Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

terça-feira, outubro 04, 2022

Eleições 2022: Veja lista com todos os deputados federais eleitos no Brasil

 




Confira todos os 523 deputados eleitos neste domingo

O Brasil elegeu 513 deputados federais para a Câmara neste domingo, 2. Alguns partidos predominam a lista dos candidatos eleitos, como União Brasil, Progressistas (PP) e o PL de Jair Bolsonaro. Outros, como PDT, PT e PSOL, aparecem em menor quantidade. O mais votado para esse cargo no País foi o mineiro Nikolas Ferreira (PL-MG), com 1.492.047 votos. Em segundo lugar vem Guilherme Boulos (PSOL-SP), com pouco mais de 1 milhão. Veja a lista completa.

Acre

Socorro Neri (PP): 25.842 votos

Meire Serafim (União Brasil): 21.285 votos

Coronel Ulysses (União Brasil): 21.075 votos

Zezinho Barbary (PP): 19.958 votos

Gerlen Diniz (PP): 19.560 votos

Dr. Eduardo Velloso (União Brasil): 16.786 votos

Antônia Lucia (Republicanos): 16.280 votos

Roberto Duarte (Republicanos): 14.522 votos

Alagoas

Arthur Lira (PP): 219.452 votos

Alfredo Gaspar (União Brasil): 102.039 votos

Luciano Amaral (PV): 101.508 votos

Marx Beltrão (PP): 88.512 votos

Isnaldo Bulhões Jr (MDB): 83.965 votos

Paulão (PT): 65.814 votos

Daniel Barbosa (PP): 63.385 votos

Delegado Fabio Costa (PP): 60.767 votos

Rafael Brito (tio Rafa) (MDB): 58.134 votos

Amapá

Josenildo(PDT): 27.112 votos

Acácio Favacho (MDB): 24.064 votos

Vinicius Gurgel (PL): 13.253 votos

Dorinaldo Malafaia (PDT): 11.473 votos

Sonize Barbosa (PL): 9.200 votos

Professora Goreth (PDT): 8.409 votos

Dr. Pupio (MDB): 5.787 votos

Silvia Waiãpi (PL): 5.435 votos

Amazonas

Amom Mandel (Cidadania) - 288.552 votos

Capitão Alberto Neto (PL) - 147.821 votos

Saullo Vianna (União) - 127.236 votos

Silas Câmara (Republicanos) - 125.009 votos

Atila Lins (PSD) - 102.359 votos

Sidney Leite (PSD) - 102.104 votos

Adail Filho (Republicanos) - 89.677 votos

Zé Ricardo (PT) - 88.985 votos

Bahia

Otto Filho (PSD): 200.909 votos

Elmar Nascimento (União Brasil): 175.439 votos

Diego Coronel (PSD): 171.684 votos

Antonio Brito (PSD): 165.386 votos

Neto Carletto (PP): 164.655 votos

Roberta Roma (PL): 160.731 votos

Claudio Cajado (PP): 154.098 votos

Mario Negromonte Jr (PP): 147.711 votos

Leo Prates (PDT): 143.763 votos

Deputado Dal (União Brasil) - 140.435 votos

Gabriel Nunes (PSD) - 138.448 votos

Paulo Azi (União Brasil) - 137.383 votos

Ricardo Maia (MDB): 136.834 votos

Jorge Solla (PT): 128.968 votos

Zé Neto (PT): 128.439 votos

Daniel (PCdoB): 125.374 votos

Alice Portugal (PcdoB): 124.358 votos

Adolfo Viana (PSDB): 123.199 votos

Marcio Marinho (Republicanos): 118.904 votos

Afonso Florence (PT): 118.021 votos

Sergio Brito (PSD): 116.960 votos

Waldenor Pereira (PT): 113.110 votos

Lídice da Mata (PSB): 112.385 votos

Bacelar (PV): 110.787 votos

Arthur Maia (União Brasil): 108.672 votos

Paulo Magalhães (PSD): 107.093 votos

Alex Santana (Republicanos): 106.940 votos

Ivoneide Caetano (PT): 105.885 votos

Joseildo Ramos (PT): 104.228 votos

João Leão (PP): 102.376 votos

Capitão Alden (PL): 95.151 votos

João Carlos Bacelar (PL): 90.229 votos

Valmir Assunção (PT): 90.148 votos

Rogeria Santos (Republicanos): 82.012 votos

Leur Lomanto Jr (União Brasil): 82.004 votos

