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domingo, setembro 20, 2020

Assessor do Planalto conversava com blogueiro Allan dos Santos sobre golpe militar, diz a PF


Militar do Exército Brasileiro participa da 11ª Conferência Pan-Europeia de  Relações Internacionais - Noticiário do Exército

Ajudante de ordens de Bolsonaro foi interrogado pela PF

Paulo Roberto Netto, Rayssa Motta, Pepita Ortega, Fausto Macedo e Breno Pires
Estadão

O blogueiro Allan dos Santos afirmou a um assessor do presidente Jair Bolsonaro que as Forças Armadas ‘precisam entrar urgentemente’ – a declaração teria sido enviada por WhatsApp um dia depois de grupos ‘antifascistas’ protestarem contra o governo, no final de maio. A mensagem foi obtida pela Polícia Federal e utilizada para confrontar o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, chefe da Ajudância de Ordem da Presidência e assessor do presidente Jair Bolsonaro, no inquérito que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos.

O tenente-coronel Mauro Cid é filho do general de Exército Cid Lorena, que foi colega de turma de Bolsonaro e do comandante do Exército, Edson Pujol (turma de 1977) ne Academia das Agulhas Negras. Cid Lorena dirigiu o departamento de Educação do Exército antes de passar para a reserva e assumir um cargo na Apex, em Miami, no governo do amigo, com salário de R$ 46 mil acumulado com o de general 32 mil.

NÃO LEMBRAVA… –  Em depoimento prestado na sexta, dia 11, e obtido pelo Estadão, Mauro Cid declarou à PF que não se recordava de ‘ter estabelecido’ conversas com Allan dos Santos sobre a ‘necessidade de intervenção das Forças Armadas’ e negou apoiar a ideia.

O militar disse ainda que não conheceu Allan dos Santos pessoalmente, e que o blogueiro teria entrado em contato com ele por WhatsApp, solicitando a participação de Bolsonaro em seu canal e também bastidores do governo. Bolsonaro não teria atendido às solicitações, segundo Mauro Cid. As conversas com o blogueiro também ‘não eram frequentes’, alegou.

A PF então confrontou o tenente-coronel com mensagem enviada por Allan dos Santos no dia 31 de maio – no mesmo dia, grupos considerados ‘antifascistas’ realizavam protestos contra o governo enquanto manifestantes em Brasília marcharam pela capital com faixas defendendo a intervenção militar.

DE VOLTA A 1968… – Segundo os investigadores, Allan dos Santos enviou um link de reportagem ao tenente-coronel Mauro Cid sobre grupos denominados ‘antifas’. No dia seguinte, 1º de junho, o militar respondeu: ‘Grupos guerrilheiros/terroristas. Estamos voltando para 68, mas agora com apoio da mídia’.

Allan dos Santos replicou: ‘As FFAA (Forças Armadas) precisam ENTRAR URGENTEMENTE’, ao que o tenente-coronel respondeu com um ‘Opa!’. Questionado sobre a declaração, Mauro Cid disse que o seu ‘Opa!’ era ‘apenas uma saudação, como, por exemplo, Bom dia!’.

Essa não foi a única mensagem que o tenente-coronel foi confrontado. Em outro diálogo, datado do dia 20 de abril, a PF indica que Allan dos Santos teria sugerido ‘a necessidade de uma intervenção militar’.

“JÁ TE LIGO” – Naquele dia, o presidente Jair Bolsonaro sofria intensas críticas sobre sua participação em um protesto a favor da ditadura. Segundo a PF, após receber a mensagem, o tenente-coronel Mauro Cid respondeu ao blogueiro: ‘já te ligo’. Aos investigadores, disse ‘que acredita que não realizou a ligação’.

Em outra mensagem, datada do dia 26 de abril, Allan dos Santos teria dito ao militar ‘que não via solução por vias democráticas’ – à época, o governo federal enfrentava crise aberta com a saída do então ministro da Justiça Sérgio Moro, que acusou Bolsonaro de tentar interferir no comando da PF. O caso resultou em inquérito ainda em tramitação no Supremo contra o presidente.

