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domingo, agosto 02, 2020

Moraes dá um olé no Facebook e mostra que vai mesmo combater as “fake news”

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Moraes multa Facebook Brasil em quase R$2 mi e intima presidente ...
Moraes soube colocar a empresa Facebook em seu devido lugar
Carlos Newton
Foi maravilhoso e revigorante acompanhar essa queda de braço entre o ministro  Alexandre de Mores, do Supremo Tribunal Federal, e  a arrogante diretoria da multinacional Facebook, que julgou ser capaz de desobedecer à determinação de bloquear as contas de 16 apoiadores e aliados de Jair Bolsonaro. Como se sabe, são elementos citados no inquérito do STF por envolvimento na disseminação de notícias falsas e ameaças contra autoridades.
A tranquilidade do ministro Moraes foi impressionante. Quando soube que o Facebook estava desobedecendo sua ordem e mantinha no ar as contas na web mundial, com bloqueio apenas na internet brasileira, Moraes foi curto e grosso. Aumentou as multas e atingiu a parte mais sensível do corpo dos empresários multinacionais – os bolsos.
MULTAS ELEVADAS – No despacho divulgado pela TV Globo, Moraes afirma que a ordem de impedir acesso às contas vinha sendo descumprida há oito dias e que, por isso, a multa do Face estava acumulada em R$ 1,92 milhão. A partir desta sexta, subiu a multa para a R$ 1,6 milhão ao dia – R$ 100 mil para cada uma das 16 contas a serem barradas.
Essa linguagem financeira foi entendida imediatamente pelos diretores do Facebook, que não sabem falar português mas nem precisaram de tradução simultânea.
Agora, ficou estabelecido na prática que a Matriz USA, nesse tipo de pendenga, manda lá nos States e nos países periféricos, mas aqui na Filial Brazil ainda mandamos nós, apesar de o governo ser nitidamente entreguista.
UMA BOA SURPRESA – No mais, é preciso destacar que Moraes está sendo uma grande surpresa no Supremo. Quando Toffoli lhe entregou esse inquérito,- para livrar das malhas da Receita sua mulher e a de Gilmar Mendes, flagradas em sonegação, Moraes caiu na armadilha e bloqueou as investigações do Coaf e da Receita que não tivessem autorização judicial.
Depois, o ministro notou o erro, colocou o caso em votação no plenário e devolveu os poderes ao Coaf e à Receita. Ao mesmo tempo, investiu contra as fake news e a robotização da campanha eleitoral e está levando à loucura os bolsonaristas.
A desculpa é que Moraes estaria “censurando” a liberdade de expressão, mas é uma balela. Combater fake news e robotização significa um dever de todo cidadão com um mínimo de dignidade, esta é a nossa orientação na TI.
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P.S. 1 
– A esculhambação chegou a tal ponto, que um desses robôs humanos plantou uma fake news aqui na TI, para desonrar Leonel Brizola, e eu deletei. Ele insistiu, expliquei que a fake news tinha sido desmentida pela própria fonte que o robô mencionara, mesmo assim até hoje ele insiste que tenho de divulgar a fake news, em razão da liberdade de expressão dele.
P.S. 2 – Esses robôs humanos, tipo Policarpo, Piadinha, T1000, Eliel e Al, podem tirar o cavalo da chuva, porque não vão se criar aqui na TI. Podem me xingar de “censor” à vontade, porque entrei em ritmo de axé music e não estou nem aí… (C.N.)

