O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, descartou a aprovação com ressalvas das contas da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que serão julgadas pelo órgão na terça-feira.
"O que é aprovação com ressalva? Qual é a extensão da ressalva? Eu digo e repito: não há oportunidade para coluna do meio", disse ele a jornalistas pouco antes de receber o prêmio "Brasileiro do Ano na Justiça" concedido pela revista IstoÉ na segunda-feira à noite .
"Nós devemos sempre buscar a correção de rumos. E aí entendo que a correção de rumos excomunga a aprovação com ressalvas."
A prestação de contas da campanha do presidente Lula recebeu recomendação de rejeição pelos técnicos do TSE por conterem irregularidades, sendo a principal a doação de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos, o que é vedado pela legislação eleitoral. O mesmo princípio, no entanto, não impediu a aprovação das contas da campanha do governador eleito de São Paulo José Serra (PSDB) na segunda-feira.
Segundo os tribunais, a rejeição das contas não impede a diplomação do presidente no próximo dia 14 e sua posse em 1o de janeiro. Cabe ao Ministério Público, a um candidato concorrente ou a um partido a possibilidade de questioná-las.
Fonte: Agência Reuters
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terça-feira, dezembro 12, 2006
PT admite abrir mão de presidir a Câmara em nome da coalizão
Por: ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, defendeu ontem que o partido dê mais espaço aos aliados na coalizão de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre outros sinais, Garcia declarou que a aposta em Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara não significa "uma tese inamovível".
O presidente do PT voltou a dizer que a candidatura é "pra valer", mas ressalvou que ela está submetida à avaliação dos aliados. "Nós queremos ter um único nome. Isso ficou claro desde o momento em que foi lançada a candidatura do deputado Chinaglia. É um nome para valer, mas um nome a ser submetido à coalizão" disse. "Acredito que ele [Chinaglia] possa ser presidente, mas isso não é uma tese inamovível."
Garcia participou ontem de encontro com bancadas estaduais do partido. Segundo ele, um governo de coalizão não se faz só em torno de idéias, mas também "de interesses".
"É claro que nós não queremos ser ingênuos e achar que o governo de coalizão será feito somente em torno de idéias. Ela se faz em torno de interesses. As idéias, às vezes, são mais fáceis de se discutir do que acomodar os interesses", disse ele.
Amanhã, Lula se reúne com as oito siglas que apoiarão o segundo mandado. Além de PT e PMDB, devem participar PP, PR (fusão do PL e Prona), PSB, PC do B, PRB e PV.
"Fica, Aldo"
Aliados do atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), se articulam para lançar nesta semana o movimento "fica, Aldo", em defesa de sua candidatura à reeleição. A idéia é fazer um jantar de apoio a Aldo até o Natal, com o lançamento oficial da candidatura. Oposicionistas e governistas integram o grupo de apoio.
A Folha apurou que os aliados do comunista esperam que, na primeira reunião do conselho político com Lula, marcada para amanhã, o debate sobre a presidência da Câmara seja destravado oficialmente.
Ontem à noite, em São Paulo, Aldo disse que "ainda" não é candidato à reeleição.
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, defendeu ontem que o partido dê mais espaço aos aliados na coalizão de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre outros sinais, Garcia declarou que a aposta em Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara não significa "uma tese inamovível".
O presidente do PT voltou a dizer que a candidatura é "pra valer", mas ressalvou que ela está submetida à avaliação dos aliados. "Nós queremos ter um único nome. Isso ficou claro desde o momento em que foi lançada a candidatura do deputado Chinaglia. É um nome para valer, mas um nome a ser submetido à coalizão" disse. "Acredito que ele [Chinaglia] possa ser presidente, mas isso não é uma tese inamovível."
Garcia participou ontem de encontro com bancadas estaduais do partido. Segundo ele, um governo de coalizão não se faz só em torno de idéias, mas também "de interesses".
"É claro que nós não queremos ser ingênuos e achar que o governo de coalizão será feito somente em torno de idéias. Ela se faz em torno de interesses. As idéias, às vezes, são mais fáceis de se discutir do que acomodar os interesses", disse ele.
Amanhã, Lula se reúne com as oito siglas que apoiarão o segundo mandado. Além de PT e PMDB, devem participar PP, PR (fusão do PL e Prona), PSB, PC do B, PRB e PV.