José Rocha (União Brasil): 78.833 votos

Pastor Sargento Isidório (Avante): 77.164 votos

Felix Mendonça (PDT): 71.774 votos

Raimundo Costa (Podemos): 53.486 votos

Ceará

André Fernandes (PL): 229.509 votos

Júnior Mano (PL): 216.531 votos

Célio Studart (PSD): 205.106 votos

Eunício (MDB): 188.289 votos

Idilvan (PDT): 187.433 votos

Guimarães do PT (PT): 186.136 votos

Luizianne Lins (PT): 182.232 votos

Domingos Neto (PSD): 175.074 votos

AJ Albuquerque (PP): 155.456 votos

Robério Monteiro (PDT): 151.030 votos

Matheus Noronha (PL): 150.823 votos

Mauro Filho (PDT): 135.038 votos

Fernanda Pessoa (União Brasil): 121.469 votos

Moses Rodrigues (União Brasil): 113.294 votos

André Figueiredo (PDT): 111.886 votos

Eduardo Bismark (PDT): 102.287 votos

Luiz Gastão (PSD): 96.537 votos

Yury do Paredão (PL): 90.425 votos

Danilo Forte (União Brasil): 88.470 votos

José Airton (PT): 82.274 votos

Dr. Jaziel (PL): 79.358 votos

Dayany do Capitão (União Brasil): 54.526 votos

Distrito Federal

Bia Kicis (PL): 214.733 votos

Fred Linhares (Republicanos): 165.358 votos

Erika Kokay (PT): 146.092 votos

Rafael Prudente (MDB): 121.307 votos

Julio Cesar (Republicanos): 76.274 votos

Professor Reginaldo Veras (PV): 54.557 votos

Fraga (PL): 28.825 votos

Gilvan Maximo (Republicanos): 20.923 votos

Espírito Santo

Helder Salomão (PT): 120.337 votos

Gilvan, o federal da Direita (PL): 87.994 votos

Evair de Melo (PP): 75.034 votos

Gilson Daniel (Podemos): 74.215 votos

Da Vitória (PP): 71.779 votos

Dr. Victor (Podemos): 53.483 votos

Amaro Neto (Republicanos): 52.375 votos

Jack Rocha (PT): 51.317 votos

Paulo Foletto (PSB): 48.776 votos

Messias Donato (Republicanos): 42.640 votos

Goiás

Silvye Alves (União Brasil): 254.653 votos

Gustavo Gayer (PL): 200.586 votos

Flavia Morais (PDT): 142.155 votos

Glaustin da Fokus (PSC): 117.981 votos

José Nelto (PP): 104.504 votos

Delegada Adriana Accorsi (PT): 96.714 votos

Adriano do Baldy (PP): 95.518 votos

Célio Silveira (MDB): 92.469 votos

Professor Alcides (PL): 90.162 votos

Dr. Zacharias Kalil (União Brasil): 87.919 votos

Rubens Otoni (PT): 83.539 votos

Magda Mofatto (PL): 81.996 votos

Marussa Boldrin (MDB): 80.464 votos

Daniel Agrobom (PL): 70.529 votos

Jerson Rodrigues (Republicanos): 56.026 votos

Dr. Isamel Alexandrino (PSD): 54.791 votos

Leda Borges (PSDB): 51.346 votos

Maranhão

Detinha (PL): 161.206 votos

Pedro Lucas Fernandes (União Brasil): 159.786 votos

Josimar de Maranhãozinho (PL): 158.360 votos

Juscelino Filho (União Brasil): 142.419 votos

André Fufuca (PP): 135.078 votos

Aluísio Mendes (PSC): 126.577 votos

Marreca Filho (Patriota): 116.246 votos

Duarte Júnior (PSB): 111.019 votos

Amanda Gentil (PP): 108.699 votos

Márcio Jerry (PCB): 106.143 votos

Roseana Sarney (MDB): 97.008 votos

Fábio Macedo (Podemos): 95.270 votos

Júnior Lourenço (PL): 93.123 votos

Rubens Júnior (PT): 91.872 votos

Josivaldo JP (PSD): 79.699 votos

Cléber Verde (Republicanos): 70.275 votos

Pastor Gil (PL): 69.530 votos

Márcio Honaiser (PDT): 54.547 votos

Mato Grosso

Fábio Garcia: 98.704 votos;

Abílio: 87.072 votos;

José Medeiros: 82.182 votos;

Juarez Costa: 77.528 votos;

Emanuelzinho: 74.720 votos;

Amália Barros: 70.294 votos;

Coronel Fernanda: 60.304 votos;

