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quarta-feira, novembro 13, 2024

Explosão nos Três Poderes: Drone cai na Câmara dos Deputados e liga alerta em meio a estrondos

 

Explosão nos Três Poderes: Drone cai na Câmara dos Deputados e liga alerta em meio a estrondos
Foto: Reprodução/X/@JefersonMorais

Em meio a explosões na Praça dos Três Poderes, um drone caiu na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (13). A aparelho foi localizado após duas explosões serem constatadas nas intermediações do Congresso Nacional. A sessão no plenário foi suspensa após reclamação de parlamentares.

 

Os estrondos também foram percebidos durante entrevista da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), que comenta sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do fim da escola 6x1. Veja o momento: 

 

 

Segundo informações do Metrópoles, a ordem da polícia foi isolar o local da queda e levar qualquer pessoa que se identifique como proprietária à delegacia de polícia no Congresso, para prestar esclarecimentos.

 

Também foi registrada uma explosão, com morte, próxima ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Artigo de Bolsonaro e vitória de Trump refletem o espírito de nosso tempo


Bonecos de Bolsonaro e de Trump nas ruas de São Paulo

Joel Pinheiro da Fonseca
Folha

Tem gente indignada por Jair Bolsonaro ter publicado um artigo na Folha. Não entenderam nada. Sonham com um mundo no qual a imprensa determina quem tem voz. Na realidade atual, o papel que melhor cabe a um jornal de relevo é justamente ser palco para as diferentes vozes, permitindo que todos possamos melhor ouvi-las e julgá-las.

No caso, o artigo triunfalista de Bolsonaro pouco nos informa sobre seu apreço pela democracia que diz defender. Suas ações quando perdeu em 2022 falam mais alto. Serve, no entanto, como registro de uma forma de encarar este momento: finalmente a política ouve o cidadão comum, que é de direita, contrariando décadas de discurso da mídia e das elites culturais.

TEM FORTE APOIO – A vitória acachapante de Trump mostra que sua chegada ao poder em 2016 não foi um acidente, um glitch na máquina. Ele (e seus similares) realmente refletem a vontade de milhões de cidadãos. Vontade que é às vezes negada, às vezes ridicularizada, às vezes insultada, mas que nem por isso perde terreno. Os americanos estão prestes a receber o que pediram.

A democracia liberal tal como a conhecemos desde o pós-guerra está em xeque. Na administração pública, na regulação de setores econômicos, na diplomacia, na imprensa, até mesmo na saúde pública: a ideia de que especialistas podem contrariar a vontade da maioria era, no passado, uma obviedade; hoje é contestada.

A vontade da maioria encontra meios para se expressar graças às redes sociais. Quando vozes da esquerda brasileira, como Felipe Neto e Gleisi Hoffmann, vaticinam que a extrema direita só poderá ser derrotada se as redes forem regulamentadas, ecoam sem querer o discurso de Bolsonaro.

IGREJA DE ROMA – Quando, no século 16, a Reforma Protestante criticou a autoridade da Igreja de Roma até suas fundações, o sistema católico da época tentou se proteger como pôde. Criou o index de livros proibidos, passou a exigir autorização oficial expressa antes que qualquer livro fosse publicado.

Teologia era assunto importante demais para ficar na mão de leigos. A perseguição a hereges foi intensa, os riscos de se ler a Bíblia por conta própria foram sempre lembrados, junto da ameaça do inferno, mas nem por isso a “heresia” foi embora.

As imprensas tipográficas continuaram publicando e vendendo como nunca antes. Foi o mundo católico que se lançou numa crescente esterilidade intelectual.

PELA REPRESSÃO – As elites culturais e científicas do Ocidente democrático vivem um momento similar ao clero católico no início da Reforma. Têm sua própria legitimidade questionada. E, enquanto acreditarem na repressão como arma preferencial dessa guerra pelos corações e mentes, continuarão a perdê-los.