Mais uma vez, o tenente-coronel Mauro Cid respondeu o blogueiro: ‘já te ligo’ e, novamente, disse à PF que ‘não acredita que realizou a ligação’.

DEBAIXO DE VARA – Uma quarta mensagem do blogueiro foi mostrada ao militar e se refere ao dia 06 de maio – no dia anterior, o ministro Celso de Mello, responsável pelo inquérito contra Bolsonaro, havia autorizado o depoimento dos ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Eduardo Ramos e determinou que as oitivas fossem tomadas até mesmo ‘debaixo de vara’. A declaração provocou forte reação no meio militar.

Allan dos Santos, segundo a PF, citou ‘decisões do STF’ e disse ao militar: ‘Não dá mais’. O tenente-coronel Mauro Cid respondeu ‘Tá difícil’. Questionado sobre a declaração, o militar disse que se tratou de manifestação pessoal sobre ‘a forma como os generais foram intimados’.

BUSCA E APREENSÃO – O tenente-coronel Mauro Cid também foi questionado pela PF se teria sido notificado por Allan dos Santos de ‘alguma atuação da Polícia Federal que estivesse ocorrendo em sua residência’. Em resposta, o militar disse que foi informado pelo WhatsApp sobre ‘a atuação’ da PF na casa do blogueiro e que seu único ato ‘pode ter sido comunicar o presidente, como é feito em relação a qualquer notícia relevante’.

A PF também apresentou uma mensagem que teria sido enviada a Allan dos Santos e apagada pelo próprio Mauro Cid. A data não é especificada, mas a conversa ocorreu após a PGR emitir parecer na qual afirma que a Constituição não admite intervenção militar. A peça foi divulgada pela Procuradoria no dia 02 de junho.

Allan dos Santos teria enviado um ‘print’ da nota da PGR ao tenente-coronel e disse: ‘Que bosta, pq isso?’. Em seguida, há uma mensagem deletada de Mauro Cid.

NÃO SE RECORDA – “Indagado qual teria sido a resposta do declarante, respondeu que não se recorda, mas que possivelmente apagou tal mensagem para não continuar a conversa”, apontou a PF.

No depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou à PF que Allan dos Santos ‘tem uma visão mais radical da conjuntura política brasileira’ e negou que o presidente Bolsonaro concorde com as ideias do blogueiro. Ele também negou a existência de um ‘gabinete do ódio’ no Planalto.

A PF questionou o militar sobre mensagem enviada a Allan dos Santos, com link de reportagem da revista Veja sobre o ‘Gabinete do Ódio’. Mauro Cid teria questionado o blogueiro: ‘Medo… vc não está com medo?!?? Quem realmente está com medo???’. Em resposta, Mauro Cid disse que só conhece o termo pela mídia e que o ‘gabinete do ódio não existe’.

PODER MODERADOR – “Indagado se o declarante já manifestou, por qualquer meio ou forma ou a quem quer que seja, adesão à ideia de que as Forças Armadas são um poder moderador dos demais poderes da República, respondeu que não”, apontou a PF.  Segundo o militar informou aos investigadores, sua função junto a Bolsonaro se trata de ‘intermediar o contato’ de terceiros com o presidente.

Além do tenente-coronel Mauro Cid, a Polícia Federal ouviu dois outros assessores especiais do presidente Bolsonaro no mesmo inquérito: Tércio Arnaud Tomaz e José Matheus Sales Gomes. O primeiro declarou aos investigadores que repassa vídeos do presidente a canal de YouTube de direita e participou de grupo no WhatsApp com o blogueiro Allan dos Santos e apoiadores do presidente. José Sales Gomes, por sua vez, é mais um ‘talento’ alçado ao Planalto por Carlos Bolsonaro.

