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quinta-feira, janeiro 11, 2024

Lula promete autonomia a Lewandowski e estende Dino em transição na Justiça

 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula no anúncio de Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça no lugar de Flávio Dino11 de janeiro de 2024 | 14:50

Lula promete autonomia a Lewandowski e estende Dino em transição na Justiça

BRASIL

O presidente Lula (PT) anunciou nesta quinta (11) a indicação do ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski para assumir o Ministério da Justiça.

O ex-magistrado irá assumir o cargo de Flávio Dino, que deixará a pasta por ter sido escolhido pelo chefe do Executivo e aprovado pelo Senado para o Supremo.

Dino seguirá no governo até o dia 30, para comandar a transição. Lula afirmou que Lewandowski terá liberdade para escolher sua equipe.

“Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time”, disse o presidente. “O meu time eu que escalo. Se eu perder, me tiram. Se eu ganhar, eu continuo”.

O petista declarou ainda que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, cobrará Lewandowski pela nomeação de mulheres para a pasta.
O mandatário afirmou que o decreto de nomeação do novo ministro da Justiça será publicado no dia 19 de janeiro, mas que a posse só ocorrerá em 1º de fevereiro. Até lá, Dino seguirá à frente da pasta.

O mandatário disse que a data de nomeação foi um pedido de Lewandowski “por conta de coisas particulares que ele tem que fazer”.

Sobre a montagem da equipe do futuro ministro, Lula disse que tem por “hábito não indicar ninguém para os ministérios” porque entende que cabe ao chefe de cada pasta ter liberdade para escolher seus auxiliares. No entanto, afirmou que ainda conversará com o futuro ministro “para ver quem fica, quem sai, quem entra” no Ministério da Justiça na próxima gestão.

O PSB, partido de Dino e do vice-presidente Geraldo Alckmin, vinha pressionando para manter secretarias na Justiça ou até mesmo a criação do Ministério de Segurança Pública, sob o comando de um indicado do partido —o atual secretário-executivo de Dino, Ricardo Cappelli.

Cappelli publicou nas redes sociais que não pediu para deixar o cargo. “Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”.

Lewandowski sempre foi visto como o único ministro do STF que se manteve fiel ao PT até nos piores momentos, como no auge da Operação Lava Jato, enquanto outros indicados pelo partido à corte deram decisões desfavoráveis à sigla e fizeram acenos à direita nesse período.

No anúncio, Lula afirmou conhecer a família de Lewandowski e que achou que a mulher dele não iria deixá-lo assumir o ministério.

“Graças a Deus a Lara teve a compreensão de falar para o Lewandowski: ‘eu sei que você quer ir, então vá, meu amor’. E ele ontem me comunicou que aceita ser o novo ministro da Justiça deste país”, disse Lula.

O chefe do Executivo também recordou a relação dele com o futuro chefe do Ministério da Justiça.

“Eu conheci o Lewandowski com 28 anos de idade trabalhando na Prefeitura de São Bernardo no governo do companheiro Aron Galante, que era um prefeito, médico, que ajudou a gente a fazer o primeiro congresso da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em 1983. E tive a honra de ser o presidente que indiquei o nome dele para o STF e ele foi aprovado no Senado de forma extraordinária, com muitos elogios”, afirmou.

A demora na oficialização ocorreu porque o ministro aposentado vinha trabalhando em nomes da sua futura equipe e, principalmente, buscava organizar seu escritório de advocacia.

Lewandowski foi indicado em 2006 por Lula ao Supremo, quando era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele foi recomendado por Márcio Thomaz Bastos, então ministro da Justiça e um dos homens fortes do governo à época.

Quando presidiu no Senado o julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chancelou uma manobra regimental que fracionou a votação.

Ele permitiu a votação em separado da perda de mandato de Dilma e da inabilitação para exercer funções públicas por oito anos. O Senado rejeitou a inabilitação, mantendo os direitos políticos da petista.

Com isso, apesar de ter que deixar a Presidência da República, Dilma não ficou impedida de exercer atividade política —e pôde, por exemplo, concorrer ao Senado em 2018.

No julgamento do mensalão, ele votou para absolver o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino, mas foi voto vencido.

Se seu voto tivesse prevalecido, o ex-deputado Roberto Jefferson também não teria sido considerado um colaborador nem teria sido beneficiado com o regime aberto de prisão.

Ganhou notoriedade também pelos embates com o relator do caso, Joaquim Barbosa, normalmente defendendo o que apontava como garantias constitucionais dos acusados e ampla defesa.

