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sexta-feira, janeiro 19, 2024

Bancos se desesperam com o PIX e vão acelerar o pagamento através de boleto


Pagamentos em boletos estão diminuindo cada vez mais

Terra Brasil

Com objetivo de recuperar espaço perdido para o Pix, uma inovação no boleto bancário está programada para o início de 2024. A mudança promete mais agilidade no processamento de pagamentos via boleto, com a liquidação da cobrança ocorrendo no mesmo dia da operação, prazo conhecido como D+0. Até então, o repasse dos valores aos beneficiários ocorre com um dia de atraso (D+1).

Tal informação foi adiantada por Walter Faria, diretor adjunto de operações da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Ele esclarece que a modificação não impactará o cotidiano do consumidor que utiliza boletos bancários, não havendo cobrança de taxas adicionais. Já para o credor, o prazo D+0 promete acelerar o fluxo de caixa e beneficiar a gestão financeira.

PIX É O PREFERIDO – Em apenas dois anos de existência, o Pix conquistou o título de método preferido de pagamento dos brasileiros, responsável por 24% das transações realizadas em 2022 – um aumento considerável comparado aos 12% registrados em 2021 – segundo dados do estudo The Global Payments Report 2023, realizado pela Worldpay.

Os especialistas da pesquisa apontam que a popularidade do Pix se deve às suas vantagens, tais como facilidade de uso, rapidez nas transações, baixo ou nenhum custo por operação e segurança. Além disso, o Pix vem, continuamente, integrando novas soluções e expandindo sua abrangência. Estima-se que até 2026, o Pix será responsável por 35% do valor total das transações no e-commerce brasileiro.

Enquanto isso, o boleto bancário, com mais de 20 anos de existência, vem perdendo espaço na escolha dos consumidores brasileiros. O mesmo estudo revelou que, em 2022, essa modalidade correspondeu a apenas 3% do total de transações, uma queda significativa considerando os 12% em 2021. A reformulação do boleto, planejada para 2024, visa recuperar terreno e reestruturar esse meio de pagamento que, embora mais tradicional, continua a fazer parte do cotidiano de muitos brasileiros.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Enviada por José Guilherme Schossland, a matéria mostra o primarismo do consumidor brasileiro. A melhor maneira de pagar as contas é com cartão de crédito, porque ganha-se mais tempo, enquanto o PIX faz o saque imediato. A preferência pelo PIX significa que o consumidor brasileiro gosta de modismos e não raciocina nem faz cálculos antes de comprar. (C.N.)


Nomeação do fracassado Mantega para a Vale exibe o “estilo Lula” de governar


Mantega admite conta com US$ 600 mil não declarados na Suíça | Exame

Depois do fracasso, Mantega ainda quer presidir a Vale

Ricardo Rangel
Veja

O presidente Lula da Silva está operando para botar Guido Mantega na Vale. A princípio, como conselheiro. Depois, como presidente. A Vale é uma empresa privada, o governo não é acionista, e não tem o poder de nomear quem que seja. Por herança da privatização, no entanto, tem o poder de vetar certas decisões, de atrapalhar a empresa e de chantagear o conselho para obrigá-lo a fazer o que quer.

Também pode influir na empresa por meio dos fundos de pensão — que administram dinheiro dos empregados e aposentados de estatais, mas que o governo opera como se lhe pertencessem —, que têm participação na empresa.

INTERFERÊNCIA – Ou seja, o governo pode barrar a recondução do presidente da Vale, que deve ocorrer no fim do mês. Mas pode “aceitar” a recondução dentro de um acordo que nomeie Mantega conselheiro.

Nomeado ministro da Fazenda por Lula e mantido por Dilma, Mantega foi o arquiteto e o síndico da devastação fiscal que nos jogou em uma profunda recessão, da qual até hoje não nos recuperamos por completo.

O “Pós-Itália” das planilhas da Odebrecht chegou a ser preso brevemente durante a Lava-Jato, foi condenado pelo TCU pelas pedaladas de Dilma e ficou cinco anos proibido de trabalhar como funcionário público.