Coronel Assis: 47.479 votos

Mato Grosso do Sul

Marcos Pollon (PL): 103.111 votos

Beto Pereira (PSDB): 97.872 votos

Dr. Geraldo Resende (PSDB): 96.519 votos

Vander Loubet (PT): 76.571 votos

Camila Jara (PT): 56.552 votos

Dagoberto (PSDB): 48.217 votos

Dr. Luiz Ovando (PP): 45.491 votos

Rodolfo Nogueira (PL): 41.773 votos

Minas Gerais

Nikolas Ferreira (PL): 1.492.047 votos

André Janones (Avante): 238.967 votos

Duda Salabert (PDT): 208.332 votos

Reginaldo Lopes (PT): 196.760 votos

Rogério Correia (PT): 185.918 votos

Diego Andrade (PSD): 170.181 votos

Fred Costa (Patriota): 158.453 votos

Zé Vitor (PL): 152.748 votos

Misael Varella (PSD): 149.398 votos

Rafael Simões (União Brasil): 144.924 votos

Pinheirinho (PP): 136.575 votos

Paulo Guedes (PT): 134.494 votos

Odair Cunha (PT): 129.146 votos

Weliton Prado (Pros): 126.214 votos

Gilberto Abramo (Republicanos): 123.370 votos

Hercílio Coelho Diniz (MDB): 122.819 votos

Rodrigo de Castro (União Brasil): 122.571 votos

Emidinho Madeira (PL): 119.101 votos

Greyce Elias (Avante): 110.346 votos

Luis Tibé (Avante): 107.523 votos

Paulo Abi-Ackel (PSDB): 105.383 votos

Newton Cardoso Jr (MDB): 103.056 votos

Euclydes Pettersen (PSC): 101.892 votos

Célia Xakriabá (PSOL): 101.154 votos

Bruno Farias (Avante): 97.246 votos

Stefano Aguiar (PSD): 96.503 votos

Dimas Fabiano (PP): 96.395 votos

Domingos Sávio (PL): 90.236 votos

Pedro Aihara (Patriota): 89.404 votos

Patrus Ananias (PT): 87.893 votos

Zé Silva (Solidariedade): 86.042 votos

Dandara (PT): 86.034 votos

Padre João (PT): 85.718 votos

Aécio Neves (PSDB): 85.341 votos

Dr. Frederico (Patriota): 84.771 votos

Miguel Ângelo (PT): 84.173 votos

Maurício do Vôlei (PL): 83.396 votos

Delegado Marcelo Freitas (União Brasil): 82.894 votos

Leonardo Monteiro (PT): 81.008 votos

Ana Paula Junqueira Leao (PP): 77.990 votos

Eros Biondini (PL): 77.900 votos

Igor Timo (Podemos): 74.465 votos

Ana Pimentel (PT): 72.698 votos

Dr. Mário Heringer (PDT): 68.717 votos

Lafayette Adrada (Republicanos): 68.677 votos

Luiz Fernando (PS): 68.550 votos

Nely Aquino (Podemos): 66.866 votos

Samuel Viana (PL): 62.704 votos

Junio Amaral (PL): 59.297 votos

Delegada Ione Barbosa (Avante): 52.630 votos

Lincoln Portela (PL): 42.328 votos

Rosângela Reis (PL): 42.009 votos

Marcelo Álvaro Antônio (PL): 31.025 votos

Paraíba

Hugo Motta (Republicanos): 158.171 votos

Aguinaldo Ribeiro (PP): 135.001 votos

Cabo Gilberto Silva (PL): 126.876 votos

Mersinho Lucena (PP): 114.818 votos

Romero Rodrigues (PSC): 114.573 votos

Murilo Galdino (Republicanos): 112.891 votos

Wellington Roberto (PL): 109.067 votos

Ruy Carneiro (PSC): 102.531 votos

Wilson Santiago (Republicanos): 84.407 votos

Gervasio Maia (PSB): 69.405 votos;

