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quinta-feira, junho 20, 2024

Recuo de Moraes mostra que Supremo não tem poderes para tutelar imprensa


Graças à censura que TSE impôs, processo eleitoral está verdadeiramente  corrompido - Flávio Chaves

Charge do Duke (O Tempo)

Thiago Amparo
Folha

Pode um jornal entrevistar Jullyene Lins, ex-mulher do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que afirma ter sido agredida fisicamente por ele, sem ter que pagar uma multa diária de R$ 100 mil? A liberdade de imprensa permite que veículos possam dar a versão da ex-mulher de Lira, mesmo ponderando —como prega o bom jornalismo— a posição do parlamentar e notando que este fora absolvido pela Justiça? O ministro do STF Alexandre de Moraes primeiro respondeu que não, e, 24 horas depois, mudou de ideia.

O recuo de Moraes em sua própria decisão diz muito sobre a ausência de critérios judiciais que justifiquem limitar publicações a respeito do caso.

IDA E VOLTA – Na primeira decisão, pela censura, Moraes repetiu lugares-comuns —como o binômio liberdade e responsabilidade— para justificá-la quando justificativa legal não havia.

Na segunda, contra a censura, tergiversou: diz ter percebido serem “veiculações de reportagens jornalísticas” e não um “novo movimento em curso, claramente coordenado e orgânico” de replicar acusações contra Lira.

Não se trata da primeira vez que a Justiça decidiu censurar reportagens sobre o deputado. Em abril deste ano, o TJ-DF manteve a censura judicial à Agência Pública sobre o caso. O relator emitiu um voto, digamos, ilustrativo: “Amanhã eu serei chamado de censor e vou ter que dizer isso aqui: não sou censor e nunca fui a favor da censura, porque pela minha idade eu sei o que a Revolução de 1964 fez em termos de censura neste país”. O que era para ser uma sentença virou um ato falho.

CENSURA JUDICIAL – O caráter sistemático das ações de Lira contra jornalistas é sintoma de um problema mais profundo no país hoje: a censura judicial. Aumentou em 95% o número de casos de restrições à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais em 2023.

Quando não se trata de um discurso de ódio, nem ameaça direta a instituições, nem inverdades, nem ofensas, não cabe ao Judiciário, STF incluso, tutelar paternalisticamente o que o público tem acesso ou não.

Piada do Ano! Gilmar Mendes assume controle da anistia aos presos do 8 de Janeiro

Publicado em 20 de junho de 2024 por Tribuna da Internet

O deputado Rodrigo Valadares e o ministro Gilmar Mendes

Valadares foi pedir a benção a Gilmar, que manda no país

Paulo Cappelli
Metrópoles

Decano do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes recebeu, nesta quarta-feira (19/6), o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil), relator do projeto de lei que pretende conceder anistia a presos do 8 de Janeiro.

A conversa entre o magistrado do STF e o parlamentar bolsonarista foi cordial. Nela, Gilmar lembrou que ainda há réus a serem julgados. E, por conta disso, pediu que Valadares analise com calma o melhor momento para que o texto seja levado a plenário.

NOVO ENCONTRO – Ambos combinaram de agendar um novo encontro quando o deputado finalizar a redação do projeto de lei. A expectativa é que a proposta de Valadares beneficie ampla maioria dos envolvidos no 8 de Janeiro. Sem, contudo, contemplar Jair Bolsonaro.

O próprio ex-presidente, que ainda aguarda julgamento no STF, pediu ao deputado aliado que fique fora do referido PL da Anistia para “despolitizar a pauta”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Rodrigo Valadares já participou de viagens internacionais ao lado de Eduardo Bolsonaro. Eleito para seu primeiro mandato de deputado federal, Valadares caiu nas graças da família Bolsonaro e, hoje, é considerado mais próximo do ex-presidente do que muitos políticos do Partido Liberal. Em tradução simultânea, o deputado agora foi pedir orientação a Gilmar Mendes sobre como fazer para conduzir o projeto. E o decano do Supremo, que é uma espécie de Rasputin sem barbas, gentilmente se ofereceu para fazê-lo, assim que voltar da festança em Portugal, que ele oferece anualmente com dinheiro dos patrocinadores. (C.N.)  