AS RAZÕES – Por que diabos Lula haveria de querer alguém assim na Vale? Por uma combinação de motivos. Por gratidão: é uma maneira de recompensar — com dinheiro público de R$ 100 mil mensais — o amigo fiel, que sofreu, mas não traiu (como o fez Palocci).

Porque o aparelhamento é o estilão petista desde sempre: ser companheiro é mais importante do que ser competente, honesto ou trabalhador (é uma mentalidade de trincheira).

Porque Lula gosta de mandar, e exige fidelidade canina de seus auxiliares. Mantega na Vale é a garantia de que a empresa vai fazer exatamente o que Lula quer.

Porque, apesar da catástrofe da (falta de) gestão Dilma, Lula continua acreditando no desenvolvimentismo econômico e a Vale é a segunda maior empresa do país. (Melhor que a Vale, só a Petrobras, onde já está tudo dominado).

APARELHAMENTO – Mantega é apenas o mais recente e mais chocante exemplo de aparelhamento petista, por sinal: todas as outras estatais estão lotadas de gente que tem por única qualificação para o cargo serem prepostos de Lula.

O Brasil sempre praticou o desenvolvimentismo econômico, e o resultado invariavelmente foi a concentração de renda e a ruína econômica. Mas Lula acredita que desta vez vai dar certo.

E é nesse caminho que estamos seguindo…

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Só em falar na nomeação de Guido Mantega, a Vale já começou a ser prejudicada. A mineradora perdeu R$ 8,5 bilhões em valor de mercado na parcial da semana até às 11h45 desta quinta-feira. Era de R$ 308,5 bilhões na sexta-feira (12.jan.2024) e foi reduzido para R$ 300 bilhões. Os investidores, é claro,  respondem negativamente à possibilidade de ida de Guido Mantega para a empresa. E só Lula não enxerga. (C.N.)

Livro mostra obstáculos praticamente insuperáveis para haver paz no Oriente Médio


A Peace to End All Peace: Creating the Modern Middle East, 1914-1922 -  Fromkin, David: 9780380713004 - AbeBooks

No fim do Império Otomano está a origem das guerras

Hélio Schwartsman
Folha

Para entender melhor o que acontece no Oriente Médio, li “A Peace to End All Peace” (uma paz para acabar com qualquer paz), de David Fromkin. Embora não exatamente nova, é uma obra de fôlego que mostra como surgiram os países que hoje constituem a região e como sua gênese contribuiu para a instabilidade atual.

Fromkin começa sua investigação nos estertores do Império Otomano, passa a lupa sobre a 1ª Guerra Mundial e para em 1922, que é quando o mapa do Oriente Médio assume feições semelhantes às atuais. É um prato cheio para apreciadores do beletrismo histórico. “Grand Jeu”, acordo Sykes-Picot, declaração Balfour e outros eventos, sobre os quais lemos hoje nos artigos mais eruditos sobre o imbróglio médio-oriental, são cuidadosamente discutidos.

Embora não seja o objetivo central da obra, ela também lança luzes sobre a psicologia de figuras importantes como Lloyd George, Winston Churchill, Woodrow Wilson. Até as aventuras de Lawrence da Arábia têm o seu lugar.

IMPÉRIO OTOMANO – O imperialismo tem muito a ver com a confusão atual. As potências vencedoras da 1ª Guerra dividiram os despojos do Império Otomano de acordo com seus interesses e as cambiáveis correlações de força, sem atentar para elementos básicos da realidade local.

“A Peace…” mostra que os problemas não se limitaram às desavenças entre potências. Também era frequente que diferentes departamentos de um mesmo governo se sabotassem. Os britânicos, por exemplo, davam mesadas generosas ao rei Husssein e a Ibn Saud, que as gastavam combatendo um ao outro. A promessa dos escalões centrais de Londres de apoiar a constituição de um “lar nacional” para os judeus era diariamente minada pelos militares britânicos in loco.

