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quarta-feira, dezembro 27, 2023

Mãe de jovem morta após fake news chora e pede justiça| Jovem tem tronco atravessado no peito| Morre ator de Parasitas

 

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Notícias ao Minuto
 EDIÇÃO BRASILEIRA DE QUARTA, 27 DE DEZEMBRO DE 2023
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terça-feira, dezembro 26, 2023

Mundo artístico atua como o Centrão, para desviar bilhões dos cofres públicos


Lula e Margareth Menezes, ministra da Cultura, na assinatura da Nova Lei Rouanet -- Metrópoles

Lula e Margareth Menezes, que tem dívidas da Lei Rouanet

Mario Sabino
Metrópoles

Quando eu era editor-executivo da revista Veja, lá se vai um quarto de século, jornalistas que estavam sob o meu guarda-chuva apuraram desvios de dinheiro captado via Lei Rouanet — ou seja, por meio de renúncia fiscal do governo — para produzir filmes e outros projetos culturais. Eles descobriram superfaturamentos nos orçamentos de produção, esquemas de toma lá dá cá, financiamento de projetos toscos, risíveis, falta de controle sobre as prestações de contas e casos de enriquecimento ilícito.

Um dos escândalos revelados por nós foi o de uma atriz e cineasta que comprou um apartamento com o dinheiro que deveria ter sido usado para fazer um longa-metragem. Viramos carrascos, claro.

MUITO DINHEIRO – Lembrei-me dessa passagem da minha vida profissional ao ler a reportagem do meu colega de site Paulo Cappelli. Ele teve acesso ao total que o governo Lula, em um ano de governo, liberou para ser captado por intermédio da Lei Rouanet. Foram espantosos (arredondando para baixo) R$ 16 bilhões, recorde histórico, bufunfa maior do que a liberada durante os 4 anos de governo Bolsonaro. Para se ter ideia, representa 10% do orçamento federal para a Educação.

O primeiro estrago causado pela Lei Rouanet foi a seu próprio idealizador. Sérgio Paulo Rouanet era um dos grandes e poucos intelectuais brasileiros dignos desse nome. Rivalizava com luminares franceses e a sua obra abrange, com elegância e profundidade, da filosofia à psicanálise. “Os Dez Amigos de Freud”, de sua autoria, sobre os escritores preferidos do pai da psicanálise, é uma preciosidade.

ESCULHAMBAÇÃO – O nome de Rouanet, contudo, entrou para a história da infâmia por causa da lei que ele idealizou quando era secretário de Cultura do governo Fernando Collor de Mello. Não em virtude da lei, propriamente, bem-intencionada no sentido de fomentar a cultura e as artes, mas por causa da esculhambação que fizeram com ela, desde o início, neste país reconhecido mundialmente pela honestidade e pela decência.

Experimento ímpetos primitivos ao ouvir alguém dizer que os recursos captados via Lei Rouanet não são dinheiro público. É dinheiro público na carótida. O Fisco abre mão de parte dos impostos devidos por cidadãos ou empresas, dentro de limites fixados pela lei, e essa soma, na forma de patrocínio, vai para o produtor cultural tocar o seu projeto previamente aprovado pelo Ministério da Cultura.

O produtor tem o prazo de 24 meses para captar, junto a eventuais patrocinadores, o dinheiro da renúncia fiscal que lhe foi reservado.

ALÉM DA BOIADA – Esses 16 bilhões de reais, portanto, são o montante que o governo Lula poderá deixar de arrecadar até 2025, se todos os projetos aprovados encontrarem patrocínio no prazo estipulado. Afora a boiada que ainda passará até o final do mandato do petista.

Parte dos recursos captados pela Lei Rouanet é para financiar museus e outras instituições de notório interesse público, mas o grosso mesmo paga peças teatrais, filmes, shows e exposições. Um dos problemas evidentes é que muitas dessas produções são de gente famosa que não precisaria de patrocínio com dinheiro de renúncia fiscal.

Há um casamento sólido nesse aspecto. O casamento: promover artistas consagrados é um ótimo negócio também para as grandes empresas, porque o marketing tem alcance infinitamente maior do que o de ter uma plaquinha em um museu ou estar na faixa de agradecimento do espetáculo inovador de boi-bumbá em Catolé do Rocha.