No desespero, Aras alega ter provas contra a Lava Jato, mas é conversa fiada

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Autorizado por Bolsonaro, Augusto Aras tenta emparedar a Lava Jato ...
Aras conseguiu criar a maior crise da história da Procuradoria
Aguirre Talento e Paula FerreiraO Globo
O clima nos grupos de discussão do Ministério Público Federal (MPF) passou a ser de revolta e críticas ao procurador-geral da República Augusto Aras após os ataques feito por ele a colegas em sessão do Conselho Superior do MPF na noite de sexta-feira. As manifestações têm partido principalmente de procuradoras, que saíram em defesa da subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, alvo de um dos ataques de Aras.
As procuradoras acusam o procurador-geral de ter sido machista em seus ataques a Luiza Frischeisen, que não tem filhos. A repercussão interna do episódio ampliou o desgaste de Aras.
DISSE ARAS — “Enquanto eu estava aqui, havia perguntas de um determinado blog contaminado com muitos vícios, talvez com medo até de investigações por vir, questionando sobre a minha família. Quero dizer, doutor Nicolao, que o senhor não vai gostar de nenhuma fake news sobre a sua família. E muito menos a doutora Luiza, que talvez não tenha família, mas talvez tenha. Doutor Adônis muito menos. Mas enquanto eu estava aqui eu estava recebendo uma ataque à minha família e provavelmente saiu daqui” — afirmou Aras, em tom de irritação.
Desde a noite de sexta-feira, procuradoras e procuradores fizeram críticas a Aras nos grupos internos por causa de seus ataques e realizaram manifestações de solidariedade à subprocuradora Luiza Frischeisen, que já foi coordenadora da Câmara Criminal do MPF e foi segunda colocada na votação interna da lista tríplice para o cargo de PGR — Aras foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a PGR sem ter concorrido à lista.
RESPOSTA A ARAS – “Car@s colegas, todos que assistimos à sessão de hoje do conselho temos nossas razões para lamentar. Mas queria fazer um registro nesse grupo em especial. A fala do PGR, referindo-se a Luiza como uma pessoa “sem família”, me soou profundamente machista, agresiva e misógina. Estou muito revoltada (também com isso. O que o PGR quis dizer com isso? Qual a ideia que ele tem de família? De mulheres?” escreveu uma procuradora em um grupo.
“Eu assisti. Fiquei estarrecida e muito triste por ouvir isso de um PGR. Foi, sim, misógino e agressivo. Me ofendeu profundamente. Já manifestei diretamente a Luiza minha irrestrita solidariedade, mas registro aqui também”, respondeu outra colega do MPF.
Uma terceira procuradora classificou a declaração de Aras de sórdido ataque: “Quando o PGR te ataca, ataca todas as mulheres. Aliás, a carta que supostamente o ofendeu e irritou também foi assinada por outros conselheiros, mas ao proferir uma ofensa a Luiza, o PGR deixa claro que, além de não gostar de receber críticas, não admite que sejam feitas por mulheres”, escreveu.
A MAIOR CRISE – Procuradores também entraram na discussão e manifestaram apoio. O subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, que foi o mais votado na lista tríplice ao cargo de PGR e é opositor de Aras, afirmou que a instituição “vive a maior crise de sua história”.
“Muita coisa pode ser dita com relação à sessão de ontem do CSMPF, mas, em primeiro lugar, é preciso repudiar a fala misógina com que o PGR dirigiu-se à colega Luiza. Sobre isso já me manifestei logo após a sessão em alguns grupos e apresentei diretamente à própria Luiza a minha solidariedade. Essa fala do PGR, voltada especificamente contra Luiza e atingindo as demais mulheres que integram o MPF, causa indignação também a todos os homens comprometidos com a igualdade e a defesa dos direitos humanos”, escreveu Bonsaglia em um dos grupos.
Prosseguiu em sua mensagem: “Numa instituição como o MPF, ataques dessa natureza são particularmente inaceitáveis. Os acontecimentos de ontem no conselho, é preciso ressaltar, se contextualizam em função do momento pelo qual passa o MPF Nossa instituição vive a maior crise de sua história, com seguidos ataques aos princípios fundamentais que regem o Ministério Público e uma clara e arrogante tentativa de centralização hierárquica e de cunho autoritário”.
MAIS SOLIDARIEDADE – Em uma rede social, a procuradora regional Janice Ascari, coordenadora da Lava-Jato em São Paulo, também manifestou apoio à colega:
“Minha solidariedade incondicional à amiga e colega subprocuradora-geral @LuizaFrischeis1, vítima de um ataque machista nesta data. Tempos muito difíceis, mas tudo vai passar. Sigamos, minha amiga.”
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante do movimento “Muda Senado” e que participou de videoconferência com Aras nesta semana para questioná-lo sobre as críticas à Lava-Jato, também se manifestou sobre a reunião do conselho superior. “Não bastasse querer sepultar a Lava-Jato, quer fazer o mesmo com a reputação de uma das mais respeitáveis servidoras do MPF, através de insinuações descabidas a respeito de sua vida pessoal. Nosso apoio e deferência à doutora Luiza e ao seu trabalho”, disse em nota.
CONTRA A LAVA JATO – Na terça-feira, durante uma live com advogados, o procurador-geral teceu críticas à força tarefa da Lava-Jato em Curitiba e afirmou que o grupo funciona como “uma caixa de segredos”. As afirmações geraram reação de subprocuradores-gerais da República no Conselho Superior do Ministério Público Federal na última sexta-feira.
O subprocurador Nicolao Dino, um dos opositores de Aras no conselho, leu uma carta aberta assinada por mais outros três conselheiros do órgão, na qual afirmaram que as declarações do procurador-geral “alimentam suspeitas e dúvidas” sobre a instituição e geram um MPF “desacreditado, instável e enfraquecido”.
Diante das críticas, Aras subiu o tom. O procurador-geral disse ser alvo de fake news e reafirmou suas acusações à Lava-Jato, dizendo ter provas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Aras é um farsante, que está de olho na vaga no Supremo e procura bajular Bolsonaro. Aras não tem provas de nada do que fala. Se tivesse, já teria mostrado. Tenta inviabilizar a Lava Jato, mas não conseguirá. O resto é folclore. (C.N.)        

