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domingo, setembro 04, 2022

Agora avacalhou geral, o prefeito, secrtária e vereadores da situação praticando promoção pessoal as custas do dinheiro público

 






 
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Estão praticando corrupção, autopromoção e discriminação contra o dinheiro do povo sem pena e sem dó.

O prefeito de Jeremoabo perdeu o sensso de responsabilidade e pudor, todo dia pratica  ato de corrupção, improbidade e autopromoção, verdadeira sangria contra o dinheiro público; o pior de tudo é que ninguém toma uma providência, Jeremoabo está entregue as baratas.

Os vereadorse da oposição que estão sendo discriminados perderam a noção da responsabilidade ao permanecrem omissos, assimtem a sangria do dinheiro público de camarote, não estão nem aí.

Disse discriminados, mas em parte é uma discrinação que livra os vereadores da oposição dessa prática de imbrobidade, isso porque para a pratica da corrupção o prefeito só convida os secretários e os vereadores da situação.

De acordo com denúncias dos vereadores da oposição,  essa exorbitante gastança com o  dinheiro do público em aupromoção, está comprometendo a saúde do povo com afalta  de medicamentos nas UBS, a exemplo de dipironaa, antialérgico, medicamentos para hipertensão, diabetes, lençóis para camas e macas.

Já que agora no próximo dia 06.09, os vereadores da oposição foram intimados para prsetar contas na justiça por haver documentado improbidade praticada pelo prefeito ao usar maquinários da prefeitura realizando serviços na sua fazenda, sugiro aos mesmos, que aproveitem e formalizem uma denúncia perante o Ministério Público contra essa esculhambação, esse ato criminoso conta o dinheiro público.

Ministro do TSE determina remoção de vídeo com falas adulteradas de Lula, divulgado pelo cantor Latino

 Mariana Muniz

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a remoção, no prazo de 24 horas, de diversas postagens que veiculam um vídeo com falas adulteradas do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um ato organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O vídeo, divulgado inicialmente pelo cantor Latino, apresentava uma fala editada do ex-presidente em São Bernardo do Campo (SP), no dia 21 de outubro de 2017. Ao todo, dez links devem ser excluídos das redes sociais.

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Segundo a equipe jurídica do PT, o material foi editado e veiculado a fim de transmitir a ideia de que o candidato teria dito que os apoiadores e filiados presentes no evento seriam "vagabundos, bandidos e traficantes, sendo que a fala proferida na ocasião foi exatamente em sentido contrário, como se depreende da transcrição do vídeo original constante do YouTube".

Ainda de acordo com a defesa do petista, o conteúdo manipulado foi replicado em diversos perfis de usuários não identificados.

Em seu discurso, Lula afirmou, na verdade: “A primeira coisa que eles têm que saber é que aqui não tem vagabundo, aqui não tem traficante, aqui não tem bandido e muito menos bandida. Aqui têm homens e mulheres, mães e pais que certamente ou ainda estão trabalhando ou já trabalharam e foram mandados embora e que eles não querem confusão.”

O ministro do TSE concedeu parcialmente a liminar requerida pela coligação, determinando a remoção de dez publicações com conteúdo adulterado.

Para Sanseverino, "as publicações impugnadas transmitem, como alegado, informação sabidamente inverídica e prejudicial à honra do candidato Lula, ao veicularem um trecho reconhecidamente manipulado, retirado de um discurso proferido no dia 21.10.2017, em ato organizado pelo MTST, em São Bernardo do Campo/SP".

"Realmente, infere-se da inicial e das provas a ela anexadas, notadamente a partir do vídeo que contém o discurso completo e original, constante dos autos e checado por agências de verificação e veículos de imprensa (ID 157998198, p. 14-17), que a fala do ex-presidente foi cortada e retirada de contexto, deturpando o seu sentido original, por meio da supressão de trechos capazes de modificar seu conteúdo", afirmou o magistrado.

Caso a medida seja descumprida pelas plataformas de redes sociais, o TSE determinou multa diária de R$ 10 mil.

