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quarta-feira, dezembro 13, 2023

Senado aprova projeto que criminaliza bullying e agrava pena para ataques em escolas


Por Folhapress

Senado aprova projeto que criminaliza bullying e agrava pena para ataques em escolas
Foto: Lula Marques - Agência Brasil

BRASÍLIA, DF E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Senado aprovou na terça-feira (12) um projeto que tipifica o crime de bullying, inclusive o virtual, e inclui uma série de atos contra menores de 18 anos na categoria de crimes hediondos. O texto também propõe que as prefeituras e o Distrito Federal implementem políticas de combate à violência nas escolas, inclusive com medidas preventivas.
 

A proposta, que já havia tramitado na Câmara dos Deputados, segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 

O projeto define que o bullying e também o cyberbullying (quando acontece de forma online) são atos de "intimidação, humilhação ou discriminação" realizados "sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica", de forma verbal, moral, sexual, social, psicológica, física, material ou virtual.
 

O crime passa a constar no Código Penal, com pena de multa. No caso de cyberbullying, também pode render até quatro anos de prisão.
 

O projeto aprovado também altera o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para penalizar o responsável que deixar de comunicar o desaparecimento de uma criança, com pena de até quatro anos de prisão.
 

Para advogados, o projeto de lei é positivo. "É uma resposta que a sociedade precisa porque demonstra como podemos pressionar o Judiciário para que esses crimes tenham punição", diz a advogada Tamiris da Silva, que atua na área do direito da criança e do adolescente
 

Renato Blum, advogado de direito digital e presidente da ABPD (Associação Brasileira de Proteção de Dados), concorda. Para ele, a lei vai inibir a prática do cyberbullying e vai dar mecanismo de punição. Ele lamenta que, para o bullying, a punição tenha ficado restrita a multa, mas mesmo assim considera o projeto como um avanço.
 

No caso de atos infracionais cometidos por adolescentes, não há prazo de internação para cada ato infracional cometido. Iberê de Castro Dias, juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça na área da Infância e da Juventude, esclarece que menores de 18 anos podem ficar reclusos por, no máximo, três anos e até os 21 anos.
 

"O tempo [de internação] vai depender do efeito da medida socioeducativa aplicada. O adolescente vai ser condenado a internação, e juízes vão pedir relatórios sobre a evolução", explica.
 

O texto aprovado amplia para até oito anos de prisão a pena para quem exibe ou facilita a exibição de pornografia infantil, prática que passa a ser tratada como crime hediondo.
 

O projeto também inclui no rol de crimes hediondos -contra os quais não cabe fiança nem anistia- o tráfico de crianças e adolescentes, o sequestro e cárcere privado de crianças e adolescentes e o auxílio, a indução ou a instigação ao suicídio ou à automutilação por meio virtual ou de maneira geral.
 

A proposta cria a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente, que deverá ser feita por meio de um plano nacional, revisto a cada dez anos, com metas e ações estratégicas.
 

O objetivo do plano deve ser garantir atendimento, inclusive à família, para casos de abuso e de exploração sexual de menores de idade e aprimorar as ações de prevenção e combate a estas práticas.
 

PENA POR HOMICÍDIO DE MENORES EM ESCOLA É AGRAVADA
 

O texto também aumenta a pena de dois crimes já previstos no Código Penal. No caso de homicídio de uma pessoa menor de 14 anos, a pena atual é de 12 a 30 anos de reclusão. Agora, ela poderá ser aumentada em dois terços se for praticado em escola de educação básica pública ou privada.
 

O crime de indução ou instigação ao suicídio ou à automutilação tem pena de dois a seis anos de reclusão. Com o texto, a reclusão pode ser duplicada se o autor for responsável por um grupo, comunidade ou rede virtuais.
 

Em relação aos ataques às escolas, o texto prevê que medidas de prevenção e combate à violência contra a criança e adolescente em escolas públicas e privadas devem ser implementadas pelos municípios e Distrito Federal, em cooperação com os estados e a União.
 