Por isso, Lewandowski foi acusado pelo colega de parecer advogar para os réus e que estaria tentando obstruir o julgamento.

Com os processos da Lava Jato, o ministro também deu decisões a favor de Lula.

Ele trancou, por exemplo, casos que tinham sido abertos na Justiça Federal no Paraná e autorizou que a defesa de Lula tivesse acesso a mensagens vazadas de integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal. Esse material deu início à derrocada da operação.

Nesta quinta, Lula também comentou a indicação de Dino para o Supremo. Ele disse que sempre quis que a corte tivesse um ministro com “a cabeça política, que tivesse vivenciado a política”.

“Ninguém que está lá tem a experiência política que tem o Flávio Dino. A experiência de deputado, a experiência de perder eleição, de ganhar eleição, de ser deputado federal, de ser eleito governador duas vezes e senador”, afirmou.

Apenas Lula falou durante o anúncio. Pelas redes sociais, Dino exaltou seu sucessor.

“Teremos 20 dias de transição, ao longo dos quais eu e a minha equipe ajudaremos ao máximo a aqueles que vierem a ser escolhidos para continuar com as tarefas que hoje conduzimos. No dia 1º de fevereiro retorno ao Senado, onde permanecerei até o dia 21 de fevereiro. Neste dia renunciarei para assumir o STF no dia 22”, disse.

Matheus Teixeira/FolhapressPolitica Livre

‘Fui convocado para uma missão, para um projeto de país’, diz Lewandowski

 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski11 de janeiro de 2024 | 16:15

‘Fui convocado para uma missão, para um projeto de país’, diz Lewandowski

BRASIL

O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski, indicado nesta quinta-feira (11) para assumir o Ministério da Justiça, afirmou à coluna que o presidente Lula (PT) o convidou para um desafio de longo prazo.

“Fui convocado para uma missão, para um projeto de país”, diz o ex-magistrado.

Lewandowski assumirá a pasta em fevereiro. Ele não quis detalhar se vai fazer modificações na equipe.

Estarão sob sua alçada a gestão de temas como a questão indígena, o direito do consumidor, a situação carcerária e a segurança pública, considerada o ponto mais delicado de todos.

Lewandowski sucederá Flávio Dino, indicado por Lula para uma vaga no Supremo.

O ministro aposentado sempre esteve entre os favoritos para chefiar a pasta da Justiça. Seu nome ainda surge como uma escolha de consenso, para encerrar as disputas na esquerda em torno da sucessão de Dino, filiado ao PSB.

A coluna mostrou, em novembro, que Lula e Lewandowski viajaram juntos no momento em que a sucessão na Justiça esquentava com a saída do Dino. O magistrado aposentado integrou a comitiva que foi aos Emirados Árabes Unidos para a COP28.

Lewandowski deixou o STF em abril passado, ao completar 75 anos —idade máxima para ministros da Corte. Ele foi substituído na ocasião pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin.

Fora do Judiciário, ele manteve uma relação de proximidade com o governo e com Lula, de quem é amigo.

O jurista foi indicado para o Supremo pelo próprio Lula, em 2006. Ele chefiou a corte de 2014 a 2016, tendo inclusive presidido o julgamento do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

Mônica Bergamo/FolhapressPolítica Livre

de demissão e afirma que fará transição

 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli11 de janeiro de 2024 | 12:21

Cappelli, número 2 da pasta, nega pedido de demissão e afirma que fará transição

BRASIL

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, negou nesta quinta-feira (11) que tenha pedido demissão. Em postagem em suas rede sociais, ele ainda afirmou que fará a transição do cargo.

“Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública. União e Reconstrução”, escreveu Cappelli.

Folhapress

MPF recorre contra absolvição de Temer em corrupção junto ao setor portuário

Publicado em 11 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Temer assina MP que reduz para 60 anos idade para saque do PIS/Pasep | Metrópoles

Temer sabe que jamais será novamente preso aqui no Brasil

Mariana Muniz
O Globo

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta segunda-feira contra a absolvição sumária do ex-presidente Michel Temer (MDB) da acusação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao supostamente favorecer empresas do setor portuário em troca de propina.

No recurso ao STJ, o Ministério Público entende que a acusação deve ser reanalisada pela Justiça Federal do Distrito Federal. A petição é assinada pelo procurador regional da República Guilherme Schelb.

DEFESA PROTESTA – Em nota, a defesa de Temer chamou a tentativa de vergonhosa. “O MPF é destemido, por isso insiste em levar ao STJ sua vergonhosa tentativa de ver o presidente Temer processado por fatos evidentemente atípicos, expostos em denúncia inepta e sem que haja justa causa para a ação penal”, diz a nota.