"Fica, Aldo"
Aliados do atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), se articulam para lançar nesta semana o movimento "fica, Aldo", em defesa de sua candidatura à reeleição. A idéia é fazer um jantar de apoio a Aldo até o Natal, com o lançamento oficial da candidatura. Oposicionistas e governistas integram o grupo de apoio.
A Folha apurou que os aliados do comunista esperam que, na primeira reunião do conselho político com Lula, marcada para amanhã, o debate sobre a presidência da Câmara seja destravado oficialmente.
Ontem à noite, em São Paulo, Aldo disse que "ainda" não é candidato à reeleição.
Ueba! bota colírio no ponto cego!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Guerrilha nas Estrelas. A zona aérea continua uma zona! Passageiro agora antes de fazer check-in tem que fazer check-up.
Pra agüentar o tranco no aeroporto! E o governo mandou instalar placas nos aeropartos: 'Tá com pressa? Vá de ônibus!'. E acabaram de descobrir o ponto cego: Waldir Pires, o ministro da Defesa. Da defesa do Palmeiras. Rarará! E essa piada pronta: ficou retido no aeroporto de Brasília o grupo musical Canarinhos de Petrópolis. Que não conseguiu voar. Nem canarinho tá voando!
Rarará!
E agora só viajo com o meu transponder particular. Aquele aparelhinho que se comunica com a torre. Viajo com o transponder no colo. 'Tô aqui na poltrona 27'. E a torre: 'Come uma barra de cereal e sobe 5.000 pés'. E diz que vão chamar os marronzinhos para autuar os aviões em fila dupla!
E o aviso pelos alto-faltantes: senhores passageiros com destino a Natal e Fortaleza, queiram se dirigir ao hotel mais próximo.
Rarará!
E São Paulo voltou ao normal. Tá tudo alagado. IPVA é Imposto sobre Vias Alagadas! E essas enchentes já estão enchendo! Vou propor rodízio de alagamentos. E outra piada pronta: o Amir Klink lançou livro no pior dia da enchente no shopping Morumbi. Que ficou ilhado. Não é o máximo um navegador ficar ilhado? Rarará! E o prefeito Kassab (Sóssab aumentar) diz que está preparado para as enchentes: vai dormir no Terraço Itália. Que é mais alto e ainda em uma massa boa! Rarará! E motoboy agora é botoboy! Moto com motor de popa! Rarará!
E a Paris Hilton tá de xaveco com a Britney Spears. Tá ralando um côco. Colando um velcro com a Brit. Enjoou de pingulim. Tá atacando pererecas! Paris Hilton virou bolacha. Já virou perfume, agora virou bolacha. Aí não é diversidade sexual, é divertimento sexual. Deviam trocar esse termo-cabeça diversidade por divertimento. Divertimento sexual. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece.
E atenção! Cartilha do Lula! Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Confinado': companheiro que ficou retido em Belo Horizonte no aeroporto de Confins. Rarará! O lulês é mais facil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colíro alucinógeno.
No ponto cego!
simao@uol.com.br
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Guerrilha nas Estrelas. A zona aérea continua uma zona! Passageiro agora antes de fazer check-in tem que fazer check-up.
Pra agüentar o tranco no aeroporto! E o governo mandou instalar placas nos aeropartos: 'Tá com pressa? Vá de ônibus!'. E acabaram de descobrir o ponto cego: Waldir Pires, o ministro da Defesa. Da defesa do Palmeiras. Rarará! E essa piada pronta: ficou retido no aeroporto de Brasília o grupo musical Canarinhos de Petrópolis. Que não conseguiu voar. Nem canarinho tá voando!
Rarará!
E agora só viajo com o meu transponder particular. Aquele aparelhinho que se comunica com a torre. Viajo com o transponder no colo. 'Tô aqui na poltrona 27'. E a torre: 'Come uma barra de cereal e sobe 5.000 pés'. E diz que vão chamar os marronzinhos para autuar os aviões em fila dupla!
E o aviso pelos alto-faltantes: senhores passageiros com destino a Natal e Fortaleza, queiram se dirigir ao hotel mais próximo.
Rarará!