Protocolos de proteção devem ser desenvolvidos pelos municípios junto aos órgãos de segurança pública e de saúde, com a participação da comunidade escolar. O projeto de lei prevê ainda que as instituições que trabalham com crianças e adolescentes e recebam recursos públicos devem exigir certidões de antecedentes criminais de todos os seus colaboradores, atualizadas a cada seis meses.
 

Já as escolas públicas ou privadas também deverão manter fichas cadastrais e certidões de antecedentes criminais atualizadas de todos os seus colaboradores, independentemente de recebimento de recursos públicos.

Idosos podem imprimir em casa credencial para estacionamento em vagas especiais

 

Idosos podem imprimir em casa credencial para estacionamento em vagas especiais
Foto: Bruno Concha/Secom PMS

Idosos a partir dos 60 anos já podem emitir a credencial que permite estacionar em vagas especiais sem sair de casa. A ação está disponível desde a segunda-feira (11) e a requisição pode ser feita utilizando o login gov.br, no portal da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), no endereço eletrônico. A medida permitirá ao cidadão registrar a requisição e imprimir, em um só lugar, sem necessidade de se deslocar à sede da autarquia de trânsito.

 

Para ter acesso a este benefício o usuário precisa ter perfil prata ou ouro no sistema federal, que são os tipos com mais alto nível de confiança. Ao acessar o site da Transalvador, a pessoa idosa deve pesquisar por “Vagas Especiais” e fazer o login usando a plataforma gov.br. Em seguida, basta colocar os dados solicitados. Após o acesso, estando tudo correto, a credencial é liberada para impressão, que pode ser feita onde a pessoa estiver.

 

“Com certeza essa inovação vai trazer mais praticidade e comodidade para os idosos. Agora, eles não precisam mais vir à nossa sede para pegar as credenciais. Quem tiver dificuldade, pode pedir auxílio ao filho ou filha, neto ou neta, porque o manejo do sistema é muito prático”, explica o superintendente de trânsito de Salvador, Decio Martins.

 

O idoso que não tiver conta no gov.br prata ou ouro, pode solicitar as credenciais fazendo o cadastramento no site da Transalvador. Neste caso, após envio da documentação, o setor responsável marca uma data para que a retirada seja feita na sede da autarquia.

 

A credencial emitida vem com um QR Code para comprovar a autenticidade do documento. Após imprimir, a credencial, necessariamente, precisa ser colocada no painel do carro, um local de fácil visualização.

 

Gestantes, lactantes, pessoas com deficiência ou em tratamento de doenças crônicas deverão continuar pedindo a credencial pelo site da Transalvador, como já acontece normalmente. Nestes casos, é preciso que sejam enviadas documentações específicas.

 

CREDENCIAIS
Somente este ano, a Transalvador já entregou aproximadamente 5,7 mil credenciais especiais. A grande maioria, 4.085 credenciais, foram para pessoas idosas. Estacionar em vagas especiais sem as credenciais é uma infração de natureza gravíssima e o condutor está sujeito a 7 pontos da CNH e multa de R$293,47.

 

Para saber qual o tipo do seu cadastro no sistema gov.br, basta fazer o login e acessar o seu perfil. Segundo o governo federal, as contas cadastradas exclusivamente com informações do CPF ou do INSS são consideradas de nível bronze. O cadastro feito presencialmente nas unidades do INSS ou Denatran também tem este nível.

 

Já as contas validadas por biometria facial da carteira de motorista (CNH), dados bancários (internet banking ou banco credenciado) ou cadastro Sigepe (servidores públicos) passam a ter nível prata de segurança. Por fim, as contas validadas pela biometria facial da Justiça Eleitoral ou por certificado digital compatível com ICP-Brasil passa a ter nível ouro de segurança.

Dino é aprovado para STF e Gonet para PGR em comissão do Senado; plenário fará votação

 Foto: Pedro França/Agência Senado

Flávio Dino, Davi Alcolumbre e Paulo Gonet13 de dezembro de 2023 | 20:27

Dino é aprovado para STF e Gonet para PGR em comissão do Senado; plenário fará votação

BRASIL

Indicados pelo presidente Lula (PT), o ministro da Justiça, Flávio Dino, 55, e o procurador-geral eleitoral interino, Paulo Gonet, 62, foram aprovados nesta quarta-feira (13) pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado para a vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) e para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), respectivamente.