A denúncia contra Temer foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro de 2018 e acusava o ex-presidente de instrumentalizar “sua função pública para favorecer os controladores do grupo Rodrimar, usando-a como mote para receber R$ 32 milhões”.

Em março de 2021, Temer foi absolvido pela Justiça Federal do Distrito Federal, e a decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

CONEXÃO EVIDENTE – Agora, o representante do MPF argumenta ao STJ que “a conexão entre o recebimento e a função pública exercida por Michel Temer é evidente e está suficientemente descrita na denúncia e comprovada por meio de provas robustas, especialmente os diálogos mantidos pelos réus e interceptados judicialmente”.

“Diante disso, há, sim, justa causa para o prosseguimento da ação penal, a conduta imputada aos recorridos não é manifestamente atípica, não há que se falar em crime impossível quando se trata de conduta consumada, e a denúncia narra fatos ilícitos e imputáveis aos réus, preenchendo os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal”, diz o recurso.

HÁ PROVAS CABAIS – Ainda segundo o procurador, “há provas cabais, incontestáveis e que não foram afastadas pela decisão absolutória, no sentido de que três empresas eram mantidas pelo réu Michel Temer apenas para movimentar dinheiro ilícito, como bem pontuado na denúncia”.

O recurso do Ministério Público, contudo, ainda precisa ser “admitido” para ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, que só então analisará o pedido.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Será que alguém ainda acredita que Temer possa vir a ser condenado? E se for, jamais cumprirá pena, pela prescrição ou pela idade, pois já está com 83 anos e só ficou preso por apenas quatro dias, em 2019. (C.N.)

Lula declara apoio na Corte de Haia à denúncia contra Israel por genocídio

Publicado em 11 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Número de mortes na Faixa de Gaza ultrapassa 5 mil de | Internacional

Crianças já são quase a metade das vítimas em Gaza

Guilherme Botacini
Folha

O governo Lula (PT) anunciou nesta quarta-feira (10) que apoiará a denúncia da África do Sul à Corte Internacional de Justiça da ONU para apurar a acusação de que Israel comete genocídio contra o povo palestino em Gaza. A ação do país africano foi apresentada ao tribunal, mais conhecido como Corte de Haia, no último dia 29.

O documento acusa o Estado judeu de descumprir a Convenção Internacional contra o Genocídio, segundo o qual o termo pode ser definido a partir de cinco diferentes práticas: matar membros de um determinado grupo nacional, étnico, racial ou religioso; causar danos físicos ou mentais graves a eles; infligir a essas pessoas condições de vida que destruam sua capacidade de sobrevivência; impedir sua proliferação; transferir crianças desse grupo para outro local de forma forçada.

NOTA OFICIAL – O apoio do Brasil foi divulgado horas depois de o presidente Lula ter se reunido com o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Alzeben.

“À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados”, diz a nota do governo brasileiro.

A declaração destoa da tradição diplomática brasileira de buscar equilíbrio entre partes em conflito e, assim, legitimidade para atuar como interlocutor — papel que Lula tentou assumir durante o primeiro ano de seu terceiro mandato tanto no Oriente Médio quanto na Guerra da Ucrânia.

EFEITO BRICS – Mais do que isso, para Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper, o anúncio evidencia uma concertação maior do país com o Brics, grupo formado por nações emergentes, e um distanciamento de Estados ocidentais.

Ele acrescenta que a declaração do governo federal não chega a ser uma ruptura com esses países, mas pode significar o início de uma mudança de eixo. “O Brasil olhava muito mais para o Ocidente e, com países emergentes, posava para fotos. Hoje vejo laços políticos cada vez mais profundos com atores como China e Rússia”, diz.

O anúncio pode simbolizar ainda o princípio de um distanciamento maior dos EUA, ator principal das Américas —e, portanto, dos valores que eles professam. “É um perigo porque os países com os quais o Brasil hoje tem convivido mais de perto não são países que prezam, por exemplo, a democracia liberal”, afirma o pesquisador.

ISRAELITAS PROTESTAM – A Conib (Confederação Israelita do Brasil) condenou a posição brasileira. Em nota, disse que o governo diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa do país. “A ação sul-africana é uma inversão da realidade”, afirma a entidade.

A organização argumenta que Tel Aviv apenas respondeu ao ataque que o grupo terrorista Hamas perpetrou no sul israelense em 7 de outubro, matando ao menos 1.200 pessoas. “Israel está apenas se defendendo de um inimigo, ele sim, genocida, que manifesta abertamente seu desejo genocida de exterminar Israel e os judeus.”