Fromkin conclui lembrando que a Europa levou 1.500 anos para recuperar-se da queda de Roma. Então, é preciso dar mais tempo para que as coisas se assentem no Oriente Médio. Quem sabe daqui a 1.400 anos…

Argentina, Venezuela, Equador e Brasil, as piores economias da América do Sul


A conta chegou: 'El Loco' Milei mandou ministro avisar os argentinos: “Vai  piorar” | VEJA

Milei promete recuperar a economia argentina em 2025

Vinicius Torres Freire
Folha

A Argentina passará por um ano ruim de rearranjo econômico em 2024, mas o pior efeito colateral do remédio passa logo. O doente levanta da cama já em 2025. A julgar pelas previsões econômicas do final de 2023, a economia argentina, ou pelo menos o crescimento do PIB, não sofreria nem metade das dores da desgraça que se abateu sobre o Brasil em 2015-2016, os anos da Grande Recessão.

No ano passado, o PIB argentino deve ter encolhido 1,4%. Nas estimativas de consultorias e outras instituições compiladas pelo Banco Central da Argentina (BCRA), o PIB cairia 2,6% neste 2024. Para os economistas do brasileiro Itaú, 2,5%. Em 2025, haveria crescimento em torno de 2,5%.

SAIRÁ BARATO? – Assim, o ajuste terá saído muito barato. Na Grande Recessão do Brasil, o PIB baixou 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. Como seria possível? As previsões são o que sabemos —quase sempre estarão erradas, embora algumas delas sejam úteis e seja inevitável fazer esse trabalho. No caso argentino, a coisa é pior.

Além de um histórico de instabilidade que apequena até uma bagunça como a brasileira, a Argentina padece agora de uma também óbvia incerteza, que nos impede até de enxergar o mês que vem.

Estão sub judice dois pacotes imensos e improvisados de medidas que viram do avesso não apenas a economia, mas os códigos legais do país em várias áreas, com centenas de artigos.

ARROCHO SALARIAL – No núcleo do pacote econômico, se é que dá para enxergar o centro dessa nebulosa caótica, estão a redução a zero do déficit nominal do governo central e a repressão braba de rendimentos do trabalho (salários) e de benefícios sociais.

Déficit nominal: inclui as despesas primárias (aposentadorias, servidores, investimento, sustento da máquina etc.) e a despesa com juros. Isso quer dizer zerar um déficit nominal equivalente a 5,2% do PIB (uns 3% de primário e uns 2,2% da conta de juros). É brutal.

Trocando em miúdos ainda grossos, significa cortar uns 5% do total do gasto da Previdência, um terço dos subsídios (da conta de luz, dos transportes etc.) e um quinto de outros benefícios sociais.

AUMENTO DE IMPOSTOS – O restante da conta seria fechado com um aumento de impostos de mais de 2% do PIB, isso em um ano de recessão.

Se os reajustes de benefícios sociais perderem para a inflação, fica mais fácil chegar ao déficit de fato zero. Vai custar o couro do povo comum, “de la gente”. A inflação prevista para este 2024 é de 213%, não muito diferente da registrada em 2023, segundo as estimativas compiladas pelo BCRA.

Para que assim seja, é preciso que não sobrevenha disparada adicional do dólar, que os preços e câmbio sejam contidos mesmo com uma taxa real de juros negativa e que a feia repressão salarial funcione — quer dizer, que os argentinos, na média, empobreçam com paciência.

GREVE MARCADA – Pode ser que, depois de tantos anos de desgraça econômica, os argentinos padeçam quietos. Quem sabe? Por falar nisso, há greve geral marcada para 24 de janeiro.

Excluído o desastre teratológico da Venezuela, a Argentina disputa com Brasil e Equador o título de pior desempenho econômico da década ou das duas últimas décadas na América do Sul. Entre 2013 e 2022, o PIB per capita argentino baixou 4,9%, assim como o do Equador. O do Brasil caiu 2,4%. O da Colômbia cresceu 21%; no Chile, 10,4%. No conturbado Peru, alta de 14,7%; no Uruguai, mais 15,3%; no Paraguai, 18,9%.

Ou seja, mesmo que se confirme as previsões que ora parecem otimistas de modo exótico ou exorbitantes, a Argentina partiria de uma base baixa, de um fundo de poço, assim como começamos a sair de lá, devagarzinho, no ano passado, ainda com lama acima do nariz. De qualquer modo, se as previsões estiverem certas, vai sair barato, repita-se. Parece muito improvável.