Dino recebeu na comissão 17 votos favoráveis e 10 contrários à sua nomeação. Já Gonet recebeu 23 votos a favor e 4 contra. Agora, os nomes irão para o plenário do Senado, onde precisam do apoio de ao menos 41 dos 81 parlamentares, em votação secreta.

A sabatina com os dois candidatos foi realizada de forma simultânea, em formato inédito e superficial para os cargos. O modelo foi costurado pelo presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com apoio do governo Lula.

O objetivo era minimizar qualquer possibilidade de revés diante das dificuldades do Executivo no Parlamento ao longo do ano e à resistência da oposição especialmente em relação à indicação de Dino, que, no primeiro escalão do governo Lula, foi protagonista de embates com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os questionamentos na sabatina desta quarta começaram por volta das 10h20 e se estenderam por quase dez horas. Com o objetivo de acelerá-la, houve pedido expresso do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para que os parlamentares da base evitassem fazer perguntas.

A sabatina do último indicado para STF, o ministro Cristiano Zanin, havia durado quase oito horas —na ocasião, só ele respondeu às perguntas dos senadores.

Durante a sessão desta quarta, Dino abandonou ironias, resistiu a provocações de bolsonaristas e disse que não faria “debate político”. Aliados afirmam que o périplo feito pelo ministro da Justiça no Senado depois de ter sido anunciado por Lula ajudou a baixar a temperatura.

A escolha de Dino e Gonet e a busca de apoios para os dois no Senado envolveram uma articulação de Lula junto a parlamentares e à cúpula do Judiciário.

Dino foi indicado para suceder a ministra aposentada Rosa Weber. Mesmo diante de pressão de setores da esquerda, Lula preferiu escolher um aliado próximo e diminuir o número de mulheres na corte. Com a saída de Rosa e a chegada de Dino, a corte deve ser formada por 10 homens e apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia.

Já Gonet sempre foi considerado um nome forte para a PGR por ter o apoio dos ministros do STF Gilmar Mendes, de quem é ex-sócio em uma instituição de ensino, e Alexandre de Moraes. Dino também tem o endosso de Gilmar e Moraes, o que fez das escolhas de Lula uma vitória dupla para essa ala do Supremo.

Gonet chegou ao cargo de vice-procurador-geral eleitoral sob a gestão de Augusto Aras, que foi procurador-geral da República por dois mandatos. Aras foi nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A atuação de mais destaque de Gonet recentemente na Procuradoria Eleitoral foi no julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por causa de uma reunião realizada com embaixadores, no ano passado, em que o ex-presidente difundiu mentiras sobre o sistema eleitoral do país. Gonet foi o responsável pelo parecer defendendo a punição.

Lula tentou buscar outros nomes para indicar para a PGR e disse a aliados que não estava seguro. Dois meses após o fim do mandato de Aras, o presidente acabou se decidindo por Gonet e anunciou o nome dele e o de Dino ao mesmo tempo.

Já o processo de seleção do novo ministro do STF teve sempre um trio de favoritos: Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.

Apesar da pressão de grupos de esquerda pela indicação de uma mulher, o nome de uma candidata mulher para a vaga de Rosa nunca esteve entre os mais cotados.

A seleção de Dino deu início a uma nova corrida interna no governo, sobre quem o substituirá no comando do Ministério da Justiça. Um dos principais considerados para a função é o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski.

Nas semanas entre a indicação por Lula e a votação no Senado, Dino e Gonet tiveram o reforço de ministros de Lula e do STF, que conversaram com senadores para defender a escolha de Lula para o STF. Gonet também teve a ajuda de Aras.

Ministros de Lula que têm mandato no Senado se licenciaram das pastas para participar da votação, em outro gesto que mostra o empenho do Planalto pelos dois nomes.

