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sexta-feira, janeiro 12, 2024

CGU destitui ex-assessor envolvido em escândalo dos pastores do MEC

 Foto: Arquivo/MEC

Luciano de Freitas Musse não poderá assumir cargo público por 8 anos12 de janeiro de 2024 | 08:45

CGU destitui ex-assessor envolvido em escândalo dos pastores do MEC

BRASIL

A CGU (Controladoria-Geral da União) destituiu nesta sexta-feira (12) o advogado Luciano de Freitas Musse, ex-gerente de projetos da secretária-executiva do MEC (Ministério da Educação) na gestão de Milton Ribeiro, por envolvimento no escândalo de pastores suspeitos de operar um balcão de negócios na pasta.

Com isso, Musse não poderá assumir cargo público por oito anos. Na época do escândalo, ele tinha o cargo de gerente de projetos ligado à secretaria-executiva do MEC, então ocupada por Victor Godoy Veiga.

Musse já havia sido exonerado em março de 2022, mas não havia impedimento para que ocupasse outra função pública.

O órgão finalizou o processo administrativo disciplinar que apurou a participação do agente público na atuação dos pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia na liberação de recursos do MEC a prefeitos.

Segundo a Controladoria, o servidor compunha a equipe dos pastores que cobravam propina de representantes de municípios para liberação de verbas do MEC. Apesar de não serem servidores, os pastores assessoravam o ministro Milton Ribeiro e intermediavam as reuniões dele com os prefeitos.

“O indiciado foi descrito por testemunhas como uma espécie de segurança dos pastores”, escreve o órgão. “Ficou comprovado também no processo que o indiciado teria recebido R$ 20 mil por indicação de um dos pastores.”

Para decidir pela destituição, o órgão ouviu testemunhas, entre elas prefeitos a quem teriam sido solicitadas as propinas.

Uma das provas eram comprovantes de depósito e emissão de passagem para o servidor pela prefeitura de Piracicaba (SP) para a participação de um evento organizado pelos pastores, apesar do vínculo com o MEC.

Musse chegou a ser preso pela Polícia Federal, que também deteve Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e Helder Bartolomeu, ex-assessor da Prefeitura de Goiânia.

Folha de S. PauloPolítica Livre

DNA de antigos europeus revela origens surpreendentes da esclerose múltipla




Descobertas resultaram de pesquisas envolvendo DNA antigo sequenciado de 1.664 pessoas

Por Will Dunham

DNA obtido de ossos e dentes de antigos europeus que viveram até 34 mil anos atrás está fornecendo novas percepções sobre a origem da esclerose múltipla, doença neurológica muitas vezes incapacitante, e aponta que variantes genéticas que agora aumentam seu risco já serviram para proteger os humanos de doenças transmitidas por animais.

As descobertas resultaram de pesquisas envolvendo DNA antigo sequenciado de 1.664 pessoas de vários locais da Europa Ocidental e da Ásia. Estes genomas antigos foram então comparados com o DNA moderno do Biobank do Reino Unido, que compreende cerca de 410.000 pessoas auto-identificadas como “brancas-britânicas”, e mais de 24.000 outras nascidas fora do Reino Unido, para discernir mudanças ao longo do tempo.

A esclerose múltipla é uma doença crônica do cérebro e da medula espinhal auto-imune na qual o corpo ataca a si mesmo por engano.

Pesquisadores identificaram um evento migratório crucial há cerca de 5.000 anos, no início da Idade do Bronze, quando um povo de pastores de gado chamados Yamnaya se deslocou para a Europa Ocidental a partir de uma área que inclui a moderna Ucrânia e o sul da Rússia.

Eles carregavam características genéticas que na época eram benéficas, protegendo contra infecções que poderiam surgir em suas ovelhas e bovinos. À medida que as condições sanitárias melhoraram ao longo dos milênios, essas mesmas variantes aumentaram o risco de esclerose múltipla. Isso ajuda a explicar, disseram os pesquisadores, porque os europeus do norte têm a prevalência mais elevada de esclerose múltipla do mundo, o dobro da dos europeus do sul.