YAHOO

É falso que mesários podem anular votos em Bolsonaro

 


Camisetas com o rosto do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) à venda em Belo Horizonte, em 22 de agosto de 2022 (Foto: AFP via Getty Images / Douglas Magno)
Camisetas com o rosto do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) à venda em Belo Horizonte, em 22 de agosto de 2022 (Foto: AFP via Getty Images / Douglas Magno)
  • Um conteúdo circula nas redes sociais alertando eleitores de Bolsonaro sobre a suposta possibilidade de eles terem seus votos anulados

  • Segundo a mensagem compartilhada, votos no presidente Jair Bolsonaro podem ser anulados por mesários

  • Mas a informação é falsa

Uma publicação compartilhada no WhastApp alerta eleitores para a suposta possibilidade de mesários anularem votos no presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

"Não vá votar com camiseta amarela ou de outra cor qualquer que possa lhe identificar como 'bolsonariano', pois logo que você votar os mesários podem colocar o n° do lado da sua assinatura de quem votou no Bolsonaro e assim anular o voto. Não coloque número nenhum do lado da assinatura e não vá com camiseta que identifiquem o seu voto!!!", diz o texto compartilhado na imagem viral.

No entanto, os mesários não têm o poder de anular votos, como já alertou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Além disso, inserir o número de qualquer candidato no caderno de votação constitui crime.

Captura de tela de uma publicação afirmando que mesários podem anular votos em Bolsonaro (Foto: WhatsApp / Reprodução)
Captura de tela de uma publicação afirmando que mesários podem anular votos em Bolsonaro (Foto: WhatsApp / Reprodução)

Conteúdo semelhante já havia circulado nas eleições passadas. Uma mensagem pedia a eleitores que não utilizassem camisetas que os identificassem como eleitores de Jair Bolsonaro no dia da votação. Isso porque, segundo o texto, seus votos poderiam ser anulados pelos mesários.

Porém, o TSE explicou que os mesários não têm a possibilidade de interferir no que é digitado nas urnas.

A única maneira de se anular o próprio voto é digitar um número que não corresponde a nenhum candidato ou partido político oficialmente inscrito, como explicou o Tribunal em outro conteúdo.

Além disso, o uso de camisetas de partidos e candidatos no dia da votação é permitido.

Conforme já verificado pelo Yahoo! Notícias, é crime assinar o número dos candidatos no caderno de votação. A prática é proibida tanto a eleitores quanto a mesários.

YAHOO

Diante da maior tensão desde a redemocratização, Moraes blinda ainda mais processo eleitoral

 

Justiça Eleitoral investe em tecnologia, segurança jurídica e apoios institucionais para comandar o pleito de 2022. Na linha de frente, um exército de 1,7 milhão de mesários, quase metade voluntários. Na retaguarda, as presidentes do STF e do STJ

Luana Patriolino
postado em 04/09/2022 06:00
 (crédito: Abdias Pinheiro/Secom/TSE)
(crédito: Abdias Pinheiro/Secom/TSE)

Diante das eleições mais tensas desde a redemocratização, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estabeleceu uma blindagem ainda mais robusta ao processo eleitoral e ao Judiciário brasileiro. A quantidade recorde de mesários voluntários já indica a rede de proteção em torno do sistema. Neste ano, o número quase dobrou em relação a 2018 — serão 830 mil participantes, aumento de 48%.

Ao todo, 1,7 milhão de mesários foram convocados para comparecer às seções eleitorais, neste ano. Entre eles, 52% foram nomeados pela Justiça Eleitoral, enquanto 48% se candidataram para atuar por vontade própria.

De acordo com o último relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na última quinta-feira, a Justiça Eleitoral reúne uma força de trabalho de 31.251 pessoas, sendo 20.823 servidores, 7.608 auxiliares e 2.820 juízes. Os dados são relativos ao ano de 2021.

Segundo o documento, o investimento anual é de mais de 187 milhões apenas em tecnologia, o que corresponde a um terço do total. Além disso, o TSE conta com mais 2.278 pessoas em seu quadro, a um custo de R$ 130 milhões em informática. O orçamento da Justiça Eleitoral ultrapassa R$ 6 bilhões por ano.