Os ministros que reassumiram temporariamente suas vagas no Senado foram Camilo Santana (Educação), Carlos Fávaro (Agricultura), Renan Filho (Transportes) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

Tanto no périplo pelo Senado para angariar apoios como na sabatina, um dos principais desafios de Dino foi separar o papel de juiz (ocupado por ele durante 12 anos) do de político (ele foi deputado federal, presidente da Embratur, governador do Maranhão e ministro). Dino recorreu ao futebol para fazer uma analogia.

“Não se pode imaginar o que um juiz foi ou o que um juiz será a partir da leitura da sua atitude como político. Seria como examinar um goleiro à luz da sua atitude como centroavante. É claro que são papéis diferentes”, afirmou.

Já Gonet se contrapôs a procuradores-gerais que exerceram os cargos no auge da Lava Jato, como Rodrigo Janot —desafeto de Gilmar Mendes.

O governo Lula, refratário à Lava Jato, buscava um nome que fizesse com que o Ministério Público Federal não avançasse contra a classe política.

Na sabatina, o indicado para a PGR defendeu que a atuação do procurador-geral da República seja institucional e que a pessoa que estiver no posto tenha a coragem de resistir “ao encanto e à sedução de brilhar em determinado instante, de obter adesão efervescente do público num determinado momento”.

José Marques/Thaísa Oliveira/FolhapressPolítica Livre

Dino mostra ser amigo de Moro e diz estar abandonando de vez a política

Publicado em 13 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

O abraço de Moro e Dino

A amizade entre Dino e Moro surpreendeu os senadores

Pepita Ortega e Rayssa Motta
Estadão

Flávio Dino e Sérgio Moro, que foram colegas de profissão, ambos ex-juízes federais, garantiram uma atmosfera mais amena à sabatina desta quarta-feira, 12, no Senado, do ministro da Justiça de Lula que almeja cadeira no Supremo Tribunal Federal. Durante a sessão na Comissão de Constituição e Justiça, os dois até fizeram anedotas, especialmente sobre o Botafogo, time de Dino, e sobre o voto de Moro. Os dois se divertiram, quebrando o clima de alguma tensão criado por senadores bolsonaristas que tentaram emparedar Dino na arguição.

Além da toga, Dino e Moro têm outra passagem profissional em comum – eles compartilham as experiências de ministros da Justiça (Moro exerceu tal cargo no governo Jair Bolsonaro).

COMPANHEIROS – Curiosamente, Moro já sonhou com a vaga no STF que, agora, poderá ser ocupada por Dino. Por esses ingredientes havia quem sustentasse a expectativa de um embate belicoso entre os dois. Nada disso.

Em 2018, quando deixou a magistratura federal no Paraná, onde ganhou fama na condução da polêmica Operação Lava Jato, Moro, hoje senador pelo União Brasil, assumiu o Ministério da Justiça de Bolsonaro com planos de, mais tarde, chegar ao Supremo. Acabou rompendo com o então presidente e o STF é página virada.

Durante a sabatina, Moro fez questionamentos a Dino sobre segurança pública e temas em pauta no STF, como a execução imediata de penas para crimes julgados pelo tribunal do júri e a lei das estatais.

ERA VEZ DAS MULHERES – O senador criticou a indicação feita pelo presidente Lula à Corte máxima apontando para a redução do número de mulheres no colegiado – se escolhido, Dino ocupará a cadeira que foi de Rosa Weber e o STF ficará apenas com uma ministra, Cármen Lúcia.

Em meio às indagações, o senador fez dois apelos a Dino, para que deixe as redes sociais e desista de representações por supostos crimes contra a honra atribuídos a parlamentares da oposição.

Quando respondeu a Moro sobre a manutenção de seu perfil no X, mesmo após uma eventual nomeação para a Corte máxima, Dino ressaltou o ‘sacrifício’ que fará em relação à sua vida política. “Gosto muito da atividade política, eu a vivo intensamente há 17 anos, mas, em merecendo a aprovação, deixo a vida política em todas as dimensões, inclusive nas redes.”