“Somos um produto da evolução que ocorreu em ambientes passados ​​e, em muitos aspectos, não estamos adaptados de maneira ideal ao ambiente que criamos para nós mesmos hoje”, disse Rasmus Nielsen, geneticista populacional da Universidade da Califórnia em Berkeley, um dos líderes da pesquisa publicada nesta quarta-feira na revista Nature.

Há cerca de 11 mil anos, os agricultores da região da Turquia moderna expandiram-se para a Europa Ocidental, substituindo os caçadores-coletores. Foram esses agricultores que os Yamnaya mais tarde substituíram.

“Os Yamnaya foram os primeiros verdadeiros nômades da Europa. Eles usavam gado e cavalos domesticados para acessar o interior das estepes asiáticas, onde há pouco para comer ou beber, por isso carregavam tudo consigo em carroças. Fisicamente, eles eram extraordinariamente grandes, o que podemos ver medindo esqueletos e também geneticamente, e aparentemente bastante violentos”, disse o geneticista da Universidade de Cambridge e co-autor do estudo, William Barrie.

“Acreditamos que grande parte da substituição ocorrida envolveu guerra”, acrescentou Nielsen.

A ancestralidade relacionada ao alto Yamnaya existe nos europeus do norte, com pico na Irlanda, Islândia, Noruega e Suécia e em menor proporção ao sul.

As descobertas ressaltam como as características genéticas podem mudar de benéficas para deletérias à medida que as condições evoluem.

“A frequência das infecções patogênicas aumentou durante a Idade do Bronze, devido à proximidade entre as pessoas e seus animais domésticos, assim como ao aumento da densidade populacional”, disse Evan Irving-Pease, especialista em biologia evolutiva computacional da Universidade de Copenhague e coautor da pesquisa.

“Foi apenas na era moderna, com saneamento e cuidados médicos generalizados, que essas variantes genéticas tornaram-se excedentes às nossas necessidades imunológicas, resultando em um aumento do risco de desenvolvimento de esclerose múltipla e outras doenças autoimunes”, acrescentou Irving-Pease.

As descobertas podem trazer implicações para a pesquisa e o tratamento da esclerose múltipla.

“Isso muda a nossa visão da EM, ajudando-nos a compreender as suas origens. Podemos ver a EM como o resultado de um sistema imunitário que evoluiu eficientemente para lidar com uma série de infecções no passado humano, mas que agora existe num ambiente muito diferente. Essa diferença entre os ambientes sanitários do passado e os modernos provavelmente causa o sistema imunológico hiperativo. Isto implica que deveríamos ter como objetivo recalibrar o sistema imunológico em vez de suprimi-lo”, disse Barrie.

A pesquisa também lançou luz sobre outras características dos europeus.

Como os Yamnaya eram geneticamente predispostos a serem altos, os atuais europeus do norte tendem a ser mais altos do que os europeus do sul, que têm maior ascendência de agricultores neolíticos geneticamente predispostos a serem baixos.

Os europeus de Leste têm um risco genético elevado de Alzheimer e diabetes tipo 2, descobriram os pesquisadores. Também perceberam que a tolerância à lactose, a capacidade de digerir o açúcar do leite e de outros produtos lácteos, surgiu na Europa há aproximadamente 6.000 anos.

Reuters / CNN

Há risco de que a IA cause extinção dos humanos, dizem cientistas




Outra pesquisa mostrou que um terço dos especialistas acredita que IA pode causar uma catástrofe global.

Risco de extinção humana

Na maior pesquisa já realizada entre cientistas e profissionais de inteligência artificial (IA), a maioria afirma que existe um risco não trivial de extinção da raça humana devido ao possível desenvolvimento de IAs sobre-humanas.

Muitos pesquisadores de inteligência artificial já se pronunciaram a respeito do possível desenvolvimento futuro da IA sobre-humana como trazendo uma possibilidade não trivial de causar a extinção humana - mas há também desacordo generalizado e incerteza sobre tais riscos.