Fernando Xavier, CEO da BuscaJuris, destaca que o investimento é fundamental para garantir a lisura do sistema de votação. "Existem recursos e muitas pessoas envolvidas para garantir que o processo eleitoral ocorra de forma segura. Em 2022, serão mais de 1,7 milhão de mesários trabalhando nas eleições. Existe uma preocupação grande com a segurança dos próprios candidatos também", observou.

No comando da Corte há menos de um mês, o ministro Alexandre de Moraes investiu na criação de núcleos de inteligência e tem reforçado as campanhas de proteção às urnas eletrônicas. A estrutura é uma das maiores montadas no país.

Várias medidas já foram aprovadas pelo TSE visando à segurança dos eleitores e das seções eleitorais nos dias de votação em primeiro e segundo turnos. Estão proibidos o porte de armas a menos de 100 metros dos locais de votação e a entrada, na cabine da urna eletrônica, com telefone celular.

Desde que foi eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se queixa de fraude nas eleições de 2018 — nunca comprovada — e que a chapa dele teria ganhado em primeiro turno contra Fernando Haddad (PT). O chefe do Executivo chegou a sugerir que as Forças Armadas fizessem uma apuração paralela nas eleições deste ano, causando, mais uma vez, atrito entre os Poderes. É esse clima de beligerância que o TSE quer conter, com a ajuda de outras instituições.

A rede de proteção começou a ser estruturada ainda na gestão do ministro Luís Roberto Barroso. Em setembro do ano passado, o magistrado nomeou uma comissão com o objetivo de aumentar a participação de especialistas, representantes da sociedade civil e instituições públicas na fiscalização e auditoria do processo eleitoral.

Temendo a repetição da onda de fake news vista do último pleito presidencial, o Judiciário também investiu criação de programas para educar a população a respeito do perigo das notícias falsas. Na gestão do ministro Edson Fachin (fevereiro a agosto de 2022), o TSE firmou e renovou parcerias com as principais mídias digitais, que passaram a defender com mais frequência a integridade do sistema publicamente.

Fontes ouvidas pelo Correio confirmaram que o tribunal tem um plano pronto para conduzir as eleições de outubro com o menor nível de turbulência possível, e para prevenir a Justiça em caso de cenários extremos. Bolsonaro já afirmou, em ocasiões passadas, que não iria aceitar o resultado do pleito, caso não lhe seja favorável.

O TSE também já tem engatilhadas reações e segurança jurídica em caso de ações de partidos com pedidos de impugnação da candidatura ou de cassação de chapa.

O consultor político Bruno Scobino, da Acrópole Relações Governamentais, ressalta que o Judiciário, ao lado do Executivo e do Legislativo, deve estar preparado para preservar o Estado Democrático de Direito. "Uma de suas responsabilidades é regular o que as outras esferas de poder político podem ou não fazer, com a finalidade de impedir que o Estado tome ações inconstitucionais ou, até mesmo, autocráticas", destacou.

Scobino citou o papel moderador dos tribunais superiores, que devem estar atentos a qualquer inconstitucionalidade ou abuso de poder. "Essa é a ação que o Judiciário deve cumprir quando achar necessário, assim como teorizado por Montesquieu, autor iluminista e pai da separação de Poderes", pontuou.

O cientista político André Rosa partilha do mesmo entendimento sobre o papel dos magistrados. "Deve-se assegurar que o Sistema Judiciário tenha poder para frear exorbitações tanto do Legislativo quanto do Executivo. Ou seja, precisa ter uma última chancela ante ações autoritárias", reiterou.

https://www.correiobraziliense.com.br/








PT quer evitar confronto com Michelle e mira Bolsonaro




Com a primeira-dama Michelle Bolsonaro transformada em uma das principais estrelas da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiram não fazer dela um alvo de ataques. Há uma preocupação com o risco de vitimizar Michelle ou de Lula ser acusado de machismo. Em vez disso, a estratégia do PT é focar nas críticas ao presidente e aos episódios de machismo que ele protagonizou.

