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segunda-feira, maio 10, 2021

Compra de tratores pelo Orçamento secreto de Bolsonaro tornou-se obsessão no Congresso


Motoniveladoras também são negociadas com a base parlamentar

Breno Pires
Estadão

A compra de máquinas pesadas virou uma obsessão do atual Congresso. No orçamento secreto de R$ 3 bilhões de recursos do Ministério de Desenvolvimento Regional que o governo terceirizou para deputados e senadores no final do ano passado, ao menos R$ 271,8 milhões foram para aquisição de tratores, retroescavadeiras e equipamentos agrícolas.

Os tratores foram os itens mais requisitados. As máquinas são destinadas a prefeituras para auxiliar nas obras em estradas nas áreas rurais e vias urbanas e nos projetos de cooperativas da agricultura familiar. Os parlamentares indicaram um gasto de R$ 15 milhões para a aquisição de 115 máquinas. Destas compras, apenas 12 estão previstas com preços dentro da tabela de referência do governo.

ESQUEMA DE MARINHO – O esquema montado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro para se aproximar do Congresso jogou nas mãos de um grupo de deputados e senadores os recursos do ministério comandado por Rogério Marinho (sem partido-RN).

Destinados geralmente a prefeituras de redutos dos parlamentares, as máquinas e equipamentos saíram na maioria das vezes acima do preço de referência estabelecido pelo próprio ministério, em cartilha válida para 2021.

São dezenas de motoniveladoras, retroescavadeiras, carretas agrícolas, pás carregadeiras e caminhões, entre outros itens. Os autores das indicações são 37 deputados e cinco senadores. Entre eles, estão o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o ex-líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO).

SUPERFATURAMENTO – Dos recursos do “planilhão”, o Ministério do Desenvolvimento Regional liberou R$ 2,8 milhões para a compra de quatro motoniveladoras em convênios indicados por Vitor Hugo. Pela tabela do governo, o custo dessas quatro máquinas sairia por R$ 500 mil a menos.

Do total de gastos com compras de máquinas e equipamentos agrícolas que a reportagem conseguiu rastrear, 361 itens têm valores acima dos preços de referência do governo, considerando a tabela deste ano.

Não foi possível, porém, obter informações sobre uma boa parte das aquisições que serão feitas pelos órgãos vinculados ao ministério. A falta de detalhamento ocorreu especialmente nas compras da Companhia de Desenvolvimento do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).

SALTO EM VALORES – Nos últimos dez anos, a ação orçamentária que inclui a compra de maquinários deu um salto em valores aplicados. O gasto passou de R$ 484 milhões em 2010 para R$ 4,5 bilhões em 2020, segundo ano de mandato de Bolsonaro. Pelo menos R$ 1 bilhão foi para a compra de equipamentos, incluindo tratores, no ano passado.

Dos R$ 132 milhões de compras de máquinas pesadas previstas no planilhão passíveis de análise, 81% do montante, isto é, R$ 107,1 milhões, foram para contratos identificados com preços acima da tabela do governo. O valor global é de R$ 23 milhões a mais do que se a compra respeitasse a tabela.

Parlamentares indicam preços e modelos de tratores para compra. O deputado Charles Fernandes (PSD-BA), por exemplo, chegou a indicar até o CNPJ e o telefone para contato de uma associação beneficente à qual queria destinar uma retroescavadeira no interior da Bahia. O parlamentar escreveu que o item deve ser comprado por R$ 300 mil, o que supera em R$ 50 mil o preço de referência.

LIRA DÁ UMA TACADA – Por sua vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira, pôde direcionar R$ 30 milhões só para o Dnocs. Com esse valor, o órgão está adquirindo 44 tratores agrícolas a preços superiores aos R$ 100 mil previstos na cartilha do ministério. No total, os itens custarão R$ 1,6 milhão a mais do que a referência.

Os documentos demonstram que Lira ainda direcionou recursos para o governo de Mato Grosso (a 2.300 quilômetros em linha reta do seu reduto eleitoral) comprar seis carretas agrícolas, por preço total de R$ 138.060. Pela tabela do governo, as máquinas custariam R$ 60 mil. No total, Lira manejou R$ 114 milhões do orçamento secreto de Bolsonaro. No caso dos recursos do orçamento secreto, além do sobrepreço, parte dos convênios foi assinada pelo governo federal mesmo com pendências legais.