Dr. Damião (União Brasil): 64.023 votos

Luiz Couto (PT): 54.851 votos

Pará

Dra Alessandra Haber (MDB): 258.907 votos

Delegado Eder Mauro (PL): 205.543 votos

Elcione (MDB): 175.498 votos

Priante (MDB): 167.275 votos

Renilce Nicodemos (MDB): 162.208 votos

Júnior Ferrari (PSD): 160.342 votos

Dilvanda Faro (PT): 150.065 votos

Celso Sabino (União Brasil): 142.326 votos

Antônio Doido (MDB): 126.535 votos

Keniston (MDB): 126.027 votos

André Siqueira (MDB): 125.004 votos

Joaquim Passarinho (PL): 122.553 votos

Delegado Caveira (PL): 106.349 votos

Olival Marques (MDB): 102.435 votos

Airton Faleiro (PT): 79.862 votos

Henderson Pinto (MDB): 74.746 votos

Raimundo Santos(PSD): 62.366 votos

Paraná

Deltan Dallagnol (Podemos): 344.917 votos

Gleisi Hoffmann (PT): 261.242 votos

Filipe Barros (PL): 249.507 votos

Beto Preto (PSD): 206.885 votos

Sandro Alex (PSD): 168.157 votos

Felipe Francischini (União Brasil): 164.334 votos

Sargento Fahur (PSD): 161.499 votos

Giacobo (PL): 152.342 votos

Delegado Matheus Laiola (União Brasil): 132.758 votos

Carol Dartora (PT): 130.654 votos

Zeca Dirceu (PT): 123.033 votos

Tião Medeiros (PP): 109.344 votos

Pedro Lupion (PP): 109.043 votos

Ricardo Barros (PP): 107.022 votos

Sérgio Souza (MDB): 105.661 votos

Luciano Ducci (PSB): 95.521 votos

Enio Verri (PT): 95.171 votos

Aliel Machado (PV): 94.839 votos

Tadeu Veneri (PT): 84.758 votos

Paulo Litro (PSD): 82.706 votos

Leandre (PSD): 80.359 votos

Luísa Canziani (PSD): 74.643 votos

Beto Richa (PSDB): 74.348 votos

Toninho Wandscheer (PROS): 74.262 votos

Luiz Nishimori (PSD): 73.202 votos

Geraldo Mendes (União Brasil): 71.980 votos

Vermelho (PL): 70.790 votos

Diego Garcia (Republicanos): 65.416 votos

Dilceu Sperafico (PP): 61.689 votos

Padovani (União Brasil): 57.185 votos

Pernambuco

André Ferreira (PL): 273.267 votos

Clarissa Tércio (PP): 240.511 votos

Pedro Campos (PSB): 172.526 votos

Silvio Costa Filho (Republicanos): 162.056 votos

Fernando Filho (União Brasil): 155.305 votos

Waldemar Oliveira (Avante): 141.386 votos

Túlio Gadelha (Rede): 134.391 votos

Carlos Veras (PT): 127.482 votos

Eduardo da Fonte (PP): 124.850 votos

Clodoaldo Magalhães (PV): 110.620 votos

Maria Arraes (Solidariedade): 104.571 votos

Iza Arruda (MDB): 103.950 votos

Augusto Coutinho (Republicanos): 101.142 votos

Pastor Eurico (PL): 100.811 votos

Fernando Monteiro (PP): 99.751 votos

Eriberto Medeiros (PSB): 99.226 votos

Lula da Fonte (PP): 94.122 votos

Lucas Ramos (PSB): 85.571 votos

Guilherme Uchoa Junior (PSB): 84.592 votos

Coronel Meira (PL): 78.941 votos

Felipe Carreras (PSB): 76.528 votos

Mendonça Filho (União Brasil): 76.022 votos

Luciano Bivar (União Brasil): 74.425 votos

Fernando Rodolfo (PL): 60.088 votos

Renildo Calheiros (PCdoB): 59.686 votos

Rio de Janeiro

Daniela do Waguinho (União Brasil): 213.706 votos

General Pazuello (PL): 205.324 votos

Taliria Petrone (PSOL): 198.548 votos

Doutor Luizinho (PP): 190.071 votos

Altineu Cortes (PL): 167.512 votos

Tarcísio Motta (PSOL): 159.928 votos

Otoni de Paula (MDB): 158.507 votos

Lindbergh Farias (PT): 152.219 votos

Gutemberg Reis (MDB): 133.612 votos

Helio Fernando Barbosa Lopes (PL): 132.986 votos

Soraya Santos (PL): 130.379 votos

Chico Alencar (PSOL): 115.023 votos

Carlos Jordy (PL): 114.587 votos

Benedita da Silva (PT): 113.831 votos

Washington Quaquá (PT): 113.282 votos

Marcelo Crivella (Republicanos): 110.450 votos

Aureo Ribeiro (Solidariedade): 103.321 votos

Daniel Soranz (PSD): 98.784 votos

Roberto Monteiro Pai (PL): 94.221 votos

Max (PROS): 89.507 votos

Luciano Vieira (PL): 84.942 votos

Jandira Feghali (PCdoB): 84.054 votos

Glauber (PSOL): 78.048 votos

Chiquinho Brazão (União): 77.367 votos

Pedro Paulo (PSD): 76.828 votos

Rosângela Gomes (Republicanos): 76.292 votos

Dani Cunha (União): 75.810 votos

Marcelo Queiroz (PP): 73.728 votos

Bandeira de Melo (PSB): 72.725 votos

Juninho do Pneu (União) : 70.660 votos

Luiz Lima (PL): 69.088 votos

Sóstenes Cavalcante (PL): 65.443 votos

Marcos Tavares (PDT): 62.086 votos

Jorge Braz (Republicanos): 59.201 votos

Delegado Ramagem (PL): 59.170 votos

Pastor Henrique Vieira (PSOL): 53.933 votos

Chris Tonietto (PL): 52.583 votos

Hugo Leal (PSD): 50.067 votos

Julio Lopes (PP): 50.019 votos

Murillo Gouvêa (União Brasil): 49.921 votos

Laura Carneiro (PSD): 48.073 votos

Marcos RR Soares (União): 43.533 votos

Dimas Gadelha (PT): 41.238 votos

Bebeto (PTB): 41.075 votos

Reimont (PT): 39.325 votos

Sargento Portugal (Podemos): 33.368 votos

Rio Grande do Norte

Natália Bonavides (PT): 157.565 votos

João Maia (PL): 104.254 votos

