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sexta-feira, maio 14, 2021

Além de grandes amigos, cães podem ser verdadeiros protetores da vida humana

 *Por Adriana de Oliveira, cinóloga e etóloga especialista em comportamento canino 

Muito se fala sobre a relação entre humanos e seus cães, em muitos casos os cachorros passam a fazer parte da família como integrante e acabam por reconhecer em seus donos emoções como felicidade e raiva. Em estudo desenvolvido por especialistas em comportamento animal e psicólogos da University de Lincoln, no Reino Unido, e da Universidade de São Paulo, publicado pela Biology Letters, da Royal Society, foi revelado que os cães podem reconhecer emoção nos seres humanos combinando informações de diferentes sentidos, uma habilidade que nunca tinha sido observada fora dos seres humanos.

Pela primeira vez, pesquisadores demonstraram que os cães devem formar representações mentais abstratas de estados emocionais positivos e negativos, e não apenas exibir comportamentos aprendidos ao responder às expressões de pessoas e outros cães. Outro ponto que podemos chamar a atenção é o quanto os cães sentem o campo energético e por causa disso podem e, em vários casos, até são treinados para salvar vidas. Diante disso, veja alguns exemplos de como o comportamento canino demonstra que você precisa de cuidado.

- Cães conseguem antecipar epilepsias e convulsões, ainda que a pessoa não perceba, cães são capazes de pequenas alterações que antecedem crises. Muitos cães, inclusive, são treinados para a função de avisar seus donos antes de um ataque iminente;

- Cães detectam doenças graves, eles percebem as menores mudanças em nosso sistema metabólico, cardiovascular, respiratório e hormonal. São capazes de notar uma pequena gripe pela presença de uma febre, por exemplo. Eles percebem mudanças no humor e em nosso nível de energia. Mas eles vão muito mais além, cães estão sendo treinados por sua capacidade de notar células cancerígenas quando nem mesmo um exame é capaz de detectá-las. Se seu cão se mostrar muito protetor e choramingar aos seus pés, às vezes não ele que está com problemas;

- Cães percebem a gravidez, eles são excelentes substitutos do teste de gravidez, por serem capazes de perceber as alterações hormonais presentes ainda nos primeiros dias de uma gestação, eles podem se mostrar protetores, não permitindo que as pessoas toquem a gestante, protegendo sua barriga. Muito comum tutores relatarem esse comportamento antes mesmo de descobrirem a gestação;

- Cães pressentem a morte, eles são capazes de prever a morte de um ser querido, seja ele humano ou mesmo outro animal. Não só pelas alterações químicas e metabólicas de corpo doente, mas por uma sensibilidade espiritual, sensorial e energética! É comum cães se mostrarem inquietos e protetores antes da morte de um tutor que não estava doente, mas morreu de acidente, por exemplo. Isso é possível pois eles são capazes de perceber energias que não conseguimos detectar.

Fernanda Souza
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Lewandowski concede a Pazuello direito de ficar em silêncio na CPI da Covid


Lewandowski concede a Pazuello direito de ficar em silêncio na CPI da Covid
Foto: Reprodução / Flickr

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para que ele tenha o direito de ficar em silêncio na CPI da Covid sempre que entender que não precisa responder a perguntas dos senadores. A decisão foi desta nesta sexta-feira (14).

 

O pedido feito na última quinta-feira (13) pela Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão solicitou também que o ex-ministro da Saúde ficasse imune a algumas medidas, entre elas, a prisão. Nesta sexta-feira (14) o relator da CPI Renan Calheiros enviou um ofício ao STF em que disse que o trabalho da comissão ficaria prejudicado se o pedido da AGU fosse atendido, de acordo com o G1.

 

Por lei, a AGU pode representar pessoas em atos cometidos por elas em razão de suas funções públicas. No caso da CPI, Pazuello foi convocado a prestar depoimento por atos cometidos no período em que chefiou o Ministério da Saúde.