Vivemos o paradoxo da liberdade de Platão: o povo livremente escolhe líderes demagogos que lhes tirarão a liberdade. Para Platão, a saída era impedir o povo de escolher.

Nós, herdeiros do Iluminismo, ou apostamos na capacidade do povo de escolher melhor —ele não é, afinal, inferior às elites culturais que hoje rejeitam— ou abrimos mão desse legado da racionalidade e democracia. E, para promover essas melhores escolhas, é preciso colocar as fichas do sucesso político não nas promessas de uma regulação futura —mais um conjunto de regras bolado por especialistas para tutelar as massas—, mas na persuasão em pé de igualdade com aqueles que queremos persuadir.


Lula: ‘Se é para cortar, cortamos de militares, políticos, empresas, todos’

Publicado em 13 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Lula retoma nesta sexta-feira reunião para definir corte de gastos | Agência Brasil

Lula se aborreceu e quer cortar mordomias e penduricalhos

Tales Faria
do UOL

O presidente Lula (PT) deve enviar ao Congresso um pacote para cortar gastos de militares, políticos e empresas. O chefe do governo tem dito nas reuniões dele e nessa última, especialmente com ministros, que pretende enviar ao Congresso um pacote de cortes voltado não só para o que ele chama de ‘andar de baixo’, mas também para a ‘turma de cima’.

Isso inclui, segundo os interlocutores do presidente, as emendas dos parlamentares ao orçamento, aposentadorias de militares, vantagens e penduricalhos do Judiciário e subsídios às empresas.

DISSE LULA – A frase exata do presidente que eu apurei foi a seguinte: “Se é para cortar, cortamos de militares, políticos, empresas, todo mundo”. É difícil acreditar que o governo acabe mesmo mandando chumbo para todo lado, mas é o que Lula tem defendido.

O governo ainda não definiu as dimensões dos cortes que serão feitos. A estratégia seria mandar para o Congresso um pacote que justifique os cortes nos ganhos dos trabalhadores, esses chamados andar de baixo e assalariados, com uma contrapartida no chamado andar de cima.

A dimensão desses cortes e onde exatamente eles ocorrerão, por incrível que pareça, ainda não estavam definidos até essa segunda-feira (11). Tem algumas coisas definidas, mas a dimensão exata não está definida.

GASTOS SOCIAIS – Os debates incluem os ministérios da Saúde, Educação, Trabalho, Previdência e Desenvolvimento Social, todos os ministros dessas áreas têm reclamado.

Houve até casos com os dois ministros (da Previdência, o Carlos Lupi, do Trabalho, o Luiz Marinho), que ameaçaram se demitir. O presidente Lula falou incluir o andar de cima, justamente para acalmar os revoltosos.

O presidente Lula, é claro, espera reações do Congresso e do Judiciário. Já deixou claro que espera protestos também do Congresso e pressões do Judiciário, mas segundo ele, aí todo mundo vai ter que se expor, foi o que argumentou.

PREVIDÊNCIA MILITAR – Por isso que ele pediu ao ministro da Fazenda, o Fernando Haddad, que chamasse para as conversas o ministro da Defesa, o José Mucio. Segundo a ministra Simone Tebet, do Planejamento, a Previdência dos Militares causa um déficit de 49,7 bilhões ao orçamento.

O argumento do presidente é que tudo bem, todo mundo tem direito de reclamar, mas tem que se expor ao julgamento da sociedade tanto quanto do governo. Esta semana Lula e a equipe econômica teriam novas rodadas de reuniões com integrantes do Ministério da Defesa e da Casa Civil. Não se sabe se vão conseguir fechar os projetos hoje ou amanhã. A ideia é depois discutir com os presidentes da Câmara e do Senado e até do Supremo Tribunal Federal.

