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terça-feira, outubro 04, 2022

O segundo turno e a arte da política

 

Lula e Jair Bolsonaro na disputa do 2º turno das eleições de 2022. (Foto: Yahoo Notícias/Editoria de Arte)
Lula e Jair Bolsonaro na disputa do 2º turno das eleições de 2022. (Foto: Yahoo Notícias/Editoria de Arte)

As pesquisas erraram. E erraram feio. Não há como fazer mea culpa e dizer que acertaram os votos de Lula. Meio a meio: podiam chutar ou podiam fazer uma análise mais fria dos números. Chutaram errado.

Quem acompanhou aqui pelo Yahoo viu nosso ponto reiteradas vezes falando que haveria segundo turno. E, como ninguém escuta nada e a gente precisa repetir, irei repetir. Historicamente, quando dois personagens políticos muito fortes entram em disputa, a tendência é da “batalha” ir até o final.

Se você der espaço para o inimigo lutar, ele não vê a batalha como algo mortal e fica descuidado, mas se você encurralar seu adversário e mostrar que ele está sem saída, ele vai lutar até a morte. Sun Tzu, amigos.

Numa eleição com o mito Lula e o Bolsomito o corpo social, ou a militância, é muito forte. Dificilmente a disputa encerraria no segundo turno.

E quem apostou que o Brasil estava cansado do conservadorismo de Bolsonaro e de suas falar verborrágicas não leu Coronelismo, Enxada e Voto e nem leu nossas colunas no Yahoo falando que o Congresso é reflexo da nossa casa e nosso congresso é o mais conservador da história.

Portanto, apostar numa baixa do bolsonarismo quando Não existe nenhum outro representante da direita que lidere as massas é cegar para os dados frios da Ciência Política.

As pesquisas erraram e erraram feio em São Paulo. Apostaram num Haddad que não conseguiu se reeleger para a prefeitura da capital e negligenciaram as cidades de pequeno e médio porte bolsonaristas. Arrisco dizer que, se Garcia e Tarcisio não tivessem dividido os votos da direita, essa mesma direita venceria em primeiro turno.

São Paulo replicou a disputa nacional e não interessa se Tarcisio não sabe onde vota. O estado é conservador ou já esquecemos os motivos pelos quais Alckmin está na chapa de Lula?

Apoios importantes se configuram nessa semana: Romeu Zema, absoluto em Minhas Gerais, declara seu apoio ao que ele chamou de “ruidoso” Bolsonaro, dando esperanças à uma campanha que, no poderoso sudeste, só perdeu em Minas.

Contrariou todas as pesquisas e levou Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Em Minas Bolsonaro ainda tem Nikolas Ferreira, um jovem deputado de 26 anos, que conseguiu o maior número de votos para a Câmara dos Deputados. Se elegeu descreditando a vacina contra covid-19.

Se Lula quiser virar vai ter que descer do salto alto e parar com essas brincadeiras de “as 13 capas de livros vermelhas” e pensar que existe um eleitor moderado de direita que não é a favor da morte, não é fascista, mas é conservador nos costumes e não acredita que Lula vá olhar para eles.

E existem 30 milhões de pessoas que não votaram e estão completamente esquecidas pelas campanhas. Trinta milhões.

Eduardo Leite, “aquele”, disse há alguns anos uma frase que não vou esquecer, mas que aparentemente ele esqueceu: “o desafio nesses tempos é ser ponderado”.

Entramos todos nessa discussão do bem contra o mal, do opositor visto como inimigo a ser aniquilado que fechamos os olhos para um setor da sociedade que se sentiu inibido em entrar nessa disputa e que simplesmente não concorda com A ou B. O centro.

Caímos numa narrativa que nos cegou. E, julgamos tanto aqueles que consomem notícias apenas para corroborar seu ponto de vista e fizemos o mesmo. Saudade do Eduardo Leite Ponderado. Que Deus olhe por nós, porque nossos políticos cegaram.