E São Paulo voltou ao normal. Tá tudo alagado. IPVA é Imposto sobre Vias Alagadas! E essas enchentes já estão enchendo! Vou propor rodízio de alagamentos. E outra piada pronta: o Amir Klink lançou livro no pior dia da enchente no shopping Morumbi. Que ficou ilhado. Não é o máximo um navegador ficar ilhado? Rarará! E o prefeito Kassab (Sóssab aumentar) diz que está preparado para as enchentes: vai dormir no Terraço Itália. Que é mais alto e ainda em uma massa boa! Rarará! E motoboy agora é botoboy! Moto com motor de popa! Rarará!
E a Paris Hilton tá de xaveco com a Britney Spears. Tá ralando um côco. Colando um velcro com a Brit. Enjoou de pingulim. Tá atacando pererecas! Paris Hilton virou bolacha. Já virou perfume, agora virou bolacha. Aí não é diversidade sexual, é divertimento sexual. Deviam trocar esse termo-cabeça diversidade por divertimento. Divertimento sexual. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece.
E atenção! Cartilha do Lula! Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Confinado': companheiro que ficou retido em Belo Horizonte no aeroporto de Confins. Rarará! O lulês é mais facil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colíro alucinógeno.
No ponto cego!
simao@uol.com.br
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Pinochet já vai tarde. Posso viver sem um ditador para chamar de "meu". E a esquerda? Pode?
Por: Reinaldo Azevedo
Eu já disse ontem — ainda se pode ler abaixo — o que penso da morte de Pinochet. Mais ainda: como não estou amarrado a nenhum partido ou ente de razão, fico feliz de poder cuspir na memória do general. Ele era anticomunista. Eu também sou. Ele mandava matar pessoas que já não podiam reagir e que estavam sob a guarda do Estado. Eu acho isso uma barbaridade e, pois, o desprezo. Como a outros ditadores. Leitores antiesquerdistas indagam se o comunismo não teria matado mais do que ele — fala-se em três mil pessoas — se tivesse chegado ao poder no Chile, conforme estava nos planos dos aloprados. É claro que teria. O comunismo tem larga experiência no morticínio em massa. No Chile não teria sido diferente. Mas isso não justifica o que se fez lá.
Se considero que é moralmente aceitável que se mate a torto e a direito “os inimigos” porque comungam de uma doutrina que considero homicida, acabo por legitimar que eles façam o mesmo contra mim e os meus aliados. Afinal, os comunistas acreditavam — e os que existem acreditam ainda — que o capitalismo é que é homicida... Síntese: Pinochet conferia verossimilhança à fantasia esquerdista de que a sua luta era contra o mal, e não para impor o mal. Arremato: gente como o general é só o outro lado da tara assassina da esquerda. Ditador é lixo, não importa o pretexto. Não importa a ideologia.
Agora vamos às fantasias. A esquerda, claro, está em festa, inclusive nos jornais brasileiros. Não há uma só análise decente sobre o governo de Salvador Allende, que chegou ao poder pela via legal, institucional, e lançou o país na desordem. Claro! Era uma contradição em termos. Não se constrói socialismo nas urnas. Na Folha de hoje, o historiador Luiz Felipe de Alencastro concede uma entrevista a Rafael Cariello (clique aqui). Fala do trauma que a queda de Allende representou também para a esquerda européia — parte dela buscou aliança com os conservadores, outra optou pelo terrorismo —, mas não diz palavra sobre os erros do líder socialista. Mais. Fantasia que ele era um esquerdista à moda Mitterrand. Alencastro finge ignorar que a extrema esquerda armada estava dentro do governo e que foi ela que o conduziu ao caos.
Os artigos vão se espalhando. Clovis Rossi considera “uma agradável” coincidência que Pinochet tenha morrido quando se fecha “um dos mais suculentos ciclos eleitorais do subcontinente”. Não sei o que ele chama de “suculento”: vai ver é a reeleição de Lula no Brasil, a de Chávez na Venezuela, a eleição de Evo Morales na Bolívia e de um filhote do chavismo no Equador. Depois desanda a descer o pau no Chile porque um dos primeiros a aderir ao Consenso de Washington, com aumento da desigualdade. Huuummm... Eu adoro esse papo de desigualdade. Porque faz supor que Cuba, por exemplo, é um país melhor para os cubanos do que o Chile “neoliberal” para os chilenos. É verdade! Segundo a ONU, o Chile é hoje mais desigual do que a Guatemala...