Todos negaram a participação na promoção de atos antidemocráticos ou envolvimento direto na gestão dos perfis pessoais do presidente, embora Gomes tenha reconhecido que ‘auxilia informalmente’, de forma eventual, quando é acionado por Carlos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Ao que parece, estão querendo colocar uma bomba no colo do presidente Bolsonaro, como a que explodiu no RioCentro, dentro do Puma dirigindo pelo capitão Wilson Machado… (C.N.)

Direção da Petrobrás “simulou” lucros inexistentes para distribuir R$ 10 bilhões aos acionistas

 


Medidas para a economia e balanço da Petrobras nas charges dos jornais de  sexta-feira - Região - Jornal VS

Charge do Tacho (Jornal NH)

Davi de Souza
Site da Aepet

A Petrobrás anunciou a revisão de portfólio em exploração e produção e a intenção de vender ainda mais ativos. A decisão movimentou o mercado e causou reações diversas. A esse respéito, entrevistamos o economista aposentando da companhia, Cláudio Oliveira. O especialista afirma que a postura da petroleira está indo no sentido contrário do que diz o seu próprio estatuto. Segundo Oliveira, a atual administração da estatal deveria priorizar o fornecimento de derivados para o abastecimento nacional ao invés de vender refinarias.

Contudo, a companhia está priorizando o pagamento de dividendos para seus acionistas – e para tal, coloca força nos desinvestimentos de ativos lucrativos. “Em 2019, o lucro obtido pela Petrobrás foi alcançado graças à venda de ativos da empresa. Especialmente pela venda da TAG e do controle acionário da BR Distribuidora”, explicou. “A empresa distribuiu mais de R$ 10 bilhões em dividendos. Isso significa dizer que a companhia vendeu ativos para pagar dividendos”, acrescentou.

Ele também critica a atual política de paridade de preços de derivados com o mercado internacional, dizendo que prática similar não existe em lugar nenhum do mundo. Oliveira ainda completou dizendo que “com uma produção entre 4 milhões e 5 milhões de barris por dia no futuro, mesmo só vendendo óleo cru, é claro que a Petrobrás será uma petroleira rentável”, sendo que assumirá um papel de “empresa minimizada frente àquilo do que poderia ser”.

Gostaria de começar nossa entrevista pedindo para explicar como a atual gestão da Petrobrás estaria contrariando o estatuto da companhia.
Hoje, a Petrobrás é uma empresa administrada por financistas. Eles elegeram como objetivo principal da Petrobrás o atendimento dos acionistas. E quando eles falam em atender acionistas, estão se referindo ao pagamento de dividendos. É disso que financistas entendem. O estatuto da Petrobrás estabelece que as atividades obedecerão diretrizes da lei 9.470 de 1997. Essa lei objetiva proteger os interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta de produtos em todo território nacional. Esses são os objetivos que estão escritos no estatuto da Petrobrás. Os atuais administradores da empresa, no entanto, trabalham contrariamente ao próprio estatuto da Petrobrás, estabelecendo como meta principal o pagamento de dividendo aos acionistas. Nesse caso, há duas opções: ou se muda o estatuto, colocando que o objetivo da empresa é remunerar os acionistas, ou então a atual diretoria deve ser trocada, já que não está atendendo ao estatuto da companhia.

Como a Petrobrás tem agido para conseguir fazer esse pagamento de dividendos?
Em 2019, o lucro de R$ 40 bilhões obtido pela Petrobrás foi alcançado graças à venda de ativos da empresa. Especialmente pela negociação da TAG e do controle acionário da BR Distribuidora – dois ativos altamente lucrativos. Então, grande parte do lucro foi em função desses desinvestimentos. A empresa distribuiu mais de R$ 10 bilhões em dividendos, o que significa dizer que a Petrobrás vendeu ativos para pagar dividendos.

O Plano de Negócios 2020-2024 exibe um quadro de Usos e Fontes. Nesse quadro, eles apontam em Fontes a venda de 30 bilhões de dólares de ativos da empresa. E como Uso, eles mencionam o pagamento de 34 bilhões de dólares em dividendos. Ou seja, tornaram como regra vender ativos para pagar dividendos.

