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sexta-feira, janeiro 12, 2024

Lula fez ajuste de rota para recuperar periferias e manter-se vivo em São Paulo

Publicado em 12 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

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Sem candidato, Lula teve de buscar Marta mais uma vez

Bruno Boghossian
Folha

Lula recebeu Marta Suplicy para um almoço em agosto de 2012. Numa conversa de duas horas, o então ex-presidente enterrou desentendimentos com a ex-prefeita e convenceu a aliada a embarcar numa missão: ajudar Fernando Haddad na eleição municipal de São Paulo, em especial nos bairros da periferia.

O presidente acaba de sacar o mesmo trunfo 12 anos depois. Lula costurou a volta de Marta ao PT e sua indicação como vice de Guilherme Boulos para a disputa deste ano. A ideia é que a ex-prefeita empreste três atributos à chapa do deputado do PSOL: experiência administrativa, uma imagem razoável na elite paulista e conexão com a periferia.

POLÍTICA DE PERIFERIA – Sem candidato próprio à Prefeitura de São Paulo pela primeira vez, o PT precisou buscar uma figura histórica que havia deixado o partido em 2015 e, até esta terça-feira (9), trabalhava no campo adversário.

A aliança Boulos-Marta pode mudar o jogo na campanha deste ano, mas também reflete um desafio petista na maior cidade do país.

A eleição de Marta Suplicy como prefeita em 2000 foi puxada pelos bairros afastados do centro. Nas disputas seguintes, entre vitórias e derrotas, o PT repetiu o padrão de distribuição geográfica dos votos, principalmente graças à força de Lula no eleitorado de baixa renda (com ajuda extra da própria Marta em 2012).

SEM NOVOS QUADROS – A década passada, porém, foi marcada pelo que os petistas descrevem como uma inércia na formação de novos quadros e um distanciamento entre o partido e as periferias urbanas, sendo São Paulo o símbolo do fenômeno. A sigla só recuperou desempenho nessas regiões da cidade em 2022, sob forte dependência de Lula.

A repatriação de Marta pode ajudar o partido a cobrir parte do problema. O detalhe da história é que o investimento de Lula na eleição de Boulos, caso seja bem-sucedido, poderá recuperar a força da esquerda num nicho estratégico do eleitorado e projetar um nome que está fora do PT, mas é tratado pelo próprio presidente como principal aposta de renovação nesse campo político.


Auditoria da CGU aponta irregularidades em obras bancadas por emendas de Alcolumbre


Este é o senador Davi Alcolumbre

Alcolumbre é o retrato da decadência da nossa política

Thiago Resende
Folha

O governo federal identificou uma série de irregularidades em obras em Macapá (AP) que foram bancadas com verbas articuladas pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um dos mais influentes parlamentares da Casa.

A auditoria feita pela CGU (Controladoria-Geral da União) apontou pagamento de serviços que não foram executados, erros na licitação e concluiu que a construtora conseguiu, de forma inadequada, o aval para participar da concorrência. A empresa vencedora foi a CCN (Construtora Cimentos do Norte), criada pela ex-deputada estadual Francisca Favacho, que recentemente trocou o Pros para integrar a cúpula do MDB no Amapá. Ela é mãe do deputado federal Acácio Favacho (MDB-AP).

EM CIMA DO LANCE – A empreiteira foi aberta em 2017, pouco depois da assinatura do convênio de repasse da verba ter sido assinado pelo Ministérios das Cidades e a Prefeitura de Macapá, à época comandada por Clécio Luís (Solidariedade), aliado de Alcolumbre. Clécio agora é governador do Amapá.

O dinheiro foi usado para pavimentação, construção de ciclovia e melhoria de calçadas em Macapá, entre o Complexo do Araxá, que fica na zona sul da cidade e às margens do Rio Amazonas, e o Marco Zero do Equador, o ponto turístico mais famoso da capital. Trata-se de um trecho de aproximadamente 2,5 km pela Avenida JK.

A Folha apurou que o projeto foi financiado por uma emenda de quase R$ 5,4 milhões no Orçamento de 2016, que Alcolumbre articulou junto à bancada de deputados e senadores do Amapá. Em valores corrigidos pela inflação, o valor equivale a R$ 7,78 milhões atualmente.

LICITAÇÃO SUSPEITA – A licitação, conduzida pela Prefeitura de Macapá, chegou a ser questionada na Justiça. Ela foi concluída em 2019 e as obras foram finalizadas somente em 2021.

Ex-secretário de obras de Macapá, David Covre publicou um vídeo em setembro de 2020 para mostrar as máquinas e homens trabalhando à noite no recapeamento da avenida. “Requalificação de trecho urbano na JK. A obra contempla a construção de ciclovia. Emenda do @davialcolumbre [e] execução da @prefeiturademacapa”, escreveu ele numa rede social. Covre é o atual secretário de infraestrutura do Governo do Amapá, ou seja, da equipe de Clécio.

No período do vídeo, Alcolumbre era presidente do Senado. Nessa condição, ele assumiu a posição de principal negociador de emendas com o governo Jair Bolsonaro (PL), quando o Congresso passou a abocanhar uma fatia maior do Orçamento por meio de emendas parlamentares.

ESTADO PREFERENCIAL – O Amapá, desde então, passou a figurar entre os destinos com mais dinheiro direcionado por acordos políticos no Congresso. Alcolumbre quer voltar ao comando do Senado no próximo ano e tem sido apontado como favorito na disputa.

