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sexta-feira, setembro 09, 2022
De asas cortadas, o “Pato” pode morrer na praia
em 9 set, 2022 8:26
Adiberto de Souza
O ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), popularmente chamado de “Pato”, sofreu uma nova derrota ontem, ao ter negado o registro de sua candidatura a governador de Sergipe. A decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral agravou sobremodo a situação do postulante, pois a sua defesa corre contra o tempo para tentar mantê-lo na disputa. Ressalte-se que a Justiça Eleitoral só deu até a próxima segunda-feira para o PL substituí-lo na chapa majoritária. Aliás, entre os apoiadores de Valmir já há quem defenda a substituição dele pela candidata a vice-governadora Emília Corrêa (Patriota) ou por Eduardo Amorim (PL), que concorre ao Senado. Quem defende a troca de nomes entende serem mínimas as chances de reverter a situação de Francisquinho. Além do mais, essa demora tem causado sérios prejuízos eleitorais aos candidatos proporcionais da coligação “O povo quer”. Portanto, depois que os magistrados do TRE voltaram a lhe cortar as asas, o “Pato” corre um sério risco de morrer na praia. Misericórdia!
Ciro na terrinha
O presidenciável pedetista Ciro Gomes dará com os costados em Aracaju na próxima quarta-feira. O candidato será recepcionado pelo prefeito da capital e presidente estadual do PDT Edvaldo Nogueira, devendo participar de um ato político no Iate Clube. Não há previsão de outros candidatos à Presidência aparecerem em Sergipe antes das eleições de outubro. A vinda de Lula ao estado, por exemplo, está praticamente abortada. É que todos os presidenciáveis estão envolvidos na disputa de votos nos grandes colégios eleitorais, como São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Ah, bom!
Bico seco
Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros vão ficar sem água a partir de amanhã, por conta de serviços de manutenção preventiva na Adutora do São Francisco. A previsão da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) é que a situação se normalize dentro de 48 horas, após o início da operação. O comunicado da estatal sobre a suspensão do fornecimento de água revela que “alguns pontos” das três cidades ficarão com as torneiras vazias, mas não detalha quais regiões da Grande Aracaju serão mais afetadas. A Deso recomenda a utilização econômica da água existente nas caixas d’água e reservatórios residenciais. Quem avisa, amigo é!
Deus, salve a Rainha!
A morte da rainha Elizabeth 2ª, aos 96 anos, provocará mudanças na letra do hino oficial do Reino Unido. “God Save the Queen” (“Deus Salve a Rainha”) mudará para “God Save the King” (“Deus Salve o Rei”) — já que Charles, filho mais velho da monarca, assume o trono. Novas cédulas britânicas também serão impressas com o rosto do rei Charles III. Gradativamente, as moedas e notas atuais com o retrato de rainha Elizabeth 2ª sairão de circulação. Parodiando o hino do Reino Unido, os súditos de Elizabeth apelam em orações para que Deus salve a rainha das pragas dos argentinos. Aff Maria!
Orai por eles e elas
Políticos de A a Z foram ontem a Lagarto pedir graças a Nossa Senhora da Piedade, padroeira daquele município sergipano. No grupo dos irmãos pessedistas Fábio e Sérgio Reis, candidatos a deputado federal e estadual, estava a postulante a senadora Danielle Garcia (Pode). Também presente à festa religiosa, o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) pediu que “a nossa padroeira abençoe a caminhada de todos nós”. Nem precisa dizer que todos os políticos acompanharam a procissão com um olho no andor de Nossa Senhora e o outro nos fieis eleitores. Creindeuspai!
Filosofia de Britto
Do sergipano Carlos Ayres de Britto, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal: “É pela vontade mesma da Constituição que o nosso Estado é ao mesmo tempo laico e devoto; ou seja, um Estado tão religiosamente a-confessional quanto politicamente devoto da democracia. Logo, eleitor, somente dê voto a quem for devoto… da democracia. A Constituição lhe gradece.”. É vero!