Aliados do ex-presidente reconhecem que a primeira-dama é a "pessoa com mais habilidade" para tentar recuperar a credibilidade de Bolsonaro com o eleitorado feminino. De acordo a pesquisa Datafolha divulgada anteontem, Bolsonaro perde para Lula de 29% a 48% nas intenções de votos das mulheres.

Petistas avaliam, no entanto, que o impacto da presença de Michelle na campanha de Bolsonaro é limitado. A avaliação é a de que a primeira-dama não seria o melhor modelo para o eleitorado feminino, mais interessado em ter mulheres empoderadas como representantes. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) avalia que a mulher de Lula, Rosângela da Silva, a Janja, tem ligação mais espontânea com a campanha eleitoral. "Ela já era militante", disse. "Michelle se submete às ideias do marido."

Os adversários lembram que Bolsonaro fez declarações consideradas machistas em relação à primeira-dama após a convenção do PL, no Rio, no fim de julho. O presidente disse que Michelle pedia "R$ 5 mil todo dia" e que aprendeu a linguagem de sinais para não "falar alto" em casa.

EVANGÉLICOS

Além do voto feminino, Michelle tem tido um papel importante para a campanha de Bolsonaro em outra frente, o eleitorado evangélico. Como mostrou o Estadão, a primeira-dama é vice-campeã de engajamento neste segmento nas redes sociais, e tem intensificado a participação em eventos, nos quais aproveita para fazer críticas a Lula.

Para atingir este segmento, uma das estratégias da campanha petista é falar diretamente com os fiéis em vez de focar nos grandes pastores, que apoiam o atual presidente. "As pessoas não sabem que quem criou a Lei de Liberdade Religiosa foi o meu governo", disse Lula, em discurso no dia 27.

Estadão / Dinheiro Rural

Cinco curiosidades sobre a urna eletrônica

 



Brasil adota voto eletrônico desde 1996. Apesar das alegações infundadas de Bolsonaro sobre o sistema, nenhuma falha de segurança significativa foi comprovada até hoje.

O Brasil usa urnas eletrônicas em suas eleições desde 1996, mas apenas recentemente elas se tornaram alvo frequente de ataques infundados de Jair Bolsonaro.

Sem mostrar provas, o presidente tem o costume de apresentar teorias e vídeos já desmentidos para desacreditar o sistema eleitoral e minar de antemão a legitimidade das eleições.

Ironicamente, o voto eletrônico foi introduzido exatamente para combater fraudes. Os brasileiros votavam em cédulas de papel, onde deviam marcar uma lacuna ou escrever o nome do candidato de sua preferência, dependendo da eleição.

Numa época em que o Brasil tinha cerca de 14 milhões de analfabetos, o sistema apresentava diversos problemas: as apurações eram frequentemente caóticas, podiam demorar vários dias, repletas de erros e com muita suspeição.

"Sempre tinha um problema na apuração: a pessoa tinha uma caligrafia ruim, escrevia no lugar errado da cédula ou marcava o 'x' fora do quadrado e o voto era nulo", afirmou à agência de notícias AFP o advogado Henrique Neves da Silva, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele acrescenta que "havia muita fraude antes da urna eletrônica [...], voto em branco de repente era preenchido no meio da apuração".

Militares participaram da criação da urna eletrônica

O projeto da urna eletrônica começou em 1995, quando o TSE formou uma comissão técnica liderada por pesquisadores do alto escalão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro Técnico Aeroespacial para desenvolver o projeto da votação eletrônica. Ela foi usada pela primeira vez nas eleições municipais de 1996, em 57 cidades, por mais de 32 milhões de brasileiros.

A parte operacional contou com a participação ativa de militares, já que grandes instituições tecnológicas com relação com as Forças Armadas tiveram papel científico importante no desenvolvimento do sistema.

Comemorado como um sucesso, o uso do voto eletrônico foi ampliado para 67% do eleitorado nas eleições presidenciais de 1998. Já nas eleições seguintes, em 2000, as urnas eletrônicas chegavam a todos os cantos do país, no primeiro pleito totalmente informatizado do Brasil.