Em suma, a esquerda, sob o pretexto de ser anti-Pinochet (ah, queridos, também sou!) ignora as óbvias ameaças que pesam contra a democracia na América Latina — e a corrupção, como é o caso do Brasil, é uma forma de fraudar o regime democrático —, para ver na emergência de formas variadas de populismo, ou coisa pior do que isso, o que seria um grande momento, em contraste com aqueles tempos sombrios.
Sem essa. Pinochet desce tarde aos infernos, como já disse. Se Deus tiver pena de sua alma, que o livre da danação eterna, depois de algumas exigências que não me atrevo a sugerir ao Divino. Mas não me venham santificar agora as maluquices de Allende ou enxergar em delinqüentes políticos contemporâneos os símbolos de um novo tempo. Ah, eu sou de direita? Talvez. Mas consigo viver sem um ditador para chamar de meu. A esquerda não pode dizer o mesmo.
Fonte: Veja on-line
Eu já disse ontem — ainda se pode ler abaixo — o que penso da morte de Pinochet. Mais ainda: como não estou amarrado a nenhum partido ou ente de razão, fico feliz de poder cuspir na memória do general. Ele era anticomunista. Eu também sou. Ele mandava matar pessoas que já não podiam reagir e que estavam sob a guarda do Estado. Eu acho isso uma barbaridade e, pois, o desprezo. Como a outros ditadores. Leitores antiesquerdistas indagam se o comunismo não teria matado mais do que ele — fala-se em três mil pessoas — se tivesse chegado ao poder no Chile, conforme estava nos planos dos aloprados. É claro que teria. O comunismo tem larga experiência no morticínio em massa. No Chile não teria sido diferente. Mas isso não justifica o que se fez lá.
Se considero que é moralmente aceitável que se mate a torto e a direito “os inimigos” porque comungam de uma doutrina que considero homicida, acabo por legitimar que eles façam o mesmo contra mim e os meus aliados. Afinal, os comunistas acreditavam — e os que existem acreditam ainda — que o capitalismo é que é homicida... Síntese: Pinochet conferia verossimilhança à fantasia esquerdista de que a sua luta era contra o mal, e não para impor o mal. Arremato: gente como o general é só o outro lado da tara assassina da esquerda. Ditador é lixo, não importa o pretexto. Não importa a ideologia.
Agora vamos às fantasias. A esquerda, claro, está em festa, inclusive nos jornais brasileiros. Não há uma só análise decente sobre o governo de Salvador Allende, que chegou ao poder pela via legal, institucional, e lançou o país na desordem. Claro! Era uma contradição em termos. Não se constrói socialismo nas urnas. Na Folha de hoje, o historiador Luiz Felipe de Alencastro concede uma entrevista a Rafael Cariello (clique aqui). Fala do trauma que a queda de Allende representou também para a esquerda européia — parte dela buscou aliança com os conservadores, outra optou pelo terrorismo —, mas não diz palavra sobre os erros do líder socialista. Mais. Fantasia que ele era um esquerdista à moda Mitterrand. Alencastro finge ignorar que a extrema esquerda armada estava dentro do governo e que foi ela que o conduziu ao caos.
Os artigos vão se espalhando. Clovis Rossi considera “uma agradável” coincidência que Pinochet tenha morrido quando se fecha “um dos mais suculentos ciclos eleitorais do subcontinente”. Não sei o que ele chama de “suculento”: vai ver é a reeleição de Lula no Brasil, a de Chávez na Venezuela, a eleição de Evo Morales na Bolívia e de um filhote do chavismo no Equador. Depois desanda a descer o pau no Chile porque um dos primeiros a aderir ao Consenso de Washington, com aumento da desigualdade. Huuummm... Eu adoro esse papo de desigualdade. Porque faz supor que Cuba, por exemplo, é um país melhor para os cubanos do que o Chile “neoliberal” para os chilenos. É verdade! Segundo a ONU, o Chile é hoje mais desigual do que a Guatemala...
Em suma, a esquerda, sob o pretexto de ser anti-Pinochet (ah, queridos, também sou!) ignora as óbvias ameaças que pesam contra a democracia na América Latina — e a corrupção, como é o caso do Brasil, é uma forma de fraudar o regime democrático —, para ver na emergência de formas variadas de populismo, ou coisa pior do que isso, o que seria um grande momento, em contraste com aqueles tempos sombrios.