A pesquisa pediu aos participantes que compartilhassem suas ideias sobre possíveis cronogramas para futuros marcos tecnológicos de IA (a pesquisa apresentou uma lista das capacidades esperadas para a IA no futuro), bem como as consequências sociais boas ou ruins dessas conquistas. Foram ouvidos 2.700 especialistas, selecionados entre os que publicaram recentemente trabalhos em seis das principais conferências de inteligência artificial em todo o mundo, tornando esta a maior pesquisa desse tipo até o momento.

Quase 58% dos entrevistados afirmaram considerar que existe uma probabilidade de ao menos 5% de extinção humana ou de outros resultados extremamente negativos relacionados com a IA em diversos horizontes temporais.

"É um sinal importante que a maioria dos pesquisadores de IA não considera fortemente implausível que a IA avançada destrua a humanidade," disse Katja Grace, uma das autoras do trabalho. "Acho que esta crença geral num risco não minúsculo é muito mais reveladora do que a porcentagem exata de risco."

'Não conseguiremos controlar computadores superinteligentes'

Previsão do futuro

Prever o futuro está longe de ser uma ciência exata, e na verdade não existem bons registros da aferição de previsões feitas por cientistas. Contudo, uma versão anterior desta mesma pesquisa mostrou resultados razoáveis na previsão dos especialistas sobre os marcos que a IA atingiria nos anos seguintes.

Em comparação com as respostas anteriores, muitos pesquisadores de IA agora preveem que a IA atingirá alguns marcos antes do que eles previram anteriormente.

As previsões agora são de que, na próxima década, os sistemas de IA terão uma probabilidade de 50% ou mais de resolver com sucesso a maioria das 39 tarefas de exemplo, incluindo escrever novas músicas indistinguíveis de um sucesso ou codificar um site inteiro de processamento de pagamentos a partir do zero. Espera-se que outras tarefas, como projetar a fiação elétrica em uma nova casa ou resolver mistérios matemáticos de longa data, demorem mais.

O possível desenvolvimento de uma IA que possa superar os humanos em todas as tarefas alcançou 50% de probabilidade de acontecer até 2047, enquanto a possibilidade de todos os trabalhos humanos se tornarem totalmente automatizáveis teve 50% de probabilidade de acontecer até 2116. Estas estimativas estão 13 anos e 48 anos, respectivamente, antes dos indicados na pesquisa do ano passado.

Riscos mais imediatos

Existem também preocupações mais imediatas, sem chegar ao nível dos riscos sobre-humanos da inteligência artificial: A grande maioria dos especialistas ouvidos - 70% ou mais - descreveu os cenários alimentados pela IA, envolvendo notícias falsas, manipulação da opinião pública, projetos de armas, controle autoritário das populações e agravamento da desigualdade econômica, como sendo de preocupação substancial ou extrema.

A pesquisa também destaca a preocupação de que a IA contribua para a desinformação em torno de questões existenciais, como as mudanças climáticas e as ameaças à democracia.

"Já temos a tecnologia, aqui e agora, que pode minar seriamente a democracia," disse Émile Torres, da Universidade Case Western, nos EUA. "Veremos o que acontece nas eleições de 2024."

New Scientist / Inovação Tecnológica

Estado fraco, bandidos fortes: Equador é o retrato da América Latina




Tudo dominado: agentes penitenciários tomados como reféns na onda descontrolada de crimes desatada contra presidente que quer mudar tudo 

Por Vilma Gryzinski

Um bandido deu um recado direto ao presidente do Equador, Daniel Noboa, que assumiu em novembro e já está com uma crise descontrolada para administrar.

“Assim como você não liga para a vida dos privados de liberdade no Equador, nós também não ligamos para a vida dos seus funcionários: agentes penitenciários e policiais. Seu estado de exceção não nos intimida. Nós já estamos mortos”.

Na verdade, os bandidos estão bem vivos e barbarizando, numa crise que interessa para todos os países latino-americanos, unidos pela maldição do narcotráfico e pelos maiores índices de violência criminal do mundo.