Outros países além do Brasil já manifestaram publicamente apoio à denúncia sul-africana, como Turquia, Jordânia, Malásia, Bolívia e Venezuela. O governo de Gabriel Boric no Chile, por sua vez, disse nesta quarta-feira que em breve também apresentará uma denúncia contra Israel em fóruns internacionais.

POSIÇÃO BRASILEIRA – Sylvia Steiner celebrou a posição brasileira. “O apoio de países como Brasil e Chile, latino-americanos bastante respeitados, tem peso”, diz. Ela atuou entre 2003 e 2016 no TPI, o Tribunal Penal Internacional —órgão que também está baseado na cidade holandesa e, diferentemente da Corte de Haia, julga indivíduos, não Estados.

“Todas as páginas do processo apresentado pela África do Sul contêm denúncias muito bem fundamentadas, muitas fontes de prova sobre genocídio”, prossegue a jurista. O documento pede que a corte emita medidas provisórias ou de curto prazo que interrompam a ação de Israel em Gaza. Na ocasião da apresentação do documento, a chancelaria de Israel afirmou que o processo não tem base para a acusação.

Steiner detalha dois pontos de relevância do caso. Primeiro, afirma que investigar a responsabilidade penal de um indivíduo (como faz o TPI) é muito mais difícil do que investigar a responsabilidade de um Estado como um todo (caso da Corte de Justiça). Segundo, diz que é provável que, agora, a corte emita medidas provisionais para exigir “a expressa cessação imediata das hostilidades”.

POSIÇÃO SIMBÓLICA – As decisões da alta corte —principal órgão judicial da ONU e composto por 15 juízes, cada um de um país— são vinculativas, embora haja poucos meios de fazê-las cumprir, mesmo que Israel seja signatário da Convenção Internacional contra o Genocídio de 1948.

Em 2004, por exemplo, a corte disse que a construção de uma barreira de segurança por Tel Aviv na Cisjordânia ocupada era ilegal e deveria ser desmantelada. Duas décadas depois, os uros seguem de pé.

Condenar Estados por genocídio não é uma tarefa simples ou célere. Um dos casos mais conhecidos é o da Sérvia, acusada de ter ordenado o massacre de bósnios em 1995. Em 2007, a Corte de Justiça reconheceu que o massacre de 8.000 pessoas em 1995 foi genocídio. Mas eximiu o Estado sérvio da acusação de ter ordenado o crime.

Ministro de Lula levou servidores para Carnaval fora de época pagando diárias


Governo pagou assessores que acompanharam ministro em Carnaval | Metrópoles

Ministro era o comandante da folia no Carnaval de Aracaju

Gabriel de Sousa e Tácio Lorran
Estadão

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo (PT), usou dinheiro público para custear a viagem de três servidores para Aracaju onde foi realizada uma festa de Carnaval fora de época, no fim do ano passado. Um deles foi Bruno Peres, um fotógrafo oficial da Presidência da República encarregado de registrar o passo a passo de Macêdo durante a folia.

A agenda particular ocorreu entre os dias 3 e 5 de novembro. Para justificar as viagens dos assessores, a Secretaria-Geral alegou que eles iriam acompanhar Macêdo em visita a uma ONG cuja sede, segundo dados da Receita Federal, fica em um município vizinho a Aracaju. No entanto, a agenda oficial do ministro não registrou nenhuma missão no período. Além disso, ele não postou sequer uma foto do encontro em suas redes sociais – ao mesmo tempo em que publicou 28 imagens e um vídeo na folia. Aracaju é o reduto eleitoral de Macêdo.

ABRIR SINDICÂNCIA – Procurada, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que irá abrir uma sindicância para investigar o caso. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) também pediu para o Tribunal de Contas da União (TCU) apurar se os recursos foram destinados de forma irregular.

Macêdo não é o único no governo que tem usado a estrutura do governo para fins particulares. Conforme revelou o Estadão, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), também usou o fotógrafo oficial da Pasta para promover a si mesmo, a irmã e um primo.

Em setembro, por exemplo, a Pasta publicou 97 imagens de uma caminhada que celebrava a volta da Luanna Rezende, irmã de Juscelino, ao comando da Prefeitura de Vitorino Freire. Ela havia sido afastada no âmbito de uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e desvio de emendas parlamentares.

GANHARAM DIÁRIAS – No caso de Macêdo, os três servidores tiveram passagens e diárias pagas a mando do próprio ministro, de acordo com registro do Portal da Transparência. A viagem custou R$ 18.559,27 aos cofres públicos.

