimentos, entre agosto e setembro. A PF considerou a narrativa apresentada “longa, detalhista e por vezes confusa”, mas ressaltou que ele tratou de “diversos aspectos potencialmente criminosos envolvendo agentes públicos e privados que atuaram direta e indiretamente na Operação Lava-Jato”.

A PF ainda solicitou os depoimentos de Moro, de sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), do ex-procurador Deltan Dallagnol. da juíza Gabriela Hardt e do doleiro Alberto Youssef, que firmou delação na Lava-Jato. Toffoli não decidiu sobre esse ponto.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É comovente o esforço de Dias Toffoli para destruir Sérgio Moro. O ministro pensa (?) que, agindo assim, poderá reaver a amizade de Lula da Silva, que não fala com Toffoli há anos, alegando que foi traído por ele. Para evitar o encontro com Lula e o constrangimento de ser repelido ou esculhambado por ele, Toffoli preferiu faltar à solenidade do 8 de Janeiro. Foi uma ausência que preencheu uma lacuna, como se diz, ironicamente. (C.N.)

quarta-feira, janeiro 17, 2024

“Soberania da Amazônia está ameaçada pela criminalidade”, diz Barroso em Davos


Brasil pode perder soberania da Amazônia para o crime, diz Barroso

Barroso pediu a palavra para dizer bobagens em Davos

Felipe Pontes
Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, defendeu nesta quarta-feira (17) que o país faça um debate “sem preconceitos” sobre política de drogas e destacou a segurança pública como um dos principais problemas da América Latina, sobretudo na região da Amazônia, cuja soberania considera “ameaçada” pelo crime.

“Acho que mais recentemente tem se agravado o problema da segurança publica e da violência, e acho que precisamos incluir essa preocupação na agenda, em especial na agenda progressista”, disse Barroso durante painel sobre a América Latina no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

NEGLIGÊNCIA – Em sua visão, “o pensamento progressista sempre negligenciou em alguma medida a questão da segurança pública, atribuindo-a tão somente à pobreza e à desigualdade, o que é um fato, mas pobre também precisa de segurança pública e nós nos atrasamos”.

Participaram também o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld. Após o evento, Barroso conversou com jornalistas e expôs sua preocupação com o crime organizado e reiterou sua preocupação com a soberania da Amazônia.

“O Brasil corre risco de perder a soberania da Amazônia, não para outros países, mas para o crime organizado”, afirmou o presidente do STF. Ele elencou um rol de crimes ambientais – extração ilegal de madeira, mineração ilegal, grilagem de terras e queimadas ilegais – e somou a eles o tráfico de drogas.

ROTA DO TRÁFICO – “Agora [a Amazônia] também passou a ser rota do tráfico, de modo que o Brasil precisa se conscientizar de que nós temos que ter uma política de segurança pública mais abrangente e isso repercute sobre o Poder Judiciário e é uma preocupação relevante que eu tenho”, disse Barroso.

Ele complementou afirmando que pretende organizar um evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também preside, sobre o tema de segurança pública e do combate às drogas, que segundo ele precisa ser enfrentado com “criatividade”, “ousadia” e “sem preconceito”.

“Essa é uma guerra que nós estamos perdendo. De modo que não importa a visão de cada um sobre o endurecimento da repressão ou sobre as experiências de legalização que há em outros países. Seja qual for o caminho que se escolha, nós temos que partir do pressuposto que o que nós estamos fazendo não está dando certo. E o maior problema que eu vejo é o domínio que o tráfico exerce sobre muitas comunidades pobres do Brasil”, afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A vaidade é o maior problema de Barroso, que tem surtos parecidos aos de Lula e dá declarações impensadas. Quer dizer, como o pavão, faz questão de exibir a cauda, ao invés de pensar com a cabeça. É fácil controlar o crime na Amazônia, porque ela quase não tem estradas, a droga segue por avião e por lanchas. Para combater o tráfico, só falta disposição, não é uma guerra perdida de soberania.

Cabe ao Supremo, isso sim, criar normas que impeçam libertação de criminosos e acabe com a impunidade neste país, que é governado por um ex-presidiário, condenado por 10 juízes e que ganhou a liberdade por conivência do próprio Supremo, ao transformar o Brasil no único país da ONU que não prende criminosos após segunda instância, que é uma vergonha para nós, e o próprio Barroso votou a favor.

Quanto aos progressistas brasileiros, realmente são uma decepção, E o certo é que o ministro-pavão devia pensar sobre isso e fazer uma autocrítica, antes de exibir a cauda. (C.N.)  


Apoio incondicional do PT à permanência da ministra da Saúde é prejudicial a Lula

Publicado em 17 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Nísia Trindade vai com Lula à Assembleia Geral da ONU

Lula mostra ser um grande carregador de malas pesadas

Ramiro Brites, Gustavo Maia
Veja

Sob ofensiva de uma ala do Centrão e de fogo amigo do Partido dos Trabalhadores, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, recebeu apoio do senador Humberto Costa (PT-PE), que chefiou a pasta no primeiro governo Lula, e da presidente nacional do PT e deputada, Gleisi Hoffmann.

Costa foi às redes sociais dizer que o Ministério da Saúde “é alvo do apetite insaciável de alguns setores” e declarou que a “ministra Nísia Trindade conta com o irrestrito apoio do PT”.

NO ANONIMATO – O senador petista destacou as críticas do Centrão, que reclamam de atraso na liberação de verbas. “As reclamações vêm no anonimato. Conhecemos esse tipo de expediente”, escreveu. 

Dentro do petismo, no entanto, também há ressalvas quanto ao comando da pasta. Críticas à gestão do Ministério em hospitais federais vêm sendo vocalizadas pelo vice-presidente nacional do PT, o deputado federal Washington Quaquá. Em entrevista recente ao jornal O Globo, o parlamentar afirmou que “a ministra é inoperante” e “não tem o tamanho que o governo precisa”.

Sem citar nomes, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, rebateu as críticas e disse que os comentários partem de “grupos políticos ávidos por abocanhar o Ministério da Saúde”. A deputada cita matérias jornalísticas e fala em “notícias plantadas”. 

GLEISI APOIA – “A ministra já mostrou sua competência e seu compromisso com nosso projeto de país. Tem toda a solidariedade do PT”, completou Gleisi, no último sábado. 

Também o deputado federal Lindbergh Farias, namorado de Gleisi Hoffmann, saiu em defesa da ministra, que conseguiu a nomeação de um de seus filhos como secretário de Cultura da Prefeitura de Cabo Frio, após repassar 55,4 milhões ao município do Estado do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a ministra publicou um vídeo de Davos, na Suíça, onde vai participar do Fórum Econômico Mundial, participando de uma “agenda intensa” ao lado de Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do do Clima) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Ministras e ministros como Anielle Franco, Juscelino Filho, Nísia Trindade e Fufuquinha já deveriam ter sido demitidos logo na primeira trapalhada. Mas o Lula e o PT parecem gostar de colecionar escândalos. E a omissão segue estragando a imagem de Lula como gestor, digamos assim. (C.N.)


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