Se está acontecendo em El Salvador, até há não muito tempo atrás um país tão tranquilo que cidadãos americanos se mudavam para lá quando se aposentavam, aproveitando a dolarização e a vida agradável, pode acontecer em outros países com o mesmo perfil: instituições que não funcionam, estado de direito apenas no papel, impunidade generalizada, enorme poder de corrupção do dinheiro fácil das drogas, guerras entre facções e impotência, quando não inapetência, das autoridades para o cumprimento de seu principal dever, garantir a segurança dos cidadãos.

Muitas drogas e estados incapazes fazem com que os piores países do mundo em matéria de criminalidade estejam todos do México para baixo.

IMITANDO BUKELE

Como a matriz dos problemas é a mesma, os semelhantes metem a colher na situação verdadeiramente caótica do Equador, exemplificada pela chocante invasão transmitida ao vivo de uma emissora de televisão pública em Guaiaquil.

“Nunca foi um passeio no parque”, escreveu, quase enigmaticamente, Nayib Bukele, que se afastou da presidência de El Salvador para simular um distanciamento legal, antes da reeleição garantida no mês que vem.

Bukele é o nome mais invocado quando se trata de mostrar que o crime não compensa: conseguiu poder suficiente para até mudar, legalmente, a constituição e ir para um segundo mandato amparado na popularidade causada por uma intervenção em massa jamais vista na América Latina. Foram mais de 70 mil homens colocados em cadeias especialmente construídas – com injustiças e abusos relevados por uma população que hoje comemora ter se livrado do jugo das gangues.

De campeão mundial de homicídios, com 52 casos por 100 mil habitantes, o país caiu em 2023 para 2,4, “o mais baixo das Américas depois do Canadá”, nas palavras do ministro da Justiça, Gustavo Villatoro.

É claro que Bukele inspirou imitadores, entre eles o próprio Daniel Noboa, que também é jovem – 36 anos – e fez campanha para um mandato presidencial de apenas um ano e meio porque as eleições foram antecipadas – justamente por causa do descontrole na segurança. Noboa prometeu construir até o fim do ano duas grandes prisões ao estilo salvadorenho, mas a crise explodiu antes, com “fugas” de chefes de gangue, tomada de reféns nas prisões, vídeos de execuções que parecem feitos pelo Hamas, saques nas ruas e terror generalizado

“Isto começou há muitos anos, foi um processo de putrefação social e política no qual o crime foi tomando conta do país”, disse a ministra do Interior, Mónica Palencia, em resposta a críticas do ex-presidente de esquerda Rafael Correa, asilado na Bélgica, o que o livra dos oito anos de prisão por corrupção a que foi condenado.

VEIAS ABERTAS

O debate é exatamente o mesmo que em outros países: políticos de esquerda querem aliviar para os criminosos, vistos como vítimas de uma sociedade injusta, e os de direita pedem leis mais duras. Esta é, evidentemente, uma forma de simplificar problemas de alta complexidade.

Na Colômbia, os termos da discussão são idênticos. O líder do Movimento Nacional de Salvação, Enrique Gómez, resumiu a posição conservadora: “Romantizar os delinquentes, negociar com todos os tipos de criminosos, deixar de aplicar a lei porque se acredita de maneira errônea que os que vivem de fazer mal aos outros querem mudar de vida, faz parte, entre muitos outros fatores, do que acontece hoje no Equador. Quando se tenta retomar a ordem depois de décadas de permissividade, a resposta será sempre violenta”.

Existe uma forma de combater efetivamente o crime sem incorrer em abusos e sem ceder ao poder destruidor do tráfico de drogas e das guerras de gangues, as verdadeiras veias abertas da América Latina?

Noboa propôs na semana passada um referendo sobre onze medidas de endurecimento na repressão ao crime, uso das Forças Armadas, reforma do código penal e aumento das penas para homicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, mineração ilegal e pistolagem. Outras propostas foram acrescentadas ontem.

“É possível combater o crime, ter um sistema de justiça que responda com penas mais duras e criar mais empregos no Equador”, afirmou.