 

A decisão do ministro está alinhada com a jurisprudência do Supremo em relação ao direito ao silêncio em CPIs para evitar a produção de provas contra si. Em casos semelhantes ao do ex-ministro, nos últimos 20 anos, o tribunal garantiu, em decisões colegiadas, a pelo menos 12 alvos de CPIs o mesmo direito - as decisões se referem a 10 CPIs distintas.


Bahia Notícias

Governador Ibaneis destina verba do orçamento secreto para área onde tem fazendas


Restabelecido, Ibaneis descansa no Piauí e até cavalgou nesta sexta

Ibaneis cria quarto de milha e nelore em suas terras

Vinícius Valfré e Lorenna Rodrigues
Estadão

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), colocou R$ 7 milhões do orçamento secreto no interior do Piauí, em municípios onde ele tem extensas fazendas de gado. As terras ficam no extremo sul do Estado, a mais de 800 quilômetros de Brasília.

O Estadão revelou na quinta-feira, 13, que Ibaneis, um dos poucos governadores aliados de Jair Bolsonaro, foi contemplado com o esquema montado dentro do Palácio do Planalto para aumentar a rede de apoiadores do presidente.

O Ministério do Desenvolvimento Regional não respondeu até o fechamento desta edição se Ibaneis foi o único governador, em 2020, a impor diretamente a aplicação de recursos das chamadas emendas RP9. A cota dele foi de R$ 22 milhões. Como as tratativas em torno da divisão do dinheiro são sigilosas, não é possível conferir os contemplados. A pasta tem negado a existência do “tratoraço”, como o caso ficou conhecido nas redes porque muitos políticos usaram a verba para comprar tratores.

CRITÉRIOS TÉCNICOS – Por uma decisão do próprio Bolsonaro, esses recursos provenientes de uma nova modalidade de emenda deveriam ser distribuídos pelos ministros com base em critérios técnicos.

Mas documentos aos quais o jornal teve acesso mostram que políticos escolhidos pelo Planalto impuseram não apenas as cidades, mas também o que deveria ser comprado com R$ 3 bilhões do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Assim, como a maioria dos parlamentares, Ibaneis também enviou sua cota para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a estatal do Centrão, sediada em Brasília, que foi inflada no atual governo e virou um duto para escoar recursos do orçamento secreto.

Para o município de Sebastião Barros, onde fica a sede de uma de suas fazendas, Ibaneis destinou R$ 4,7 milhões para recuperar estradas, comprar caminhão e trator, construir ponte e instalar poste de energia. O dinheiro chegou no ano eleitoral de 2020, quando o governador tentava reeleger um aliado para a prefeitura. Seu candidato perdeu a eleição.

IBANEIS ROCHA – Na vizinha Corrente, município de sua família, onde passou a infância, Ibaneis enviou R$ 1,4 milhão para “execução de serviços de recuperação de estradas vicinais”. Oeiras, mais no centro do Estado, teve R$ 428 mil para comprar tratores, roçadeiras, caminhões-tanque e batedeiras de cereais. Há, ainda, mais R$ 361 mil para a estrutura da Codevasf no Piauí com a compra de tratores e carros 4×4.

Em entrevista coletiva na quinta-feira, 13, Ibaneis justificou que é “um político que saí da esfera do DF”, com “projeção nacional, inclusive com apoio a diversas prefeituras de diversos Estados do Brasil”. Sobre a escolha das cidades coincidir com suas terras, afirmou: “Não houve qualquer benefício em áreas próximas à fazenda do governador.” O governador cria cavalos quarto de milha, gado nelore e caprinos. A revista Época revelou que ele possui 14 mil hectares de terra.

JOGO DO PODER – A aliança entre Ibaneis e Bolsonaro vai da atuação na pandemia ao jogo do poder no Congresso. O governador participou da ofensiva do Planalto para eleger o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) aos comandos da Câmara e do Senado, sintonizou sua atuação na pandemia com a do governo e estreitou as relações com a família do presidente.

O campinho de futebol da casa do governador em Brasília passou a ser frequentado pelos filhos de Bolsonaro. Um deles, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), é alvo do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios por um empréstimo do Banco de Brasília, instituição ligada ao governo distrital, para compra de uma mansão de R$ 6 milhões.