BRINCANDO COM MORO – Quando fazia essa declaração, mencionando a eventual aprovação da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Dino olhou de relance para o painel que mostra quais senadores já se manifestaram. Interrompeu sua manifestação e se dirigiu ao ex-juiz da Lava Jato. “Vejo agora que o senador Moro ainda não votou, o que me encheu de esperança.”

A tirada de Dino arrancou risadas na CCJ. Ele retomou o raciocínio e disse considerar incompatível a discussão de temas políticos, por parte de um ministro do STF, no antigo Twitter.

Dino afirmou acreditar que temas jurídicos são compatíveis com as redes. Uma vez mais recorreu ao seu time do coração. “Preciso de um lugar pra falar do Botafogo.”

GESTO DE GENEROSIDADE – O time da estrela solitária, que amargou um quinto lugar no campeonato brasileiro de futebol em 2023, provocando dissabores a seus apaixonados, foi o gancho para Moro retribuir o gracejo. O senador insistiu que seria um ‘gesto grande de generosidade’ Dino desistir da representação contra parlamentares da oposição. Ponderou que colegas que o antecederam na arguição ‘talvez tenham se excedido’, mas deu ênfase para a imunidade parlamentar.

Moro elogiou Dino e sua apresentação à CCJ. “Muito ponderado.” Depois, sugeriu que fossem entregues ao ministro da Justiça as notas taquigráficas da sessão para que o sabatinado não esqueça de suas indicações.

Segundo o senador, um eventual gesto de Dino, como solicitado, seria uma ‘sinalização ao Parlamento’. “O País precisa de uma conciliação”, defendeu Moro, que não perdeu a oportunidade e emendou com certa mordacidade. “A própria votação não pode ser vista como um jogo de Fla Flu. O Botafogo não vou considerar, ministro, desculpe.”


Omar Aziz preside a CPI da Braskem e não descarta Renan como relator

Publicado em 13 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Omar Aziz será o relator do novo arcabouço fiscal no Senado | O TEMPO

Omar Azis só pretende indicar o relator depois do recesso

Nicholas Shores
Veja

A CPI da Braskem no Senado elegeu nesta quarta-feira Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente. A comissão de inquérito só voltará a se reunir em fevereiro, quando o presidente designará um relator.

Antes da aclamação dos dois comandantes do colegiado, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), aliado de Arthur Lira (PP-AL) e do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), pediu que Aziz assumisse o compromisso de não nomear nenhum senador de Alagoas para a relatoria.

INSATISFEITO – “Vou sair daqui extremamente insatisfeito se não estiver formalmente e cabalmente dito por todos que o senador Renan Calheiros não será o relator desta CPI, porque vai, sim, se misturar a figura do investigado com o investigador”, afirmou Cunha.

Aziz rechaçou o pedido. “Esse tipo de conversa não vai levar a lugar nenhum. Ninguém vai me impor nada”, disse. “Parece que tem um lado aqui defendendo a Braskem e um lado defendendo o povo, e não é por aí”, acrescentou o senador amazonense.

Há uma articulação em curso, que voltará com força no início do ano que vem, para viabilizar a designação de Renan Calheiros (MDB-AL), autor do pedido de criação da CPI, como relator, reeditando a dobradinha vista na CPI da Covid, em 2021.

INTEGRANTES – Conheça, agora, os integrantes da CPI da Braskem: Titulares – Renan Calheiros (MDB-AL); Efraim Filho (União Brasil-PB); Rodrigo Cunha (Podemos-AL); Cid Gomes (PDT-CE); Omar Aziz (PSD-AM); Jorge Kajuru (PSB-GO), Otto Alencar (PSD-BA); Rogério Carvalho (PT-SE); Wellington Fagundes (PL-MT); e Eduardo Gomes (PL-TO) e Dr. Hiran (PP-RR).

Suplentes: Fernando Farias (MDB-AL); Jayme Campos (União Brasil-MT); Soraya Thronicke (Podemos-MS); Angelo Coronel (PSD-BA); Fabiano Contarato (PT-ES); Magno Malta (PL-ES) e Cleitinho (Republicanos-MG).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A CPI vai agitar o Congresso, especialmente se o senador Renan Calheiros for o relator. A Odebrecht está na maior expectativa. Tem muito podre ainda escondido e que pode aparecer.  (C.N.)


