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segunda-feira, maio 01, 2023

Ex-ministro de Bolsonaro é condenado a pagar R$ 50 mil a Felipe Neto por associação a pedofilia


Por Redação

Ex-ministro de Bolsonaro é condenado a pagar R$ 50 mil a Felipe Neto por associação a pedofilia
Foto: Divulgação

O ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro (PL), o atual deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 50 mil por danos morais ao influenciador digital Felipe Neto por uma postagem feita em seu Instagram. Marcelo foi processado pelo criador de conteúdo após ser associado com pedofilia.

 

Dias publicou, em setembro de 2020, uma foto de um livro do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e escreveu na legenda: “Já nas bancas, ao lado dos livros pornográficos para crianças do Felipe Neto”. Na ação, o youtuber alega que o ex-ministro do Turismo o associou “de forma leviana e criminosa à prática de pedofilia”.

 

Segundo o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, além de pagar a indenização de R$ 50 mil por danos morais, a Justiça também determinou que Dias apague a publicação de seu Instagram.

Paris e Lisboa são exemplos de metrópoles que buscam soluções mais revolucionárias

Publicado em 30 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

França - O drama da Covid, o clima de tensão em Paris e a penosa fuga pela Auto-Estrada do Sul - Orlando Brito - Os Divergentes

Paris está crescendo e ficando cada vez mais engarrafada

João Gabriel de Lima
Estadão

No dia em que Francisco Prestes Maia terminou seu mandato em São Paulo, um carro o esperava à frente do gabinete do prefeito, que ficava na Rua Libero Badaró. O político dispensou o motorista, caminhou até o Viaduto do Chá e pegou o bonde logo adiante, na Rua da Consolação. Prestes Maia, prefeito de São Paulo entre 1938 e 1945, abriu mão das mordomias do cargo assim que saiu dele. A anedota é narrada no livro A Capital da Vertigem, de Roberto Pompeu de Toledo.

No episódio, Prestes Maia rejeitou o carro e preferiu o transporte público. Na vida política, fez o contrário. Foi dele o plano de avenidas que se espraiam do centro para os bairros periféricos – as “radiais” –, num desenho que em tudo privilegia os carros. Poucos paulistanos sabem que essa escolha, feita décadas atrás, é responsável pelos congestionamentos que enfrentam hoje.

CIDADE DE 15 MINUTOS – Em Lisboa, onde moro, a prefeitura decidiu seguir o caminho oposto. A capital portuguesa irá adotar o mesmo plano de Paris: a “cidade de 15 minutos”. A ideia é que o morador faça tudo que precisa sem gastar mais que um quarto de hora em deslocamentos.

O projeto inclui ênfase na locomoção a pé ou de bicicleta, imóveis de uso misto – residencial e comercial – e melhoria constante do transporte público. E a Câmara de Lisboa ouvirá cidadãos sobre o projeto a partir da próxima semana.

“A ideia da cidade espalhada, que privilegiava o carro e separava residencial de comercial, marcou o urbanismo modernista, do qual Prestes Maia foi um dos expoentes”, diz o arquiteto Vinícius Andrade. “O urbanismo contemporâneo é totalmente diferente. Hoje em dia o modelo de cidade adensada é uma unanimidade.”

CONSENSO POLÍTICO – É uma unanimidade que independe de ideologia. O presidente da Câmara de Lisboa (equivalente ao prefeito), Carlos Moedas, é de direita – e o projeto que o inspira é o de Paris, governada pela socialista Anne Hidalgo. Segundo Andrade, a ideia da “cidade de 15 minutos” – propagada pelo urbanista colombiano Carlos Moreno – é, antes de tudo, um slogan, que engloba as boas práticas do urbanismo contemporâneo.

O Plano Diretor de São Paulo, concluído na Prefeitura de Fernando Haddad, vai na mesma direção de adensamento e transporte coletivo. Novamente, a unanimidade independe de ideologia.

