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segunda-feira, dezembro 18, 2023

Lula e Bolsonaro apostam na polarização, e disputa de 2024 vira teste de rejeição

Lula e Bolsonaro apostam na polarização, e disputa de 2024 vira teste de rejeição

Por Marianna Holanda, Matheus Teixeira e Julia Chaib | Folhapress

Lula e Bolsonaro apostam na polarização, e disputa de 2024 vira teste de rejeição
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apostam na reedição da polarização do último pleito nacional na disputa das eleições municipais de 2024.
 

Para aumentar a quantidade de prefeituras controladas por aliados, os dois focam as cidades onde as disputas têm chances de ir ao segundo turno. Tanto Lula quanto Bolsonaro já indicaram que pretendem viajar para municípios com essas características e atuar como cabos eleitorais de candidaturas competitivas.
 

Com isso, testarão a capacidade de articulação e, ao mesmo tempo, devem colocar à prova suas rejeições.
 

Lula já atuou como cabo eleitoral em São Paulo neste fim de semana pela pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), colocado em palanque do governo para lançamento de empreendimento habitacional.
 

Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030, Bolsonaro esteve em Curitiba junto com a mulher, Michelle, que intensificou as agendas políticas nos últimos meses.
 

A avaliação de que a polarização deve pautar as corridas para prefeituras e Câmaras Municipais em 2024 foi exposta pelo próprio Lula a uma plateia de militantes e pré-candidatos, em evento do PT no dia 8 de dezembro.
 

"Eu sinceramente acho que essa eleição vai acontecer, vai ser outra vez, Lula e Bolsonaro disputando essas eleições nos municípios", disse.
 

Na ocasião, Lula ainda indicou aos seus apoiadores a necessidade de se aproximar de importantes setores da sociedade, hoje alinhados ao bolsonarismo. Ele citou os evangélicos, que chegam a quase um terço do eleitorado.
 

"Temos que aprender para conversar com essa gente. Que é gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja de ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família", afirmou.
 

Na última pesquisa Datafolha, neste mês, a reprovação do petista com essa fatia da sociedade atingia 38%, contra 28% entre os católicos.
 

O levantamento apontou uma divisão no país sobre a gestão Lula: 38% aprovam o governo, 30% o reprovam e 30% o avaliam como regular. No fim de seu primeiro ano como presidente, Bolsonaro tinha 30% de aprovação, 36% de reprovação e 32% de avaliação regular.
 

No evento do PT, Lula aproveitou para pedir engajamento dos petistas e de seus ministros nas eleições.
 

O partido já fez um mapa no qual elenca cidades prioritárias, com foco naquelas com mais de 100 mil eleitores.
 

Dirigentes do PT esperam ter uma presença relevante na maioria das cidades, mas têm admitido abrir mão de lançar candidatos próprios para costurar candidaturas competitivas com aliados.
 

Bolsonaro tem repetido a seus aliados a mesma avaliação de Lula, de que o pleito municipal será polarizado.
 

O ex-presidente quer que o partido priorize candidaturas próprias especialmente nas cidades com mais de 200 mil habitantes.
 

Integrantes do PL contam com a boa votação do ex-presidente nessas praças e avaliam que ele continua com altos índices de apoiadores.
 

Para o ano que vem, Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, lançou a ambiciosa meta de conquistar mil prefeituras, tendo Bolsonaro como principal cabo eleitoral.
 

A expectativa também é que a ex-primeira-dama Michelle, atual presidente do PL Mulher, consiga ampliar a filiação de mulheres e, assim, lançar candidatas identificadas com a pauta conservadora.
 

O maior problema de ambos os líderes políticos, porém, será justamente a dificuldade para emplacar aliados próximos na disputa pelas maiores prefeituras do país.
 

O partido de Lula pretende lançar candidato petista em pelo menos 12 capitais.
 

Mas, nos principais centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, além do Recife, o PT terá que se contentar com a vice e abraçar candidatos de outras legendas.
 

Em São Paulo, o PT indicará o vice de Boulos. A negociação atual é para atrair Marta Suplicy de volta à legenda para concorrer na chapa com o deputado do PSOL.
 

Lula pretende se engajar pessoalmente na campanha de Boulos, o que deve incluir uma série de viagens a São Paulo, como a deste fim de semana.
 

Bolsonaro também vive situação similar na capital paulista e pode ter que aceitar estratégias pragmáticas impostas pela direção do PL.
 

O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), ainda trabalha para ter o apoio de Bolsonaro ou ao menos evitar sua oposição. O ex-presidente, por sua vez, não esconde sua simpatia pelo ex-ministro Ricardo Salles (PL).
 