A Petrobrás prometeu aos petroleiros a estabilidade de empregos por dois anos, mas também disse que vai continuar a vender mais e mais ativos. Não haveria uma contradição nessa postura?
Eu não acredito na palavra deles. Se a direção da empresa teve a coragem de dizer que o resultado de 2019 foi o maior da história, sem considerar que este número foi feito com venda de ativos, é porque eles têm coragem de dizer qualquer coisa. No pronunciamento do presidente da Petrobrás no resultado de 2019, ele cita que a empresa teve um recorde de geração de caixa. Quando, na verdade, o recorde de 2019 foi o de menor geração de caixa dos últimos 10 anos. O número de geração de caixa daquele ano ficou abaixo de 25 bilhões de dólares. Enquanto que nos últimos 10 anos, em nenhum exercício, a Petrobrás teve uma geração inferior abaixo de 25 bilhões de dólares. Então, eu não acredito na palavra de uma pessoa que distorce os números dessa forma. A única intenção que a administração atual da Petrobrás tem a cumprir é pagar dividendo para o mercado, que é o verdadeiro patrão dessa diretoria.

Como que a Petrobrás vai atender ao seu estatuto, que determina a venda de combustível de qualidade para o Brasil, se a companhia está colocando à venda suas refinarias e vendeu o controle da BR Distribuidora? Como vão garantir o menor preço para o consumidor se utilizam preço de paridade de importação desde 2016?
A política de preços de paridade de importação (PPI) sempre sofreu muitas críticas dentro do setor de óleo e gás. O preço de paridade de importação é o mesmo que o custo de importação mais lucro. Ou seja, eles usam o preço no exterior, somam o custo de transporte até o Brasil, custo de internação no país, custo de transporte até a refinaria, seguro para garantir preços e adicionam lucro. Ou seja, esse é o preço mais alto possível. Nenhuma empresa do mundo, em nenhum momento, usou esse tipo de política. Isso não existe. A Petrobrás está trabalhando contra si mesma. A administração da companhia faz isso porque não trabalha para a Petrobrás e sim para quem está do outro lado [se referindo aos investidores e acionistas].

Com essa postura da empresa, como vê o futuro financeiro da Petrobrás?
O que acontece é que a Petrobrás, entre 2009 e 2014, fez investimentos maciços principalmente no pré-sal. Foram mais de US$ 250 bilhões. Isto é, a Petrobrás investiu US$ 50 bilhões por ano. Imagine a importância disso para a economia do Brasil. Só que esse processo de investimento foi estancado. Os projetos de óleo e gás têm uma maturação muito mais longa do que a indústria comum. Aquilo que foi investido em 2010 começa a apresentar resultados só agora. A gestão atual está usufruindo do benefício que foi plantado no passado. Não foi essa administração atual que descobriu o pré-sal.

E as novas plataformas?
Essas plataformas que vão entrar em atividade são frutos dos investimentos feitos entre 2009 e 2014. Em 1980, a produção do Brasil era de 200 mil por dia. Hoje, só a plataforma FPSO Almirante Tamandaré [sexta unidade do campo de Búzios] terá capacidade de produzir 225 mil barris por dia. 

E o lucro da empresa, de onde virá?
A Petrobras tende a dar lucro, só que sem a responsabilidade com a economia brasileira e com o desenvolvimento do país. Ela passa a ser uma mera exportadora lucrativa de óleo cru. A Petrobrás vai dar lucro sim, a não ser que o preço do barril despenque muito. Com uma produção entre 4 milhões e 5 milhões de barris por dia no futuro, mesmo só vendendo óleo cru, é claro que a Petrobrás será uma empresa rentável. Mas assim, ela será uma petroleira minimizada frente àquilo do que poderia ser.