O trecho revitalizado da rodovia JK foi inaugurado em março de 2021. O site oficial do senador publicou um texto informando que foi “mais uma obra de revitalização turística para a capital feita com recursos do senador Davi Alcolumbre”.

Procurado, o senador afirmou, em nota, que não tem qualquer relação com a construtora e que a execução dos contratos, inclusive daqueles ligados a emendas, é do Poder Executivo, responsável pela análise técnica e pelo processo licitatório.

ALCOLUMBRE NEGA – “O senador reforça ainda que confia plenamente nos órgãos de controle e fiscalização e que espera que eles possam cumprir com as suas atribuições para, dessa forma, garantir a boa aplicação dos recursos públicos”, concluiu Alcolumbre.

A Prefeitura de Macapá não respondeu aos questionamentos. A CCN negou irregularidades e questionou o relatório da CGU.

O Ministério das Cidades disse que, como as obras foram executadas em 2020 e 2021, o convênio com o município passou pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, sob Bolsonaro. O hoje senador Rogério Marinho (PL-RN) era ministro na época.

Em nota, Marinho disse que sempre atuou dentro das normas e que a fiscalização da execução das obras nesses tipos de contratos de repasse é de responsabilidade da Caixa. E a CGU informou que o projeto em Macapá foi auditado por causa da “relevância e criticidade”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como costuma dizer o articulista José Antonio Perez, de Brasília, o senador Davi Alcolumbre é a grande demonstração da decadência que vive a política brasileira e voltará a ser presidente do Senado na próxima eleição, em fevereiro de 2025. Que país é esse?, perguntariam Francelino Pereira e Renato Russo. A melhor resposta seria: “É o país da impunidade”. (C.N.)  


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Brics se expande com mais cinco nações, e outras 30 já estraram na fila, diz Putin

Publicado em 12 de janeiro de 2024 por Tribuna da Internet

Marco Guerra
Vatican News

Desde 1º de janeiro, Arábia Saudita, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos passaram oficialmente a fazer parte do Brics, o grupo de economias emergentes fundado em 2006 por Brasil, Rússia, Índia e China, ao qual se juntou a África do Sul em 2010. Além desses cinco novos países, esperava-se que a Argentina também aderisse, mas seu novo presidente, Javier Milei, recusou o convite para entrar no bloco, levando seu país de volta à esfera ocidental.

A presidência do grupo em 2024 caberá a Moscou. Assim, a Rússia sediará a cúpula anual do Brics em outubro, na cidade de Kazan. Enquanto isso, Putin, em uma nota divulgada por ocasião do início da presidência pro tempore da Rússia, deixou claro que cerca de 30 países estariam dispostos a se juntar ao Brics:

DISSE PUTIN – “Essa é uma demonstração convincente do crescente prestígio do grupo e de seu papel nos assuntos mundiais”, disse ele. O presidente russo também afirma que o Brics está atraindo cada vez mais Estados que compartilham o desejo de criar “uma ordem mundial multipolar e um modelo justo do sistema financeiro e comercial global”.

De acordo com muitos analistas, um dos principais objetivos dos Brics é criar uma alternativa financeira e comercial aos órgãos internacionais, como o Banco Mundial e o FMI, dominados pelas potências ocidentais.

Em particular, a China pretende expandir sua influência no sul do mundo, enquanto a Rússia busca novas alianças para superar as sanções impostas pelo Ocidente após a invasão da Ucrânia.

FALTA COESÃO – No entanto, ainda há muitas divergências entre os países membros do Brics, como explica Germano Dottori, consultor científico da revista especializada italiana Limes, à Rádio Vaticano:

“O agrupamento, ao ser ampliado para incluir esses novos cinco países, torna-se ainda menos coeso, até mesmo o presumido sentimento antiocidental é diluído”. Entretanto, de acordo com Dottori, algumas nações “em um mundo multipolar, a fim de ter o maior número possível de opções, também tentam experimentar esse caminho”.

Mas nessa aliança há antagonismos marcantes: “O que existe entre a China e a Índia é o mais macroscópico”, salienta o consultor.

AINDA FALTA… – O especialista em geopolítica acredita que ainda não há a base necessária para que o Brics se estabeleça como um guia para o sul do mundo, porque “não há pontos de vista comuns sobre como organizar o mundo e quais valores propor dentro dele”.

Segundo Germano Dottori, “o agrupamento é mais solto do que o do Ocidente, que se dotou de toda uma série de instituições unidas por uma visão do livre mercado, possivelmente apoiada por ordens democráticas”.

O consultor científico do Limes reconhece, no entanto, que a Rússia e a China não pretendem aderir a um sistema mundial liderado pelos EUA. Pequim quer expandir sua esfera de ação e a Rússia quer se dirigir a uma ampla gama de países para contornar as sanções, esses são fatos sobre os quais há poucas dúvidas”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Interessante matéria, enviada por José Guilherme Schossland. À exceção da Etiopia, que depende de garanir acesso ao Mar Vermelho, os outros quatro países têm muita importância no xadrez político mundial e vão fortalecer os Brics. O mais surpreendente, porém, é saber que mais 30 nações já entraram na fila para ingressar nesse novo grupo de não-alinhados. É uma Nova Ordem Mundial que começa a se delinear. Deve ser o efeito Dilma Rousseff à frente do Banco dos Brics, porque todas as nações emergentes e subemergentes já ouviram dizer que ela sabe estocar vento melhor do que estocar dinheiro. (C.N.)  

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