Benes Leocádio (União Brasil): 100.693 votos

Robinson Faria (PL): 97.319 votos

Mineiro (PT): 83.481 votos

Paulinho Freire (União Brasil): 77.906 votos

General Girão (PL): 76.698 votos

Sargento Gonçalves (PL): 56.315 votos

Rio Grande do Sul

Tenente Coronel Zucco (Republicanos): 259.023 votos

Marcel Van Hattem (Novo): 256.913 votos

Paulo Pimenta (PT): 223.109 votos

Fernanda Melchionna (PSOL): 199.894 votos

Giovani Cherini (PL): 162.036 votos

Maria do Rosário (PT): 151.050 votos

Mauricio Marcon (Podemos): 140.634 votos

Bohn Gass (PT): 131.881 votos

Marcon (PT): 129.352 votos

Alceu Moreira (MDB): 125.647 votos

Lucas Redecker (PSDB): 119.069 votos

Any Ortiz (Cidadania): 119.039 votos

Pedro Westphalen (PP): 114.258 votos

Covatti Filho (PP): 112.910 votos

Afonso Hamm (PP): 109.123 votos

Osmar Terra (MDB): 103.245 votos

Carlos Gomes (Republicanos): 102.363 votos

Pompeo de Mattos (PDT): 100.113 votos

Marcio Biolchi (MDB): 99.627 votos

Danrlei de Deus Goleiro (PSD): 97.824 votos

Alexandre Lindenmeyer (PT): 93.768 votos

Daiana Santos (PCdoB): 88.107 votos

Sanderson (PL): 86.690 votos

Marlon Santos (PL): 85.911 votos

Marcelo Moraes (PL): 84.247 votos

Heitor Schuch (PSB): 77.616 votos

Daniel Trzeciak "Daniel da TV" (PSDB): 77.232 votos

Afonso Motta (PDT): 70.307 votos

Busato (União Brasil): 57.610 votos

Denise Pessôa (PT): 44.241 votos

Franciane Bayer (Republicanos): 40.555 votos

Rondônia

Dr. Fernando Máximo (União Brasil): 85.604 votos

Silvia Cristina (PL): 65.012 votos

Lucio Mosquini (MDB): 48.735 votos

Maurício Carvalho (União Brasil): 32.637 votos

Coronel Chrisóstomo (PL): 24.406 votos

Thiago Flores (MDB): 23.791 votos

Cristiane Lopes (União Brasil): 22.806 votos

Lebrão (União Brasil): 12.607 votos

Roraima

Jhonatan de Jesus (Republicanos): 19.881 votos

Helena da Asatur (MDB): 15.848 votos

Duda Ramos (MDB): 14.793 votos

Defensor Stélio Dener (Republicanos): 14.193 votos

Albuquerque (Republicanos): 14.015 votos

Nicoletti (União Brasil): 10.969 votos

Zé Haroldo Cathedral (PSD): 10.361 votos

Pastor Diniz (União Brasil): 8.243 votos

São Paulo

Guilherme Boulos (PSOL): 1.001.472 votos

Carla Zambelli (PL): 946.244 votos

Eduardo Bolsonaro (PL): 741.701 votos

Ricardo Salles (PL): 640.918 votos

Delegado Bruno Lima (PP): 461.217 votos

Tabata Amaral (PSB): 337.873 votos

Celso Russomano (Republicanos): 305.520 votos

Kim Kataguiri (União Brasil): 295.460 votos

Erika Hilton (PSOL): 256.903 votos

Delegado Palumbo (MDB): 254.898 votos

Capitão Derrite (PL): 239.772 votos

Marina Silva (Rede): 237.526 votos

Baleia Rossi (MDB): 236.463 votos

Fabio Teruel (MDB): 235.165 votos

Marcos Pereira (Republicanos): 235.165 votos

Sâmia Bomfim (PSOL): 226.187 votos

Pastor Marco Feliciano (PL): 220.595 votos

Rosângela Moro (União Brasil): 220.595 votos

Rosana Valle (PL): 216.437 votos

Alex Manente (Cidadania): 196.866 votos

Rui Falcão (PT): 193.990 votos

Alexandre Leite (União Brasil): 192.806 votos

Marcio Alvino (PL): 187.314 votos

Delegado da Cunha (PP): 181.568 votos

Renata Abreu (Podemos): 180.247 votos

Felipe Becari (União Brasil): 178.777 votos

Paulo Alexandre Barbosa (PSDB): 170.378 votos

Capitão Augusto (PL): 168.740 votos

Kiko Celeguim (PT): 167.438 votos

Paulo Freire da Costa (PL): 161.675 votos

Jilmar Tatto (PT): 157.843 votos

Marco Bertaiolli (PSD): 157.552 votos

Sônia Guajajara (PSOL): 156.966 votos

Luiz Marinho (PT): 156.202 votos

Jefferson Campos (PL): 155.336 votos

Nilto Tatto (PT): 151.861 votos

Carlo Zarattini (PT): 147.349 votos

Arlindo Chinaglia (PT): 144.108 votos

Cezinha de Madureira (PSD): 143.434 votos

Bruno Ganem (Podemos): 141.595 votos

Alexandre Padilha (PT): 140.037 votos

Alencar Santana (PT): 139.223 votos

Ricardo Silva (PSD): 133.936 votos

Mauricio Neves (PP): 129.731 votos

Juliana Cardoso (PT): 125.517 votos

Paulo Teixeira (PT): 122.800 votos

Mario Frias (PL): 122.564 votos

Alberto Mourão (MDB): 114.234 votos

Luiza Erundina (PSOL): 113.983 votos

Arnaldo Jardim (Cidadania): 113.462 votos

Vinicius Carvalho (Republicanos): 113.009 votos

Marcelo Lima (Solidariedade): 110.430 votos

Adriana Ventura (Novo): 109.474 votos

Rodrigo Gambale (Podemos): 108.209 votos

Miguel Lombardi (PL): 107.869 votos

Vitor Lippi (PSDB): 106.661 votos

Motta (PL): 104.701 votos

Milton Vieira (Republicanos): 98.557 votos

Carlos Sampaio (PSDB): 98.102 votos

Simone Marquetto (MDB): 97.730 votos

Gilberto Nascimento (PSC): 95.077 votos

Maria Rosas (Republicanos): 94.787 votos

David Soares (União Brasil): 93.831 votos

Marangoni (União Brasil): 89.390 votos

Jonas Donizette (PSB): 84.044 votos