Sem essa. Pinochet desce tarde aos infernos, como já disse. Se Deus tiver pena de sua alma, que o livre da danação eterna, depois de algumas exigências que não me atrevo a sugerir ao Divino. Mas não me venham santificar agora as maluquices de Allende ou enxergar em delinqüentes políticos contemporâneos os símbolos de um novo tempo. Ah, eu sou de direita? Talvez. Mas consigo viver sem um ditador para chamar de meu. A esquerda não pode dizer o mesmo.
Fonte: Veja on-line
Crise aérea! zona de flatuência!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Meus votos para o fim de ano: 'Tenha um 2007 Paris Hilton, e divirta-se em dobro!'. E eu sei o motivo da pane no sistema de comunicação da Aeronáutica: o vento derrubou o bombril da antena. Rarará! Caiu a gambiarra! Soltou o benjamin!
E o lado positivo da zona aérea: estão acomodando os passageiros em motéis. Motéis?! Então eu quero perder o meu vôo com a Daniela Sarahiba! Rarará! E eu já disse que agora os passageiros antes do check-in tem que fazer um check-up. Pra agüentar o tranco nos aeroportos.
E o chargista Liberati está chamando o Sindacta de Sem Data! Sem Data para embarcar! E um leitor acha que a Infraero tem que criar um 'Aerocamping'. Tirar todas aquelas cadeiras (do tempo da inquisição) e deixar um espaço livre. Pra armar barracas. Vou montar minha barraca perto da porta de embarque. Rarará! Guerrilha nas Estrelas!
Pane ou Pum?! Um avião da American Airlines estava indo de Washington para Tenesse quando os passageiros sentiram cheiro de pólvora. Pânico. É o Bin Laden! É o Bin Laden! Aí fizeram um pouso de emergência, reviraram as bagagens, chamaram os cães farejadores, o Schwarzenegger, a Swat e descobriram que era uma senhora que estava tendo uma crise de gases. E, com vergonha, acendia fósforos pra disfarçar o cheiro. Era o Pum Laden! Isso que eu chamo de mulher bomba! Não era turbulência, era flatulência! Atenção, senhores passageiros, favor apertar os cintos que estamos atravessando uma zona de flatulência! Rarará!
Será que a American Airlines estava servindo feijão com repolho? Rarará! É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o ouro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês.
É que na Praia do Pina, Recife, tem um boteco chamado Casa do K. ALHO! Será que tem que ir de avião? Rarará!
Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Fundo Fixo': companheiro que não tira a bunda da cadeira. Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Meus votos para o fim de ano: 'Tenha um 2007 Paris Hilton, e divirta-se em dobro!'. E eu sei o motivo da pane no sistema de comunicação da Aeronáutica: o vento derrubou o bombril da antena. Rarará! Caiu a gambiarra! Soltou o benjamin!
E o lado positivo da zona aérea: estão acomodando os passageiros em motéis. Motéis?! Então eu quero perder o meu vôo com a Daniela Sarahiba! Rarará! E eu já disse que agora os passageiros antes do check-in tem que fazer um check-up. Pra agüentar o tranco nos aeroportos.
E o chargista Liberati está chamando o Sindacta de Sem Data! Sem Data para embarcar! E um leitor acha que a Infraero tem que criar um 'Aerocamping'. Tirar todas aquelas cadeiras (do tempo da inquisição) e deixar um espaço livre. Pra armar barracas. Vou montar minha barraca perto da porta de embarque. Rarará! Guerrilha nas Estrelas!
Pane ou Pum?! Um avião da American Airlines estava indo de Washington para Tenesse quando os passageiros sentiram cheiro de pólvora. Pânico. É o Bin Laden! É o Bin Laden! Aí fizeram um pouso de emergência, reviraram as bagagens, chamaram os cães farejadores, o Schwarzenegger, a Swat e descobriram que era uma senhora que estava tendo uma crise de gases. E, com vergonha, acendia fósforos pra disfarçar o cheiro. Era o Pum Laden! Isso que eu chamo de mulher bomba! Não era turbulência, era flatulência! Atenção, senhores passageiros, favor apertar os cintos que estamos atravessando uma zona de flatulência! Rarará!
Será que a American Airlines estava servindo feijão com repolho? Rarará! É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o ouro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês.