 


É preciso conter a onda de desinformação que contamina a democracia


Charge do Jônatas (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

O Fórum Econômico Mundial, antes do início do encontro anual deste ano em Davos, Suíça, lançou o seu tradicional relatório de riscos para o planeta e, pela primeira vez, centenas de especialistas identificaram como principal ameaça global a disseminação de desinformação. Falsas notícias são capazes, a exemplo do observado em vários países nos últimos anos, de gerar agitações sociais, desestabilizar governos e a própria democracia. Essa preocupação pode aumentar rapidamente devido ao uso crescente da inteligência artificial, que tem a capacidade de manipular imagens, voz, distorcer dados e dar autenticidade a informações falsas.

Especialistas destacam a predominância das fake news nos debates, com os governos incapazes de conter esse movimento com a necessária rapidez. Existe o receio de que, em um mundo já polarizado e com conflitos alcançando proporções alarmantes, a desinformação possa influenciar processos eleitorais cruciais. Este ano, mais de 70 eleições estão previstas, incluindo para o Parlamento Europeu, a presidência dos Estados Unidos e votações em países como Índia, Indonésia, México, Peru, Reino Unido, Panamá e República Dominicana, além das eleições municipais no Brasil.

LIMITES – Diante desse cenário, é crucial que o Congresso brasileiro estabeleça limites para a internet por meio de uma regulamentação consistente das redes sociais. O projeto de lei das fake news foi amplamente discutido no último ano e está pronto para votação em plenário, sob a relatoria do deputado Orlando Silva. Se não avançarem com essa proposta, a Câmara e o Senado terão que assumir a responsabilidade pela complacência com aqueles que usam a mentira como arma para atacar indivíduos e instituições.

A regulamentação não deve ser confundida com censura, sendo fundamental para combater a disseminação de informações falsas. Países como União Europeia, Canadá e Austrália têm progredido no controle das redes sociais sem prejudicar a liberdade de expressão. O objetivo é impor às grandes empresas de tecnologia regras semelhantes às aplicadas aos meios de comunicação tradicionais, que podem ser responsabilizados por abusos. O ambiente virtual, atualmente sem restrições, tornou-se propício para atividades criminosas, terrorismo e tráfico de seres humanos.

COMBATE – O Brasil não pode ficar para trás nesse debate. As fake news, potencializadas pela inteligência artificial, precisam ser combatidas com rigor. O projeto de lei deve ser uma prioridade no retorno do Congresso em fevereiro, não apenas devido às eleições municipais, mas, principalmente, para preservar vidas. Relatos crescentes de pais que perderam filhos para a desinformação, levando crianças e adolescentes a tirarem a própria vida, destacam a urgência da situação. A monstruosidade do mundo virtual das mentiras não conhece limites.

Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) esteja comprometido com o combate à desinformação, cabe aos deputados e senadores chegarem a um consenso sobre as regras que se tornarão lei. Os líderes de todos os partidos devem ser convocados para o debate, respeitando os princípios democráticos. Já passou da hora de tratar a Lei das Fake News com o devido respeito, afastando qualquer viés ideológico. A sociedade, que elegeu seus representantes, não pode se omitir diante da ameaça de se tornar a maior vítima dessa leva de desinformações.


Expondo os R$ 19Mil que o prefeito de Jeremoabo recebe todo mês.

 O Prefeito de Jeremoabo está em décimo segundo lugar (12) recebendo todo mês um salário R$ 19.000.00 pago pelo povo sem falar nas diárias .

Enquanto isso, o funcionalismo está como os salários atrasados.

Só que até agora as tarefas executadas pelo prefeito para ganhar esse montante de dinheiro são: ser dançarino, fazer promoção pessoa as custas do dinheiro público, usar entrevistas em rádio para apontar com o dedo sujo os erros dos vereadores, ser beneficiado com o nepotismo, deixar o povo mais humilde e carente sem medicamentos de uso continuado, deixar o povo da zona rural sem água e estradas, demolir o patrimônio público e histórico, enterrar a cultura de Jeremoabo, aniquilar com a saúde, a educação,  sem segurança com as ruas escuras, cheias de lixo e buracos.