Promessa eleitoreira
Não são poucos os candidatos que incluíram em seus discursos a construção do Canal de Xingó. Entre eles está Katarina Feitoza (PSD), postulante a uma cadeira na Câmara Federal. A fidalga promete que, se eleita, vai cobrar a execução de tal empreendimento. Ressalte-se que não se trata de uma obra simples, como os políticos tentam fazer crer. Avaliado em R$ 2,3 bilhões, o canal terá 114,55 quilômetros de extensão, entre Paulo Afonso (BA) e Poço Redondo (SE). Aqui pra nós, nada melhor do que prometer água aos sertanejos. Portanto, anunciada ao longo dos anos, essa obra dificilmente sairá do papel a curto ou médio prazo, mas garantirá um rio de votos aos seus defensores. Quem viver verá!
Vigarice eleitoral
A campanha eleitoral traz em seu bojo os ladrões de consciência, aqueles políticos que enxergam o eleitor como gado preso no curral e pronto para ser vendido a quem pagar mais. Política virou meio de vida de gente desonesta. Portanto, a sociedade precisa ficar atenta e denunciar os abusos e crimes eleitorais. É papel de todo cidadão ajudar a inibir as ações dos maus políticos, que pensam ser a eleição um trampolim para o enriquecimento ilícito. Ao povo, cabe denunciar os vigaristas eleitorais que tentarem corrompê-lo, pois vender o voto é perder a cidadania. Só Jesus na causa!
TCE na campanha
Três dos sete conselheiros do Tribunal de Contas de Sergipe estão envolvidos nas campanhas eleitorais de parentes. Ulices Andrade trabalha pela reeleição do filho Jeferson (PDT) para o Legislativo estadual. Luiz Augusto Ribeiro quer reeleger o herdeiro Gustinho (Republicanos) para a Câmara federal e a esposa Áurea (Republicanos) para a Assembleia. Por fim, a conselheira Angélica Guimarães tenta eleger o sobrinho Netinho Guimarães (PL) deputado estadual, em substituição ao esposo dela Vanderbal Marinho (PSC). E olha que o TCE jura ser um órgão iminentemente técnico. Já pensou se fosse político? Marminino!
Virou cabo eleitoral
Após ter desistindo de disputar a reeleição, o deputado estadual e radialista Gilmar Carvalho (PL) virou cabo eleitoral do também deputado Adailton Martins (PSC). Ao anunciar que tirou o time de campo, comunicador pediu a quem já tinha ele como candidato que vote agora no pessedista: “Votar nele será o mesmo que votar em mim”, discursa o ilustre. Embora já tivesse com a campanha nas ruas há semanas, Gilmar alegou questões pessoais para desistir da empreitada. Satisfeito com o apoio, Adailton agradeceu a Carvalho, acrescentando que “essa parceria fará a diferença no desenvolvimento do nosso estado”. Então, tá!
Prometendo vingança
O ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), deixou transparecer ter sentido o golpe do TRE, que lhe negou o registro da candidatura a governador de Sergipe. Numa mensagem postada na internet, o distinto afirmou ter “a certeza de que aqueles que fizeram toda essa maldade comigo não terão o respaldo do povo sergipano nas urnas”. Mesmo sem citar nomes, Valmir deu a entender que se referia ao candidato a governador Fábio Mitidieri (PSD), pois foi o partido do governista que contratou um advogado em Brasília para acusar o ex-prefeito no Superior Tribunal Eleitoral. Francisquinho conclui a mensagem ameaçando: “Vamos pra cima”. Home vôte!
INFONET
Exclamações de “imbrochável” e faixas pedindo ditadura não acrescentaram votos a Bolsonaro
Pedro do Coutto
As seguidas exclamações de Bolsonaro atribuindo a si próprio a confissão de “imbrochável”, imagem que conduz ao plano do sexo, e faixas em Brasília e em Copacabana defendendo ditadura militar com Bolsonaro não acrescentaram votos ao presidente, além daqueles que ele possui e que não avançam no terreno da democracia. Pelo contrário, ameaçam o próprio regime.
Tanto assim, que o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, não compareceram à manifestação de Brasília. A ausência de Lira, inclusive, na minha impressão, significa que o Centrão ameaçado da mesma forma que a sociedade brasileira por um golpe militar, não votará em Bolsonaro como o Planalto supunha por uma questão muito simples: uma ditadura militar fecha o Congresso e, com isso, o Centrão desaparece do cenário brasileiro.
SUBVERSÃO – O apelo ao golpe como alternativa à derrota nas urnas permaneceu na atmosfera de Brasília. Tanto assim que Bolsonaro aceitou que as manifestações não excluíssem as faixas subversivas. Reportagem do O Globo e da Folha de S. Paulo destacam nitidamente o que se passou e o que a concentração nas Esplanada dos Ministérios representou ao recorrer ao radicalismo, demonstrando um dos caminhos pretendidos além das urnas, mantendo o apelo também às armas.