Brasileiros ligados ao PCC têm lucro milionário aplicando golpe em Portugal


Portugal: D. Rui Valério destacou ação da PSP na pandemia, evitando «maiores desigualdades e assimetrias» - Agência ECCLESIA

Polícia portuguesa sai na captura dos brasileiros do PCC

Gian Amato
O Globo

Acusação feita pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) de Faro revela lucro milionário obtido por golpistas brasileiros e portugueses ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Uma parte dos 29 brasileiros, 30 portugueses e 12 africanos acusados têm conexão com a maior organização criminosa do Brasil, segundo o MP.

Eles agiam retirando dinheiro de contas bancárias das vítimas através do golpe de phishing. De acordo com a investigação, a facção criminosa tinha um gerente em Portugal e agiu no país do último trimestre de 2021 até dezembro de 2023.

CRIME ORGANIZADO – “Membros ligados ao PCC e com residência no Brasil desenvolvem este tipo de atividade e gerem a mesma com uma organização do tipo empresarial, em que possuem escritórios onde trabalham pessoas que são contratadas para desenvolver atividades relacionadas com o phishing”, diz o MP.

A organização teria movimentado em transações bancárias cerca de € 403 mil (R$ 2,3 milhões) com o golpe. A soma dos valores identificados nas contas bancárias dos acusados como vantagem ilícita é de cerca de € 321 mil (R$ 1,8 milhão).

Um mineiro de Belo Horizonte com cidadania portuguesa e um português lideram a lista de 34 criminosos que receberam dinheiro em suas contas bancárias. Juntos, eles dois lucraram mais de € 130 mil (R$ 755 mil).

ESCRITÓRIO PAULISTA – Além desses dois, um brasileiro e uma brasileira aparecem na lista do MP com € 30 mil (R$ 174 mil) e € 25 mil (R$ 145 mil), respectivamente. Somente os quatro criminosos obtiveram mais de R$ 1 milhão com o golpe.

Este português que está sendo acusado se mudou para São Paulo em setembro de 2022 e ampliou seus contatos com membros da organização:

“Foi residir num apartamento alugado pela organização e trabalhou num escritório com várias pessoas que faziam igualmente ligações telefônicas com vista a obter códigos dos titulares das contas bancárias”, informa a acusação do MP.

METADE DOS LUCROS – Ainda segundo o MP, um membro da facção identificado como 02 ofereceu ao português 50% do dinheiro obtido em Portugal. E pediu que recrutasse uma equipe para trabalhar em solo português.

O português concordou, contactou amigos e estruturou uma rede de “mulas”, pessoas que sacavam quantias ou cediam suas contas em troca de comissão para lavar o dinheiro retirado sem consentimento das contas bancárias das vítimas:

“Neste processo foram angariadas dezenas de pessoas que venderam as suas contas bancárias e cederam os seus cartões multibanco e respectivos códigos de movimentação, mediante o pagamento de quantias monetárias”.

PÁGINAS FALSAS –Os criminosos utilizavam diversas maneiras de direcionar as vítimas para páginas falsas e semelhantes às das contas bancárias verdadeiras para roubar dados de acesso.

Eles aproveitam o desespero dos imigrantes. Eles enviavam mensagens com logotipos idênticos aos dos bancos e completavam o golpe com chamadas telefônicas feitas por pessoas recrutadas para se fazerem passar por funcionários das instituições. Em troca, recebiam comissões.

Os suspeitos foram acusados pelo DIAP de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade informática. A acusação é baseada em investigação da Polícia Judiciária (PJ). Um dos brasileiros está em prisão preventiva. Foi detido enquanto se preparava para deixar o país. Outros cinco foram detidos, prestaram depoimentos e foram liberados.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os brasileiros têm por que se orgulhar. Agora, estamos exportando golpistas, assaltantes e até facções criminosas. Como dizia Olavo Bilac, não verás país nenhum como este(C.N.)


ENCONTRO DE AMIGOS DE INFÂNCIA NO "QUARTO BABA DAS ANTIGAS" EM JEREMOABO

20/06/2024

ENCONTRO DE AMIGOS DE INFÂNCIA NO "QUARTO BABA DAS ANTIGAS" EM JEREMOABO 

Fonte: JV PORTAL / JEREMOABO TV

RP: 9291/BA

Em 15 de junho de 2024, Jeremoabo foi palco de um emocionante reencontro de amigos de infância, realizado no tradicional "Quarto Baba das Antigas". Este evento, repleto de nostalgia e camaradagem, reuniu antigos colegas que, ao longo dos anos, seguiram diferentes caminhos, mas sempre preservaram as memórias de uma infância compartilhada.