EMENDAS – Lula também levantou o gasto com emendas parlamentares, praticamente o que a Fazenda está pedindo de corte. No podcast Análise da Notícia, o colunista José Roberto de Toledo complementou:

São R$ 50 bilhões nesse ano, com um agravante que vem crescendo. Se a gente pegar o que aconteceu com as emendas parlamentares, desde que o Eduardo Cunha, então presidente da Câmara começou esse processo, ele ganhou corpo com Rodrigo Maia e se consolidou totalmente com o Arthur Lira. O aumento é de 11 vezes. É uma multiplicação dos gastos.

O valor aumentou também na gestão do Lira, mas o que o Lira conseguiu nos três primeiros anos como o presidente da Câmara, que talvez consiga de novo no quarto, é uma execução de 90%, 99% das emendas, entendeu? Não deixar nada sem ser pago. Realmente ele conseguiu transformar as emendas, mesmo as não impositivas, em algo quase obrigatório para o governo. E é isso pode entrar em negociação também, segundo José Roberto de Toledo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula da Silva tem toda razão.  Se é para cortar, vamos reduzir de quem ganha mais, de quem inventa penduricalhos, de quem exige privilégios, de quem não se interessa pelos pobres. Isso, sim, é fazer justiça social. Parabéns, presidente, siga nesta linha e terá o respeito e a admiração dos brasileiros. (C.N.)

Nem para o PT Lula ainda é considerado de esquerda, diz ministro

Publicado em 13 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

Não me considero inimigo de ninguém”, diz Renan Filho sobre Lira

Renan Filho aceita cortes no Orçamento dos Transportes

Julio Wiziack
Folha

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), quer fazer 35 leilões de rodovias e ferrovias neste ano para destravar investimentos de R$ 190 bilhões até lá, superando o ex-ministro Tarcísio de Freitas, hoje potencial nome da direita alinhado com o mercado para disputar as eleições residenciais de 2026.

Para ele, no entanto, a predominância do capital privado no setor mostra que Lula um presidente pragmático e de centro, posição que precisa ser difundida caso ele seja candidato à reeleição.

O senhor já disse que já fez mais do que Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, e que, pela primeira vez, o capital privado será maioria em rodovias e ferrovias. A comparação entre gestões, que também se percebe em outras pastas, é uma orientação de Lula, mirando 2026?
Não é uma polarização política, nem uma obrigatoriedade [imposta pelo Planalto]. O fato é que o presidente Lula é o maior líder de centro do país. Muito antes do centro vencer as eleições municipais, PP, União, PSD, Republicanos já estavam no governo. Agora, é importante colocar para as pessoas compararem, porque é muito fácil dizer que Bolsonaro é liberal. Nunca foi. E também não foi eficiente, não fez concessão, não atraiu capital privado. Com Lula, teremos o domínio do capital privado em rodovias e ferrovias, uma inversão histórica.

Então, o ponto é reforçar que Lula é de centro para afastar a imagem de que ele é de esquerda?
Só na bolha [de Bolsonaro] ele é de esquerda. Nem a bolha do Lula acha isso. Porque, para o PT, o presidente não é de esquerda.

Por isso o ministro Fernando Haddad tem problemas com o PT?
Ele tem alguns problemas com a extrema esquerda, mas também com a extrema direita. Se ele não tivesse [problemas] com os extremos, seria com o centro. E é melhor que seja com os extremos. Então, acho que o presidente acerta. No fundo, ele é um pragmático, faz na economia o que precisa ser feito.

Mas o governo resistiu a fazer o ajuste.
Ele está fazendo. E tem que rever despesas. Mas é importante dar uma olhadinha no andar de cima. Temos R$ 500 bilhões em incentivos fiscais.

Isso depende mais do Congresso. Como resolver?
Ao invés de tirar o benefício de um setor, cortar 10% de todo mundo. É o que proponho. Fiz isso quando fui governador [de Alagoas] e funcionou. O estado foi o que mais investiu com recursos próprios. Nossas rodovias [estaduais], superaram as de São Paulo em qualidade, por exemplo.