Não teve tempo de votar suas propostas. Arrastado pelos fatos, Noboa está aplicando algumas medidas em sistema de emergência, incluindo a arma derradeira, a intervenção em massa das Forças Armadas no que foi declarado “um conflito armado interno”. Funcionará contra inimigos que dizem “já estamos mortos”?

Revista Veja

Suécia alertou população para se preparar para guerra e causou pânico




General Micael Byden disse que suecos precisam se preparar mentalmente para eventual conflito

Falas de líderes suecos estão sendo interpretadas como um alerta

Por Paul Kirby

Advertências feitas por dois funcionários de alto escalão da Defesa sueca, que alertaram a população sobre se preparar para uma guerra, provocaram pânico e acusações de alarmismo.

O ministro da Defesa Civil, Carl-Oskar Bohlin, disse numa conferência que "poderia haver guerra na Suécia".

A sua mensagem foi então apoiada pelo chefe das Forças Armadas, general Micael Byden, que disse que todos os suecos deveriam se preparar mentalmente para essa possibilidade.

No entanto, políticos da oposição criticaram o tom das advertências.

A ex-primeira-ministra Magdalena Andersson disse à televisão sueca que embora a situação de segurança seja grave, "não é como se a guerra estivesse mesmo à porta".

Já a organização de direitos das crianças Bris disse que houve um aumento significativo de ligações em sua linha de apoio de jovens preocupados após verem reportagens ou postagens no TikTok falando sobre o assunto.

“Foi tudo bem preparado, não foi algo que eles deixaram escapar”, disse a porta-voz do Bris, Maja Dahl, à BBC. "Eles deveriam fornecer informações destinadas às crianças quando divulgam esse tipo de informação para os adultos."

Apesar da dureza das mensagens, as observações do ministro da Defesa e do chefe dos militares estão sendo vistas como um alerta.

Depois de mais de dois séculos de paz, a Suécia está a poucos passos de aderir à aliança militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental).

O país aguarda apenas a aprovação de sua entrada nos parlamentos da Turquia e da Hungria.

O chefe das Forças Armadas disse que seus comentários não eram novidade.

Ele visitou a frente oriental da Ucrânia há um mês, e a Suécia faz parte de um grupo de países que treina pilotos ucranianos.

Estocolmo também estaria considerando enviar caças avançados Gripen para a Ucrânia.

"O meu objetivo com isso (alerta) não é preocupar as pessoas; é fazer com que mais pessoas pensem sobre a sua própria situação e as suas próprias responsabilidades", disse o general Byden ao jornal sueco Aftonbladet.

A Finlândia já aderiu à Otan, e as autoridades russas sugeriram que o país será "o primeiro a sofrer" se as tensões com a Otan aumentarem.

O ministro da Defesa da Suécia afirmou que o seu objetivo não era fazer com que as pessoas perdessem o sono, mas que ganhassem consciência do que realmente está acontecendo.

Ele apelou às autoridades locais, estrategistas de emergência e indivíduos para que respondessem.

"Se há uma coisa que me mantém acordado à noite é a sensação de que as coisas estão andando muito devagar", disse Bohlin na conferência Sociedade e Defesa no último domingo (7/1).

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou à Suécia durante a conferência para trabalhar com o seu país e outros para fabricar armas e "ficarmos mais fortes juntos".

O primeiro-ministro Ulf Kristersson acrescentou que em 2024, a Suécia cumpriria a meta da Otan de gastar 2% do seu PIB em defesa militar, duplicando os seus gastos em relação a 2020.

Mas, para o especialista em defesa Oscar Jonsson, o tom das advertências das autoridades suecas são uma espécie de "tempestade em um copo d'água".

Segundo ele, 90% do que foi dito tem origem na frustração de que muito pouco está sendo feito para construir a defesa civil e militar do país.

"O tempo é limitado e o objetivo era servir de alerta para agências, indivíduos e departamentos", diz ele à BBC.

"As Forças Armadas suecas são incrivelmente competentes, mas a escala não chega nem perto. A última lei de defesa diz que deveríamos criar 3,5 brigadas, enquanto a Ucrânia tinha 28 quando a guerra começou", acrescenta.