A confraternização foi marcada por abraços calorosos, risadas sinceras e muitas histórias relembradas. Os participantes puderam reviver momentos inesquecíveis, relembrando jogos de futebol, brincadeiras na rua, e aventuras escolares que moldaram suas infâncias. O "Quarto Baba das Antigas" provou ser o cenário perfeito para esse encontro, com sua atmosfera acolhedora e cheia de história.

Camisa Baba 2024

Pela manhã, foi realizado o baba entre amigos, logo em seguida todos se dirigiram ao espaço de eventos “Chácara Elizabeth”, aonde foi compartilhado um delicioso churrasco, com carne de gado, carneiro, não faltando camarões selecionados, caldos diversos, e a loirinha bem gelada, ao som ao vivo com o grande cantor Ermano, que trouxe em seu reportório músicas inesquecíveis.   

Este evento não só fortaleceu como fortalece os laços de amizade, como também destaca a importância de preservar e valorizar as raízes e a história de nossa comunidade. Os amigos de infância, saíram do encontro com a promessa de manter viva essa tradição assumindo o compromisso que no próximo ano vindouro (2025) estarão presentes mais uma vez.

Camisa Baba 2023

"Quarto Baba das Antigas" em Jeremoabo se consolidou, mais uma vez, como um espaço de união e celebração da amizade, provando que, apesar do tempo e das mudanças, a essência dos bons momentos vividos juntos nunca se perde.

JEREMOABO TV como sempre, marcando presença na cobertura, deixando registrado esse grande momento.

Parabéns à Coordenação e participantes!!!

Participantes: Givaldo (Galego - ex-profissional), Pingo (ex-profissional), Zezinho, Raimundo de Socorro, Fredson Passos, João Paulo (filho de João), Rivaldo, dedel, Eraldo, Flávio Passos, Jovino Fernandes (Jeremoabo TV),João de Zifinha, Welton de Bregildo, Capitão Bonfim de Bregildo, Klismann, Paulinho, Givas, Cultura, Santana,Samuel, Joza, Simone esposa de Joza, Zé Raimundo, Ciro,Claudão, Récio, Alisson, Fábio Miranda, Ermano.

VÍDEO



nnnnNota da redação deste Blog -Assistindo ao vídeo presenteado pela JeremoaboTV, vi e ouvi um comentário do Capitão Bonfim de Bregildo sobre a cidade de Guarapari, o que me fez recordar da minha breve estadia, que valeu muito a pena, na belíssima e paradisíaca Guarapari, localizada no litoral do Espírito Santo. Guarapari é também conhecida como o "cartão postal do Espírito Santo".

Desmascaramento Eleitoral em Jeremoabo: Reflexões sobre Integridade e Alertas para Eleições Limpas

...

Nota da redação deste Blog -  Ainda sobre um evento recente em Jeremoabo envolvendo um ex-padre que se apresentava como "Dr. em direito eleitoral" e foi desmascarado por disseminar desinformação e influenciar indevidamente os eleitores, encaixa  bem na sabedoria que diz: "há males que vem para o bem. Essa matéria enviada por José MárioVarjão mostrando a Legislação Eleitoral  destaca que essa fracassada tentativa  fortaleceu o pré-candidato Tista de Deda e, serviu como um alerta

 para que todos, candidatos e eleitores, estejam atentos e evitem irregularidades durante o período eleitoral

Aproveito . também para  mencionar a importância de denunciar qualquer tipo de sabotagem ou trambicagem através dos órgãos competentes como o PARDAL do TSE e a Justiça Eleitoral local, visando garantir eleições limpas.

 "Não vamos admitir ataques à democracia", afirma Alexandre de Moraes · Ministro do Supremo

 

PGR denuncia baiana, ex-primeira-dama da Paraíba, por participação nos atos de 8 de janeiro

 

PGR denuncia ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Monique Cardoso Bório por participação nos atos de 8 de janeiro.
Foto: Redes Sociais

A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Monique Cardoso Bório por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. Pâmela, que é baiana, de Senhor do Bonfim, no norte do estado, foi casada com o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PT) entre 2011 e 2015. 