“Projetos anteriores, concebidos por urbanistas do PSDB, já falavam em ‘cidade de 30 minutos’”, diz Andrade. “A ideia já inspira várias outras metrópoles brasileiras”. Se Paris e Lisboa miram os 15 minutos, o paulistano fará festa se um dia conseguir resolver seus compromissos em menos de meia hora.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No papel, os projetos funcionam que é uma beleza. Na prática, o caos avança. A região metropolitana de Paris já tem 12 milhões de habitantes, incluindo guetos de imigrantes na periferia, o transporte público é um problema gravíssimo. Já a grande Lisboa tem cerca de 3 milhões, é bem mais fácil de administrar. Assim, o que dificilmente dará certo em Paris pode funcionar em Lisboa(C.N.)

Depois da lambança do dia 8 de janeiro, o GSI precisa redefinir suas funções

Publicado em 30 de abril de 2023 por Tribuna da Internet

Militares no GSI

Ilustração feita pelo InfoGlobo

 

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Depois da lambança com os golpistas do 8 de janeiro, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) virou um bode. Bem feito, porque ele se tornou um exemplo do expansionismo burocrático, com os militares palacianos se metendo onde não devem. Lá atrás, a velha Casa Militar assessorava o presidente nas questões das casernas, mas seu chefe era também o secretário do Conselho de Segurança Nacional. A encrenca começou aí.

Como o governo não tinha um instrumento de coordenação administrativa, além de questões militares, o chefe da Casa Militar era um virtual ministro das Comunicações, com voz em questões de política externa. Depois de 1964, esse poder se expandiu.

COSTA E SILVA SEM VOZ – Em 1969, quando o presidente Costa e Silva perdeu a voz pela segunda vez, perguntou ao chefe do Serviço Médico da Presidência depois de tê-la recuperado:

— Não é derrame o que estou sentindo?

— Não, senhor. Derrame não é. Mas vamos apurar tudo direitinho.

Era. Mas àquela altura, nenhum neurologista havia examinado o marechal. Só aquele médico, um major que obedecia ao general que chefiava a Casa Militar, interessado em blindar o episódio.

ERA ISQUEMIA – Costa e Silva havia sofrido uma isquemia, voltaria a emudecer, perderia os movimentos de um lado do corpo e nunca se recuperaria.

Com o tempo, a Casa Militar se meteu em aventuras nucleares e acompanhou o extermínio dos guerrilheiros do Araguaia.

Na redemocratização ela cresceu e virou Gabinete de Segurança Institucional e acabou anexando (de fato) a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), herdeira do Serviço Nacional de Informações.

LIMAR GENERALIDADES – O tempo passou, o governo tem outro tamanho e outra estrutura. O GSI precisa redefinir suas atribuições, limando as generalidades que permitiram sua expansão. Lula resolveu colocar no lugar do general Gonçalves Dias outro militar, também da reserva. Ao contrário de seu antecessor no governo Bolsonaro, ele trabalhou com Dilma Rousseff numa época em que não havia renascido a figura dos generais palacianos.

As roupas que os chefes do GSI têm no armário, importam pouco. A Casa Militar de Costa e Silva era comandada pelo general Jayme Portella, patrono dos generais palacianos. Ele ajudou a arruinar o regime com a edição do AI-5 e a saúde de Costa e Silva.

Curiosamente, o major médico de 1969 foi antecedido e, mais tarde, sucedido no cuidado da saúde do presidente por um coronel da reserva competente e sincero. Chamava-se Américo Mourão.


Vergonha nacional! Invasores sabiam que não seriam reprimidos na Praça dos Três Poderes

Publicado em 1 de maio de 2023 por Tribuna da Internet

O que acontece com PMs que não evitaram ataques golpistas em Brasília?

PMs bebiam água de coco e faziam selfies durante a invasão

Carlos Newton

Não se deve estranhar o silêncio da grande imprensa (jornais, revistas, rádio, televisão e portais na internet) quanto ao grande furo da “Folha de S. Paulo”, cujos repórteres Thaísa Oliveira e Cézar Feitoza conseguiram acesso a documentos oficiais mostrando que desde o dia 6 de janeiro foram feitos insistentes alertas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a concreta possibilidade de invasão da Praça dos Três Poderes, que viria a acontecer no dia 8.