'Bolsonaro tenta minar a legimitidade das eleições, sem mostrar provas sobre possíveis fraudes em urnas eletrônicas'

Brasil é um dos poucos países que usa voto eletrônico

O Brasil é um dos 23 países do mundo que usam urnas eletrônicas em eleições gerais, de acordo com o Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (IDEA). Outros 18 usam o sistema em eleições regionais.

Mas, segundo um levantamento do jornal Folha de S. Paulo, apenas Brasil, Bangladesh e Butão adotam a votação por urna eletrônica sem comprovante do voto impresso. 

Em alguns países, como na Índia, o voto impresso pode ser conferido pelo eleitor através de um visor. Depois, ele cai automaticamente numa urna, sem nenhuma intervenção humana. Os indianos começaram em 2011 a mudar seu sistema, que era igual ao brasileiro, e só conseguiram concluir a transição em 2019.

Na Venezuela, por exemplo, o eleitor recebe seu voto impresso após votar na urna eletrônica e o deposita manualmente na urna. 

Alguns especialistas defendem que o comprovante impresso dá uma maior confiabilidade ao processo. Atualmente, a auditagem das urnas eletrônicas no Brasil é feita através registros eletrônicos. Portanto não há um comprovante que não seja dependente do software.

Urna não está conectada à internet

"É uma máquina simples que tem uma única função: contabilizar os votos", afirma Silva. Um detalhe importante: a urna eletrônica não está conectada à internet.

Após o encerramento da votação, os mesários retiram o cartão de memória de cada máquina e os levam a um posto local da Justiça Eleitoral, que por sua vez transmite as informações para o sistema central de contabilização em Brasília, por meio de uma rede independente da internet.

Em regiões remotas, como a Amazônia, usa-se às vezes uma conexão via satélite. O resultado raramente demora mais de duas horas para ser conhecido, no país com mais de 156 milhões de eleitores.

Código-fonte das urnas pode ser auditado

O software de contabilização de votos é atualizado para cada eleição – e o código-fonte pode ser auditado pelas autoridades eleitorais, pelo Exército e por partidos políticos. Também são realizados testes de segurança em que especialistas de TI tentam invadir o sistema da urna eletrônica.

Nenhuma falha de segurança significativa foi detectada. Porém, Bolsonaro insiste – sem apontar nenhuma comprovação – que o sistema permite fraudes. Ele alega que deveria ter sido eleito no primeiro turno em 2018, ao invés de disputar o segundo. Porém nunca apresentou prova alguma.

Diversas vezes, Bolsonaro ameaçou não respeitar o resultado das eleições de 2022, se o sistema atual for mantido. Ele pede que cada eleitor obtenha um recibo impresso de seu voto – o que, segundo as autoridades, abriria caminho para fraudes.

Bolsonaristas chegaram a patrocinar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retomar o voto impresso, mas a medida acabou sendo barrada pelo plenário da Câmara dos Deputados, em agosto de 2021, não atingindo o mínimo de 308 votos favoráveis.

Urnas já foram usadas em 25 eleições gerais no Brasil

Promotores investigam Bolsonaro sob a acusação de espalhar desinformação sobre o sistema de votação, inclusive com embaixadores estrangeiros em julho. No evento, o presidente repetiu teorias fantasiosas sobre as urnas eletrônicas, voltou a atacar ministros do Judiciário e exaltou o suposto papel das Forças Armadas no processo eleitoral.

No dia seguinte, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília elogiou o sistema eleitoral brasileiro, afirmando que "as eleições brasileiras servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo".

A representação diplomática americana frisou que "o país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores".

Nestas mais de duas décadas de uso, a urna eletrônica coletou e apurou os votos de milhões de eleitores em 25 eleições gerais e municipais (contando-se os dois turnos), com segurança e transparência. Isso consolida o Brasil como o país com a maior eleição informatizada do mundo.