 

O procurador-geral da República Paulo Gonet, que assina a denúncia, afirmou ter provas suficientes da participação de Pâmela nos “atos violentos”, e, por isso, rejeitou a possibilidade de firmar um acordo para não processá-la. A defesa de Pâmela demonstrou o desejo de fechar um acordo de não persecução penal em troca de não ser processada.

 

Segundo Gonet, o acordo é inviável, dada a configuração de Bório como executora material dos atos antidemocráticos. “A denunciada permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam”, afirmou Gonet.

 

Em depoimento para a Polícia Federal (PF) em março de 2023, Pâmela afirmou que trabalhava como jornalista, que foi eleita como suplente de deputado federal e que estava em Brasília de férias. Segundo ela, ela jamais se envolveria em atos de vandalismo e não chegou a adentrar nenhuma área restrita ou proibida nem sabia que outros manifestantes o haviam feito.

 

Durante o depoimento, a defesa afirmou que Pâmela tem “diagnóstico de transtorno do espectro de autismo, o que por vezes pode afetar a sua percepção de tempo, espaço e compreensão da realidade”. Ainda segundo a defesa, Pâmela estava lá como profissional, dando opinião como a jornalista de opinião política “que tem sido há anos”.

Quatro prefeitos são presos em operação contra corrupção em Santa Catarina

 

Operação contra organização criminosa é responsável por prender quatro prefeitos em Santa Catarina.
Foto: Reprodução

Uma ação contra uma possível organização criminosa comandada por um grupo empresarial foi responsável por prender quatro prefeitos em Santa Catarina. Segundo o Ministério Público (MP-SC), o grupo fraudava licitações em conjunto com o poder público.

 

De acordo com apuração do G1, além destas quatro prisões, foram realizados 63 mandados de busca e apreensão em 23 cidades do estado de Santa Catarina, em uma cidade do Rio Grande do Sul e em Brasília (Distrito Federal). O prefeitos presos foram:

 

  • Clori Peroza (PT), prefeita de Ipuaçu;
  • Fernando de Fáveri (MDB), prefeito de Cocal do Sul;
  • Marcelo Baldissera (PL), prefeito de Ipira;
  • Mario Afonso Woitexem (PSDB), prefeito de Pinhalzinho.

 

Ao todo, 22 prefeituras foram investigadas. Além disso, um ex-prefeito e um ex-deputado federal também foram alvos de mandados de busca e apreensão.

 

ENTENDA A OPERAÇÃO

A investigação é contra uma possível organização criminosa comandada por um grupo de empresários que fraudava licitações e desviava verbas em conjunto com o poder público sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e assessoramento para a captação de recursos públicos.

 

Em setembro do ano passado, 16 mandados de busca e apreensão já haviam sido realizados no estado, parte da mesma operação. As prefeituras envolvidas prometeram dar mais informações acerca dos casos assim que as possuírem e a investigação se tornar pública.

Julgamento para abertura de PAD contra juiz que criou grupo de WhatsApp e teria ofendido advogada “publicamente” é adiado

 

Julgamento para abertura de PAD contra juiz que criou grupo de WhatsApp e teria ofendido advogada “publicamente” é adiado
Foto: Camila São José | Folhapress

Colocada em pauta nesta quarta-feira (19), na sessão do Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a análise da sindicância aberta pela Corregedoria-Geral de Justiça opinando pela instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) - sem afastamento do cargo -contra o juiz Leonardo Santos Vieira Coelho, titular da 1ª Vara Cível de Teixeira de Freitas, foi adiada. Isso porque o desembargador Marcelo Silva Britto pediu vista dos autos - mais tempo para avaliação.

 

O juiz é acusado de conduta irregular ao criar grupo de WhatsApp com mais de 300 advogados da região e na plataforma divulgar documentos processuais, incluindo um despacho que tornou pública a sua opinião sobre um processo ainda em curso. Além disso, como pontuou o corregedor-geral de Justiça, desembargador Roberto Maynard Frank, o juiz teria ofendido uma advogada ao dizer no despacho que ela seria incapaz de entender a expressão simples do vernáculo e que apresentava incompreensão da realidade. “Com o objetivo de expor ao ridículo, na minha opinião”, disse.