Está dando certo o plano de Celso de Mello para se livrar de julgar Bolsonaro e Moro

 


Ministro Celso de Mello estende licença no Supremo

Mello queria que Bolsonaro fosse interrogado por Moro…

Julia Chaib
Folha

Integrantes da área jurídica do governo dizem acreditar que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) vão reverter em plenário a decisão de Celso de Mello e conceder ao presidente Jair Bolsonaro o direito de prestar depoimento por escrito no inquérito que apura supostas interferências do mandatário na Polícia Federal.

Na quinta-feira (16), o ministro Marco Aurélio Mello suspendeu a tramitação da investigação que tem como base acusações do ex-ministro Sergio Moro (Justiça) até que o conjunto de magistrados da corte se reúnam e julguem o pedido.

MUITAS RESSALVAS – A aposta do Planalto se dá em razão de uma divisão no STF a respeito do assunto. Tanto ministros da chamada ala mais garantista como os mais apoiadores da Operação Lava Jato têm ressalvas quanto à decisão de Celso de Mello, que determinou que Bolsonaro prestasse depoimento presencial.

Segundo ministros e assessores de magistrados ouvidos pela Folha, a maioria da corte inclina-se à posição de que é preciso dar a oportunidade de o presidente se manifestar por escrito.

Apesar da tendência, a ideia de reformar uma decisão do decano da corte, que está prestes a se aposentar, é vista com ressalvas. Pesa o fato de ele ser o mais antigo do tribunal e o respeito que ele tem perante os colegas.

APÓS APOSENTADORIA – Pessoas próximas ao presidente do STF, Luiz Fux, dizem que o ministro pode deixar para pautar o recurso após a saída de Celso, que se aposenta em novembro. Se isso ocorrer, ministros de tribunais superiores dão como praticamente certa a revisão da decisão.

O decano está em licença médica e tem o retorno previsto para o dia 26 de setembro. Antes disso e sem conversar com o ministro, acreditam magistrados, Fux não colocará o tema em discussão.

Apesar de tanto Edson Fachin como Luís Roberto Barroso já terem dado decisões em sentido contrário ao do decano —quando concederam ao então Michel Temer (MDB) o direito de depor por escrito—, na avaliação de pessoas próximas aos ministros, eles poderiam agora adotar um caminho do meio para não reformar a decisão de Celso de Mello.

PRERROGATIVA DO RELATOR – Uma alternativa é decidir que abrir ou não a opção de depoimento por escrito seria uma prerrogativa do relator de cada caso, a quem caberia avaliar a pertinência de cada medida.

A corte tem precedentes de decisões desse tipo, por exemplo, a que define que cabe ao relator a decisão da homologação de acordos de colaboração premiada.

Para outra ala da corte, porém, além de a prerrogativa já ter sido concedida a Temer, a avaliação sobre o depoimento por escrito ou não se trata de uma questão institucional entre os Poderes. Na avaliação de integrantes do governo, Celso de Mello se mostrou em decisões anteriores —como a que quebrou o sigilo de parte da reunião ministerial de 22 de abril— um adversário de Bolsonaro.

INTIMAÇÃO – Na semana passada, a Polícia Federal intimou Bolsonaro a comparecer em oitiva, que estava marcada para ocorrer entre os dias 21 e 23 de setembro às 14h.

Após a notificação, a AGU (Advocacia Geral da União) recorreu e pediu que Marco Aurélio analisasse o caso diante da ausência de Celso de Mello.

Na quinta, o ministro afirmou que é contra a “autofagia” do tribunal e por isso não poderia reconsiderar sozinho o despacho do colega. Assim, optou por suspender a tramitação de todo o inquérito até plenário do STF se debruçar sobre o assunto.

RESPOSTAS POR ESCRITO – No inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na PF, o próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, que pediu a apuração do caso, defendeu que o chefe do Executivo respondesse às questões por escrito.

Aras havia argumentado ao Supremo que, “dada a estatura constitucional da Presidência da República e a envergadura das relevantes atribuições atinentes ao cargo, há de ser aplicada a mesma regra em qualquer fase da investigação ou do processo penal”.