MOTONIVELADORAS – Máquina usada para nivelar terrenos, a motoniveladora foi um dos itens mais caros nas listas de compras indicadas por parlamentares. Com a “cota” do deputado Nelto (Podemos-GO) serão compradas quatro máquinas desse tipo por R$ 723 mil cada, quando o preço de referência é R$ 470 mil.

O plano de compra nessas condições está aprovado pela Sudeco. O Estadão localizou a aprovação para a compra da mesma máquina, no mesmo dia, por R$ 584 mil cada.

Fora do acordo para os políticos operarem o orçamento secreto, o Estadão encontrou vários registros de compras de tratores e máquinas agrícolas que seguem o preço de referência. Um convênio do Ministério do Desenvolvimento com o município de Nanuque (MG), por exemplo, registra a compra de uma motoniveladora no valor de R$ 462 mil, pouco menos que a referência, de R$ 470 mil.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – As denúncias estão apenas começando. Aguardem os próximos capítulos(C.N.)

Quebrar patente não é a solução mágica para distribuição de vacinas aos países mais pobres


Charge de Laerte (Folha)

Carlos Alberto Sardenberg
O Globo

Vamos supor que a Organização Mundial da Saúde, com apoio dos países ricos e poderosos, decretasse hoje a quebra de todas as patentes de vacinas contra a Covid-19. O que aconteceria? Aumentaria a produção? A resposta é não.

No curto prazo, a carência de vacinas não tem nada a ver com patentes. Simplesmente, não há capacidade de produção na escala necessária para atender ao mundo. Faltam fábricas e insumos — o que não é surpreendente. Afinal, de um momento para outro, passou a existir uma demanda global de vacinas para a qual a economia global não estava preparada.

TIPOS DE VACINAS – De outro lado, e simplificando, há dois tipos de vacinas. Aquelas feitas com tecnologias conhecidas há tempos, como a CoronaVac, uma progressão em relação às vacinas contra a gripe. E há outras, de novíssima tecnologia, como aquela inventada pela alemã BioNTech, fabricada e distribuída pela Pfizer.

No caso das primeiras, já está ocorrendo uma abertura. O fabricante chinês transferiu tecnologia e licenciou o Butantan, antigo produtor de vacinas antigripais, para produzir aqui a CoronaVac. Do mesmo modo, o complexo Oxford/AstraZeneca se relacionou com a Fiocruz.

Portanto, a carência dessas vacinas por aqui não decorre das patentes, mas da falta de insumos e capacidade produtiva. E por que não temos isso? É o preço de anos sem investimentos públicos e sem estímulos ao investimento privado em tecnologias de ponta.

MANTER A PATENTE – Um dos problemas brasileiros é justamente a dificuldade de obter a patente — a proteção do direito intelectual — e mantê-la. A regra do jogo mundial na tecnologia de ponta é a proteção da invenção. Sem isso, não há investimento privado e os governos, como sabemos, são incapazes de substituí-lo.

Sim, há governos que apoiam as pesquisas científicas, mas os medicamentos e vacinas revolucionários são de autoria de companhias privadas.

Há dez anos, a vacina da BioNTech era apenas uma ideia de dois cientistas, donos de uma startup. Como parecia uma ideia boa, a pequena companhia recebeu seguidos aportes de capital privado e entregou a vacina no momento em que o mundo precisou.

HAVERÁ DESESTÍMULO – A BioNTech teve um excelente lucro no primeiro trimestre deste ano, que paga os investimentos feitos ao longo de anos. Se a patente for quebrada, isso lança um péssimo sinal para todo o setor farmacêutico. E não teremos vacinas tão boas e tão a tempo na próxima pandemia.

Além disso, se quebrada a patente das vacinas de alta tecnologia, também não acontece nada de imediato. Não existem laboratórios e pessoal capacitado para essa novidade. Ou seja, danem-se os pobres?

Vamos falar francamente: não é isso mesmo que está acontecendo? Dito de outro modo: é um imperativo moral que os governos e as instituições internacionais se movam para prover vacinas ao mundo todo.

JOGADA POLÍTICA – A resposta americana — suspensão provisória das patentes — parece mais uma jogada política interna e externa. Interna, porque com isso Joe Biden fala com a ala esquerda de seu Partido Democrata. E externa, para mostrar, digamos, solidariedade.