Bolsonaro se desgasta com “cercadinho do Alvorada” : “Se todo mundo que quiser falar, vou botar um escritório”

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Apresentação de demandas pessoais se tornou uma rotina de desgaste
Daniel Carvalho
Folha
Se você tem um problema, por que não tentar uma solução junto à pessoa mais importante do país? Essa é a lógica de alguns dos apoiadores que diariamente se dirigem ao portão do Palácio da Alvorada para levar um pedido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Desde que deixou de falar com jornalistas, diante do desgaste de sua situação política, no início de junho, Bolsonaro levou os apoiadores para a área interna da residência oficial. Inicialmente, a claque o aguardava de forma improvisada, mas, depois, o governo organizou um cercadinho com grades e toldo no jardim. A maior parte dos veículos de imprensa, incluindo a Folha, já havia deixado de fazer a cobertura da portaria do Alvorada por falta de segurança diante da hostilidade de alguns fãs do presidente.
BALCÃO DE ATENDIMENTO – Longe das câmeras e mais à vontade, Bolsonaro teve que lidar com o aumento do número de pedidos, transformando o palácio em balcão de atendimento. Os episódios, que geralmente contam com a impaciência do presidente, são publicados nas redes sociais pelo próprio governo ou pelos simpatizantes.
“Aqui não é um local de entrega de material, documentos, cartas para o presidente. Para isso existe o protocolo da Presidência da República”, explicou um agente de segurança ao público na terça-feira, dia 28, antes da chegada do presidente. Nesse mesmo dia, um senhor tentou mostrar algo a Bolsonaro no celular e pediu um horário com o presidente. “Não estou marcando com minha esposa, pô”, reagiu o chefe do Executivo antes de entrar no carro. “Infelizmente ele não deu muita atenção”, lamentou o senhor em um vídeo que está na internet.
CARTAS – No dia anterior, o primeiro depois de 20 dias confinado em casa por causa de seu diagnóstico positivo para Covid-19, o presidente demonstrou impaciência com os pedidos ao longo dos quatro minutos que ficou com os apoiadores. “Eu vou encaminhar para alguém esta carta. Não sou eu que vou ler não. Chegam dezenas de cartas todos os dias”, reagiu a um apoiador.
Logo em seguida, pediu a outro simpatizante que fosse “o mais objetivo possível” em sua queixa sobre o programa do governo para auxílio a micro e pequenas empresas. Desta vez, Bolsonaro prometeu discutir o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, naquele mesmo dia.
“Se todo mundo que vier aqui quiser falar comigo, vou botar um escritório, botar uma escrivaninha aqui e atender todo mundo”, disse Bolsonaro a outro homem que afirmava saber como acabar com o desemprego.
PEDIDO PARTICULAR – Na semana anterior, mesmo isolado no Alvorada com o novo coronavírus, Bolsonaro ia até o espelho d’água em frente ao palácio para falar com seus seguidores no fim de tarde. Uma mulher pediu ajuda para resolver uma questão envolvendo uma casa lotérica que ela tem com o ex-marido. Ouviu uma negativa do presidente, que alegou se tratar de caso particular.