Essa ideia de cortes funcionaria para as emendas parlamentares?
Não, as emendas cresceram muito ao longo dos últimos anos porque o governo anterior infantilizou a presidência da República. Como não há vácuo de poder, ele foi ocupado e o orçamento migrou em parcela significativa para o parlamento. O presidente Lula tenta criar uma lógica. Dá para tirar de uma vez, garantindo governabilidade, a aprovação da reforma tributária, do arcabouço? Talvez não.

As emendas não ajudam o Dnit, por exemplo, na manutenção de rodovias federais?
O Dnit tem orçamento próprio e estimula doações de emendas. O problema é que uma obra de infraestrutura não tem a mesma potência eleitoral que uma escola no bairro, um posto de saúde, um calçamento de rua. Na discussão que o STF está fazendo, o que se debate é garantir uma parte das emendas de bancadas para obras estruturantes. Algo como 20% poderiam ser direcionados para isso e o Dnit é que tem a maior carteira de obras estruturantes.

Essa discussão será definida em conjunto com o corte de gastos?
É casada. Quando for votar o orçamento, eu espero que já esteja decidida essa questão das emendas de bancada.

Então, em vez de cortar, sua pasta pode ter mais recursos?
Se obrigarem as emendas de bancada a serem para obras de infraestrutura, a chance é grande.

De quanto será seu corte?
Entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. Acho que ainda tem espaço para, de alguma maneira, recuperar.

Trump não pretende brigar com o Supremo por causa de Bolsonaro

Publicado em 13 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet

A conversa entre Jair e Trump foi intermediada por Eduardo Bolsonaro

Eduardo intermediou a conversa entre Bolsonaro e Trump na festa

Merval Pereira
O Globo

O bolsonarismo está comemorando a vitória de Donald Trump até pessoalmente – o filho, deputado Eduardo estava na mansão da Florida na festa após a eleição. A relação entre eles é um peso político importante para Bolsonaro, mas acho que ele está enganado, achando que poderá ser anistiado.

Anda falando demais, como é seu hábito, e diz que Alexandre de Moraes tem a obrigação de liberar seu passaporte para ir à posse, em janeiro. Está perdendo tempo, porque ameaçar o STF por ser amigo do homem mais forte do mundo é uma bobagem.

OUTRA REALIDADE – Nem Trump vai dedicar seus esforços políticos na América Latina para defender Bolsonaro; não vai pressionar o STF. Musk sabe que não vale a pena brigar ali. Politicamente, Bolsonaro e toda a direita internacional se beneficiam desta vitória larga de Trump e ganham um novo ânimo na disputa.

Como o mundo está semelhante na reação dos eleitores, é possível uma onda direitista no mundo que Trump pode incentivar. Mas com Bolsonaro não passa de torcida e simpatia. É bobagem insistir numa interferência direta para colocá-lo na disputa de 2026. Não há a menor chance de acontecer.


Prefeito Deri do Paloma Cede às Exigências Legais e Institui Comissão de Transição para Nova Gestão

 

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Nota da redação deste BlogPrefeito Deri do Paloma Cede às Exigências Legais e Institui Comissão de Transição para Nova Gestão

Após uma série de especulações e expectativas quanto à transição de governo, o prefeito de Jeremoabo, Deri do Paloma, finalmente emitiu o Decreto nº 062/2024, que estabelece a formação de uma Comissão de Transição de Mandato entre sua gestão (2021-2024) e a administração que assumirá em 2025, comandada por Tista de Deda, recém-eleito pela vontade soberana dos eleitores do município. Esse decreto confirma a aceitação por parte do atual prefeito do desejo popular manifestado nas urnas, bem como sua disposição de obedecer aos ditames legais para garantir uma transição ordenada e transparente.

Reconhecimento da Vontade Popular

A emissão do decreto vem em resposta ao clamor público, que espera uma transição pacífica e organizada. A eleição de Tista de Deda como próximo prefeito de Jeremoabo simboliza a confiança dos eleitores em uma nova fase para o município, pautada na retomada de valores éticos e compromisso com a transparência e eficiência na gestão pública. Ao instituir a Comissão de Transição, Deri do Paloma reconhece formalmente a legitimidade do processo eleitoral e demonstra que, acima das disputas e divergências políticas, é a lei e a vontade dos cidadãos que devem prevalecer.