As mensagens da Abin, encaminhadas a 13 órgãos federais e distritais, incluindo Ministério da Justiça, Gabinete de Segurança Institucional, Polícia Federal, Ministério da Defesa, Polícia Militar, Exército, Marinha, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Segurança do Distrito Federal, foram absurdamente desconsideradas pelo governo federal e pelo governo de Brasília, evidenciando a existência de um complô para facilitar a invasão e depredação da Praça dos Três Poderes, de modo a transformar em vítima o governo do presidente Lula, que assumira o mandato uma semana antes.

IMPRENSA AMESTRADA – É preciso cumprimentar a Folha e seus repórteres, que estão rompendo um muro de silêncio construído pela mídia em torno dos acontecimentos de 8 de Janeiro, que deixam muito mal o governo Lula.

Como dizia Helio Fernandes, então decano dos jornalistas brasileiros, a mídia não pode ser integrada apenas por “repórteres amestrados”, uma realidade que se percebe hoje, diante da tentativa de desconhecer a importância das matérias da Folha, que demonstram com clareza absoluta a existência do complô entre governo federal e governo distrital, que não procuraram evitar a invasão do Congresso, Supremo e Planalto, uma agressão que vitimizaria o governo Lula e demonizaria a gestão de Bolsonaro.

Mas a imprensa só é contida nas ditaduras. Enquanto existir democracia, sempre surgirá algum jornalista para contar a verdade e desmontar as tramas.

NÃO HAVERIA REPRESSÃO – Entre as mensagens enviadas pela Abin desde o dia 6 de janeiro, a mais significativa foi transmitida às forças de segurança no dia 8, às 13h40, mostrando que os ativistas já sabiam que as forças de segurança não iriam reprimi-los:

“Iniciado o deslocamento para a Esplanada. Há discursos inflamados com pessoas pintando o rosto como se fossem para um combate. Há entre manifestantes relatos de que as forças de segurança policiais e militares não irão confrontá-los”. 

Foi exatamente o que aconteceu. O repórter Weslley Galzo, do Estadão, fotografou às 15h50m um grupo de policiais militares bebendo água de coco enquanto os prédios dos Três Poderes eram invadidos. E como dizia o sábio chinês Confúcio, 500 anos antes de Cristo, “uma imagem vale mais do que mil palavras     “.

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P.S. –
 O fato concreto é que a invasão dos Três Poderes foi claramente facilitada pelo governo federal e pelo governo de Brasília. A repressão só começou porque a TV começou a mostrar ao vivo as cenas. A leniência e a passividade das forças de segurança eram grotescas, até que os policiais militares enfim receberam ordens para executar as prisões; E o resto é folclore, como diz Sebastião Nery. (C.N.)    

No Primeiro de Maio, os trabalhadores amorosamente criam o homem de amanhã

Publicado em 1 de maio de 2023 por Tribuna da Internet

acervos milton nascimento chico buarque

Milton e Chico. grandes amigos e parceiros

Paulo Peres
Poemas & Canções

O cantor, escritor, poeta e compositor carioca Chico Buarque de Hollanda, na letra de “Primeiro de Maio”, usou o infindo lirismo para inverter os papéis diários do casal de trabalhadores que, neste dia, através do amor, personificarão a usina e a ferramenta tecendo o homem de amanhã.

O poema foi musicado por Milton Nascimento e gravado por Milton e Chico no Compacto Cio da Terra, em 1977, pela Philips/Phonogram.