YAHOO

Terça, 04 de Outubro de 2022 - 10:45 Nordeste baiano elege dois para Câmara e 1 para AL-BA; Marcelo Nilo e José Nunes saem por Francis Juliano Nordeste baiano elege dois para Câmara e 1 para AL-BA; Marcelo Nilo e José Nunes saemFoto: Montagem / Bahia Notícias A região do Semiárido Nordeste 2 da Bahia elegeu dois deputados federais e um estadual. Após apuração do pleito deste domingo (2) saíram vitoriosos para a Câmara Federal Gabriel Nunes (PSD), com 138,4 mil votos; e Ricardo Maia (MDB), com 136,8 mil sufrágios. O primeiro é filho do atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia e deputado federal licenciado, José Nunes (PSD), e da ex-prefeita de Euclides da Cunha Fátima Nunes, atualmente sem mandato. O segundo é ex-prefeito de Ribeira do Pombal, segunda cidade mais populosa da região, com 54,1 mil habitantes. Para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a atual deputada Fátima Nunes (PT) se reelegeu com 56,6 mil votos e segue no mandato para mais quatro anos. A baixa da região é o deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) que não se reelegeu com seus 65,3 mil votos. Nilo é natural de Antas, cidade governada pelo irmão dele, Sidônio Nilo (PSB), desde 2016. Marcelo Nilo / Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias Em nível de representação, o território segue com o mesmo número de deputados. Saem Nilo e José Nunes e entram Ricardo Maia e Gabriel Nunes em Brasília, e segue Nunes na AL-BA em Salvador. O território de identidade Semiárido Nordeste 2 tem uma população de 428,8 mil habitantes distribuídos em 18 cidades. Euclides da Cunha é a mais populosa, com 61,1 mil habitantes.

 Terça, 04 de Outubro de 2022 - 10:45


por Francis Juliano

Nordeste baiano elege dois para Câmara e 1 para AL-BA; Marcelo Nilo e José Nunes saem
Foto: Montagem / Bahia Notícias

A região do Semiárido Nordeste 2 da Bahia elegeu dois deputados federais e um estadual. Após apuração do pleito deste domingo (2) saíram vitoriosos para a Câmara Federal Gabriel Nunes (PSD), com 138,4 mil votos; e Ricardo Maia (MDB), com 136,8 mil sufrágios.

 

O primeiro é filho do atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia e deputado federal licenciado, José Nunes (PSD), e da ex-prefeita de Euclides da Cunha Fátima Nunes, atualmente sem mandato. O segundo é ex-prefeito de Ribeira do Pombal, segunda cidade mais populosa da região, com 54,1 mil habitantes.

 

Para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a atual deputada Fátima Nunes (PT) se reelegeu com 56,6 mil votos e segue no mandato para mais quatro anos. A baixa da região é o deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) que não se reelegeu com seus 65,3 mil votos. Nilo é natural de Antas, cidade governada pelo irmão dele, Sidônio Nilo (PSB), desde 2016.

 

Marcelo Nilo / Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

 

Em nível de representação, o território segue com o mesmo número de deputados. Saem Nilo e José Nunes e entram Ricardo Maia e Gabriel Nunes em Brasília, e segue Nunes na AL-BA em Salvador.

 

O território de identidade Semiárido Nordeste 2 tem uma população de 428,8 mil habitantes distribuídos em 18 cidades. Euclides da Cunha é a mais populosa, com 61,1 mil habitantes.

Bahia Notícias

Pastores minimizam possíveis efeitos de vídeo de Bolsonaro na maçonaria

 Terça, 04 de Outubro de 2022 - 13:40

por Anna Virginia Balloussier | Folhapress

Pastores minimizam possíveis efeitos de vídeo de Bolsonaro na maçonaria
Foto: Reprodução

Seria Jair Bolsonaro (PL) maçom? Circula um vídeo antigo do hoje presidente num templo maçônico. Sem data, a gravação mostra Bolsonaro se apresentando como deputado federal e está sendo usada como arma com potencial de causar estragos numa de suas bases mais sólidas, a evangélica.
 

A Folha de S.Paulo conversou com três pastores bolsonaristas. Dois afirmam que o impacto será nulo na campanha à reeleição. Outro admitiu que alguns eleitores crentes podem se abalar com as imagens.
 

"Se provar que é isso fake news, estrago nenhum", diz Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. "Se for verdade, pouco estrago, porque não é questão religiosa."
 