Na Folha de S. Paulo, a psicóloga Maria Homem analisa o que a seu ver representaram as exclamações seguidas de “imbrochável” de Bolsonaro para consigo mesmo. Pela primeira vez na história ocorre tal fato, sem precedentes, até esta semana nos 200 anos da Independência do Brasil.
REFLEXO – Vamos aguardar o que traduzirão as pesquisas do Datafolha e do Ipec, sobretudo entre o eleitorado feminino e junto ao qual Bolsonaro encontra-se em acentuada desvantagem. Agora, ao rol das afirmações consideradas machistas do presidente da República, uniu-se uma imagem de mau gosto quando Boslonaro, dirigindo-se ao eleitorado, compraou Michelle Bolsonaro à socióloga Rosângela da Silva, Janja, mulher do ex-presidente Lula.
As exclamações de “imbrochável” incentivavam o público a repetir a palavra em coro, exaltando a qualidade pessoal do presidente. A exclamação “imbrochável” repercutiu na imprensa internacional, inclusive obtendo destaque no New York Times. No google, houve um aumento acentuado de buscas por pessoas que não conheciam o termo num contexto político.
Bolsonaro elogia a própria mulher, Michelle, a quem classificou como mulher “de Deus, da família e ativa” em sua vida. “Não é só ao meu lado. Às vezes ela está em minha frente”. Após, Bolsonaro dirigiu-se de forma surpreendente, para mim, aos homens solteiros: “Procurem uma mulher, uma princesa , casem-se com ela para serem mais felizes ainda”.
DESCONEXÃO – Houve desconexão nas comemorações. Em Brasília, o presidente Bolsonaro sentou-se ao lado do empresário Luciano Hang, colocando-o na cadeira entre ele e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo. Outra falha, foi a distância entre Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão, quando, pelo protocolo, deveria estar ao seu lado.
Há menos de um mês das urnas, a manifestação de 7 de setembro terminou sendo objeto de contestação por Lula da Silva, por Ciro Gomes e por Simone Tebet que assinalaram ter o presidente da República transformado a data num grande comício político e eleitoral. Ontem, Bolsonaro não compareceu e nem mandou mensagem à solenidade realizada no Congresso Nacional presidida pelo senador Rodrigo Pacheco também em comemoração aos 200 anos de Independência.
Ainda a respeito do 7 de setembro, Igor Gielow, Folha de S. Paulo desta quinta-feira, publicou matéria afirmando que o presidente Bolsonaro sequestrou o feriado nacional, ângulo de análise destacado também por Miriam Leitão ,no O Globo, num artigo em que acentua que a atuação do presidente Bolsonaro ficará na história do Brasil como um ato escandaloso de abuso do poder e de utilização da data cívica para efeito pessoal buscando votos em sua campanha.
CRÍTICA – O jornalista Nelson de Sá, Folha de S.Paulo de ontem, focalizou a crítica feita no ar por Fernando Gabeira, na GloboNews, referindo-se ao fato das emissoras darem destaque muito grande à fala de Bolsonaro, o que, frisou, só seria razoável se fosse feita a cobertura da mesma forma dos outros candidatos.
O episódio destaca, ao meu ver, a grande importância e a alta audiência da GloboNews no campo político e eleitoral, mas sou de opinião que a cobertura dada a Bolsonaro foi proporcional ao cargo que ele exerce e nada impede que a GloboNews a partir de hoje, por exemplo, abra espaço para as candidaturas de Lula, Ciro Gomes e Simone Tebet.
De outro lado, o espaço ocupado pelo noticiário sobre o presidente da República pelo conteúdo dos fatos, não acrescenta nada em matéria de votos além daqueles que ele já possui e não perderá, pois são marcados pela paixão política. Não creio que a crítica de Fernando Gabeira tenha uma precedência maior mesmo dentro das lentes de uma análise mais apurada.
NOTA DA REDAÇÃO – Dizem as más línguas que após puxar o coro de “imbroxável” para si mesmo, Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos sobre a sua vida sexual. Michelle não se sabe se ri ou se chora (de tanto rir). (M.C.)
O que houve, então, com a nossa democracia?
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