COMPLETA DISTORÇÃO – Temos aí uma distorção do espírito da Lei Rouanet, que era o de conservar patrimônio cultural tangível, estimular artistas promissores e levar a cultura aos quatro cantos do país. Na realidade, ocorre o financiamento público do marketing de corporações gigantes que se vendem como mecenas privados.

Volte-se aos R$ 16 bilhões. Sejam quais forem as suas destinações, justas ou injustas, malandras ou honestas, é uma exorbitância para qualquer governo, em especial um governo que precisa gastar menos o dinheiro que não tem.

Para mim, soa como confissão essa história de que o cascalho bilionário é para compensar a penúria durante o governo Bolsonaro, a “demanda reprimida”, como disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Confissão de que a bufunfa desproporcional é retribuição ao mundo artístico e cultural pelo apoio eleitoral na eleição presidencial. O mundo artístico e cultural brasileiro é outro Centrão.


Parceria entre Supremo e Lula reproduz esquema de Hugo Chávez na Venezuela


Lula demonstra ter devoção ao ditador venezuelano

Lula demonstra ter devoção ao ditador venezuelano

Flávio Gordon
Gazeta do Povo

Em entrevista a um dos jornais integrantes do consórcio da imprensa oficial do regime lulopetista, um intelectual orgânico desse mesmo regime, com o ar mais sonso do mundo, diz que o mandatário brasileiro “desenha um novo modelo de governabilidade”, que inclui o Supremo Tribunal Federal no presidencialismo de coalizão. Em suas palavras:

“Pela impossibilidade de um presidencialismo de coalizão como funcionava no passado e que permitiu em seus mandatos anteriores implementar em grande medida o seu programa de governo, Lula percebeu que tem de incluir o Supremo. Após a tentativa de golpe (no 8 de janeiro), ele faz uma aliança estratégica. É um presidencialismo de coalizão que agora vai ter de incorporar o Judiciário”, diz o intelectual, acrescentando:

“Ele chama o Supremo para conversar, faz churrasco. Sinaliza ao Congresso que o que eles não dão o Supremo pode dar depois. E facilita a governança, porque consegue boa vontade em julgamentos estratégicos. Lula está tratando o Supremo como a terceira câmara do Congresso. O que é o Gilmar Mendes se não um senador? Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e agora Dino têm um peso político. Agora será preciso nomear políticos para o Supremo como se nomeia para o TCU.”

EMPAREDAR O CONGRESSO – Chega a ser cândida a forma como o intelectual orgânico do regime e os assessores de imprensa que o convocaram para dar ares de ciência política ao que não passa de propaganda das ações do governo tentam naturalizar o ato de emparedar o Congresso mediante a cooptação do Judiciário, sempre com o pretexto da reação à pretensa tentativa de golpe em 8 de janeiro, o incêndio do Reichstag que continua justificando indefinidamente medidas excepcionais de democracia defensiva.

“Lula se aproxima do STF para compensar dificuldades no Congresso”, diz a chamada da matéria. Por “dificuldades no Congresso”, leia-se, por óbvio, o exercício regular da oposição parlamentar eleita, que essa imprensa amestrada vê como uma espécie de escândalo.

Não há nada de novo no conluio entre Executivo e Judiciário. Esse modelo ditatorial socialista clássico foi utilizado paradigmaticamente por Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela

ALIANÇA ESPÚRIA – Como remédio a essas “dificuldades no Congresso”, os apparatchiks sugerem sem corar, como se fosse a coisa mais normal e republicana do mundo, a aliança do governo com magistrados não eleitos, cuja atuação político-partidária é, ademais, expressamente proibida por lei.

“Em aceno ao STF, Lula reunirá ministros em jantar na casa de Barroso (…) Além da confraternização, devem pautar o encontro assuntos como a relação com o Congresso” – lê-se em outra reportagem concebida para rotinizar e normalizar aquilo que, em qualquer democracia representativa digna desse nome, seria visto como uma excrescência totalitária: o compartilhamento de uma mesma agenda política por parte do Executivo e da suprema corte do país, agora oficialmente transformada (e, a depender dos assessores de imprensa, consagrada) em partido. É o que, em novilíngua midiática chapa-branca, se chama de Estado Democrático de Direito.

NADA DE NOVO – O elemento mais orwelliano na fala do agente normalizador do regime é a expressão “novo modelo de governabilidade”. Ora, o que há de novo nesse modelo ditatorial socialista clássico, utilizado paradigmaticamente por Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela, país cujo regime “excessivamente democrático”, segundo o juízo do nosso mandatário, sempre serviu de modelo e referência aos nossos comunistas?