É que na Praia do Pina, Recife, tem um boteco chamado Casa do K. ALHO! Será que tem que ir de avião? Rarará!
Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Fundo Fixo': companheiro que não tira a bunda da cadeira. Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
Gabeira ainda tentará ouvir petistas
BRASÍLIA - A oito dias do fim do prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos da CPI dos Sanguessugas, dia 19, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) tenta negociar os depoimentos do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e de Freud Godoy, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As convocações de Berzoini e Freud foram aprovadas pela comissão em 17 de outubro, mas até hoje eles não foram chamados para depor. Gabeira está disposto a abrir mão da prorrogação da CPI por mais 30 dias em troca dos depoimentos dos petistas.
"Vou tentar trocar a prorrogação da CPI por mais esses dois depoimentos", diz o deputado. Segundo ele, o requerimento que prevê a prorrogação dos trabalhos da comissão até 18 de janeiro já conta com a assinatura de "mais de cem deputados" - é necessário o apoio de, pelo menos, 171 deputados. No Senado, já foi recolhida a assinatura de 27 senadores (o equivalente a um terço da Casa) para estender o prazo de funcionamento da comissão até meados janeiro, durante o recesso parlamentar.
"Queremos que a CPI funcione um pouco mais para coincidir com o fim do inquérito da Polícia Federal, que deve ocorrer até o fim de dezembro", explica Gabeira. Mas, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é contra a prorrogação dos trabalhos da comissão. Ele alega que dificilmente a CPI conseguirá se reunir durante o mês de janeiro, o que acabaria inviabilizando a aprovação de um relatório final. "Seria o pior dos mundos a CPI acabar sem relatório", avalia o petista.
No final de novembro, o delegado Polícia Federal de Mato Grosso Diógenes Curado pediu à Justiça a prorrogação das investigações sobre a compra do dossiê contra políticos tucanos. No relatório, o delegado informou que há indícios de que Berzoini sabia do esquema. Curado observou, no entanto, que as provas não são suficientes para incriminar o petista e, por isso, as investigações contra ele não serão encaminhadas agora ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao pedir mais prazo para as investigações, o delegado afirmou que ainda não descobriu a origem do dinheiro para a compra do dossiê contra os tucanos.
Freud Godoy foi apontado por Gedimar Passos, ex-integrante do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a pessoa no PT que mandou pagar pelo dossiê. Depois, Gedimar mudou seu depoimento, passando a isentar o ex-segurança do presidente da República e a afirmar que o citou por pressão do delegado da PF Edmilson Bruno, primeiro a interrogá-lo. Gedimar Passos foi preso junto do Valdebran Padilha no dia 15 de setembro, no Hotel Íbis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão que seria usado para a compra do dossiê contra os tucanos.
Fonte: Tribuna da Imprensa
As convocações de Berzoini e Freud foram aprovadas pela comissão em 17 de outubro, mas até hoje eles não foram chamados para depor. Gabeira está disposto a abrir mão da prorrogação da CPI por mais 30 dias em troca dos depoimentos dos petistas.
"Vou tentar trocar a prorrogação da CPI por mais esses dois depoimentos", diz o deputado. Segundo ele, o requerimento que prevê a prorrogação dos trabalhos da comissão até 18 de janeiro já conta com a assinatura de "mais de cem deputados" - é necessário o apoio de, pelo menos, 171 deputados. No Senado, já foi recolhida a assinatura de 27 senadores (o equivalente a um terço da Casa) para estender o prazo de funcionamento da comissão até meados janeiro, durante o recesso parlamentar.
"Queremos que a CPI funcione um pouco mais para coincidir com o fim do inquérito da Polícia Federal, que deve ocorrer até o fim de dezembro", explica Gabeira. Mas, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é contra a prorrogação dos trabalhos da comissão. Ele alega que dificilmente a CPI conseguirá se reunir durante o mês de janeiro, o que acabaria inviabilizando a aprovação de um relatório final. "Seria o pior dos mundos a CPI acabar sem relatório", avalia o petista.
No final de novembro, o delegado Polícia Federal de Mato Grosso Diógenes Curado pediu à Justiça a prorrogação das investigações sobre a compra do dossiê contra políticos tucanos. No relatório, o delegado informou que há indícios de que Berzoini sabia do esquema. Curado observou, no entanto, que as provas não são suficientes para incriminar o petista e, por isso, as investigações contra ele não serão encaminhadas agora ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao pedir mais prazo para as investigações, o delegado afirmou que ainda não descobriu a origem do dinheiro para a compra do dossiê contra os tucanos.