PRIMEIRO DE MAIO
Milton Nascimento e Chico Buarque

Hoje a cidade está parada
E ele apressa a caminhada
Pra acordar a namorada logo ali
E vai sorrindo, vai aflito
Pra mostrar, cheio de si
Que hoje ele é senhor das suas mãos
E das ferramentas

Quando a sirene não apita
Ela acorda mais bonita
Sua pele é sua chita, seu fustão
E, bem ou mal, é seu veludo
É o tafetá que Deus lhe deu
E é bendito o fruto do suor
Do trabalho que é só seu

Hoje eles hão de consagrar
O dia inteiro pra se amar tanto
Ele, o artesão
Faz dentro dela a sua oficina
E ela, a tecelã
Vai fiar nas malhar do seu ventre
O homem de amanhã

Google tenta desfocar o debate, mas esquece a propaganda de violência


Google diverge da realidade e produz, ele próprio, uma fake news

Pedro do Coutto

O Google, destacada plataforma da internet, publicou um anúncio publicitário de página inteira na edição deste domingo da Folha de S.Paulo combatendo o projeto do deputado Orlando Silva. O texto refere-se apenas às fake news, esquecendo as mensagens de incitamento à violência e de propagação do ódio.

O Google afirma que o projeto de lei das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil. “Precisamos melhorar o texto e por isso cada pessoa deve procurar o seu deputado nas redes sociais para que ele assuma uma posição que atenda ao conteúdo do anúncio”, diz um trecho do informe.

NOTÍCIAS FALSAS – A questão essencial, a meu ver, não é essa. Não se trata de condicionar o debate às notícias falsas, sobretudo porque as falsidades não resistem à passagem de alguns dias. O problema fundamental são os textos que incitam à violência, agressão e os ataques, inclusive nas redes escolares. Assim agindo, o Google empenha-se para desfocar a verdade e com isso produz, ele próprio, uma fake news. O que é verdade e o que é mentira tem uma solução rápida, desde que não pratique os crimes de calúnia, injúria e difamação.

Quando for este o caso, os responsáveis devem ser questionados em ações éticas ou judiciais que vão desde o direito de resposta, líquido e certo, previsto na Lei de Imprensa, até  ações de reparação civil ou acusação criminal. O Google, em seu anúncio ,não trata também, talvez por falta de espaço, embora uma página inteira fosse suficiente, do problema relativo à autoria das matérias veiculadas e das mensagens lançadas.

Não é possível, mas o Google omite esta parte, que um órgão de Comunicação não apresente a autoria dos conteúdos que publica, e tão pouco pode ocultar  os que injetaram publicidade comercial, como é o caso desta página a qual me refiro, nas plataformas e redes sociais. O Google, na minha opinião, não focaliza os pontos principais e essenciais da questão em debate na Câmara dos Deputados.

FISCALIZAÇÃO – O projeto de Orlando Silva, resultado de um debate que se desenrola há três anos no Congresso, colocou bem as questões, inclusive retirou o dispositivo da proposição que previa  o surgimento de um órgão fiscalizador dos conteúdos. Agiu bem. Não se trata de fiscalizar os conteúdos previamente. Trata-se, isso sim, de responsabilizar, como é natural, os seus autores. Caso contrário, os autores ficarão livres dos princípios legais de qualquer país, no caso o Brasil, o que significa um grande absurdo. Todos  são responsáveis pelo que dizem e veiculem dentro do princípio da liberdade de expressão.

No campo jornalístico, não existe censura prévia. Mas existem editores que observam a existência de exageros em reportagens voltadas para ingresso em suas páginas. Na internet cada um é editor de si mesmo, o que dá margem a controvérsias.  A liberdade de expressão, contudo, não pode se voltar para incentivar agressões, atentados, depredações, a violação do princípio de propriedade e impulso à violência de modo geral.

A responsabilidade do que é publicado é muito grande e não pode ser substituída pela irresponsabilidade. Caso contrário, os internautas  encontrar-se-iam na estratosfera, escapando dos princípios vigentes na Legislatura. Há exemplos marcantes desse panorama. Como é possível aceitar sites dirigidos para a pedofilia, por exemplo? Para o consumo de entorpecentes?  