Diante disso, Nunes negocia acolher um parceiro de chapa próximo a Bolsonaro para atrair o eleitorado de direita. No cenário ideal articulado por seu entorno, ele ganharia também o apoio do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
 

Já no Rio de Janeiro, a tendência é que o PT apoie o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), que fez forte oposição ao governo Bolsonaro e tenta atrair o partido de Lula para garantir os votos da esquerda.
 

Bolsonaro, por sua vez, pretende lançar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que é muito próximo da família e foi chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante seu governo.
 

Em outras cidades, porém, o ex-presidente não deve conseguir impor suas vontades.
 

"Para nós podermos crescer, temos de abrir mão. Então, por vezes eu engulo o candidato do Valdemar e, depois, ele engole um candidato meu", afirmou Bolsonaro em novembro.
 

E prosseguiu: "O Valdemar fala que eu mando no partido. Gostaria que fosse verdade, mas a palavra final é dele".
 

As afirmações evidenciaram as disputas em curso nos bastidores. Em João Pessoa, Bolsonaro conseguiu impor a candidatura do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, mas só depois de causar uma fratura interna na sigla, que tinha preferência por Cabo Gilberto ou Nilvan Ferreira. Também há divergências no Recife. Bolsonaro defende a candidatura do ex-ministro Gilson Machado, mas o deputado André Ferreira (PL-PE) pretende disputar as eleições.

 

Vereador vai ao chão ao levar soco de segurança em show do Kannalha na Bahia

Segunda-Feira, 18/12/2023 - 07h40

Por Redação

Vereador vai ao chão ao levar soco de segurança em show do Kannalha na Bahia
Foto: Reprodução / Alôjuca

Um vereador de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi agredido com socos durante uma apresentação do cantor O Kannalha. Um vídeo, que circula pelas redes sociais, mostra o momento em que um tumulto ocorre e seguranças do espaço [casa de show Lua Nova] se envolvem na confusão com o legislador, que seria Jorge da JM.

 

Na briga, um dos seguranças acerta o edil que vai ao chão. Segundo o Alôjuca, não há informações sobre o que gerou a confusão entre os seguranças e o legislador. Logo após a queda do legislador, a situação é acalmada com a aproximação de algumas pessoas que estavam na festa.

 

O vereador, a banda e a casa de shows ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Justiça bloqueia R$ 101 milhões do "Jogo do Aviãozinho" divulgado por famosos

 


Por Redação

Foto do jogo do aviãozinho
Foto: Instagram

Completar 18 anos já foi sinônimo de "fazer coisas de adulto", isto é poder tirar a carteira de motorista, comprar bebida alcoólica... Porém, de alguns meses para cá, ser maior de idade passou a ser carta de entrada para um mundo perigoso, o dos jogos online.

 

Depois de uma grande exposição sobre o "Jogo do Tigrinho", a plataforma Blaze, conhecida pelo "Jogo do Aviãozinho" está sendo investigada e teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça.

 

O jogo se tornou ainda mais conhecido após ser divulgado por celebridades e subcelebridades como Neymar, Viih Tube, Bruna Biancardi, Sthe Matos, Arthur Aguiar, Cezar Black, Carlinhos Maia, Rodrigo Mussi, Jon Vlogs e Rico Melquiades.

 

 

De acordo com o Fantástico, a polícia reuniu indícios de que apostadores não recebiam os prêmios prometidos pela plataforma e amplamente divulgados pelas celebridades.

 

A investigação foi iniciada após denúncias de apostadores que afirmavam que não recebiam o valor prometido pela plataforma.

 

Assim como o "Jogo do Tigrinho", o "Jogo do Aviãozinho" é ilegal no país. A dinâmica online consiste em apostar um valor e esperar o aviãozinho subir, conforme o avião aumenta, o valor da premiação também sobe, e o apostador precisa decidir a hora de parar o voo. Se a palavra Crashed aparecer, a aposta está perdida e todo o valor fica para a plataforma.

 

"Eu cheguei a ganhar muito dinheiro, mais de R$ 100 mil. Eu consegui sacar R$ 20 mil. O resto ficou tudo lá ficou lá. E era uma manipulação atrás da outra", disse uma das vítimas para o Fantástico.

 

A Justiça já tinha determinado que o site fosse retirado do ar, mas a ordem judicial não fez efeito. Um novo site para hospedar o jogo foi criado e a busca pelo aviãozinho aumentou com a divulgação dos blogueiros na web.