Luiz Philippe de O Bragança (PL): 79.210 votos

Antonio Carlos Rodrigues (PL): 72.169 votos

Deputado Paulo Bilynskyj (PL): 72.156 votos

Tiririca (PL): 71.754 votos

Santa Catarina

Carol de Toni (PL): 227.632 votos

Professor Pedro Uczai (PT): 173.531 votos

Jorge Goetten (PL): 159.339 votos

Ana Paula Lima (PT): 148.781 votos

Carmen Zanotto (Cidadania): 130.138 votos

Julia Zanatta (PL): 111.588 votos

Ismael (PSD): 110.531 votos

Daniel Freitas (PL): 108.001 votos

Cobalchini (MDB): 98.124 votos

Gilson Marques (Novo): 87.894 votos

Daniela Reinehr (PL): 84.631 votos

Carlos Chiodini (MDB): 80.089 votos

Rodrigo Guidi (PSD): 74.066 votos

Zé Trovão (PL): 71.140 votos

Rafael Pezenti (MDB): 68.208 votos

Fábio Schiochet (União Brasil): 51.824 votos

Sergipe

Yandra de André (União Brasil): 131.471 votos

Ícaro de Valmir (PL): 75.912 votos

Fabio Reis (PSD): 75.848 votos

Gustinho Ribeiro (Republicanos): 71.831 votos

Rodrigo Valadares (União Brasil): 49.696 votos

Thiago de Joaldo (PP): 45.698 votos

Delegada Katarina (PSD): 38.135 votos

Delegado André David (Republicanos): 31.597 votos

Piauí

Júlio César (PSD): 134.353 votos

Dr. Francisco (PT): 128.063 votos

Castro Neto (PSD): 127.285 votos

Rejane Dias (PT): 125.552 votos

Julio Arcoverde (Progressistas): 117.283 votos

Florentino Neto (PT): 105.720 votos

Flavio Nogueira (PT): 100.109 votos

Atila (Progressistas): 92.751 votos

Jadyel Da Jupi (PV): 83.156 votos

Marcos Aurélio Sampaio (PSD): 79.831 votos

Tocantins

Toinho Andrade (Republicanos): 63.813 votos

Vicentinho Junior (PP): 55.292 votos

Alexandre Guimarães (Republicanos): 54.703 votos

Carlos Gaguim (União Brasil): 52.203 votos

Ricardo Ayres (Republicanos): 45.880 votos

Filipe Martins (PL): 36.293 votos

Eli Borges (PL): 35.171 votos

Lazaro Botelho (PP): 13.668 votos

Estadão / Dinheiro Rural

As hipóteses para explicar os votos de Bolsonaro que as pesquisas não previram




Eleitores no Rio no último domingo; diferença de votos entre Lula e Bolsonaro foi menor do que a prevista

A votação acima do previsto pelos institutos de pesquisas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros candidatos associados ao bolsonarismo gerou surpresa e debates.

Na véspera do primeiro turno, as pesquisas Datafolha e Ipec mostravam uma vantagem de cerca de 14 pontos percentuais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Bolsonaro.

O Datafolha estimou em 36% o número de votos válidos de Bolsonaro, e o Ipec, em 37%, o que daria, em uma conta simples, em torno de 42 milhões dos 118,2 milhões de votos válidos computados no último domingo (2/10) pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Mas o atual presidente teve, na realidade, 51 milhões de votos válidos, ou seja, 43,2%, acima da margem de erro das pesquisas, de dois pontos percentuais.

No rescaldo do primeiro turno, especialistas levantam hipóteses que - isoladamente ou em conjunto - podem ajudar a explicar as discrepâncias.

Ao mesmo tempo, representantes dos institutos de pesquisa dizem que as sondagens captam o momento e não são uma previsão de futuro.

Censo defasado

Retrato mais fiel da composição da população brasileira, o Censo está desatualizado: os dados consolidados mais recentes são de 2010. A coleta de dados atualizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada duas vezes - por conta da pandemia e por falta de verbas - e só começou em agosto de 2022.

E qual o impacto eleitoral disso? É que os institutos conduzem suas pesquisas de opinião com base em amostras de recortes da população - de renda, idade, classe social ou religião, por exemplo.

'Há dúvidas quanto a quem poderia ser receptor de um eventual 'voto envergonhado' - Lula ou Bolsonaro'

Se essas amostras estatísticas forem embasadas em conjuntos populacionais desatualizados, isso pode impactar o resultado das pesquisas eleitorais, segundo estatísticos.

Os institutos de pesquisa, é claro, têm ciência das limitações impostas pelo Censo e usam dados adicionais para calibrar suas amostragens - como os da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (Pnad) ou do Tribunal Superior Eleitoral.

Mesmo assim, analistas veem a possibilidade de certos grupos teoricamente mais alinhados a Bolsonaro estarem subestimados. Os evangélicos, por exemplo, eram 22% no Censo de 2010, mas pesquisas do Datafolha já sinalizavam que esse público havia subido para 31% da população em 2019.

Mobilização entre evangélicos

A campanha entre o eleitorado evangélico na reta final, por sinal, pode ter feito diferença em favor de Bolsonaro, avaliou a brasilianista Amy Erica Smith, da Universidade Estadual de Iowa.