PRERROGATIVA – O Ministério do Desenvolvimento Regional tem afirmado que a prerrogativa de indicar recursos da emenda é do Congresso. Mas um documento da própria pasta é claro ao apontar quem geriu a verba. “A descentralização de créditos à Codevasf proporcionará apoio à infraestrutura produtiva e o fomento à sustentabilidade local em municípios localizados em sua área de atuação no Estado do Piauí.

Trata-se de recurso proveniente da emenda de relator e indicado pelo governador do Distrito Federal, Sr. Ibaneis Rocha”, diz o ofício, assinado em 20 de junho de 2020.

A atenção que Ibaneis dedica ao Piauí rendeu-lhe problemas com a Justiça. Já com a pandemia de covid-19 causando mortes e prejuízos no Brasil e no DF, o governador doou 22 mil máscaras a Corrente.

NOVA POSIÇÃO – O processo de liberação de recursos do orçamento secreto para Ibaneis coincide com uma mudança radical da posição do governador em relação à política de combate à covid-19.

Depois de ser um dos primeiros do País a fechar escolas e comércio, ele, em um período de três meses, mudou de discurso, alinhou-se a Bolsonaro e disse que “restrições” não servem para nada. Na época, não se sabia que, três dias antes, o ministério havia autorizado a execução da “cota” do governador no esquema do orçamento secreto.


Atrás de Lula no Datafolha, Bolsonaro diz que petista só ganha eleição se fraudar em 2022


Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em discurso durante evento em Terenos

Sem máscara, Jair Bolsonaro incentiva a multidão

João Pedro Pitombo

O presidente Jair Bolsonaro voltou nesta sexta-feira (14) a colocar o sistema eleitoral brasileiro em xeque, defendeu a aprovação do voto impresso e afirmou que o ex-presidente Lula (PT) só ganhará as eleições de 2022 na fraude.

“Um bandido foi posto em liberdade, foi tornado elegível, no meu entender para ser presidente. Na fraude. Ele só ganha na fraude no ano que vem”, disse Bolsonaro em Terenos (MS), onde participou de um ato para a entrega de títulos de posse de terra.

PESQUISA DESFAVORÁVEL – As declarações do presidente foram feitas dois dias após a divulgação da pesquisa Datafolha que apontou o ex-presidente Lula liderando a corrida eleitoral do próximo ano.

Segundo o Datafolha, Lula tem 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro. No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 55% a 32%, desempenho puxado sobretudo pelas intenções de voto no Nordeste. A pesquisa ainda apontou queda de popularidade do presidente.

Em um segundo pelotão, embolados, aparecem o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (sem partido), com 7%, o ex-ministro da Integração Ciro Gomes (PDT), com 6%, o apresentador Luciano Huck (sem partido), com 4%, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que obtém 3%, e, empatados com 2%, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o empresário João Amoêdo (Novo).

VOTO IMPRESSO – Nesta sexta-feira, em um discurso de cerca de 30 minutos em Mato Grosso do Sul, o presidente fez uma defesa veemente da aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para a criação do voto impresso nas eleições brasileiras.

Bolsonaro também criticou os partidos de esquerda e lembrou que o próximo presidente irá indicar dois ministros do STF (Supremo Tribunal federal) em 2023. Bolsonaro também voltou a atacar a CPI da Covid, em curso do Senado, e criticou a composição dos integrantes da comissão.

“Agora se faz uma CPI em Brasília que não é para apurar propina, disso a imprensa está com saudade. Faz uma CPI com aquela composição que, puxa vida, para apurar omissões do governo federal. Mas na hora de convocar governadores, ela é contra”, disse.

ROTA DE COLISÃO – Na quinta-feira (13), o presidente já havia entrado em rota de colisão com os membros da CPI ao repetir o gesto do seu filho e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e chamar de vagabundo o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).

“Sempre tem algum picareta, vagabundo, querendo atrapalhar. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no nosso país. É um crime o que vem acontecendo com essa CPI”, disse o presidente em discurso no estado que é base eleitoral do senador Renan Calheiros.