Mas o tema já foi usado para motivar a base cristã. Há um exemplo um tanto anedótico: em 2018, então adversário de Bolsonaro, Cabo Daciolo acusou os irmãos evangélicos Marco Feliciano e Malafaia de se envolverem com maçonaria. Não há qualquer prova disso.
 

A deputada bolsonarista Carla Zambelli se casou em 2020 numa cerimônia maçônica, o que na época até rendeu piada do hoje senador eleitor Sergio Moro, ainda ministro do governo Bolsonaro.
 

"Sendo um casamento maçom, eu não sabia se podia falar, porque é tudo segredo. Eu não sei se posso dizer que sou testemunha ou que não sou testemunha do casamento", brincou o ex-juiz.
 

Muitos grupos religiosos, como parte dos evangélicos, comparam a maçonaria a uma seita. O Vaticano já afirmou que os princípios maçons são incompatíveis com a doutrina da Igreja Católica.
 

Em 1983, o então cardeal Joseph Ratzinger, futuro papa Bento 16, assinou documento em nome da Santa Sé reforçando "o parecer negativo da igreja a respeito das associações maçônicas".
 

"Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem se aproximar da Sagrada Comunhão", afirmou à época.
 

Em 2018, o general Antônio Hamilton Mourão, maçom há mais de duas décadas, incluiu em sua campanha como vice de Bolsonaro visitas a templos dessa fraternidade de homens que, com pretensões filantrópicas e filosóficas somadas a um histórico de acertos políticos, existe sob ares de sociedade secreta. Apresentava-se então como fiador do então deputado que queria virar presidente.
 

Apesar de muitos maçons preferirem o adjetivo "discreto" em vez de "secreto", ainda há zelo ao apontar quem é quem e quais são os ritos para entrar no clube. Entre maçons ilustres estão presidentes americanos (ao menos 15 deles, como George Washington), pensadores (Voltaire), músicos (Beethoven), imperadores (dom Pedro 1º) e militares (Duque de Caxias). O ex-presidente Michel Temer, o ex-governador paulista Márcio França e o ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, morto em 2021, também são.
 

No vídeo que atiçou as redes sociais, Bolsonaro discursa numa espécie de altar adornado com símbolos tradicionais da Maçonaria, como o esquadro e o compasso, além de outros símbolos triangulares. Fala sobre corrupção, questões ideológicas e afirma ter "saído da zona de conforto" do mandato parlamentar para andar pelo Brasil e investigar "quais são os grandes problemas que temos que enfrentar".
 

A equipe do rival Lula (PT) estuda incorporar o vídeo do presidente na maçonaria à sua campanha.

Bahia Notícias

Mais de 734 mil pessoas estão inadimplentes em Sergipe

em 4 out, 2022 12:46

Mais de 730 mil pessoas estão inadimplentes em Sergipe (Foto: Freepik)

Pelo oitavo mês consecutivo, a inadimplência volta a crescer no país, chegando a 67.976.241 brasileiros, um aumento de 0,5% em relação a julho.  Os dados foram divulgados pelo Serasa e são referentes ao mês de agosto.

Em Sergipe, 734.956 pessoas estão com o nome negativo. O valor total de dívidas chega a R$ 2.413.236.253,23. Somente 23.943 consumidores de Sergipe realizaram as negociações para quitar as dívidas.

Entre as dívidas mais negociadas em agosto os destaques foram as contas de telecomunicação (41%), seguido pelas securitizadoras (24%) e bancos (15%). As dívidas com maior representatividade entre os inadimplentes seguem com o segmento de bancos e cartões (28,8%), seguido das contas básicas de água, gás e luz (22,1%), além das financeiras (13,8%).

Renegociação

Os consumidores que buscam renegociar suas dívidas com condições especiais, como parcelamento e descontos de até 90%, podem acessar os canais oficiais da Serasa pelo Site,   ligação gratuita 0800 591 1222 ou WhatsApp 11 99575 -2096.