"É possível que a campanha dentro das igrejas ou nas redes sociais direcionada aos fiéis evangélicos tenha tido um papel relevante nos resultados", disse à BBC News Brasil a professora, que é autora do livro Religion and Brazilian Democracy: Mobilizing the People of God (Religião e Democracia Brasileira: Mobilizando o Povo de Deus, em tradução literal).

Ela agregou que é comum que nos dias que antecedem o pleito ou no próprio domingo de votação, líderes religiosos defendam candidatos em sermões ou redes sociais.

"Com isso, pode haver mudanças de última hora em favor do candidato apoiado pelas igrejas", disse. "Alguns chamam isso de clientelismo, mas não é bem por aí, porque não há necessariamente compra de votos. O que acontece é que muitas pessoas ainda estão indecisas e acabam tomando a decisão no último dia, influenciadas pelas igrejas".

Outra possibilidade para esse grupo não ter sido plenamente captado pelos institutos de opinião é que "Bolsonaro em vários momentos pregou certa desconfiança em relação às pesquisas. Isso pode ter feito com que alguns de seus eleitores não respondessem aos questionários e pesquisadores", avalia Smith.

'Apoio no interior e entre evangélicos pode ter tido peso forte na reta final'

Além disso, o público evangélico foi alvo frequente de desinformação e fake news nestas eleições: reportagem da BBC News Brasil mostra que filhos e aliados de Bolsonaro difundiram amplamente falsas notícias associando Lula à perseguição religiosa.

"As pessoas estão mais informadas em relação ao perigo das fake news do que estavam em 2018, quando muitos foram pegos de surpresa. Mas certamente esse tipo de desinformação com fundo religioso terá grande impacto no resultado", disse à BBC News Brasil, antes das eleições, Magali Cunha, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e editora-geral do Coletivo Bereia, especializado em checagem de notícias falsas com teor religioso.

'Voto envergonhado'

Um fenômeno ainda a ser plenamente compreendido nestas eleições é o do chamado "voto envergonhado" ou "amedrontado" - ou seja, de eleitores que deixariam de expressar sua preferência às sondagens eleitorais por "vergonha" ou "medo".

Esse fenômeno se baseia em uma teoria de comunicação de massa conhecida como "espiral do silêncio", segundo a qual o indivíduo tende a omitir sua opinião quando ela contraria a opinião dominante, por medo de isolamento social.

Nos meses anteriores à votação, o cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), levantou a hipótese de haver voto envergonhado em Bolsonaro entre camadas do eleitorado em que Luiz Inácio Lula da Silva se manteve majoritário, por exemplo nas camadas de baixa renda e escolaridade.

Lavareda disse na ocasião que discrepâncias entre resultados de pesquisas de intenção de voto presenciais (quando as pessoas podem se sentir mais inibidas a falar diante de pessoas conhecidas) e por telefone poderiam sugerir uma subnotificação de votos bolsonaristas.

O cientista político Felipe Nunes, do instituto de pesquisas Quaest, disse que, na verdade, seus levantamentos haviam identificado o contrário: um possível voto envergonhado em Lula, explicável pelo medo de sofrer violência ou por ser associado aos escândalos de corrupção atribuídos ao PT.

Outros institutos de pesquisa, como Ipec e Datafolha, disseram não ter identificado evidências de subnotificação, mas já adiantavam que só depois das eleições seria possível ter certeza se a "espiral do silêncio" de fato aconteceria ou não.

Voto útil cirista?

Outro fator que vai ser debatido na campanha do segundo turno é o destino dos votos dos candidatos atrás de Bolsonaro e Lula nas pesquisas, em especial Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

A campanha de Ciro, em particular, desidratou na reta final do primeiro turno. O candidato, que se apresentava como a principal alternativa para a polarização no país, acabou com 3,5% dos votos válidos (3 pontos percentuais a menos do que nas pesquisas), atrás de Tebet, com 6,34%.

Houve muito esforço da militância petista para tentar migrar votos de Ciro para Lula ainda no primeiro turno. Na avaliação de Felipe Nunes, do Quaest, porém, tudo indica que Bolsonaro é quem se beneficiou dessa desidratação cirista ainda no primeiro turno. "O voto útil que a gente observou na reta final do (eleitor do) Ciro foi todo na direção de Bolsonaro", disse ele em entrevista ao UOL.

O outro lado dessa equação, porém, é que, caso esse movimento a favor de Bolsonaro já tenha de fato acontecido, o saldo restante de votos em Ciro provavelmente tem mais chances de migrar para Lula no segundo turno, na avaliação de Nunes.

'Destino do voto de eleitores do Ciro é um dos temas em discussão diante do segundo turno'

Mas, para o analista Bruno Carazza, autor de Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro, ainda é cedo para cravar para onde foram os votos de Ciro, uma vez que Lula pode ter herdado parte desses votos no primeiro turno.

No Twitter, Filipe Campante, professor na Universidade Johns Hopkins (EUA), também acha possível que o voto útil possa já ter beneficiado o próprio Lula. "Impressionante como muita gente está assumindo que o voto útil não funcionou, quando é perfeitamente possível que tenha sido o que salvou Lula e o manteve à frente", escreveu ele no Twitter.