Celso, porém, interpretou que o artigo do Código de Processo Penal que prevê a autoridades a possibilidade de prestar testemunho por escrito trata apenas de oitiva dessas pessoas enquanto testemunhas e não dá esse direito a investigados.

COERÊNCIA ENTRE JULGADOS – No recurso, a AGU solicita que o Supremo “mantenha rigorosa coerência entre julgados” em referência a duas decisões que permitiram que o então presidente Michel Temer depusesse por escrito em inquéritos dos quais era alvo.

Na petição, a advocacia lembra que em 2017, duas decisões —uma de Luís Roberto Barroso e outra de Luís Fachin— permitiram a Temer a entrega do depoimento por escrito no prazo de 24 horas.

“Promover as mesmas prerrogativas a todos aqueles que ostentam as mesmas condições é a solução mais natural e saudável”, escreveu o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral. “Note-se: não se roga, aqui, a concessão de nenhum privilégio, mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico àquele adotado (…) em precedentes muito recentes desta mesma Egrégia Suprema Corte”, continua o recurso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Como afirmamos aqui na TI há duas semanas, em absoluta primeira mão, a decisão de Celso de Mello visou a tumultuar e retardar a ação, para que escape dela e se aposente antes do desfecho, que, na forma da lei, terá de ser desfavorável ao presidente Jair Bolsonaro. Pretender que Bolsonaro aceitasse ser interrogado por Moro só pode ser Piada do Ano… Em tradução simultânea, Celso de Mello é um covarde, um poltrão, que faz jus à definição feita por que Saulo Ramos, este, sim, um jurista de verdade, que não quis ser ministro do Supremo, indicou Celso de Mello e depois se arrependeu. (C.N.)

PF identifica que blogueiro investigado sugeriu intervenção militar a tenente-coronel, assessor do Planalto


Mensagens integram inquérito sobre a atos antidemocráticos

Deu no O Globo

A Polícia Federal, dentro das investigações que apuram a realização de atos antidemocráticos, identificou mensagens defendendo uma intervenção militar enviadas pelo blogueiro Allan dos Santos, dono do canal de Youtube Terça Livre, para o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. As informações foram publicadas pela revista Crusoé.

Segundo a reportagem, Allan dos Santos escreveu no WhatsApp que há “necessidade de uma intervenção militar”, ao que o tenente-coronel Cid respondeu: “Já te ligo”. O diálogo teria acontecido no dia 20 de abril, um dia após uma manifestação em frente ao QG do Exército, em Brasília, pedindo o fechamento do Congresso e do STF. O presidente Jair Bolsonaro esteve no evento.

FILTRO – Em depoimento à Polícia Federal, o ajudante de ordens explicou que filtrava as mensagens enviadas para o presidente e que não se recorda quais exatamente eram repassadas.  Segundo ele, o contato com Allan era para intermediar uma possível participação do presidente no canal Terça Livre.

Seis dias depois, Allan do Santos enviou uma nova mensagem, desta vez afirmando que ‘não via solução por vias democráticas’. Mais uma vez, o militar respondeu que ligaria para o blogueiro.  Para a PF, Cid disse que acredita não ter telefonado para o interlocutor nos dois episódios.

Em outra conversa interceptada pela PF, de maio, Allan escreve ‘As Forças Armadas precisam entrar urgentemente’. Neste diálogo, a resposta do ajudante de ordens foi ‘Opa!’. Em depoimento, ele alegou estar apenas saudando o blogueiro, ‘como, por exemplo, (dizendo) Bom dia!’.

“ESPECULAÇÃO” – Em suas redes sociais, Allan dos Santos chamou as mensagens de ‘especulações em privado’ e comparou suas afirmações com as do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ‘Até Trump também falou em usar o instituto constitucional conhecido como ‘Isurrection Act’ nos EUA’, escreveu.

Allan afirmou em julho ter ido morar nos Estados Unidos por motivos de segurança. Ele é investigado no inquérito do STF que apura a disseminação de notícias falsas na internet e foi alvo de dois mandados de busca e apreensão da Polícia Federal quando ainda estava no Brasil.