Também é possível realizar a consulta e a negociação das dívidas presencialmente nas mais de 6 mil agências dos Correios distribuídas pelo país que oferecem as mesmas condições mediante o pagamento de uma taxa de R$3,60.

por João Paulo Schneider
Com informações do Serasa

INFONET

TCM-Ba penaliza o prefeito Deri do Paloma e Alessandra Teixeira Ferreira (Secretária Municipal de Educação) , por supostamente permitirem acumulação ilicita praticada pelo vereador Jairo do Sertão

.

O TCM-Bahia na data de hoje (04.10) julgou uma denúncia do Vereador Zé Miúdo contra o Prefeito Deri do Paloma e a Secretária de Educação por permitirem suposta acumulução ilícita de cargo pelo Vereador Jairo do Sertão, onde o vereador Ze Miúdo denuncia que o hárário de trabalho não fecha  com o cargo que Jairo do Sertão   exerce na prefeitura.

O relator do caso aceitou em parte a denúncia, aplicando uma advertência contra o Prefeito Deri do Paloma e a secretária de educação, dando um prazo de 30 (trinta) dias para que ambos adotem providências a respeito do Cargo que o Vereador exerce na preefitura, inclusive determinando que a Inspetoria do TCM em Paulo Afonso apure o caso.

Acontece que depois dessa denúncia a caneta do vereador Zé Miúdo  ficou sem tinta, nunca mais apresentou qualquer tipo de denúncia, mesmo tomando conhecimento de inúmeras outras irregularidades muito mais graves do que essa contra Jairo do Sertão.

Entenda as siglas utilizadas pelo INSS

 Aline de Brito, Advogado

Publicado por Aline de Brito
há 5 anos
26,8K visualizações

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em seus sistemas previdenciários, faz uso recorrente de siglas e datas, fato que pode transformar a leitura de um simples registro num verdadeiro desafio, e pior, muitos, simplesmente pode ficar sem entender as informações que lhe foram fornecidas.

A fim de ajudar o leitor nessa árdua tarefa, traduzimos parte interessante desses acrônimos.

  • SIBE - sistema integrado de benefícios;
  • SABI - sistema de administração de benefícios por incapacidade (para auxílio doença e aposentadoria por invalidez);
  • CRPS - conselho de recurso da previdência social;
  • GPS - guia da previdência social;
  • NIT - número de identificação do trabalhador;
  • DID - data de início da doença;
  • DER - data de entrada do requerimento;
  • DCB - data de cessação de benefício;
  • DII - data de início da incapacidade;
  • DIP - data de início do pagamento;
  • DCA - data de cessação administrativa;
  • DAT - data de afastamento do trabalho;DUT -dia último trabalhado;
  • CAT - comunicação de acidente de trabalho;
  • CTC - certidão de tempo de contribuição;
  • DCI - data de comprovação da incapacidade;
  • DIC - data de início das contribuições;
  • DRD - data de regularização da documentação;
  • DAT - data de afastamento do trabalho;
  • DDB - data de despacho do benefício;
  • DPE - data de publicação da emenda (art. 169, IV, IN nº. 38);
  • DPL - data de publicação da lei (art. 169, V, IN nº. 38);
  • DICB - "data de implementação de implementação das condições necessária à concessão do benefício" (art. 169, VI, IN nº. 38);
  • PBC - período básico de cálculo;
  • NB - número de benefício;
  • PP - pedido de prorrogação;
  • PR - pedido de reconsideração;
  • PAB - pagamento alternativo de benefício.

Entender a infinidade de siglas que o INSS utiliza possibilita uma melhor do direito que se objetiva. Caso você conheça outra (s) sigla (s) não elencadas abaixo, por gentileza, não se reserve em nos ajudar, só comentar. Obrigado ou obrigada!

https://alinebrito.jusbrasil.com.br/artigos/462639449/entenda-as-siglas-utilizadas-pelo-inss

Defesa já tem veredito para Bolsonaro sobre fraude nas urnas eletrônicas

 Redação Notícias

Caberá ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, informar a Bolsonaro não ter provas sobre fraude nas urnas. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)
Caberá ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, informar a Bolsonaro não ter provas sobre fraude nas urnas. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, deve informar ao presidente Jair Bolsonaro (PL) não ter conseguido provar a existência de fraude nas urnas do sistema eletrônico de votação. A expectativa na campanha à reeleição é de que um encontro aconteça ainda no início desta semana.