O alerta do general Byden sobre uma possível guerra segue outro feito há um mês pelo chefe do Gabinete de Segurança Nacional da Polônia, Jacek Siewiera.

Segundo Siewiera, "para evitar a guerra com a Rússia, os países no flanco oriental da Otan deveriam adotar um horizonte temporal de três anos para se prepararem para o confronto".

Ele classificou como "muito otimista" um relatório do Conselho Alemão de Relações Exteriores, que indicava que a Alemanha e a Otan deveriam preparar suas Forças Armadas para serem capazes de se defender de um ataque russo em seis anos.

Jonsson, que é ligado à Universidade Sueca de Defesa, disse que seriam necessários vários fatores para uma guerra envolvendo a Suécia se concretizar.

Entre eles, a guerra da Rússia na Ucrânia chegar ao fim, Moscou ter tempo para reconstruir e rearmar a sua força de combate e a Europa perder o apoio militar dos Estados Unidos.

Tudo isso "é uma possibilidade, mas pouco provável", acrescentou.

BBC Brasil

Polícia Federal desarticula grupo criminoso envolvido em fraudes em Porto Seguro


Por Redação

Polícia Federal desarticula grupo criminoso envolvido em fraudes em Porto Seguro
Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (11), a Operação Mil Faces com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado na prática de fraudes virtuais e por telefone.

 

Na ação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em Porto Seguro, no sul do Estado, tendo como alvos Renato da Silva e Eduardo Fernando Rocha. Ambos foram submetidos à audiência de custódia e permaneceram presos. 

 

Por meio das investigações foi possível localizar elementos que indicam a prática de habilitação fraudulenta de linhas telefônicas em nome de terceiros para fins criminosos.

 

Com o material apreendido, será possível detalhar a extensão e finalidade das práticas criminosas e, diante dos fatos, os envolvidos poderão responder por crimes de estelionato, associação criminosa, dentre outros. 

 

Investigação de helicóptero desaparecido muda rota de busca após novas imagens


Por Francisco Lima Neto / Folhapress

Investigação de helicóptero desaparecido muda rota de busca após novas imagens
Foto: Reprodução/TV Globo

As autoridades envolvidas nas buscas do helicóptero modelo Robinson R44 que desapareceu no dia 31 de dezembro quando seguia da cidade de São Paulo para Ilhabela, no litoral norte, mudaram a rota de busca nesta quinta-feira (11), depois de tomar conhecimento de imagens de câmeras de monitoramento que podem ter captado parte do voo da aeronave.
 

Esses registros foram feitos na rodovia dos Tamoios (SP-99), que dá acesso ao litoral paulista. As imagens são da altura do km 58 e mostram o que pode ser o helicóptero entre as 14h07 e as 14h13 do dia 31 de dezembro, último dia em que a aeronave foi vista.
 

Esse trecho fica em Paraibuna, local onde o piloto chegou a fazer um pouso, às margens de uma represa, depois de enfrentar uma densa neblina.
 

Nesta quinta, as equipes de buscas comandadas pela FAB (Força Aérea Brasileira), que contam com apoio da Polícia Civil e Polícia Militar, já centraram esforços na região na tentativa de encontrar a aeronave.
 

A concessionária Tamoios afirma que forneceu as imagens de suas câmeras de monitoramento para a polícia na quarta (10). Contudo, a Polícia Civil diz que, até o momento, não recebeu formalmente nenhuma das imagens.
 

No entanto, o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) afirma ter conhecimento dos locais exibidos nas imagens e que as buscas já estão em andamento.
 

Estavam na aeronave o empresário Raphael Torres, 41, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e o piloto Cassiano Tete Teodoro.
 

As buscas completaram dez dias nesta quinta e, apesar dos esforços das equipes, não há pistas concretas de onde estão a aeronave e os seus ocupantes.
 

Desde o primeiro dia do ano, a família do piloto e a empresa CBA Investimentos, operadora do helicóptero, mantêm buscas paralelas em solo com cerca de 20 mateiros, que utilizam drones, binóculos e outros equipamentos.
 

 

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