O Papel da Comissão de Transição

A Comissão de Transição é fundamental para garantir que o novo governo possa começar a gestão com informações essenciais e uma visão clara da situação atual da administração pública municipal. Essa equipe terá o papel de levantar dados financeiros, patrimoniais, contratos em vigor, programas de políticas públicas em andamento e, sobretudo, o planejamento para áreas prioritárias como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. Assim, Tista de Deda e sua equipe poderão iniciar os trabalhos com conhecimento detalhado do estado do município, facilitando a continuidade dos serviços públicos e a implementação de novos projetos.

Um Compromisso com a Democracia

Esse ato não só legitima o processo eleitoral como fortalece a democracia em Jeremoabo. O reconhecimento da vitória de Tista de Deda representa um marco importante em um momento em que a comunidade anseia por mudanças significativas. A condução da transição de forma organizada e responsável é essencial para a construção de um novo capítulo para Jeremoabo, que poderá, com essa nova gestão, centrar-se no desenvolvimento social e econômico com base em princípios de ética, competência e respeito aos direitos da população.

Desafios e Expectativas para a Nova Gestão

A equipe de Tista de Deda terá pela frente o desafio de revisar as práticas e políticas anteriores, corrigir falhas administrativas e reestabelecer a confiança da população na administração pública. Entre as áreas de prioridade estão o fortalecimento da educação, melhorias no atendimento de saúde, avanços em infraestrutura e a criação de políticas sociais inclusivas, focadas principalmente na população mais carente.

Com a transição formalizada, a expectativa da população é de que Tista de Deda e sua equipe possam, de fato, implementar as mudanças prometidas e trabalhar para transformar Jeremoabo em um lugar mais próspero e justo para todos.



1 em cada 3 professores não tem formação adequada para disciplina que leciona

 Foto: Divulgação/Arquivo

1 em cada 3 professores não tem formação adequada para disciplina que leciona13 de novembro de 2024 | 07:38

1 em cada 3 professores não tem formação adequada para disciplina que leciona

brasil

Um em cada três professores da rede pública brasileira não tem formação adequada para a disciplina em que leciona. Além disso, 12,8% dos docentes não possuem nem mesmo algum tipo de graduação.

Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica, lançado nesta quarta-feira (13) pelo Todos pela Educação, a Fundação Santillana e a Editora Moderna com informações do Censo Escolar.

Segundo o levantamento, 68% dos professores que atuam na educação infantil e no ensino médio possuem formação adequada para a disciplina que lecionam. No caso da etapa inicial da trajetória escolar, que engloba a creche e pré-escola, 20,5% dos docentes não têm nem mesmo uma graduação, ainda que seja em outra área.

O pior cenário, no entanto, ocorre nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), com apenas 59% dos professores com formação adequada.

Para Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação, a situação é consequência de problemas estruturais na formação docente. “Ociosidade e evasão nos cursos de licenciatura, além do baixo índice de formandos que, de fato, exercem a carreira em salas.”

Entre as estratégias que sugere para a reversão desse cenário, Priscila cita um conjunto de políticas que podem ser adotadas pelo Ministério da Educação para incentivar uma maior procura pelas licenciaturas.

“[A estratégia] deve passar por medidas como a oferta de bolsas para incentivar a atratividade dos cursos e combater a evasão, além de incentivar a segunda licenciatura para aqueles que já estão nas redes. É preciso de um pacote robusto e eficiente para avançar na formação – garantindo qualidade – e na valorização dos professores no país”, diz.

Algumas dessas medidas são analisadas pelo governo Lula (PT). Em outubro, o presidente criticou os baixos salários dos professores e disse que pretende criar um programa para incentivar os jovens a cursar licenciatura.

Isabela Palhares/Folhapress

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