 

"Teve um dia que eu vi que estava pagando bastante, eu falei: 'vou colocar um valor de R$ 2.800 na plataforma'. Eu tive um retorno de 98 mil. Quando eu fui tentar realizar o saque desses R$ 98 mil, eles colocaram que eu fraudei a plataforma e tiraram o dinheiro da minha conta", contou outra vítima.

 

A Blaze, responsável pelo jogo, não tem sede nem representantes legais no Brasil. A sede da empresa fica localizada em Curaçao, o que dificulta o trabalho da polícia brasileira. O Ministério Público de São Paulo pediu o arquivamento do inquérito e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.

Mitidieri e o PT vão continuar entre tapas, beijos e cochichos

 em 18 dez, 2023 8:04

Adiberto de Souza

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), deve continuar vivendo entre tapas e beijos com o PT. A relação do pessedista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é das melhores, a ponto de ambos viverem aos cochichos. Em Sergipe, porém, o governador é o principal adversário do PT, particularmente após ter derrotado, em 2022, o candidato a governador Rogério Carvalho (PT). O petista nunca engoliu a proximidade de Mitidieri com Lula, porém isso jamais impediu que o gestor sergipano sempre fosse tratado com fidalguia pelo presidente. Diante dessa relação conflituosa entre o pessedista e os petistas locais, depreende-se que o primeiro terá que seguir fazendo uso de muito jogo de cintura para preservar a boa relação com o “Barba”, ao tempo em que fica distante da maioria dos vermelhinhos sergipanos. Portando, continuar vivendo entre tapas, beijos e cochichos será bom para Mitidieri preservar apoio do Palácio do Planalto e melhor para o governo de Lula, que carece dos votos da bancada governista sergipana para aprovar seus projetos no Congresso. Simples assim!

Jornalismo condenado

O ex-deputado federal Valdevan Noventa (PL) criticou o jornalismo praticado pela rádio Fan/FM e pelo portal Fan F1. O distinto ficou injuriado porque os dois veículos não o ouviram antes de divulgarem que ele teria dado um rombo de R$ 60 milhões no Sindimotoristas de São Paulo. “E o que é pior: a fonte usada para lastrear a denúncia é o golpista Edivaldo Santiago [atual presidente do sindicato], cuja credibilidade é de um zero à esquerda”, reagiu Noventa.  O ex-parlamentar jura que sempre administrou com responsabilidade as contribuições feitas para o Sindimotoristas. Então, tá!

Luto oficial

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), decretou luto oficial de dois dias pela morte do mestre de cerimônia da Prefeitura, radialista Ricardo Barbosa, de 56 anos. Ele morreu ontem, ao ser atropelado por um veículo enquanto orientava o motorista a fazer uma manobra. Ricardo passou a integrar a equipe do Cerimonial da Prefeitura no primeiro semestre deste ano e, desde então, foi o anfitrião a atuar nas solenidades, entregas de obras e outras ações públicas realizadas pela gestão municipal. Descanse em paz!

Volta ao Legislativo

O secretário estadual da Casa Civil, deputado Jorginho Araújo (PSD), está retornando para a Assembleia visando participar da votação do Orçamento do governo para 2024. Com a volta do pessedista ao parlamento, o 2º suplente Manuel Marcos (PSD) deixou a condição de titular, já tendo reassumido a cadeira de vereador na Câmara de Aracaju. No começo de 2024, quando Jorginho se licenciará do mandato para reassumir a Casa Civil, a cadeira dele na Assembleia será ocupada pelo 1º suplente Sérgio Reis (PSD), atual secretário de representação de Sergipe em Brasília. Isso é que é troca-troca. Misericórdia!

Pega de boi

A deputada federal Katarina Feitoza (PSD) prestigiou, ontem, o 7º Torneio de Pega de Boi no município de Monte Alegre. Aproveitou para conversar com as lideranças políticas da região e sentir como anda a sua popularidade junto à vaqueirama do semiárido sergipano. O deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) também passou o domingo comemorando com os vaqueiros e a população de São Miguel do Aleixo, onde ocorreu uma animada cavalgada. Tal qual Katarina, Passos conversou com os políticos aliados sobre as eleições municipais de 2024. Marminino!

Estranho, muito estranho

Com o título acima, o jornalista César Cabral publicou no site Radar Sergipe a seguinte nota: “Ninguém entende porque as clínicas que realizam exames de saúde para o Detran não aceitam pagamentos com cartão de débito ou Pix, cujas operações são realizadas instantâneas e de modo seguro. Essa exigência absurda, além de ir de encontro às normas comerciais vigentes, remonta ao tempo do ronco, quando tudo se pagava com dinheiro “vivo”. Já pensou, se os clientes resolvem pagar a consulta com moedas? De centavos, pra facilitar o troco? E a Receita Federal e os órgãos fiscalizadores não dizem nada? Estranho…”. Home vôte!