E a sessão da CPI de quarta-feira (12) foi encerrada após um bate-boca entre Flávio e Renan. O filho do presidente da República chamou o senador alagoano de vagabundo. Mais tarde, em uma rede social, Bolsonaro publicou trecho de vídeo com a discussão dos senadores.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O clima está esquentando em pleno inverno. A CPI é uma tragédia para o governo, porque recapitula todos os erros cometidos por Bolsonaro no decorrer da pandemia. E fica clara não somente sua omissão, mas também sua intromissão em assuntos que não lhe diziam respeito. (C.N.)

É preciso tornar o ambiente mais sadio entre Brasil e China, adverte o embaixador chinês


Yang Wanming, embaixador da China no Brasil - Adriano Machado/Reuters

Yang Wanming está empenhado em entregar vacinas

Gerson Camarotti
G1 Brasília

Numa conferência virtual na manhã desta sexta-feira (14), o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, chamou de “injustas e infundadas” acusações e críticas vindas do governo brasileiro e que relacionam o país asiático à pandemia.

Nos últimos meses, integrantes do governo brasileiro fizeram ataques à China. Na semana passada, o próprio presidente Jair Bolsonaro afirmou que a pandemia da Covid é resultado de uma guerra biológica.

AMBIENTE MAIS SADIO – Ao presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), Wanming pediu ajuda do Congresso Nacional para “tornar o ambiente mais sadio entre Brasil e China”.

Recentemente, o diplomata chinês também se reuniu com o chanceler Carlos França e com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

“O Brasil continua sendo uma prioridade da China nas relações comerciais e para o recebimento de IFA para produzir vacinas. Mas o ambiente entre os dois países tem que ser sadio”, alertou o embaixador ao presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

ATRASO DA VACINA – Na reunião, o deputado Aécio Neves foi direto ao questionar o motivo do atraso na liberação do IFA para a retomada da produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan. No laboratório chinês Sinovac há 10 mil litros prontos do Ingrediente Farmacêutico Ativo para serem enviados ao Brasil. Mas o IFA só pode ser enviado quando o governo chinês autorizar a remessa.

O embaixador chinês se comprometeu a agir pessoalmente para a liberação rápida do IFA em 48 horas e negou a existência de uma crise diplomática e política com o Brasil.

Segundo Aécio Neves, o embaixador argumentou que há uma pressão enorme de vários países para liberação de vacinas e insumos. O diplomata disse que a China já exportou mais de 300 milhões de doses de vacina para cerca de 100 países. “Não há retaliação”, disse o embaixador chinês.

MAIS VACINAS – Em tom crítico, o embaixador defendeu que Estados Unidos e União Europeia deveriam ampliar a exportação de vacinas para países pobres e em desenvolvimento.

O embaixador informou ao presidente da Comissão de Relações Exteriores que a China alterou sua posição na OMC sobre quebra de patentes de vacinas. Passou a defender uma abertura de consulta na Organização Mundial do Comércio que leve a acessibilidade aos países mais pobres e em desenvolvimento aos insumos e vacinas, com uma eventual quebra de patentes.

Ao Blog, o deputado Aécio Neves disse que vai apresentar um substitutivo ao texto aprovado no Senado para que haja pagamento de royalties aos laboratórios farmacêuticos para a produção de vacinas contra o coronavírus pelos laboratórios brasileiros.

TRANSFERIR TECNOLOGIA – “Seria uma posição intermediária para que as farmacêuticas possam transferir a tecnologia para a produção de vacinas. Com esse pagamento, haveria um estímulo”, observou Aécio.

No projeto de lei, o presidente da Comissão de Relações Exteriores também quer garantir investimentos para adequação de laboratórios brasileiros para a produção dessas vacinas.

“O Brasil precisa estar preparado para os próximos anos”, disse Aécio.

Grupo majoritário da CPI da Covid já vê provas de crimes de Bolsonaro na gestão da pandemia

 Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Jair Bolsonaro14 de maio de 2021 | 12:55


Técnicos e integrantes do grupo majoritário da CPI da Covid, formado por senadores independentes e oposicionistas, acreditam que já há elementos que levam à incriminação do presidente Jair Bolsonaro por crime sanitário, ou seja, contra a saúde pública.