O que fizeram Chávez e Maduro – com apoio político e financeiro do lulopetismo – a não ser rechear de camaradas políticos e agentes bolivarianos o seu Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que acabou na prática dissolvendo o Congresso e inviabilizando toda oposição?

Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela em 1999, e levou coisa de cinco anos para aparelhar inteiramente o tribunal mais alto de sua nação, o TSJ, enfiando na corte juízes alinhados para realizar sua agenda política.

32 MINISTROS – Em 2004, os aliados de Chávez detinham a maioria na Assembleia Nacional da Venezuela, aprovando uma lei que aumentava o número de juízes na suprema corte venezuelana de 20 para 32 integrantes. Obviamente, essas vagas foram rapidamente preenchidas por magistrados (ou pseudomagistrados) leais a Chávez, que não faziam questão de esconder a sua adesão ao projeto do “socialismo do século 21”.

Mas não seria a última vez que os detentores do poder na Venezuela bolivariana manipulariam a corte em busca de ganho político. Em 2015, opositores do ditador Nicolás Maduro conquistaram a maioria dos assentos no Congresso. No entanto, parlamentares pró-Maduro em final de mandato aprovaram 13 novos juízes da suprema corte que favoreciam o regime, que se somaram aos 16 “juízes” chavistas nomeados no ano anterior.

Essa promiscuidade entre Executivo e Judiciário devastou rapidamente a estrutura constitucional da Venezuela. Em 2017, por exemplo, o TSJ tomou uma decisão chocante e distópica, retirando os poderes da Assembleia Nacional, e permitindo que os magistrados assumissem funções legislativas.

GOLPE DE ESTADO – No Brasil, a imprensa tratou a coisa como era – um evidente golpe de Estado Executivo-Judiciário, a institucionalização de uma ditadura; a mesma imprensa agora trata a aliança entre PT e STF com absoluta normalidade, e acha que o mandatário brasileiro, parceiro histórico de Chávez e Maduro, está apenas brincando ao celebrar a chegada de (mais) um “comunista” na corte.

Por óbvio, a bolivarianização do TSJ – e, por efeito cascata, de todos os tribunais – aniquilou quaisquer resquícios de independência judicial. Como mostram o advogado Antonio Canova e outros autores em “El TSJ al Servicio de la Revolución”, ao longo das mais de 45 mil decisões tomadas pelo tribunal superior da Venezuela desde 2004, os pseudomagistrados cuja função nominal era controlar os atos do Executivo jamais se posicionaram contra o governo. Nem uma única vez.

Um dos principais especialistas constitucionais da Venezuela, Carlos Ayala, afirmou certa vez que “na Venezuela, os juízes têm medo de decidir de forma independente” – pois quem o fez não ficou no cargo, ou mesmo em liberdade, para contar a história.

“PERDEU, MANÉ!” – “Na Venezuela, há uma desigualdade grotesca perante a lei”, disse também o ex-juiz Juan Carlos Apitz, demitido por proferir uma decisão que Chávez condenou publicamente em rede nacional.

“Aqueles que se opõem à política do governo na Venezuela não podem esperar por um julgamento justo” – declarou ainda Apitz, quase como se descrevesse o que tem acontecido no Brasil desde, ao menos, o pleito de 2022 em relação aos adversários do lulopetismo.

Assim também como no Brasil de hoje – o país de falas como “derrotamos o bolsonarismo”, “perdeu, mané”, ou “missão dada, missão cumprida” –, juízes da suprema corte venezuelana perderam qualquer pudor em exibir as suas credenciais político-ideológicas, entoando slogans chavistas e elogiando o ditador abertamente. Houve uma ocasião em que a presidente do TSJ, Luisa Estela Morales, chegou a chamar a separação de poderes de “odiosa” e “divisiva”. Em suma: também na Venezuela, a corte está sempre a postos para ajudar o regime a vencer as “dificuldades no Congresso”. É muita democracia. É democracia até demais.

(Artigo enviado por Màrio Assis Causanilhas)

Deuses e demônios nos espreitam pela fresta da porta, por isso existe a religião



Símbolos das principais religiões do mundo.

Estes são os símbolos de algumas das religiões existentes

Luiz Felipe Pondé
Folha

Dentro de mil anos pode não existir ciência, mas religião com certeza existirá. A religião é eterna enquanto durar a humanidade, a ciência é efêmera em comparação a “longue durée” da religião —”longa duração”, conceito do historiador francês Fernand Braudel, do século 20.