Com isso, o general oferece uma porta de saída ao chefe do Executivo para abandonar de vez o discurso do voto impresso e de fraude na urna eletrônica.

Seus estrategistas defendem que ele foque integralmente, no segundo turno, nos aspectos positivos da agenda econômica e na corrupção de governos petistas para conquistar os eleitores moderados.

A leitura é de que as mulheres e parte do mercado, que já vinham flertando com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são repelidos pela tônica do embate e do questionamento do resultado das eleições. Esses grupos são vistos como fundamentais para virar no segundo turno.

Outro ponto importante seria legitimar o desempenho do bolsonarismo nas urnas neste domingo (2). Senadores, deputados e governadores já eleitos no primeiro turno servirão como cabos eleitorais.

A conclusão do Ministério da Defesa serve como porta de saída, ainda, para os próprios militares, que vinham incomodados com o envolvimento na questão, afirmam generais ouvidos pela reportagem.

O discurso de Bolsonaro após a divulgação do resultado do primeiro turno já foi uma sinalização dessa inversão pregada por seus auxiliares.

O presidente evitou botar em xeque as urnas eletrônicas, como costuma fazer, e disse que só irá se pronunciar a respeito após as Forças Armadas apresentarem um relatório sobre o sistema de votação.

Nas redes sociais, seus auxiliares trataram de colocar água na fervura. Um dos marqueteiros da campanha, Sérgio Lima pediu em uma rede social para os apoiadores gastarem energia a partir de agora em busca de votos.

"Se houve fraude, deixe que a Justiça investigue. O bolsonarismo saiu gigante do primeiro turno, não perceberam?", indagou em uma publicação no Instagram.

No WhatsApp e no Telegram, no entanto, o comportamento foi no sentido contrário. Para os integrantes de grupos bolsonaristas, o fato de o presidente ter ficado cinco pontos atrás de Lula, mesmo após tendo obtido resultado expressivo no primeiro turno, seria uma comprovação de irregularidades na contagem de votos.

por Juliana Braga, da Folhapress

YAHOO

As nuvens no horizonte




É preciso estar preparado para tudo e admitir de novo que a realidade não foi exatamente o que diziam as previsões

Por Fernando Gabeira (foto)

Escrevi uma coluna baseado nas pesquisas de intenção de voto, com que trabalhei durante todo o tempo. Nelas havia a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno. Mas não havia nenhuma indicação de vitória de Jair Bolsonaro.

Não me guiava apenas pelas pesquisas, mas pela intuição. Pesquisas tratam de recortes, por gênero, renda, lugar de moradia, religião. Pensava nas pessoas em sua totalidade, no ser humano, e achava que um presidente que disse que não era coveiro na pandemia e riu de quem tinha falta de ar jamais seria aceito pela maioria do povo brasileiro. Era uma intuição que as pesquisas confirmavam: 52% dos entrevistados rejeitavam Bolsonaro.

As urnas começaram a ser abertas, e as expectativas foram se transformando. São Paulo, sobretudo ali onde há uma grande concentração de eleitores, apresentava no início um resultado diferente do esperado.

Da mesma forma, ao longo do Brasil foram aparecendo resultados favoráveis a Bolsonaro, principalmente em estados em que já era apontado como vencedor. Mas havia alguma coisa estranha no ar. Ventos do Sul indicavam uma situação inesperada. O inesperado, se consideramos a pesquisa, começou a se instalar nos resultados.

Estava preparado para escrever uma coluna apenas com a vitória de Lula, ainda que a decisão fosse adiada para o segundo turno. Qualquer outro resultado me surpreenderia e me obrigaria a aceitar que minha intuição sobre os brasileiros falhou, assim como falharam as pesquisas sobre a rejeição de Bolsonaro.

O que fazer diante disso? Nunca tive dúvidas de que continuaria resistindo. Sair do Brasil por um tempo, apenas para visitar a filha querida. Fora isso, continuarei em minha trincheira e, se preciso, cavarei outras.

Pelo menos, posso dizer que a vida me deu uma luta para concluir os dias e ficarei por aqui, ao lado de tantos outros, tentando defender a democracia, evitar que destruam as florestas, dizimem os povos originários, enfim, evitar também que coloquem em risco a própria sorte do clima no planeta, dada a importância de nossos biomas.