A comissão pode, no relatório final, pedir ao MPF (Ministério Público Federal) o indiciamento do mandatário por ilícitos que entendem que ele cometeu.

A existência de crime sanitário é uma das vertentes de investigação do grupo majoritário da CPI, formado por parlamentares independentes e oposicionistas.

O principal objetivo dos depoimentos e coleta de evidências daqui para frente será atestar que o chefe do Executivo também cometeu crime contra a vida.

Os senadores acreditam que os depoimentos prestados até o momento no âmbito da comissão confirmaram que Bolsonaro e seus comandados tinham real consciência do impacto da pandemia do novo coronavírus no Brasil e que deveriam ter agido para minimizar os efeitos à população brasileira, incluindo com uma mudança na postura pessoal do próprio presidente.

A CPI realizou até o momento seis oitivas. Compareceram como testemunha à comissão os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga; o diretor presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres; o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.

Os parlamentares do grupo majoritário da CPI consideram que pelo menos três falas em depoimentos podem ser consideradas provas da omissão e negligência do governo. Citam inicialmente a apresentação na comissão de uma carta, pelo ex-ministro Mandetta, que teria entregue ao presidente da República, ainda em março, alertando para os riscos da pandemia e mostrando estimativas de que o Brasil poderiam chegar a 180 mil mortes pela Covid-19 até o fim de 2020, se medidas, principalmente políticas de isolamento social, não fossem adotadas.

Outro fato encarado como prova de negligência é a informação de que a oferta de venda de vacinas da Pfizer ficou parada no governo por dois meses, que veio à tona no depoimento de Fabio Wajngarten. A informação foi em seguida confirmada e sua gravidade ampliada com a fala de Carlos Murillo, que apontou que a empresa fez ao Brasil ao menos cinco ofertas de doses de vacinas contra o coronavírus e que o governo federal ignorou proposta para comprar 70 milhões de unidades do imunizante.

Também mencionam a pressão para ampliar o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.

Para integrantes da CPI, está claro que o governo Jair Bolsonaro boicotou a aquisição de vacinas, pois acreditava na imunização natural, ou imunidade de rebanho, que aponta que a imunidade coletiva é atingida quando um percentual da população é infectado.

“Vemos que o crime contra a saúde pública já está caracterizado”, afirma o senador Rogério Carvalho (PT-SE), membro suplente da CPI e um dos principais nomes do grupo independente e oposicionista, em relação a questões de saúde.

“Quando você deixa de adotar medidas, você está de forma culposa cometendo crime contra a saúde pública. Mas, quando você tem os meios e não age, então existe dolo”, completou.

A equipe do relator e os senadores próximos a ele, portanto, consideram que já há elementos suficientes para sustentar a tese de negligência deliberada no enfrentamento à pandemia e nos esforços para evitar uma escalada das mortes, configurando crime sanitário.

Legalmente, trabalha-se com duas hipóteses em relação a esse eventual crime. Administrativamente, Bolsonaro pode ser acusado de crime de responsabilidade por atuar contra o direito à saúde, que é um direito fundamental garantido pela Constituição.

Em outra esfera, os parlamentares próximos a Renan Calheiros mencionam o crime de epidemia, previsto no Código Penal e que seria praticado pela ação de promover de maneira deliberada a transmissão da doença.

Carvalho explica que o próximo passo seria provar o crime contra a vida, o que, na prática, seria demonstrar que o crime contra a saúde pública resultou nas mortes de pessoas, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

PolíticaLivre

Em meio à CPI, Bolsonaro diz que restrições pretendiam quebrar o governo para atingi-lo


Em meio à CPI, Bolsonaro diz que restrições pretendiam quebrar o governo para atingi-lo
Foto: Sérgio Lima/ Poder360

Em passagem pelo Mato Grosso do Sul, nesta sext-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem discurso) aproveitou para discursar contra a CPI da Pandemia, instalada o Senado para investigar ações e omissões do governo federal no combate à Covid-19, e contra medidas de restrição impostas por governadores. Mais uma vez, sem embasamento técnico, ele questionou a eficácia do lockdown.