Mas vários líderes europeus, como Macron e Merkel, foram direto ao ponto: os EUA só fizeram isso depois de ter garantido doses para sua população, seguindo uma política que proíbe a exportação de vacinas e insumos.

Nesse caso, comportamento humanitário é o da União Europeia, que já exportou mais de 200 milhões de doses, mesmo não tendo garantido seu próprio abastecimento.

TRANSFERIR TECNOLOGIA – Exportar, bem entendido, não é apenas um gesto humanitário. Trata-se de uma pandemia, de modo que nenhum país estará inteiramente imune se os outros não estiverem.

Tudo considerado, é preciso, sim, uma ação concertada de governos para levar as detentoras de vacinas a licenciar o maior número possível de laboratórios, onde houver, e transferir tecnologia básica; e a negociar preços menores para os países mais pobres.  E também se deveria obrigar os países que têm sobra de vacinas a exportá-las ou a doá-las aos mais pobres.

Orçamento secreto bilionário de Bolsonaro banca tratores superfaturados para a base aliada


Compra de trator vira obsessão no Congresso

Maioria dos tratores e máquinas está saindo com superfaturamento

Breno Pires
Estadão

Um esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro, no final do ano passado, para aumentar sua base de apoio no Congresso criou um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões em emendas, boa parte delas destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.

O flagrante do manejo sem controle de dinheiro público aparece num conjunto de 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional e órgãos vinculados para indicar como eles preferiam usar os recursos.

VETO PRESIDENCIAL – O detalhe é que, oficialmente, o próprio Bolsonaro vetou a tentativa do Congresso de impor o destino de um novo tipo de emenda (chamada RP9), criado no seu governo, por “contrariar o interesse público” e estimular o “personalismo”. Foi exatamente isso o que ele passou a ignorar após seu casamento com o Centrão.

Os ofícios, obtidos pelo Estadão ao longo dos últimos três meses, mostram que esse esquema também atropela leis orçamentárias, pois são os ministros que deveriam definir onde aplicar os recursos.

Mais do que isso, dificulta o controle do Tribunal de Contas da União (TCU) e da sociedade. Os acordos para direcionar o dinheiro não são públicos, e a distribuição dos valores não é equânime entre os congressistas, atendendo a critérios eleitorais. Só ganha quem apoia o governo.

ALCOLUMBRE NA JOGADA – O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por exemplo, determinou a aplicação de R$ 277 milhões de verbas públicas só do Ministério do Desenvolvimento Regional, assumindo a função do ministro Rogério Marinho. Ele precisaria de 34 anos no Senado para conseguir indicar esse montante por meio da tradicional emenda parlamentar individual, que garante a cada congressista direcionar livremente R$ 8 milhões ao ano.

Ex-presidente do Senado, Alcolumbre destinou R$ 81 milhões apenas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a estatal que controla, ao lado de outros políticos.

Um caso emblemático é o do deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO). O governo aceitou pagar R$ 359 mil num trator que, pelas regras normais, somente liberaria R$ 100 mil dos cofres públicos. No total, o deputado direcionou R$ 8 milhões.

CASOS ESQUISITOS – Há situações até em que parlamentares enviaram milhões para compra de máquinas agrícolas para uma cidade a cerca de dois mil quilômetros de seus redutos eleitorais. É o caso dos deputados do Solidariedade Ottaci Nascimento (RR) e Bosco Saraiva (AM). Eles direcionaram R$ 4 milhões para Padre Bernardo (GO). Se a tabela do governo fosse considerada, a compra sairia por R$ 2,8 milhões.

À reportagem, Saraiva disse que atendeu a um pedido de Nascimento, seu colega de partido. Por sua vez, Nascimento afirmou ter aceitado um pedido do líder da legenda na Câmara, Lucas Vergílio (GO).

Planilha secreta do governo obtida pelo Estadão revela que Alcolumbre também destinou R$ 10 milhões para obras e compras fora do seu Estado. Dois tratores vão para cidades no Paraná, a 2,6 mil quilômetros do Amapá. Sem questionar, o governo concordou em comprar as máquinas por R$ 500 mil, quando pelo preço de referência sairiam por R$ 200 mil.

OBRAS E COOPERATIVAS – As máquinas são destinadas a prefeituras para auxiliar nas obras em estradas nas áreas rurais e vias urbanas e também nos projetos de cooperativas da agricultura familiar. Os políticos costumam promover festas de entrega dos equipamentos, o que lhes garante encontros e fotos com potenciais eleitores em ano pré-eleitoral.