Um desfecho que parecia certo por tudo o que avaliamos nestes dias tornou-se nebuloso. Como nada foi ainda concluído, é importante seguir os resultados e preparar o espírito para uma luta mais longa, muito provavelmente um renhido segundo turno. É preciso estar preparado para tudo e admitir mais uma vez que a realidade não foi exatamente o que diziam as previsões otimistas.

Não é a primeira vez que situações que pareciam resolvidas tornam-se muito complicadas. O pior é que as dificuldades não terminam com as eleições, não importa o vencedor. Estaremos em dificuldades econômicas internas e num mundo fortemente impactado pela guerra e pela crise energética na Europa.

Não são tempos fáceis, exceto em nossos desejos.

O Globo

Eleições 2022: os expoentes do bolsonarismo eleitos — e os que não conseguiram se eleger




Alexandre Frota rompeu com Bolsonaro e ficou sem vaga no Congresso

A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 trouxe novas caras à política brasileira — pessoas com pouca experiência nessa esfera que foram alçadas a cargos públicos na esteira da popularidade do presidente.

Mas no decorrer dos últimos anos, muitos deles romperam com o presidente. Alguns dos ex-aliados mais famosos, entretanto, não conseguiram se eleger no domingo, como o deputado federal Alexandre Frota e os irmãos Arthur e Abraham Weintraub, respectivamente ex-assessor especial da Presidência e ex-ministro da Educação.

Confira abaixo o desempenho de alguns expoentes e ex-expoentes do bolsonarismo nas urnas no domingo (02/10).

Eleitos

Muitos dos ex-ministros de Bolsonaro que largaram o governo para concorrer a cargos conseguiram se eleger, como Damares Alves (da pasta Mulher, Família e Direitos Humanos), Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Outros políticos fizeram movimentos de aproximação com o bolsonarismo — caso do senador Romário, que se filiou ao PL do presidente.

E houve também novatos, como o vereador mineiro Nikolas Ferreira, que com uma campanha inspirada em Bolsonaro se tornou o deputado federal mais votado do país este ano. Entre os ex-aliados do presidente, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o deputado federal Kim Kataguri conseguiram se eleger.

    Ana Campagnolo (PL) — deputada estadual mais votada de SC, com 196.571 votos
    André Fernandes (PL) — deputado federal mais votado do CE, com 229.509 votos
    Bia Kicis (PL) — deputada federal mais votada do DF, com 214.733 votos
    Carla Zambelli (PL) — deputada federal por SP, com 946.244 votos
    Carol de Toni (PL) — deputada federal mais votada de SC, com 227.632 votos
    Claudio Castro (PL) — governador eleito no RJ, com 4.930.288 votos
    Damares Alves (Republicanos) — senadora pelo DF, com 714.562 votos
    Eduardo Bolsonaro (PL) — deputado federal por SP, com 741.701 votos
    Eduardo Pazuello (PL) — deputado federal pelo RJ, com 205.324 votos
    Hamilton Mourão (Republicanos) — senador pelo RS, com 2.593.294 votos
    Jorge Seif (PL) — senador por SC, com 1.484.110 votos
    Kim Kataguiri (União) — deputado federal por SP, com 295.460 votos
    Magno Malta (PL) — senador pelo ES, com 821.189 votos
    Astronauta Marcos Pontes (PL) — senador por SP, com 10.714.913 votos
    Nikollas Ferreira (PL) — deputado federal mais votado por MG, com 1.492.047 votos
    Ricardo Salles (PL) — deputado federal por SP, com 640.918 votos
    Romario (PL) — senador pelo RJ, com 2.384.331 votos
    Sergio Moro (União) — senador pelo PR, com 1.953.188 votos
    Tenente Coronel Zucco (Republicanos) — deputado federal mais votado no RS, com 259.053 votos
    Tereza Cristina (PP) — senadora pelo MS, com 829.149 votos

'Damares Alves foi eleita senadora pelo Distrito Federal'

Candidatos que estão no segundo turno:

    Onyx Lorenzoni (PL) — candidato a governador no RS, primeiro colocado no primeiro turno, com 2.382.026 votos
    Jorginho Mello (PL) — candidato a governador em SC, primeiro colocado no primeiro turno, com 1.575.912 votos
    Tarcísio (Republicanos) — candidato a governador em SP, primeiro colocado no primeiro turno, com 9.881.995 votos

Não eleitos:

A lista de expoentes do bolsonarismo que não conseguiram se eleger inclui desde pessoas que romperam com o presidente (caso de Janaína Paschoal, Joice Hasselman, Alexandre Frota e dos irmãos Arthur e Abraham Weintraub) a aqueles que buscaram colar sua imagem na do presidente sem sucesso (como a médica Nise Yamaguchi, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz e parentes do presidente). O deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos, conhecido por ter hostilizado a jornalista Vera Magalhães após um debate para as eleições estaduais de São Paulo), também não conseguiu se eleger.

E há também políticos estabelecidos que se aliaram à Bolsonaro sem conseguir se eleger, como Fernando Collor.

    Abraham Weintraub (PMB) — deputado federal em SP, 4.057 votos
    Adrilles Jorge (PTB) — deputado federal em SP, 91.485 votos
    Alê Silva (Republicanos) — deputado federal em MG, 34.779 votos (suplente)
    Alexandre Frota — deputado estadual em SP, 24.224 votos (suplente)
    Arthur Weintraub (PMB) — deputado federal em SP, 1.990 votos
    Bibo Nunes (PL) — deputado federal no RS, 76.521 votos
    Cristina Bolsonaro (PP) — deputado distrital no DF, 1.485 votos (suplente)
    Daniel Silveira — Senado no RJ, 1.566.352 votos (candidatura anulada sub judice)
    Douglas Garcia — deputado federal em SP, 24.549 votos
    Eduardo Torres (PL) — deputado distrital n, o DF, 16.990 votos (suplente)
    Fabrício Queiroz (PTB) — deputado estadual no RJ, 6.701 votos
    Fernando Collor (PTB) — governador no AL, 223.585 votos
    Frederick Wassef (PL) — deputado federal em SP, 3.628 votos (suplente)
    Gilson Sanfoneiro Machado (PL) — Senado no PE, 1.320.555 votos
    Janaina Paschoal (PRTB) — Senado em SP, 447.550 votos
    Joice Hasselmann (PSDB) — deputado federal em SP, 13.679 votos
    Leo Indio Bolsonaro (PL) — deputado distrital no DF, 1.801 votos (suplente)
    Luiz Henrique Mandetta (União) — Senado no MS, 206.093 votos
    Major Vitor Hugo (PL) — governador em GO, 516.579 votos
    Moisés (Republicanos) — terceiro colocado na disputa para governador, com 693.426 votos
    Nise Yamaguchi (PROS) — deputado federal em SP, 36.690 votos
    Sergio Camargo (PL) — deputado federal em SP, 13.085 votos

BBC Brasil

Candidatos famosos não repetem desempenho passado e não são eleitos em 2022


Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Janaína Paschoal


Alguns candidatos com experiência política, projeção nas redes sociais e altos índices de votação em eleições passadas não conseguiram repetir o desempenho e foram derrotados nas urnas neste domingo, 2. Mesmo aqueles que já cumpriam mandato tiveram dificuldades para atrair eleitores neste ano e superar a onda bolsonarista que dominou o pleito para o Legislativo.

É o caso de Alexandre Frota (PSDB-SP), que fez carreira na televisão. Ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele se elegeu para a Câmara dos Deputados pelo PSL (então sigla de Bolsonaro) em 2018 com mais de 150 mil votos. Neste ano, tentava uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), mas recebeu 24 mil votos e não se elegeu. Ele desembarcou do bolsonarismo após criticar as atitudes do presidente, em 2019, e desde então passou a fazer críticas publicamente ao chefe do Executivo.