No dia seguinte, a mulher voltou ao Alvorada. “Eu mandei já três emails para o senhor”, disse ela. “Não vou ler nenhum. Eu não leio email. Se eu ler email, eu não trabalho”, retrucou o presidente.Em junho também houve uma sucessão de episódios em que o desconforto presidencial ficou evidente.
No dia 23 daquele mês, por exemplo, um imigrante venezuelano pede para apresentar um projeto a Bolsonaro, que recomendou que ele procurasse conversar com alguém do Ministério das Relações Exteriores, mas não com o ministro Ernesto Araújo. O homem insistiu com o presidente.
SEM CONDIÇÕES – “Tem que chegar por lá. Eu não tenho tempo de ler, chefe. Eu chego em casa, trabalho até 21h. Não tenho condições. Eu paro aqui em consideração a vocês. Se eu começar a pegar problema aqui, eu não trabalho.”
Dois dias depois, ainda mais pedidos: uma mulher que queria ajuda para conseguir um medicamento em um hospital do Distrito Federal para o avô com câncer, um homem que desejava incentivo para o desenvolvimento do agronegócio no Pará e uma militar que almejava ver seu licenciamento revogado.
“Se eu for atender individualmente, atendo agora, aí começa a fazer fila, e vai ser uma romaria aqui, e eu não tenho como trabalhar”, disse Bolsonaro em uma das cinco vezes que teve que tentar rejeitar pedidos naquele dia. Mas nem todo mundo sai do Alvorada sem a demanda atendida pelo presidente.
CONCURSOS – Em maio, Bolsonaro disse que, devido a um artigo que congela concursos públicos, postergou a sanção do projeto de socorro financeiro aos estados e municípios por causa da crise causada pelo novo coronavírus.
“Não sancionei o projeto, ontem [21 de maio], do auxílio dos governadores porque tem uma cláusula lá sobre congelamento de concurso”, disse Bolsonaro a um grupo de pessoas aprovadas no concurso da Polícia Rodoviária Federal em 2018, mas que não foram convocadas. “Se tivesse assinado, vocês iam ter complicação”, afirmou o presidente em 22 de maio.
Aquela não era a primeira vez que o grupo de excedentes do concurso da PRF ia ao Alvorada pedir uma solução para Bolsonaro. O presidente já havia orientado que fossem até o Palácio do Planalto conversar com o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral. O lobby presidencial deu certo, e os concursados foram atendidos.
HÁBITO – Bolsonaro criou o hábito diário de parar na porta do Palácio da Alvorada para falar com jornalistas e apoiadores. Com o agravamento da crise política e sanitária, o presidente deu ouvidos a conselheiros que recomendaram que parasse de dar entrevistas diariamente para minimizar a deterioração dele e do governo. O presidente, então, passou a falar apenas com seus apoiadores, mas até isso é alvo de crítica velada de auxiliares.
Um assessor palaciano diz acreditar que o presidente deveria suspender a interação permanente com seus apoiadores, pois entende que, além de o número de frequentadores do Palácio da Alvorada ter diminuído, a apresentação de demandas pessoais se tornou uma rotina de desgaste.
Esse auxiliar afirma que Bolsonaro deveria se restringir às rápidas aparições que ele faz de surpresa nos fins de semana em localidades de Brasília ou de cidades próximas. Outra oportunidade que o assessor julga mais tranquila para o presidente é durante as viagens pelo país, que agora pretende fazer semanalmente.