Ao serem entrevistados, deputados e senadores negavam o direcionamento dos recursos ou se recusavam a prestar informações. Confrontados com ofícios assinados por eles e a planilha do governo, acabaram por admitir seus atos.

‘FUI CONTEMPLADO’ – O deputado Vicentinho Junior (PL-TO) escreveu à Codevasf que havia sido “contemplado” com o valor de R$ 600 mil para compra de máquinas. “Dificilmente esse ofício foi redigido no meu gabinete, porque essa linguagem aí, tão coloquial, eu não uso”, disse.

Somente após o Estadão encaminhar o documento, Vicentinho Junior admitiu a autoria, mas minimizou a expressão “contemplado” ali utilizada. “Às vezes, uma colocação nesse sentido nada mais é do que ser simpático”, resumiu.

“Minha cota”, “fui contemplado” e “recursos a mim reservados” eram termos frequentes nos ofícios dos parlamentares. Foi dessa última forma que a deputada e atual ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), se dirigiu à Codevasf para definir o destino de R$ 5 milhões. “Não me lembro. Codevasf?”, perguntou ao Estadão.

MINISTRA DESCONHECE – Ao ler o documento, Flávia desconversou: “É tanta coisa que a gente faz que não sei exatamente do que se trata”. Nem tudo, porém, é registrado. O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) admitiu que “ditou” para o ministro Marinho onde R$ 7 milhões deveriam ser aplicados.

Na prática, a origem do novo esquema está no discurso de Bolsonaro de não distribuir cargos, sob o argumento de não lotear o primeiro escalão do governo. De um jeito ou de outro, a moeda de troca se deu por meio da transferência do controle de bilhões de reais do orçamento ao Congresso. Tudo a portas fechadas, longe do olhar dos eleitores.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 É uma série de denúncias sobre o Orçamento secreto. Esta reportagem é apenas a primeira. Daqui a pouco saí a segunda. (C.N.)
nota da

Telegramas mostram que Ernesto mobilizou Itamaraty para garantir cloroquina, mesmo após alertas

Publicado em 10 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Marcelo Camargo / Agência Brasil

Chanceler Ernesto Araújo colocou Itamaraty a serviço da cloroquina

Patrícia Campos Mello
Folha

O ex-chanceler Ernesto Araújo mobilizou o aparato diplomático do Brasil para garantir fornecimento de cloroquina ao país, mesmo após a Organização Mundial da Saúde ter interrompido testes clínicos com a droga e depois de associações médicas terem alertado para a ineficácia e o risco de efeitos colaterais.

Isso é o que revelam telegramas diplomáticos obtidos pela Folha e informações de pessoas envolvidas nas negociações. O ex-ministro, que pediu demissão no fim de março, será ouvido na CPI da Covid na próxima quinta (13), para explicar se houve prejuízo na aquisição de insumos e vacinas por causa da política externa de sua gestão.

POSSÍVEL CURA – A corrida do Itamaraty atrás da cloroquina começou pouco depois de o presidente Jair Bolsonaro falar em “possível cura para a doença” em suas redes sociais, em 21 de março do ano passado.

Hospital Albert Einstein e a possível cura dos pacientes com Covid-19. Agora há pouco os profissionais do hospital Albert Einstein me informaram que iniciaram um protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia da cloroquina nos pacientes com Covid-19“, escreveu ele.

Um dia antes, a Prevent Senior e o hospital Albert Einstein haviam anunciado que tinham iniciado estudos com o medicamento. Em declaração durante reunião do G-20, em 26 de março, relatada em telegrama, Bolsonaro apontou para “testes bem-sucedidos, em hospitais brasileiros, com a utilização de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados pela Covid-19, com a possibilidade de cooperação sobre a experiência brasileira”.

IMPORTAÇÃO DE INSUMOS – No mesmo dia, mesmo não existindo nenhum “teste bem-sucedido” em hospitais brasileiros, o ministério das Relações Exteriores pediu, em telegrama, que os diplomatas tentassem “sensibilizar o governo indiano para a urgência da liberação da exportação dos bens encomendados pelas empresas antes referidas [EMS, Eurofarma, Biolab e Apsen] e outras que se encontrem em igual condição, cujo desabastecimento no Brasil teria impactos muito negativos no sistema nacional de saúde”. Na época, o governo indiano havia restringido a exportação da cloroquina.