 

"Não existe comprovação científica de lockdown. Quase quebraram o governo ano passado pra me atingir", afirmou. A declaração é falsa, já que autoridades e especialistas da saúde recomendaram o fechamento de cidades em diversas ocasiões como forma de conter a transmissão do coronavírus. Bolsonaro, ao contrário, desde o início da pandemia promove aglomerações e briga para suspender restrições, como no episódio em que foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) tentar reverter o toque de recolher determinado na Bahia (veja aqui).

 

No evento de hoje, marcado pela entrega de títulos fundiários, ele também não poupou críticas à CPI. Nesta semana, a Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu um executivo da Pfizer, que revelou ter feito três ofertas de vacina ao governo ainda em agostos, o diretor-presidente da Anvisa, que confirmou a ocorrência de uma reunião em que tentaram mudar a bula da cloroquina, e o ex-secretário especial de Comunicação do governo, Fábio Wajngarten, que quase saiu preso da sessão (saiba mais aquiaqui aqui).

 

"[Quer] Procurar omissões do governo federal, mas na hora de convocar governadores, ele é contra. E o crápula ainda diz: 'essa cpi não é pra investigar desvio de recursos'", alfinetou, sem citar nomes. Neste quesito, ele tem reforçado os embates contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão.

Bahia Notícias

Grupo majoritário da CPI da Covid já vê provas de crimes de Bolsonaro


por Julia Chaib e Renato Machado | Folhapress

Grupo majoritário da CPI da Covid já vê provas de crimes de Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR

Técnicos e integrantes do grupo majoritário da CPI da Covid, formado por senadores independentes e oposicionistas, acreditam que já há elementos que levam à incriminação do presidente Jair Bolsonaro por crime sanitário, ou seja, contra a saúde pública.
 

A comissão pode, no relatório final, pedir ao MPF (Ministério Público Federal) o indiciamento do mandatário por ilícitos que entendem que ele cometeu.
 

A existência de crime sanitário é uma das vertentes de investigação do grupo majoritário da CPI, formado por parlamentares independentes e oposicionistas.
 

O principal objetivo dos depoimentos e coleta de evidências daqui para frente será atestar que o chefe do Executivo também cometeu crime contra a vida.
 

Os senadores acreditam que os depoimentos prestados até o momento no âmbito da comissão confirmaram que Bolsonaro e seus comandados tinham real consciência do impacto da pandemia do novo coronavírus no Brasil e que deveriam ter agido para minimizar os efeitos à população brasileira, incluindo com uma mudança na postura pessoal do próprio presidente.
 

A CPI realizou até o momento seis oitivas. Compareceram como testemunha à comissão os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, o atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga; o diretor presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres; o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.
 

Os parlamentares do grupo majoritário da CPI consideram que pelo menos três falas em depoimentos podem ser consideradas provas da omissão e negligência do governo. Citam inicialmente a apresentação na comissão de uma carta, pelo ex-ministro Mandetta, que teria entregue ao presidente da República, ainda em março, alertando para os riscos da pandemia e mostrando estimativas de que o Brasil poderiam chegar a 180 mil mortes pela Covid-19 até o fim de 2020, se medidas, principalmente políticas de isolamento social, não fossem adotadas.
 

Outro fato encarado como prova de negligência é a informação de que a oferta de venda de vacinas da Pfizer ficou parada no governo por dois meses, que veio à tona no depoimento de Fabio Wajngarten. A informação foi em seguida confirmada e sua gravidade ampliada com a fala de Carlos Murillo, que apontou que a empresa fez ao Brasil ao menos cinco ofertas de doses de vacinas contra o coronavírus e que o governo federal ignorou proposta para comprar 70 milhões de unidades do imunizante.
 

Também mencionam a pressão para ampliar o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.
 

Para integrantes da CPI, está claro que o governo Jair Bolsonaro boicotou a aquisição de vacinas, pois acreditava na imunização natural, ou imunidade de rebanho, que aponta que a imunidade coletiva é atingida quando um percentual da população é infectado.
 