Dino mostra ser amigo de Moro e diz estar abandonando de vez a política


O abraço de Moro e Dino

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Pepita Ortega e Rayssa Motta
Estadão

Flávio Dino e Sérgio Moro, que foram colegas de profissão, ambos ex-juízes federais, garantiram uma atmosfera mais amena à sabatina desta quarta-feira, 12, no Senado, do ministro da Justiça de Lula que almeja cadeira no Supremo Tribunal Federal. Durante a sessão na Comissão de Constituição e Justiça, os dois até fizeram anedotas, especialmente sobre o Botafogo, time de Dino, e sobre o voto de Moro. Os dois se divertiram, quebrando o clima de alguma tensão criado por senadores bolsonaristas que tentaram emparedar Dino na arguição.

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COMPANHEIROS – Curiosamente, Moro já sonhou com a vaga no STF que, agora, poderá ser ocupada por Dino. Por esses ingredientes havia quem sustentasse a expectativa de um embate belicoso entre os dois. Nada disso.

Em 2018, quando deixou a magistratura federal no Paraná, onde ganhou fama na condução da polêmica Operação Lava Jato, Moro, hoje senador pelo União Brasil, assumiu o Ministério da Justiça de Bolsonaro com planos de, mais tarde, chegar ao Supremo. Acabou rompendo com o então presidente e o STF é página virada.

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ERA VEZ DAS MULHERES – O senador criticou a indicação feita pelo presidente Lula à Corte máxima apontando para a redução do número de mulheres no colegiado – se escolhido, Dino ocupará a cadeira que foi de Rosa Weber e o STF ficará apenas com uma ministra, Cármen Lúcia.

Em meio às indagações, o senador fez dois apelos a Dino, para que deixe as redes sociais e desista de representações por supostos crimes contra a honra atribuídos a parlamentares da oposição.

Quando respondeu a Moro sobre a manutenção de seu perfil no X, mesmo após uma eventual nomeação para a Corte máxima, Dino ressaltou o ‘sacrifício’ que fará em relação à sua vida política. “Gosto muito da atividade política, eu a vivo intensamente há 17 anos, mas, em merecendo a aprovação, deixo a vida política em todas as dimensões, inclusive nas redes.”

BRINCANDO COM MORO – Quando fazia essa declaração, mencionando a eventual aprovação da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Dino olhou de relance para o painel que mostra quais senadores já se manifestaram. Interrompeu sua manifestação e se dirigiu ao ex-juiz da Lava Jato. “Vejo agora que o senador Moro ainda não votou, o que me encheu de esperança.”

A tirada de Dino arrancou risadas na CCJ. Ele retomou o raciocínio e disse considerar incompatível a discussão de temas políticos, por parte de um ministro do STF, no antigo Twitter.

Dino afirmou acreditar que temas jurídicos são compatíveis com as redes. Uma vez mais recorreu ao seu time do coração. “Preciso de um lugar pra falar do Botafogo.”

GESTO DE GENEROSIDADE – O time da estrela solitária, que amargou um quinto lugar no campeonato brasileiro de futebol em 2023, provocando dissabores a seus apaixonados, foi o gancho para Moro retribuir o gracejo. O senador insistiu que seria um ‘gesto grande de generosidade’ Dino desistir da representação contra parlamentares da oposição. Ponderou que colegas que o antecederam na arguição ‘talvez tenham se excedido’, mas deu ênfase para a imunidade parlamentar.

Moro elogiou Dino e sua apresentação à CCJ. “Muito ponderado.” Depois, sugeriu que fossem entregues ao ministro da Justiça as notas taquigráficas da sessão para que o sabatinado não esqueça de suas indicações.

Segundo o senador, um eventual gesto de Dino, como solicitado, seria uma ‘sinalização ao Parlamento’. “O País precisa de uma conciliação”, defendeu Moro, que não perdeu a oportunidade e emendou com certa mordacidade. “A própria votação não pode ser vista como um jogo de Fla Flu. O Botafogo não vou considerar, ministro, desculpe.”

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