Para a religião basta um homem sonhando. Dois, então, é uma multidão. A ciência necessita de uma parafernália técnica, industrial e financeira gigantesca.

Aviso: não perca nosso tempo tentando tachar essa discussão de “negacionismo” — uma das palavras da moda herdada da pandemia. Trata-se apenas de uma discussão de teoria da ciência, historiografia e psicologia da religião.

RELIGIÃO E CIÊNCIA – Somos mais facilmente religiosos do que cientistas. Você pode ter uma carreira profissional ligada à ciência e à racionalidade moderna, como médico, advogado ou engenheiro, e ser profundamente religioso. Crer em Deus, espíritos, reencarnação, destino, temas similares e tipicamente religiosos e ser juiz.

Uma pessoa pode praticar o método científico no trabalho —na empresa, no laboratório, num órgão público— e ser um fiel de alguma denominação religiosa.

Ela pode ser uma pessoa excepcionalmente dotada de inteligência muito acima da média, articulada, com repertório vasto em literatura ou ensaística de interesse geral, e crer profundamente na vida depois da morte.

E OS ATEUS? – Por outro lado, alguém pode ser um ateu convicto e ser burro como uma porta. Ignorante, sem repertório, sem articulação lógica no uso da linguagem e ter clara certeza do caráter inútil da condição religiosa.

Um ateu pode ser ateu seguindo os passos de gigantes como Marx, Freud, Feuerbach, Nietzsche, Comte, e ainda assim ser incapaz de uma gota de gentileza ou sensibilidade, o que nenhuma teoria brilhante pode ser capaz de prover. Ao mesmo tempo, você pode encontrar um ateu “mais cristão” que muitos cristãos.

Um fiel pode ser explorado por ministros picaretas, acreditar em seres imaginários, se colocar em risco por uma fé irracional e permanecer religioso contra toda tentativa de mostrar, para o bem psicológico, econômico e físico dele, que aquilo ou a pessoa em que ele crê é puro lixo retórico.

TER FÉ OU NÃO – Um teólogo pode ser sofisticado em sua fé e em sua religião e, ao mesmo tempo, entender e respeitar a posição do ateu e permanecer um crente profundo. E vice-versa. Você pode ser muito rico ou muito pobre e ter fé ou não, nos dois casos.

Decorre desses exemplos que não há régua clara para vincular inteligência, repertório ou articulação de pensamento ao ateísmo ou à fé. Podemos encontrar capacidades ou incapacidades, e atitudes semelhantes nas duas margens desse rio. Ainda assim, a religião tem prevalência histórica e psicológica sobre as pessoas. Ela é pré-histórica, não há dúvida.

PRESENÇA DA FÉ – Não estou entrando em detalhes técnicos sobre a definição de religião, porque este texto não é uma tese de doutorado. Ela é presente em todas as culturas conhecidas das mais diversas formas de vivência e práticas. Sobreviveu a Freud, Marx, Nietzsche e Feuerbach. Habita consultórios e corações de uma infinidade de psicanalistas e jornalistas.

A ciência, por outro lado, não sobreviveria a um cataclisma econômico ou social. Desaparecia como método institucionalizado em pouco tempo.

A política, que às vezes faz pose de parceira da ciência, sempre viveu bem com a religião. Continua, na maioria dos lugares do mundo, a fazê-lo, e continuaria a viver do mesmo jeito. O xamã e o líder, lado a lado, ou a mesma pessoa.

SEM RELIGIÃO? – A humanidade viveu quase toda sua vida, até hoje, sem ciência, e poderia voltar a fazê-lo se assim fosse obrigada. Sem religião, ela não passou um dia sequer.

Essa constatação pode chocar o tique nervoso dos modernos: somos os seres mais bem informados, inteligentes e racionais que o mundo já conheceu. O futuro é nosso. Doce ilusão.

Os deuses e demônios nos espreitam pela fresta da porta, nos poços vazios dos nossos corações e nos momentos decisivos da nossa existência.


PROFESSOR MARCELÃO FAZ ALERTA AO POVO DE PEDRO ALEXANDRE DIANTE DA INTERVENÇÃO DIRETA E INDEVIDA DE CARLINHOS SOBRAL NA POLÍTICA DO MUNICÍPIO.

 

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