Em outra comunicação, no dia 15 de abril, o ministério pede que a embaixada na Índia faça gestões junto ao governo indiano para liberar uma carga de hidroxicloroquina comprada pela empresa Apsen antes de a exportação ser vetada por Déli e para que a venda da droga seja normalizada.

Durante todo o mês de abril, houve inúmeros pedidos do Itamaraty para obtenção de cloroquina —defendida por Bolsonaro como “cura” para a Covid-19.

PEDIDO DO ITAMARATY – Um dos telegramas, por exemplo, afirma que o Itamaraty teria pedido à Organização Pan-Americana de Saúde que entrasse em contato com o governo indiano para conseguir a liberação de um lote de milhões de doses de hidroxicloroquina.

Em outro, datado de 24 de abril, o ministério pede apoio para uma farmacêutica brasileira conseguir importar sulfato de hidroxicloroquina e relata que ela forneceria habitualmente para “FURP [Fundação para o Remédio Popular], Fiocruz, LAQFA [Laboratório Químico-Farmacêutico da Aeronáutica] e Laboratório do Exército”. Na comunicação, o ministério pede à embaixada que sejam feitas gestões junto ao governo indiano para liberar a carga.

APESAR DE TUDO… – Mesmo depois de a Sociedade Brasileira de Infectologia, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira desaconselharem o uso da cloroquina contra a Covid e apontarem efeitos colaterais graves, em 19 de maio, o Itamaraty continuou acionando o corpo diplomático, em telegramas em junho, para garantir o fornecimento de hidroxicloroquina.

Já o empenho do Itamaraty para garantir vacinas e medicamentos da China foi muito menor do que o dedicado à cloroquina. Até novembro de 2020, o ministério não havia enviado instruções específicas para diplomatas prospectarem potenciais fornecedores de vacinas ou medicamentos na China, segundo pessoas envolvidas em negociações.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Como dizem os evangélicos, a verdade dos libertará. E ela está chegando... (C.N.)


O Vereador Zé Miúdo diz que seu esporte predileto é apresentar na Câmara projetos de Leis, indicações e requerimentos.

  



O Vereador Zé Miúdo disse que foi eleito para representar os cidadãos do seu município. Cada vereador é representante de uma parcela dessa população, mas seu trabalho deve ser dirigido para toda a comunidade do município.

Informou também que é amparado no o poder de fazer leis que atendam aos interesses dessa comunidade, que seu maior interesse -e apresentar na medida do possível projetos de leis, requerimentos e indicações. 

Segundo  o vereador Zé Miúdo por morar onde moram seus eleitores e viver o seu dia a dia junto deles, acompanha de perto os acontecimentos da vida da comunidade. Ele também exerce suas atividades profissionais nesse ambiente. Estando tão próximo, encontrando as pessoas, conversando com um e com outro, ele fica conhecendo as necessidades do povo.

Está tendo  oportunidade de ouvir sugestões, reclamações e pedidos vindos das pessoas as mais variadas, desde as menos atuantes e informadas até as que sabem das coisas que não andam bem. Ele, inclusive, é, por direito, usuário dos serviços públicos que são oferecidos aos seus conterrâneos e pode avaliar se são de boa qualidade ou não, a exemplo da saúde. Por estar tão próximo à sua comunidade, ele fica conhecendo as demandas sociais. Consciente de que é capaz de influenciar em decisões que beneficiem a todos, o vereador deve buscar meios para ajudar sua cidade.

Por outro lado, seus correligionários e adversários fiscalizam de perto o seu trabalho. Assim sendo, fica nítido que é na vereança que está a prova de fogo de qualquer político. Como vereador é que o político prova a capacidade que tem de ser um bom representante da comunidade que o elegeu.

Tem consciência que vereador é "por excelência, o representante do povo no município", logo, é um dos brasileiros mais importantes para a vida do país. É o parlamentar que subiu o primeiro degrau de uma vida pública que exige muita experiência, por isso tem a obrigação de fiscalizar, sugerir, indicar e denunciar quando necessário, e desse caminho não arredará um milímetro.

Nota da redação deste Blog - É isso vereador Zé Miúdo, esse é o caminho correto, vereador nunca deverá ser de enfeite, ou capacho do prefeito; a casa de Leis não deve ser um anexo da casa do prefeito, que dita as regras.