Volta ao Legislativo

O secretário estadual da Casa Civil, deputado Jorginho Araújo (PSD), está retornando para a Assembleia visando participar da votação do Orçamento do governo para 2024. Com a volta do pessedista ao parlamento, o 2º suplente Manuel Marcos (PSD) deixou a condição de titular, já tendo reassumido a cadeira de vereador na Câmara de Aracaju. No começo de 2024, quando Jorginho se licenciará do mandato para reassumir a Casa Civil, a cadeira dele na Assembleia será ocupada pelo 1º suplente Sérgio Reis (PSD), atual secretário de representação de Sergipe em Brasília. Isso é que é troca-troca. Misericórdia!

Pega de boi

A deputada federal Katarina Feitoza (PSD) prestigiou, ontem, o 7º Torneio de Pega de Boi no município de Monte Alegre. Aproveitou para conversar com as lideranças políticas da região e sentir como anda a sua popularidade junto à vaqueirama do semiárido sergipano. 

INFONETO deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) também passou o domingo comemorando com os vaqueiros e a população de São Miguel do Aleixo, onde ocorreu uma animada cavalgada. Tal qual Katarina, Passos conversou com os políticos aliados sobre as eleições municipais de 2024. Marminino!

Estranho, muito estranho

Com o título acima, o jornalista César Cabral publicou no site Radar Sergipe a seguinte nota: “Ninguém entende porque as clínicas que realizam exames de saúde para o Detran não aceitam pagamentos com cartão de débito ou Pix, cujas operações são realizadas instantâneas e de modo seguro. Essa exigência absurda, além de ir de encontro às normas comerciais vigentes, remonta ao tempo do ronco, quando tudo se pagava com dinheiro “vivo”. Já pensou, se os clientes resolvem pagar a consulta com moedas? De centavos, pra facilitar o troco? E a Receita Federal e os órgãos fiscalizadores não dizem nada? Estranho…”. Home vôte!

INFONET

Por que a direita e a esquerda são incapazes de promover a segurança pública?


Confira a charge de Jota A publicada nesta sexta-feira no Jornal O Dia -  Jota A! - Portal O Dia

Charge do Jota A (O Dia/PI)

Joel Pinheiro da Fonseca
Folha

Vejo no WhatsApp um vídeo de linchamento em Copacabana. São homens e mulheres, jovens e idosos, brancos, mestiços e negros —uma multidão— surrando um jovem negro que tenta fugir desesperado. O vídeo não traz contexto, mas é de se supor que o sujeito tenha sido pego roubando. É uma cena bárbara.

Jamais defenderei a formação de grupos de justiceiros, mas alguém acha que a população ficará passiva apenas assistindo vizinhos, amigos e familiares vitimados pelo crime violento sem fazer nada, enquanto o Estado negligencia sua atribuição mais elementar?

SEM ALTERNATIVA – Está corretíssimo quem aponta os problemas desse tipo de iniciativa. Fácil, fácil ela pode se transformar em mais uma milícia do crime organizado. O único jeito, contudo, de impedi-la é apresentar a alternativa: o Estado mostrar-se eficaz contra assaltos e arrastões.

Se a polícia agora vier investigar e prender os responsáveis pelos grupos de justiceiros, enquanto continua a não fazer nada contra os assaltantes, estará apenas aprofundando o completo sentimento de abandono —e a indignação— do povo.

A humanidade não consegue entrar em acordo quanto ao sumo bem. Mas podemos, sim, nos unir para evitar aquilo que todos concordamos ser o sumo mal: a morte violenta, nossa ou de nossos entes queridos. Essa é a base do contrato social e da fundação do Estado, ao menos segundo Hobbes. Vivemos, portanto, a falência do contrato social em diversas cidades brasileiras: o medo da morte violenta é cotidiano.

CAIU NO COMUM – Os furtos em Copacabana aumentaram 56% de janeiro a outubro de 2023 se comparados ao mesmo período de 2022. Já as prisões caíram 11%. Com a onipresença das câmeras, em postes, muros e celulares, hoje vemos muito mais do que no passado. Assaltos, arrastões, furtos. Uma jornalista da Rede Globo sofreu tentativa de furto do celular durante transmissão em São Paulo. Poucos dias depois, a deputada federal Tabata Amaral foi vítima de tentativa de assalto também em São Paulo.

Na direita, a resposta mais fácil é culpar Lula. Um discurso fácil, que se esquece de que quem cuida da segurança pública são principalmente governo do estado e prefeitura. No entanto a acusação tem seu fundinho de verdade em outro sentido: a esquerda é um vazio de propostas no tema da segurança.