Engajamento em Estados antipetistas

Um dos destaques do primeiro turno foi a votação expressiva do ex-ministro bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) a governador em São Paulo. Ele estava em segundo lugar nas pesquisas de opinião, mas acabou com mais votos válidos (42,3% a 35,7%) do que Fernando Haddad (PT), com quem vai disputar o segundo turno.

Uma possibilidade é que Tarcísio tenha recebido voto útil de parte dos eleitores do atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB).

Mas seu desempenho sinaliza algo também para a disputa nacional: que Bolsonaro e aliados se beneficiaram ainda mais do que o previsto do sentimento antipetista em Estados onde Lula mantém alta rejeição, como nos da região Sudeste, que abriga o maior colégio eleitoral do país.

Em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, Bolsonaro ganhou com folga de Lula no primeiro turno - à frente por cerca de 7, 10 e 12 pontos percentuais, respectivamente.

Nessa região, Lula só venceu em Minas Gerais (por 5 pontos percentuais), apesar de as pesquisas de opinião terem previsto uma vantagem de Lula no Sudeste - o Datafolha previa vantagem de 8 pontos percentuais do candidato petista na região.

De modo geral, o interior do país - tanto do Sudeste quanto do Sul e do Centro-Oeste - tem sido negligenciado por acadêmicos, analistas e imprensa, avalia Carazza.

Dessa forma, deixa-se de compreender um conjunto de valores e anseios diferentes dos que predominam nos grandes centros urbanos, bem como como de representá-los corretamente do ponto de vista estatístico, aponta o analista.

"E o Bolsonaro se comunica muito bem nessa região, algo que ficou explícito na votação (expressiva de aliados do presidente) para Câmara e Senado".

Na Câmara, por exemplo, o PL, partido de Bolsonaro, terá a maior bancada.

Alta abstenção

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que a abstenção no último domingo foi de 20,9%, ou seja, 32 milhões de brasileiros aptos a votar não compareceram às urnas.

É uma porcentagem parecida à de 2018 (de 20,3%), mas ainda assim a maior das últimas duas décadas em pleitos presidenciais.

Mesmo antes do dia 2, analistas apontavam que a abstenção tendia a prejudicar Lula, porque se manifesta mais entre camadas onde o petista tem mais intenções de voto - por exemplo, entre o eleitorado de baixa renda e baixa escolaridade.

Dificuldade em captar o voto conservador?

Outro tema que tem despertado debates é quanto a se os institutos de pesquisa estão conseguindo captar com precisão a opinião de determinados públicos, como o conservador.

"Não é uma surpresa que teremos segundo turno, mas é uma surpresa que será um segundo turno competitivo", disse à BBC News Brasil o brasilianista Brian Winter.

"Está claro que o Brasil, assim como os Estados Unidos, tem um eleitor conservador que não aparece de forma adequada nas pesquisas. Como na Itália, Suécia, Estados Unidos e Reino Unido, há uma população conservadora muito energizada que a mídia e outros consistentemente subestimam."

'Discute-se se voto conservador está sendo insuficientemente captado pelas pesquisas e pelas análises políticas'

Nos EUA, em 2020, lembra ele, as pesquisas eleitorais davam ao democrata Joe Biden uma vantagem muito mais ampla sobre Donald Trump do que mostrou o resultado nas urnas.

"Essa sensação de sentar em frente à TV, observar a divulgação de resultados e ficar surpreso com o número de votos conservadores é um déjà vu que passamos dez vezes ao longo dos últimos seis anos, desde a eleição de Trump [em 2016]", diz Winter.

Ele ressalta que os próprios conservadores podem ser mais reativos a dar entrevistas aos institutos de pesquisa, porque muitos acham que o sistema está contra eles.

Agora, é preciso entender o quanto esse fenômeno pode estar se repetindo entre o público conservador no Brasil, avalia Bruno Carazza. Alguns afirmaram no Twitter terem "boicotado" os institutos de pesquisa (o que, vale destacar, podem ser apenas casos isolados, sem impacto na qualidade dos dados coletados).

Felipe Nunes, do Quaest, rebateu as críticas às pesquisas de opinião.

"A gente passou a campanha inteira dizendo que pesquisa não é prognóstico (do que vai acontecer), é diagnóstico, (mas) chega a eleição, as pessoas esquecem disso e cobram das pesquisas algo que elas são incapazes de fazer, que é adivinhar o que o eleitor vai fazer", disse ele em entrevista ao UOL nesta segunda-feira.

O papel da pesquisa, agregou ele, é "nos ajudar a entender os movimentos que estão por vir", disse ele, destacando que a votação de Lula esteve dentro da margem de erro prevista pelas pesquisas e que a de Bolsonaro pode ter se beneficiado de movimentos como o voto cirista.

Na semana anterior à votação, Luciana Chong, diretora do Datafolha, disse também ao UOL que a serventia da pesquisa eleitoral é "trazer várias fotografias" dos momentos que antecedem a eleição.

Com reportagem de Paula Adamo Idoeta, Luis Barrucho, Julia Braun e Thais Carrança, da BBC News Brasil em Londres e São Paulo

BBC Brasil

Em destaque

O que falta para terminar o julgamento que determinou a prisão de Collor?

Publicado em 17 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Collor ainda aguarda a decisão definitiva do Supr...

Mais visitadas