Deutsche Welle

Cálculo de chegada




Ainda que a melhora econômica não se reflita nas pesquisas, retira força da fala dos adversários

Por Adriana Fernandes (foto)

Se depender da economia, a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao dia da votação em primeiro turno das eleições presidenciais tende a ser forte.

O PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre (acima do esperado), os economistas já projetam uma alta próxima de 3% no ano e a taxa de desemprego no trimestre de maio a julho caiu para 9,1%, a menor em sete anos.

A massa salarial também está crescendo bem, apesar da previsão de uma desaceleração do ritmo no terceiro trimestre.

A inflação (ah... ela) está caindo, e economistas apontam que o novo corte da gasolina, de 7%, ou R$ 0,25% no preço do litro, anunciado na quinta-feira pela Petrobras, abre espaço para o IPCA negativo em setembro. É na antessala das eleições, marcada para começar às 8h de 2 de outubro. Foi a quarta queda nas refinarias da estatal desde julho, e ainda há espaço para novas quedas no preço da gasolina.

Além da melhora do emprego, há o aumento do crédito e dos benefícios. A concessão dos diversos auxílios sociais, moldados a gosto para esse momento eleitoral, estará a todo vapor até lá.

O governo se prepara para a inclusão de mais 804 mil famílias no Auxílio Brasil em setembro. Sem falar nas linhas de crédito abertas para os beneficiários dos programas sociais (Auxílio e BPC), Microempreendedores Individuais, micro e pequenas empresas.

Toda a estratégia política do governo foi calculada para fabricar um ambiente econômico melhor nas eleições. E isso está acontecendo. Se ela dará resultados, não se sabe, apesar da confiança dos adversários numa vitória certa nas eleições.

Embora a melhora da economia ainda não esteja refletida nas pesquisas, o quadro mais favorável no curto prazo retira muito da força da fala dos adversários em relação a pontos que vinham sendo martelados contra o governo Bolsonaro, como alta do desemprego, dos combustíveis e da carestia generalizada.

O quadro econômico está exigindo uma revisão da artilharia das campanhas. Lula disse que Bolsonaro está anunciando redução da gasolina porque “roubou o ano inteiro” e criou um benefício emergencial, que não será prorrogado. Não é mais o que dizia: “os combustíveis estão altos, e Bolsonaro não faz nada”.

O envio do projeto de Orçamento de 2023, sem o Auxílio Brasil de R$ 600, a correção da tabela do Imposto de Renda e com menos recursos para áreas como saúde, educação e ciência, reforça as críticas do PT ao governo, mas não muda a realidade do agora. Ainda que a melhora econômica se transforme em um soluço fabricado pelos estímulos econômicos e um problema contratado para os próximos anos. A eleição não acabou, e os jogadores ainda estão em campo.

O Estado de São Paulo

4 Bolsonaro (PL) se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), como "vagabundo" durante um discurso em Novo Hamburgo (RS),




Jair Bolsonaro durante evento eleitoral neste sábado em Novo Hamburgo

Declaração ocorre dias antes dos atos previstos para ocorrer no próximo dia 7 de Setembro, Bicentenário da Independência do Brasil

Por Diego Nuñez e Italo Nogueira 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), como "vagabundo" durante um discurso em Novo Hamburgo (RS), em razão da ação contra empresários que faziam parte de grupo de WhatsApp em que se defendeu golpe de Estado.

Sem mencionar o nome do ministro, ele classificou dessa forma quem "dá a canetada" após ouvir relato sobre uma conversa escutada "atrás da árvore", referência ao vazamento dos diálogos do grupo de empresários.

"Vimos há pouco empresários tendo sua vida devassada, recebendo visita da Polícia Federal porque estavam privadamente discutindo um assunto que não interessa qual seja", disse ele.

"Eu posso pegar meia dúzia aqui, bater um papo e falar o que bem entender. Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa que vai querer roubar nossa liberdade. Agora, mais vagabundo do que esse que está ouvindo a conversa é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo."

Bolsonaro também falou que problemas internos do país são maiores que os externos e falou na existência de "maus brasileiros".