 O Vereador deve compartilhar com o povo da sua cidade, já que uma  de suas funções é investigar os atos do Executivo


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Canoa cheia é um perigo

 Adiberto de Souza

em 10 maio, 2021 8:55

Ao contrário da oposição sergipana, carente de quadros para ir às eleições de 2022, o lado governista se assemelha à uma canoa superlotada. Se de um lado falta gente para se candidatar, do outro sobre postulantes aos cargos majoritários. Até mesmo quem ainda veste a camisa oposicionista, como o ex-deputado federal André Moura (PSC), está doido para entrar na já abarrotada canoa da situação. O moço acredita que mudando de lado terá mais sorte que em 2018, quando desfilou como senador eleitor e perdeu a eleição para um principiante em política. Tomara que o exemplo de André sirva de alerta aos marujos situacionistas, pois muita euforia fora de hora pode colocar tudo a perder. Com a canoa tão cheia de pretendentes à sua cadeira, o governador Belivaldo Chagas (PSD) precisará de muita perícia no manuseio do timão para vencer as turbulências rio abaixo. Basta uma pequena desavença entre os marujos para virar a embarcação, transformando a vitória tida por alguns como certa, num grande naufrágio eleitoral. Aliás, antes de pensarem em terra firme na margem oposta, os governistas devem ter sempre em mente o que diz a marchinha carnavalesca da saudosa Emilinha Borba: “Se a canoa não virar/ Olê olê olê olá/ Eu chego lá”. Marminino!

Compasso de espera

Os autores do requerimento propondo a instalação da CPI da Covid-19 em Itabaiana aguardam uma posição do presidente da Câmara, Marcos Oliveira (DEM). Autor da proposta, o vereador Alex Henrique (PP) disse acreditar que o demista atenderá o requerimento. Caso isso não ocorra, ele vai à Justiça pedir que o presidente respeite a lei. A CPI visando apurar como a Prefeitura serrana gastou os recursos destinados ao combate à pandemia foi proposta pelos vereadores Alex Henrique, Anderson de Catulino (PSD), Escovinha (MDB), Cabeça de Porco (MDB), Ivone Andrade (MDB) e David Mota (PSD). Então, tá!

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2 homens, 2 B(b)ispos, 2 hotéis e 2 caminhos opostos

em 10 maio, 2021 4:10

                                Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Em seu editorial, hoje, o blog faz uma analogia entre 2 homens que, embora sendo B(b)ispos, escolheram dois caminhos totalmente distintos.

O primeiro é o “Bispo de Roma”, ou seja, o Papa Francisco. O blog fez questão de escrever com um “B” maiúsculo para mostrar as enormes diferenças entre Bispo com “B” e “b”. O Papa Francisco é um Bispo que vem revolucionando a Igreja Católica no mundo inteiro: humanista, misericordioso, que se preocupa verdadeiramente com a “pessoa humana”, principalmente com as que vivem nas “periferias” da vida, e que tem um olhar atento para os sofredores. É assim o Bispo de Roma! Ele não se preocupa com coisas, mas com as pessoas. Um Bispo que não visa o lucro e o interesse econômico sobre o outro, mas exclusivamente a preocupação com o ser humano. Prova disso foi a instalação, recentemente, de um “Hotel” perto do Vaticano para socorrer os sem-teto de Roma. Um Hotel para socorrer os necessitados e não para gerar lucro e dinheiro.

Do outro lado, há um bispo que tem dado péssimos exemplos para o rebanho que lhe foi confiado, seja para os leigos, para o clero e para os religiosos. Prova disso foi a compra recentemente de um carro virtus em plena pandemia e a ingratidão com aquela que foi sua secretária. Sem falar em tantos outros casos narrados por leigos e padres. Segundo auxiliares mais próximos, diferentemente do Bispo de Roma, o bispo de Aracaju só pensa em instalar um “hotel” no território da arquidiocese. Entretanto, o hotel não é para os moradores de rua e nem para os pobres, mas para gerar lucro e renda para os cofres da diocese. Segundo um jornalista amigo de Iguatu, ele é expert em instalar hotel, aja vista que construiu um hotel naquela cidade cearense onde foi bispo. Será que a sua vocação não seria ser empresário do ramo hoteleiro? Boa pergunta para o Bom Bispo de Roma. Dizem alguns assessores de parlamentares federais de Sergipe que ele inclusive teria abandonado a ideia de destinar recursos para a reforma da catedral e direcionar tais recursos para o convento de São Francisco, em São Cristóvão, local onde seria instalado o famoso hotel.