BLINDAGEM – No meio de todos esses pontos esquecidos pelo Google, reportagem de Ângela Pinho, Folha de S. Paulo deste domingo, destaca um ponto que deve ser bem observado: a tentativa contida no projeto, voltada para blindar políticos por suas opiniões. Não deve existir o princípio da imunidade parlamentar nas redes sociais. Deve prevalecer o princípio geral que vale para todas as pessoas da responsabilidade pelo que dizem e proferem.

A Constituição de 1946 estabelecia a imunidade que se traduzia no seguinte: o parlamentar, seja deputado ou senador, somente poderia ser processado depois de licença aprovada pela Casa a que pertencia. Esse princípio desigual caiu na Constituição de 1988, e qualquer deputado e senador pode ser alvo de processo, excetuando o conteúdo de seus discursos no Legislativo através de processo aceito e encaminhado ao Supremo pela Procuradoria Geral da República. A imunidade como vigorou de 1946 a 1988 não existe mais. Por isso, não adianta colocá-la num debate como um fato impeditivo de alguém atingido por um ataque fora da Tribuna e que não possa recorrer contra o autor da ofensa ou acusação de calúnia e injúria.

Logo, não se deve estabelecer confusão sobre um assunto tão delicado e que pode alcançar milhões de pessoas em todo o Brasil. O Google e todas as plataformas que formam as redes sociais da internet têm que levar em conta todos esses aspectos, considerados claramente na Lei de Imprensa em pleno vigor. As redes da internet devem seguir, o que é tão simples quanto lógico, a Lei de Imprensa, inclusive porque não pode haver outra forma de regular a comunicação humana. Liberdade com responsabilidade.

TRABALHO INFORMAL –  Com base em dados oficiais, reportagem de Letícia Lopes e Carolina Nalin, O Globo deste domingo, revela que o trabalho informal no Brasil atinge 40% da mão-de-obra ativa, significando um universo de 39 milhões de homens e mulheres trabalhando. A matéria lembra o dia de hoje, 1º de maio, quando se completam 80 anos da lei promulgada pelo presidente Getúlio Vargas na fase final da ditadura que começou em novembro de 1937 e acabou em 29 de outubro de 1945.

A CLT, até hoje, representando um marco fundamental para a segurança do trabalhador, estabeleceu a estabilidade aos 10 anos de emprego. Em 1966,  com base em um projeto do ministro Roberto Campos, avô do presidente do Banco Central, a estabilidade na prática foi substituída pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

A CLT de 1943,  que excluía o trabalhador rural, representou um avanço em sua época. A lei do FGTS é outro avanço no tempo, mas o trabalho informal bloqueia a capitalização  da Caixa Econômica Federal para dar sequência, como previa o ministro Roberto Campos, a uma fonte de financiamento para a casa própria e a moradia popular.

SANEAMENTO – A moradia popular trazia consigo um amplo programa de saneamento cada vez mais urgente e indispensável nos dias de hoje: 50% da população brasileira (cerca de 120 milhões de homens e mulheres) não contam com rede de tratamento de esgoto. É fácil constatar as consequências.

As reportagens quase diárias da TV Globo e da GloboNews destacam o problema a partir dos subúrbios da Cidade do Rio de Janeiro, cujo panorama dramático, incluindo a violência e criminalidade, é o oposto da publicidade comercial veiculada tanto pela Prefeitura do Rio quanto pelo Governo do estado do Rio de Janeiro.

INSS – No que se refere ao trabalho informal, ele se choca com o interesse legítimo do INSS, uma vez que bloqueia a receita  proporcionada pelos empregados e empregadores à Previdência Social. Vale acentuar que a contribuição dos empregadores é de 20% sobre as folhas de salários.

Muito maior do que a contribuição dos empregados. Inclusive, não tem limite, e a dos trabalhadores e trabalhadoras está limitada a cinco salários mínimos. Esse é o quadro social brasileiro. Seria importante ouvir a opinião de Roberto Campos Neto sobre a iniciativa progressista de seu avô. Mas ele está preocupado com o desempenho do mercado financeiro.


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