Maior desafio do Brasil é se livrar do indevido e excessivo protagonismo do Poder Judiciário

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TRIBUNA DA INTERNET | Ser escolhido ministro do Supremo não é mais honra, é mancha no currículo

Charge do Mariano (site Charge Online)

Roberto Nascimento

Há ocasiões em que é preciso concordar com o ministro Marco Aurélio de Mello, quando ele diz que um membro do tribunal não pode tripudiar os colegas, em relação a algum resultado do colegiado, na qual tenha sido voto vencido. Realmente, é preciso respeitar a Constituição.

Todos devem se preocupar com o atual clima de flexibilidade diante das duras normas constitucionais, que não podem estar à mercê de “interpretações” de magistrados, principalmente em relação aos Direitos e Garantias Constitucionais.

RITO CONSTITUCIONAL – Deve–se respeitar o rito constitucional e abolir a desmoralização sumária por atos policiais ou judiciais, especialmente nessas operações midiáticas, com cobertura ao vivo dos órgãos de comunicação.

Há exemplos de sobra no mundo, principalmente oriundos do Império Romano. Naquela época, o Senado temia os Imperadores e seus juízes em busca do poder total, que diziam agir em nome do povo e da sua felicidade, que nunca chegava, até a morte do monarca e a chegada de um novo herdeiro mais democrático.

A única forma do povo e da sociedade melhorar de vida é agir com consciência para eleger bons representantes nos governos e nas casas legislativas.

JUDICIALIZAÇÃO TOTAL – No Brasil de hoje, a representação é a pior possível. Por isso, temos o protagonismo do Judiciário, dando palpite sobre qualquer situação e sempre com aquela arrogância de quem tudo sabe bem melhor do que outros pobres mortais.

Tenho alertado sobre isso aqui nesse espaço e sofrido as críticas regulamentares. Não me importo, exerço apenas meu direito a opinião. Quando os tanques vierem e baterem as suas portas, aí, meus senhores, não vai adiantar choro nem vela. Todos virarão as costas para o vizinho de mãos amarradas, sem direito ao devido processo legal.

NO MAU CAMINHO – A história brasileira é um caudal de acontecimentos e me parece estarmos caminhando para o cadafalso. Às vezes dá vontade de jogar a toalha. Uma parte da sociedade continua com ódio do Lula e do PT. Por isso, não enxerga o mal e a letalidade que o Bolsonarismo está fazendo com os trabalhadores.

Corrupção sempre teve e será a tônica do futuro. Além de combatê-la incessantemente, o que precisamos é de agentes públicos que exerçam suas tarefas, com isenção e sem seletividade, para que a igualdade e a isonomia sejam respeitadas, inclusive tudo isso consta como cláusulas pétreas da Constituição Federal.

MUITA INCOMPREENSÃO – Triste pelas incompreensões de pessoas que se dizem amigas, ainda assim, continuarei a navegar nessa areia movediça, pois desistir equivale a admitir a derrota para os medíocres triunfarem, para a ditadura voltar e destruir a nossa liberdade.

É preciso lutar sempre o bom combate. Essa luta parece não ter fim, acaba uma batalha, logo vem outra. Se terminar amanhã, terá valido a pena.

sábado, setembro 19, 2020

Assunto para os vereadores responderem.

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Não posso manifestar-me a respeito desse assunto porque não estou " in loco", nem fotos recebi; portanto, cabe aos vereadores  comparecerem ao local para despois prestar esclarecimentos a população.


 

A verdadeira Av. Contorno que o prefeito não mostra.

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Essa é a verdadeira Avenida Contorno em Jeremoabo Bahia, cheia de mato, lixo, esgoto a céu aberto, urubus, cobras, mosquitos, fedentina insuportáveis, só que o prefeito não mostra, nem tão pouco faz qualquer melhoria.
Essa Avenida contorno é uma verdadeira degradação humana,
Isso não é politicagem, é a realidade, o vídeo traduz tudo.

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