Portanto, há Bispos e bispos. Há Bispo que pensa nas pessoas e há bispo que só pensa no lucro e no dinheiro. Pois bem, caro leitor, são 2 homens com 2 caminhos distintos… e que não se cruzam. Mais Bispos Franciscos e menos bispos que só pensam naquilo… no hotel que dá lucro. Recordando as palavras do grande Bispo Pedro Casaldáliga, que afirmava que “na dúvida fique do lado dos pobres”, este blog fica do lado daquele que pensa muito nos pobres, o Papa Francisco.

Papa Francisco Leia aqui a reportagem sobre o Hotel que o Papa inaugurou para os pobres:
https://conexaoplaneta.com.br/blog/papa-transforma-palacio-do-vaticano-em-albergue-para-pessoas-sem-teto/

Papa Francisco II Leia, também, este artigo da Instituto Humanitas da UNISINOS:http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/595439-os-nobres-de-rua-encontram-morada-no-palacio-do-papa

Os mortos não falam Para quem escreve sobre entes falecidos para se justificar por causa da grande repercussão negativa sobre o caso, o blog deixa algumas recomendações: os mortos não falam e nem podem se pronunciar; respeito se conquista com exemplo e exemplo se dá em vida; e do julgamento final os ingratos não escaparão. 

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Parte das aulas presenciais estão autorizadas a retomar nesta segunda

 em 9 maio, 2021 7:35

Prefeitura orienta como proceder em casos de reação adversa à vacina contra covid-19 (Foto: Marcelle Cristinne)

Considerando que toda vacina aplicada gera um ‘despertar’ no organismo do indivíduo para o início da produção de anticorpos, algumas reações acabam se tornando comuns e até esperadas. Entretanto, isso pode variar de um organismo para o outro.

No sentido de monitorar e avaliar esses casos, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), elaborou e passou a disponibilizar em fevereiro deste ano um formulário eletrônico para a notificação de reações adversas à vacina contra a covid-19.

O objetivo desse formulário é investigar as reações adversas que a pessoa vacinada, seja com a primeira ou a segunda dose, possa apresentar após a aplicação. Até o momento, das 112.458 já vacinadas na capital, 537 notificaram, afirmando ter tido reações à vacina, sendo 214 por meio do formulário eletrônico e 323 através do E-SUS Notifica. Entre os casos notificados, as cinco reações mais registradas foram: dor local, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular, localizada ou não), fadiga e febre.

A infectologista da Secretaria da Saúde de Aracaju, Fabrizia Tavares, explica que as reações que geralmente são observadas após a vacinação contra a covid são eventos adversos já conhecidos após a aplicação de outros tipos de imunizantes.

“Tem algumas vacinas que induzem a uma maior reação do organismo, além dos componentes de cada indivíduo que também favorecem a uma maior possibilidade de ter reação à vacinação. Como as vacinas que temos aqui no Brasil são de vírus inativado, a gente também tem expertise com as reações provocadas por outras vacinas, como a da influenza, por exemplo”, explicou.

Assim como a maioria dos sintomas registrados nas notificações, a médica descreve que a maior parte das reações é de nível leve, que geralmente permanecem por até dois dias. “Isso quer dizer que o sistema imunológico do indivíduo está reagindo, respondendo àquele antígeno, àquele vírus morto que foi inoculado. Vale salientar que se deve evitar a automedicação, e se tiver sintomas desse tipo, fazer uso de dipirona ou tylenol, procurando de forma precoce o atendimento médico, caso persistam”, orienta a infectologista.

Como notificar
No formulário de notificação de reação adversa à vacina, disponível no site da Prefeitura, a pessoa pode fazer a notificação em seu nome ou em nome de um familiar, preenchendo todos os dados necessários. Caso não seja possível acessar a internet, a pessoa pode se dirigir até à UBS onde recebeu o imunizante, para que o profissional de saúde avalie e faça a notificação, caso se enquadre como evento adverso.

Fonte: PMA

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Nota da redação deste Blog -  A  pergunta que não cala: QUEM GARANTE QUE VACINANDO APENAS OS PROFESSORES, os alunos estão imunizados contra o covid-19?

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