Reflexões sobre Freud, o budismo e a importância do desejo na existência humana

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Ateliê de Educadores: FrasesEdnei Freitas
Sigmund Freud era um colecionador de arte, e muitas de suas esculturas preferidas diziam sempre algo que tocava em sua grande sensibilidade, sem necessária concordância de Freud, mas com admiração do pai da psicanálise. E uma dessas esculturas é a da cabeça de Buda, presente em seu consultório psicanalítico.
Ressalto, no entanto, que Sigmund Freud sempre foi ateu e anticomunista (e escreveu trabalhos dizendo que o comunismo russo jamais iria dar certo – e o tempo mostrou que ele tinha razão).
PAIXÃO PELOS SÁBIOS – No entanto, ele tinha paixão pelos sábios míticos e místicos, (nem todos, é claro) e admirava os pensamentos de Buda.
Freud pesquisava o fato de o desejo estar sempre associado à causa de tanto sofrimento? Por que existe tanta repressão em relação a ele?
Mark Epstein, psicanalista, psicoterapeuta, estudioso do budismo e profundo conhecedor do pensamento freudiano, diz que essas reflexões são uma grave confusão. No livro “Aberto ao Desejo”, que acaba de ser lançado, ele propõe um novo olhar sobre o legado de Buda e de Sigmund Freud em relação à mais paradoxal emoção humana.
FACILITADOR – “O desejo é, na verdade, o facilitador para aprofundar a intimidade com nós mesmos, com o outro e com o nosso mundo. Se não estivermos em contato com nossos desejos, não podemos ser nós mesmos”, diz o estudioso.
Para Epstein, o desejo é vitalidade, “um componente essencial da nossa experiência humana, aquilo que nos confere nossa individualidade e que, ao mesmo tempo, nos empurra para fora de nós mesmos. O desejo é a nostalgia da completude em face da enorme imprevisibilidade de nossa condição. É natural, e se tentarmos expulsá-lo, ele voltará como uma vingança”, diz o psicanalista em seu livro.
Para o autor, “o desejo é uma resposta natural à realidade do sofrimento. Nós nos sentimos incompletos, e o desejo completa; nos sentimos inquietos, e o desejo acalma; sentimos insegurança, e o desejo conforta; sentimos solidão, e o desejo nos conecta. O desejo é o cadinho onde o eu é formado. É por isso que o desejo era tão importante para Freud”, diz Epstein.
UM EQUÍVOCO – A intenção de Epstein ao escrever esse livro foi a de corrigir a percepção equivocada e ainda dominante de que o budismo luta para eliminar o desejo.
“Na verdade, a palavra que Buda usou para descrever a causa do dukka (sofrimento) não foi desejo, mas sim “tanha”, que significa sede ou anseio. É o que poderíamos chamar de apego, a tentativa de agarrar-se a uma experiência que não se pode reter, e não o desejo de felicidade ou de completude”.
Em sua experiência de 30 anos como terapeuta, buscando uma integração entre o budismo e a psicoterapia, o autor percebeu que a definição de desejo era crucial.
AUTOCOMPREENSÃO – “Colocar o desejo como inimigo e, então, tentar eliminá-lo é buscar destruir uma das nossas mais preciosas qualidades humanas, nossa resposta natural à verdade do sofrimento. O budismo não tem a intenção de ser o caminho da destruição, mas sim o caminho da autocompreensão. Não busca dividir para conquistar, busca totalidade e integração”, argumenta o psicanalista.
Segundo ele, “havia uma maneira de trabalhar com o desejo que contradiz completamente a interpretação usual do budismo enquanto estimulador da renúncia e do desapego. Esses ensinamentos eram mantidos em segredo, por conta da sua tendência de serem mal compreendidos e de se tornarem abuso, mas sem eles, o valor total da abordagem budista não pode ser apreciado”.

Maia sai em defesa de youtuber alvo de ataques virtuais e o convida para discutir PL das fake news


Bolsonaristas disseminaram fake news contra o youtuber nesta semana
Deu no O Globo
Em uma publicação no Twitter, neste sábado, dia 1º, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),  saiu em defesa do influenciador digital Felipe Neto, que tem sido alvo de ameaças e notícias falsas nas redes. Maia afirmou que pretende acelerar a tramitação do projeto de lei de combate às fake news na Câmara e convidou o influenciador a dar sugestões sobre o tema. Em resposta, Neto disse que aceita o convite e agradeceu o apoio.
“@felipeneto, a covardia é a virtude dos fracos. Esses ataques só reforçam o caráter daqueles que são incapazes de vencer um debate com argumentos e com respeito. Por tudo que você tem sofrido nesses dias, nós vamos acelerar o projeto de combate às fake news”, escreveu no Twitter, acrescentando: “E te convido para uma reunião na próxima semana para discutir e melhorar o PL que está na Câmara. Convite feito Valeu!”

CONVITE ACEITO – Em resposta ao presidente da Câmara, Felipe Neto escreveu: “Convite aceito, Rodrigo. Vamos conversar! Muito obrigado pelo apoio”. Felipe Neto, que se tornou um dos principais nomes da oposição a Bolsonaro nas redes, tem sido alvo de ataques e mensagens falsas.
A hashtag #TodosContraFelipeNeto ficou em primeiro lugar no Twitter nesta semana, associada a um tuíte falso acusando o influenciador de pedofilia. A montagem atribuída a Felipe Neto estampava a frase “criança é que nem doce, eu como escondido” e foi classificada por diversos serviços de checagem do país como falsa.
DESINFORMAÇÃO – A mesma frase já havia aparecido em um meme com ataques ao Papa Francisco. Em seus perfis, Felipe Neto informou que só no Facebook e Instagram conseguiu retirar do ar, entre a última segunda e terça-feira, mais de 1,8 mil vídeos com informações falsas, entre elas as que o acusavam de pedofilia.
Na última quarta-feira, um grupo  acompanhado de um carro de som ameaçou o youtuber em frente à sua residência no Rio de Janeiro. Na ocasião, participou da ação um homem que se identifica nas redes sociais como Cavalieri, o “guerreiro de Bolsonaro”, e que também participou de uma ação que lançou fogos de artifício contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

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