A lorota dessa semana foi dizer que no Parque de Exposição só existia festa uma vez por ano,  que para efetuar reparos no mesmo gastaria R$ 30.000,00 e a viúva não dispunha desses recursos; porém, numa ALVORADA  torrou R$ 700.000.00.

Infelizmente em Jeremoabo se   correr o bicho (vereadores)pega, se ficar o bicho(prefeito)come; isso porque os vereadores foram desmoralizados pelo prefeito que demoliu o Parque de Exposição, onde os vereadores preferiram permanecer omissos e prevaricando, até os ripões e os morões do Parque de Exposição o gato comeu.

Não foi atoa que na última entrevista  do prefeito, simplesmente chamou os vereadores de Jeremoabo de desonestos; quem duvidar assista o vídeo da entrevista.

Caso os vereadores de Jeremoabo, defendessem o interesse público, fiscalizassem os desmandos do prefeito, correspondessem ao voto conferido pelo povo, já havia INSTALADO UMA COMISSÃO PARA ABERTURA DE IMPEACHMENT, isso porque na pior das hipóteses afastaria o prefeito por 180 dias.          

Ao denunciar o “genocídio” de Israel, Lula está fazendo uma aposta de altíssimo risco

Publicado em 19 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Lula diz no G20 que Putin não será preso no Brasil se vier ao país | CNN  Brasil

Lula apressdamente aposta em uma nova ordem mundial

Maria Hermínia Tavares
Folha

O maior problema criado pelo apoio brasileiro à denúncia contra Israel, feita pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) não é a adesão aberta à ideia controversa de que em Gaza ocorre um genocídio. Afinal, há espaço para discutir como designar o massacre de civis palestinos pelo Exército israelense, que sobrepassa o legítimo exercício do direito de defesa do país diante do selvagem ataque do Hamas, em 7/10.

A decisão do presidente Lula não foi um passo inédito, nem resultado, sobretudo, da indignação com o drama palestino. Outras tragédias humanitárias correm mundo — e o entorno do país — sem que ele julgasse necessário manifestar seu repúdio.

APOSTA ARRISCADA – O apoio à iniciativa sul-africana se segue a outros gestos que denotam uma guinada mais ampla na política externa brasileira: parece indicar uma aposta para além de nossa tradicional preferência por um mundo multipolar, no qual a hegemonia dos Estados Unidos seja compensada pela existência de outros centros de poder.

Na realidade, há sinais de que o Palácio do Planalto e os conselheiros diplomáticos do seu atual titular possam estar pensando em como situar o país numa ordem internacional “pós-ocidental”, como se designa o sistema que resultaria da decadência dos Estados Unidos; do surgimento de países intermediários na escala de poder como a Índia e outras nações do Leste Asiático; e, sobretudo da ascensão da China, para além da esfera econômica.

Só assim se explicariam os rapapés do presidente Lula ao autocrata russo Vladimir Putin, condenado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional. Ou a prioridade dada aos Brics, que passaram a incluir países notórios por seus governos autoritários e, aos poucos, transformados em caudatários do projeto global de poder de Pequim. Ou ainda, o endosso à iniciativa de Pretória.

INSENSATEZ – Se for essa a aposta que inspira a política externa de Lula-3, embute riscos óbvios para o país, no curto e no longo prazo.

De imediato, dá margem a críticas que apontam a inconsistência de uma atuação ora pautada no prudente realismo que sustenta o princípio da não intromissão em decisões internas alheias — e fundamenta a leniente atitude de Lula diante de Cuba e da Venezuela — ora na invocação dos direitos humanos para condenar a invasão de Gaza.

No longo prazo, na ordem pós-ocidental, o Brasil, cujas instituições políticas seguem o figurino da democracia liberal, teria dificuldade de encarar investidas internas, quando lá fora governos autoritários ditarem as regras do convívio internacional.

Pode até ser esse o destino do mundo, mas apostar nele é insensatez.


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