"Temos problemas externos. Mas nossos maiores problemas são internos. São maus brasileiros que não têm qualquer respeito com a população, com a família, com as mulheres, com a propriedade privada, com as religiões. Quer o poder pelo poder."

A declaração ocorre dias antes dos atos previstos para ocorrer no próximo dia 7 de Setembro, Bicentenário da Independência do país, que o presidente pretende transformar em demonstração de apoio político à sua candidatura à reeleição. Na mesma data no ano passado, Bolsonaro chamou Moraes de canalha.

O comportamento do presidente no ato é imprevisível. A ala política do Palácio do Planalto vinha tentando esfriar os ânimos do presidente em relação ao ato de Copacabana, onde há previsão de maior carga política.

Bolsonaro sempre demonstrou interesse que o ato fosse de grandes proporções, a fim de demonstrar apoio popular. Contudo, chegou a sinalizar que não discursaria, a fim de não repetir o confronto gerado no Dia da Independência no ano passado, quando chamou Alexandre de Moraes de canalha.

A autorização pelo ministro de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas, contudo, acirrou os ânimos. O comportamento do presidente para o ato ainda é imprevisível.

Folhapress / Estado de Minas

Agenda saiu do controle de Lula e Bolsonaro




Ciro e Tebet foram bem no debate. Lula e Bolsonaro foram mal – e perderam o controle da agenda

Por João Gabriel de Lima* (foto)

“A batalha crucial de uma eleição é pela captura da agenda.” Seguindo essa máxima, o estrategista de campanha Luiz González elegeu três governadores do PSDB em São Paulo – Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. “Sou um dos responsáveis pelo apelido ‘tucanistão’”, brinca.

“Capturar a agenda” significa emplacar o tema que vai pautar o debate eleitoral. Para González, entrevistado no minipodcast da semana, os dois líderes da corrida presidencial, Lula e Bolsonaro, já têm estratégias definidas para que a discussão gire em torno de seus assuntos preferidos.

Lula gostaria que o tema da campanha fosse a comparação entre o seu desempenho e o do atual presidente. Bolsonaro investe na reconquista do público evangélico e no discurso anticorrupção. Apesar do escândalo no Ministério da Educação, do orçamento secreto – furos de reportagem do Estadão – e, agora, da compra de imóveis com dinheiro vivo, estrategistas de Bolsonaro avaliam que o tema corrupção atrapalha mais Lula do que ele.

Os dois candidatos tentaram emplacar suas agendas nesta fase crucial da campanha, que acumulou as sabatinas do Jornal Nacional, o início do horário eleitoral gratuito e o primeiro debate, cuja audiência é historicamente altíssima. Nesta guerra televisiva de três batalhas, Ciro Gomes e Simone Tebet acabaram se saindo melhor do que os líderes Lula e Bolsonaro.

Ciro e Simone foram muito bem no debate, e isso se refletiu no crescimento de ambos nas pesquisas do Ipespe e do Datafolha. A nova situação torna o segundo turno mais provável. Já Lula e Bolsonaro foram mal – e perderam justamente o controle da agenda.

Uma resposta grosseira de Bolsonaro a uma pergunta da jornalista Vera Magalhães trouxe à tona uma nova discussão: o machismo na política. Foi este assunto, não a corrupção ou a comparação de desempenhos, que inundou as redes sociais ao longo da semana.

A candidata do MDB, vítima recorrente de comentários preconceituosos de seus colegas políticos, contrastou o presidente de forma veemente no debate. Com isso, Simone ganhou pontos nos “trackings”, as pesquisas diárias por telefone que medem a temperatura do eleitorado em tempo real.

Os mesmos trackings sinalizaram um soluço de Bolsonaro, que na semana anterior celebrava um viés de alta. De acordo com os trackings, o crescimento do presidente estancou a partir do debate – e as pesquisas posteriores confirmaram a estagnação. Mais uma prova de que ganhar a agenda é fundamental. Simone lutará para mantê-la, enquanto Lu**la e Bolsonaro seguirão se engalfinhando para recuperá-la.

*Escritor, professor da Faap e doutorando em ciência política na Universidade de Lisboa

O Estado de São Paulo

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