O mesmo ocorreu com outros ex-aliados do presidente. Joice Hasselmann (PSDB-SP), por exemplo, recebeu mais de 1 milhão de votos em 2018, quando associava sua imagem à de Bolsonaro, e apenas 13 mil neste ano. Janaína Paschoal (PRTB-SP), que teve mais de 2 milhões de votos nas últimas eleições e se tornou a candidata mais votada da história do País, teve 447 mil ao tentar o Senado por São Paulo neste ano. Tanto Joice como Janaína se descolaram do bolsonarismo nos últimos anos. Janaina se diz fiel às pautas defendidas pelo presidente, mas não à figura dele em si, e perdeu para o candidato apoiado pela coligação de Bolsonaro, Astronauta Marcos Pontes (PL-SP).

Também houve nomes tradicionais da política que não se elegeram. O senador José Serra (PSDB) ficou em 80º lugar no número total de votos para deputado federal por São Paulo, tendo sido escolhido por 88.926 eleitores. O ex-senador José Aníbal (PSDB), que já foi vereador, deputado federal e secretário do governo de Geraldo Alckmin (PSB), teve desempenho ainda pior: ficou em 306º lugar, com 7.692 votos.

Por outro lado, houve candidatos famosos que se mantiveram no bolsonarismo e superaram seu desempenho de 2018. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) recebeu 214.733 votos, mais que o dobro dos cerca de 86 mil recebidos nas eleições passadas.

O estreante Mario Frias, que assim como Frota fez carreira na TV, chegou ao governo como secretário especial de Cultura no meio do mandato de Bolsonaro e teve 122.564 votos em sua primeira eleição, o que lhe valeu o mandato de deputado federal.

Estadão / Dinheiro Rural

Políticos internacionais se manifestam sobre primeiro turno




Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, manifesta esperança de segundo turno tranquilo. Eurodeputada demonstra preocupação com crescimento de bolsonarismo, apesar de gestão desastrosa da pandemia.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, felicitou neste domingo (02/10) o Brasil por um primeiro turno das eleições "bem sucedido" e manifestou esperança de que o segundo turno também se realize "no mesmo espírito de paz e dever cívico".

"Felicitamos o povo e as instituições do Brasil pelo sucesso do primeiro turno das eleições e apoiamos o exercício do seu direito de escolher livremente o próximo líder. Partilhamos a confiança do Brasil de que o segundo turno será conduzido com o mesmo espírito de paz e dever cívico", escreveu Blinken em sua conta no Twitter.

Blinken inicia nesta segunda-feira na Colômbia uma viagem por países latino-americanos. A viagem aparenta responder às críticas sobre uma suposta negligência em relação aos seus antigos aliados. Depois da Colômbia, o secretário americano segue para o Chile e para o Peru.

Além de Blinken, líderes latino-americanos se manifestaram sobre as eleições. Os chefes de Estado da Argentina, México e Colômbia parabenizaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória no primeiro turno.

"Parabéns, irmão e camarada Lula. O povo do Brasil demonstrou mais uma vez a vocação democrática e, especialmente, a inclinação para a igualdade e Justiça", disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

O presidente argentino, Alberto Fernández, também parabenizou Lula e afirmou estender seu "sincero respeito ao povo do Brasil pela sua profunda expressão democrática".

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, parabenizou o povo brasileiro pela "enorme participação eleitoral", além de Lula pelo resultado no primeiro turno. Os dois são aliados na região, como já demonstraram em ocasiões anteriores.

Em maio, durante as eleições presidenciais colombianas, Lula apelou ao voto em Petro, para que Colômbia e Brasil pudessem construir uma América do Sul "forte", com integração política, econômica e cultural.

A eurodeputada alemã Anna Cavazzini, do Partido Verde, também parabenizou Lula e afirmou que é o momento de alcançar os não-votantes e eleitores de outros candidatos, para que o ex-presidente amplie sua liderança contra Jair Bolsonaro.

"É preocupante que mais de 43% dos eleitores votaram em Bolsonaro, apesar de suas políticas desastrosas contra a covid e sua ostentação ao fascismo. Muitos bolsonaristas ganharam vagas no Congresso e conquistaram governos estaduais. Isso mostra que o bolsonarismo está ancorado na sociedade brasileira", destacou a política, que também é vice-presidente da Delegação Europeia para as relações com o Brasil.

Na véspera do primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro recebeu apoio de diversos líderes políticos de extrema direita, incluindo o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Deutsche Welle

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