 

Na época dos fatos, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) realizou desagravo público em favor da advogada. A OAB-BA ajuizou uma representação disciplinar contra o magistrado junto à Corregedoria Geral de Justiça, visando a apuração de sua conduta e a tomada das posteriores medidas cabíveis em um caso concreto. A Seccional não solicitou, no entanto, o fim do grupo de WhatsApp. 

 

O titular da 1ª Vara Cível também teria se manifestado em redes sociais contra o desagravo e, utilizando o seu perfil no Instagram, fez comentários na publicação da OAB-BA sobre o caso. 

 

Na representação, assim como narrado pelo corregedor na sessão de hoje, a OAB-BA afirmou que o comportamento indevido do juiz ocorreu após a advogada suscitar, em petição, que fosse declarada a suspeição do magistrado em um caso em que atuava. Ao despachar, Leonardo Santos Vieira Coelho expôs a peça processual - com o nome da advogada, inscrição na Ordem e argumentação - no grupo do aplicativo de troca de mensagens.

 

DEFESA

A defesa do juiz pediu o arquivamento da sindicância e afirmou que o magistrado apenas “criou uma extensão digital do seu gabinete” para facilitar a comunicação com os advogados. O grupo, segundo a defesa, era aberto apenas para profissionais da advocacia que atuavam na comarca e foi criado também devido ao período de pandemia da Covid-19. “Essa forma de agir naquela comarca foi, inclusive, motivo de mérito, destaque em matéria de jornal”, disse a defesa. 

 

Conforme a defesa do juiz Coelho, a advogada teria entrado no grupo apenas com o objetivo de constranger o magistrado para que ele pudesse despachar o seu processo e ingressou proferindo palavras de cunho ofensivo ao magistrado. Entre os trechos destacados da conversa está: “parabenizo vossa excelência pelos quase 100 mil processos, deixemos o meu processo para quando o mundo voltar ao normal”. E logo em seguida teria se retirado do grupo “sem ao menos aguardar o direito de resposta do magistrado”.

 

“O magistrado despachou o processo dela, mas não foi da forma que ela solicitou e por isso ela arranjou uma maneira de afastá-lo do processo, apresentando pedido de suspeição”, pontuou a defesa ao argumentar que no referido pedido a advogada indicou que o juiz seria inimigo de uma das partes e que matéria no jornal foi utilizada para autopromoção. “A advogada age com excesso”. A defesa admitiu a publicação do despacho do juiz no grupo de WhatsApp, mas minimizou o fato ao pontuar que o documento estava público e já era de conhecimento de muitos advogados. 

 

Sobre o comentário no Instagram, a defesa diz que o juiz apenas questionou o fato de no desagravo público ter a presença de apenas 10 advogados de fora da comarca. 

 

DIVERGÊNCIA 

A desembargadora Rosita Falcão inaugurou a divergência e adiantou o voto contrário à abertura do PAD. “Eu realmente não entendo. A gente vê dezenas de condutas nos tribunais superiores bem piores do que essa e a gente não vê abertura de processo administrativo. Abrir processo administrativo por conta disso, tenha paciência”, cravou. 

 

A divergência foi seguida pelos desembargadores Gardênia Pereira Duarte, Nilson Soares Castelo Branco, Marielza Franco, Cármen Lúcia, Cássio Miranda, Mário Albiani Júnior e Regina Helena. 

 

“Nesse caso, com todo respeito, não consigo enxergar a justa causa para abertura de processo administrativo contra esse magistrado”, defendeu o desembargador Cássio Miranda. “Houve realmente um ruído de comunicação, mas está dentro dos limites do nosso trabalho”. 

 

“Não se pode criar magistrados covardes, inertes. Tipificar essa conduta é criar precedentes e não é bom para a magistratura”, complementou Regina Helena. 

 

Já o desembargador José Alfredo destacou que o juiz “não é um servidor público qualquer” e, portanto, a instauração do PAD se faz necessária para investigar o objetivo da criação do grupo de WhatsApp e saber qual a extensão “disso tudo”. “Eu não vejo constrangimento nenhum nisso aí”.

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