O fotógrafo Bruno Fernandes da Silva, conhecido como Bruno Peres, o assessor Yuri Darlon Góis de Almeida e a gerente de projetos Tereza Raquel Gonçalves Ferreira receberam R$ 3.656 em diárias do total. O restante se refere às passagens. Bruno foi quem fotografou o ministro durante a agenda particular.

As imagens publicadas nas redes sociais de Macêdo são creditadas a ele. O fotógrafo tem um salário de R$ 11.306,90. É o mesmo valor recebido por Yuri, que é assessor da Secretaria Nacional da Juventude da Pasta, e por Tereza, que é gerente de projetos.

COM LURIAN – Em uma das fotos, o ministro aparece ao lado do casal Lurian Lula da Silva e Danilo Segundo. Ela é filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); ele, pré-candidato à prefeitura de Barra dos Coqueiros (SE) pelo Partido dos Trabalhadores.

O Instituto Renascer Para A Vida, onde teria sido realizada a agenda de Macêdo, fica na cidade de Nossa Senhora do Socorro, vizinha a Aracaju. A ONG atua na defesa de direitos sociais. O Estadão tentou contato com a associação em dois números que constam em Receita Federal, mas não obteve retorno.

O Ministério Público pediu nesta quarta-feira, 10, que o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, investigue se a pasta de Macêdo usou dinheiro público para bancar as passagens dos funcionários para o Carnaval fora de época. A festividade bancada pelo érário teria custado o cargo da secretária-executiva de Macêdo, que se recusou a aprovar a ida de servidores e foi exonerada nesta terça-feira, 9.

RESSARCIMENTO – Na representação, o subprocurador-geral do MPTCU Lucas Rocha Furtado pede que, caso seja confirmada a irregularidade, o dinheiro utilizado para as viagens seja ressarcido aos cofres públicos e que o Tribunal de Contas encaminhe para o Ministério Público Federal (MPF) uma denúncia de improbidade administrativa.

“A compra de passagens pelo Ministro Márcio Macêdo para ‘curtir’, com seus apaniguados, as folias de carnaval fora de época no seu reduto eleitoral, atenta contra a moralidade administrativa e constitui evidente desvio de finalidade no uso de recursos públicos. No caso noticiado, não houve interesse público a ser satisfeito, mas apenas o interesse privado do ministro e de seus apadrinhados, que veio a ser custeado com o suado dinheiro do contribuinte”, escreveu o subprocurador-geral.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo a viagem dos assessores de Macêdo teria custado o emprego da número 2 da Secretaria-Geral. A secretária-executiva Maria Fernanda Ramos Coelho, que é uma servidora de longa data dos governos Lula, teria se desentendido com o ministro após negar a se autorizar os recursos para a passagem. Ela foi exonerada da pasta nesta terça-feira, 9.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como diz o lema de campanha do PT, o ministro Macedo mostrou que não tem medo de ser feliz… (C.N.)


Nota da redaçaõ deste Blog -  Atos de improbidade administrativa praticados por agentes públicos são inadmissíveis e devem ser punidos com rigor.

No caso do ministro Márcio Macêdo, as denúncias são graves e indicam que ele pode ter cometido um crime de responsabilidade. O uso de dinheiro público para fins particulares é uma prática ilegal e que representa um desvio de função.

O ministro e os servidores envolvidos devem ser investigados e, se comprovada a irregularidade, devem ser punidos com base na lei. A sindicância é um procedimento administrativo que visa apurar os fatos e determinar se houve ou não irregularidades.

No caso do prefeito de Jeremoabo, as denúncias também são graves e indicam que ele pode ter cometido diversos crimes, incluindo improbidade administrativa, fraude e superfaturamento.

O uso de dinheiro público para promoção pessoal é uma prática ilegal e que representa um abuso de poder. A fraude na conta de energia elétrica é um crime que pode causar prejuízos aos cofres públicos. E o superfaturamento de quentinhas é uma prática que prejudica a população, que paga mais caro por um serviço de qualidade inferior.

O prefeito, os vereadores e os deputados envolvidos na prática de promoção pessoal durante os festejos juninos deveriam e devem ser investigados e, se comprovada a irregularidade, devem ser punidos com base na lei.

É importante que a população fique atenta a esses casos e exija que os agentes públicos sejam punidos quando cometem atos de improbidade administrativa. A impunidade só incentiva a prática de crimes e prejudica a população.

No entanto estamos diante de uma inversão de valores, diante de mais um caso de impunidade, até quando só Deus dirá.

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