Quando falam de polícia e prisão, a única preocupação é garantir os direitos humanos dos presos. Isso é louvável, mas por que não se preocupar também com os direitos humanos das vítimas presentes e futuras? A proteção desses depende do uso da violência contra os criminosos que as atacam.

CAUSAS SOCIAIS – Há muito discurso sobre as causas sociais do crime, mas nada sobre como enfrentá-lo agora. Não adianta propor medidas de prevenção contra incêndio quando o prédio já está pegando fogo.

Ter presos em flagrante liberados por audiência de custódia ou, depois de pouco tempo presos, em regime de progressão de pena é um desrespeito a quem segue a lei. Precisamos de mais policiamento, de uma Justiça mais dura com quem comete furtos e assaltos e, possivelmente, de mais presídios.

Há tanta filmagem de criminosos nas ruas; como é que isso não resulta em investigação e prisões? Há bastante trabalho para as três esferas do Executivo e do Legislativo. A violência sempre irá existir; a única escolha é se ela será monopólio do Estado ou se será terceirizada para os cidadãos, jogando-nos para a guerra de todos contra todos. Só existem essas duas opções, e não há discurso idealista que apague essa realidade.

Amizade de Moro e Dino traz esperanças de uma política mais limpa e racional


O abraço de Moro e Dino

Flávio Dino recebeu Moro com abraços e afagos na sabatina

Carlos Newton

É preciso sem respeitar a opinião alheia, quando é fruto de boa fé. Como ou sem polarização, não existe alternativa política – o único rumo a tomar é a defesa intransigente da democracia. Mas esse posicionamento não nos obriga a aceitar os exageros do Supremo, que deveria ser exemplar, sempre cumprindo a lei de forma rigorosa. Infelizmente, porém, não é isso que vem ocorrendo desde 2019, quando o STF soltou Lula, num placar apertado, de 6 a 5.

Como diria Leonel Brizola, o Supremo (leia-se: STF e TSE) vem costeando o alambrado da democracia, em busca de brechas inexistentes. Foi assim na decisão que descondenou Lula, assim como no julgamento da suposta parcialidade do então juiz Sérgio Moro e também na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, por ter realizado uma reunião exatamente igual à que fora realizada pelo então presidente do TSE, Edson Fachin, que em 2020 convocara o corpo diplomático para se queixar do presidente.

EM NOME DA LEI – Ao examinar essas decisões do Supremo e do TSE, qualquer estudante de Direito percebe que as leis estão sendo interpretadas e adaptadas à necessidade dos ministros. Foi assim com a “incompetência territorial absoluta” que permitiu a candidatura de Lula, pois trata-se de norma jurídica somente aplicada em questões imobiliárias, nada a ver com os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que levaram Lula a passar férias numa colônia penal, igual ao Charles Anjo 45 criado por Jorge Benjor.

Esses julgamentos parciais são feitos em nome da lei e da defesa da democracia, embora sejam vexaminosos, como a cassação do deputado Deltan Dallagnol por “presunção de culpa”, um tipo  jurídico inexistente no Direito Universal.

Os ministros do STF se vangloriam desses feitos, dizem que salvaram a democracia, evitaram o golpe militar e tudo mais. Sinceramente, eu teria vergonha de votar assim, mas cada um deve agir de acordo com sua consciência.

TERRORISTAS EM SÉRIE – Também é reprovável a fabricação de terroristas em série, transformando em bárbaros selvagens todos os manifestantes de 8 de Janeiro, quando se sabe que a grande maioria deles não quebrou uma só lâmpada. E jamais poderiam estar sendo julgados pelo Supremo, não é isso que diz a lei. Estão sendo condenados apenas pela presença no local, sem provas de vandalismo, compondo uma barbárie judicial, desculpem a franqueza, às vésperas do famoso Indulto do Natal, que solta tabto criminoso de verdade.

Por tudo isso, achei altamente democrático o encontro festivo entre os ex-juízes Flávio Dino e Sérgio Moro. São amigos há 23 anos, desde a época em que Dino foi eleito presidente da poderosa Associação Nacional dos Juízes Federais.

Por que Dino e Moro teriam de se tornar inimigos devido a divergências ideológicas? Ora, a confraternização deles é altamente democrática – são apenas adversários, não precisam ser inimigos. É uma lição de política que estão dando ao país, mas parece que ninguém quer aprender nada.

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P.S.
 – Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Afonso Arinos e Itamar Franco também agiam assim com os adversários, sem considerá-los inimigos e sempre procurando o diálogo. Mas quem se interessa? (C.N.)


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