"Vemos que o crime contra a saúde pública já está caracterizado", afirma o senador Rogério Carvalho (PT-SE), membro suplente da CPI e um dos principais nomes do grupo independente e oposicionista, em relação a questões de saúde.
 

"Quando você deixa de adotar medidas, você está de forma culposa cometendo crime contra a saúde pública. Mas, quando você tem os meios e não age, então existe dolo", completou.
 

A equipe do relator e os senadores próximos a ele, portanto, consideram que já há elementos suficientes para sustentar a tese de negligência deliberada no enfrentamento à pandemia e nos esforços para evitar uma escalada das mortes, configurando crime sanitário.
 

Legalmente, trabalha-se com duas hipóteses em relação a esse eventual crime. Administrativamente, Bolsonaro pode ser acusado de crime de responsabilidade por atuar contra o direito à saúde, que é um direito fundamental garantido pela Constituição.
 

Em outra esfera, os parlamentares próximos a Renan Calheiros mencionam o crime de epidemia, previsto no Código Penal e que seria praticado pela ação de promover de maneira deliberada a transmissão da doença.
 

Carvalho explica que o próximo passo seria provar o crime contra a vida, o que, na prática, seria demonstrar que o crime contra a saúde pública resultou nas mortes de pessoas, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
 

Por isso os integrantes do grupo majoritário preveem que, após a série de oitivas com autoridades, ex-integrantes do governo e atuais, a CPI vai entrar numa segunda etapa de depoimentos, para ouvir especialistas.
 

"Em relação ao crime contra a vida, precisa ser provado quantas mortes poderiam ter sido evitadas se tivessem sido tomadas as medidas adequadas. Sabemos que o vírus é matemático, tem alta capacidade de propagação. Mas, para provar que houve o crime contra a vida, agora precisamos trazer para a comissão especialistas, investigar estudos epidemiológicos, que possam sustentar essa tese", afirmou o senador.
 

Um dos estudos em análise pela comissão foi publicado pela revista acadêmica Lancet, cujo título é SOS Brazil: Science Under Attack (tradução live: SOS Brasil: a ciência sob ataque), do epidemiologista Pedro Hallal, da UFPel (Universidade Federal de Pelotas).
 

Nesta sexta, o jornal Folha de S.Paulo mostrou cálculo de Hallal, segundo o qual pelo menos 5 mil mortes teriam sido evitadas se o governo tivesse aceitado a oferta da Pfizer em agosto do ano passado. A conta do pesquisador estima que 14 mil óbitos poderiam não ter ocorrido, com uma margem de erro de 5 mil a 25 mil mortes.
 

Outra pesquisa que vem sendo acompanhada pelos membros da comissão investiga o "excesso de mortes", o aumento de mortes no Brasil em tempos de Covid-19.
 

Uma das autoras é a epidemiologista da Vita Strategies Fátima Marinho. Ela explica que a pesquisa leva em conta uma estimativa de mortes anual, mais ou menos fixa, que varia levemente por causa do envelhecimento da população.
 

Um dos impactos que pode ser medido é justamente a vacinação, em particular do grupo acima de 80 anos.
 

"Com o início da vacinação de idosos, a gente já começou a registrar em abril não apenas uma redução nas mortes, não apenas por Covid, mas também a redução do excesso de mortes entre eles. Ou seja, tem o impacto direto e também o impacto indireto", afirmou Marinho.
 

Na semana que vem, serão ouvidos o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo (18) e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, no dia 19.
 

O atual ministro, Marcelo Queiroga, foi ouvido pela comissão, mas terá de voltar porque os parlamentares avaliaram que o depoimento dele foi inconclusivo. Na oitiva, Queiroga se omitiu de questões sobre o que ele acha do uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19 e também a opinião dele a respeito de declarações negacionistas de Bolsonaro.
 

Ao contrário dele, o depoimento de Barra Torres, presidente da Anvisa, defendeu a vacinação, medidas de isolamento social, uso de máscaras, além de criticar o uso da cloroquina para tratar Covid. Apesar da proximidade com Bolsonaro, disse que o comportamento negacionista não deve ser seguido pela população.

Bahia Notícias

 


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