Freud Godoy foi apontado por Gedimar Passos, ex-integrante do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a pessoa no PT que mandou pagar pelo dossiê. Depois, Gedimar mudou seu depoimento, passando a isentar o ex-segurança do presidente da República e a afirmar que o citou por pressão do delegado da PF Edmilson Bruno, primeiro a interrogá-lo. Gedimar Passos foi preso junto do Valdebran Padilha no dia 15 de setembro, no Hotel Íbis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão que seria usado para a compra do dossiê contra os tucanos.
Fonte: Tribuna da Imprensa
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Ceia macabra
Por: Reinaldo Azevedo
Lula ficou quase cinco horas com Chávez. Dá para supor quem estava dando lições a quem. Como o próprio Babalorixá de Banânia já disse, a Venezuela tem democracia até demais, não é mesmo? Por aqui, assistimos aos primeiros rasgos do Lula à moda bolivariana. E o alvo é a imprensa. O PT vai tentar atuar com um pouco mais de cuidado porque a sociedade brasileira é mais complexa. Mas as ações para encabrestar o jornalismo estão em curso. Por enquanto, os veículos dos amigos estão sendo compensados com a papa do dinheiro oficial. Dá para imaginar o que planejam para os inimigos.
É escandalosa tanta proximidade com um chefe de Estado que acaba de anunciar que vai mudar a Constituição — e ele tem maioria para isso — para instituir a reeleição sem limites no país. É uma lei que só tem um beneficiário: o próprio Chávez. Enquanto o petróleo lhe garantir os dólares do assistencialismo, ele vai continuar no poder, comandando um simulacro de democracia. Ah, quanta inveja Miraflores provoca no Planalto!
Como vocês podem ler abaixo, os dois países não avançaram quase nada em ações bilaterais. E Chávez ainda consegue atrapalhar o Brasil e o Mercosul. A razão é muito simples: à parte o seu petróleo, ninguém quer saber dele, um maluco com retórica exacerbadamente antiamericana, que diz estar dando passos para conduzir a Venezuela ao socialismo. O Doido de Caracas está, imaginem só!, revendo os conceitos dessa tal “propriedade privada”. Com Chávez, o Mercosul vira um circo.
Mas Lula, está posto, é seu principal aliado. A grande imprensa gosta de supor que o Foro de São Paulo, que reúne líderes e partidos de esquerda da América Latina, fundado por Lula, é uma fantasia um tanto paranóica. Claro! Prefere acreditar que os que acusam a sua existência apontam para alguma entidade secreta. Para começo de conversa, de secreta não tem nada. O PT e o presidente se orgulham de seu feito. O Foro de São Paulo é isso que vimos nestes dois dias: Chávez vem ao Brasil anunciar o seu projeto ditatorial, comemora com Lula e ainda se atreve a oferecer o “seu” petróleo para o crescimento do Brasil (leia abaixo). À esteira da reunião, ficamos sabendo que o Apedeuta pretende visitar o ditador Fidel Castro. O Foro de São Paulo é o que vimos na Bolívia: Evo Morales “tomou” a Petrobras do Brasil, mas não de Lula, que deu de presente a empresa dos brasileiros aos “oprimidos” bolivianos. O Foro de São Paulo é esta contínua degradação da democracia no continente.
O governo Lula, no fim das contas, é isto: enquanto o chefe da nação confraterniza com um tiranete de manual, ambos sonhando com a constituição de um novo eixo de poder no mundo de que seriam protagonistas, os brasileiros penam nos aeroportos: sem avião, sem banho, sem comida, sem o direito de ir e vir. O presidente quer distância da crise. Ela acontece num outro país: o real. Deixa o homem sonhar. Ele prefere as utopias redentoras que o espírito do vinho anima. Dois provincianos perdidos no oco da América Latina a planejar irrelevâncias para povos cada vez menos relevantes...
Lula ficou quase cinco horas com Chávez. Dá para supor quem estava dando lições a quem. Como o próprio Babalorixá de Banânia já disse, a Venezuela tem democracia até demais, não é mesmo? Por aqui, assistimos aos primeiros rasgos do Lula à moda bolivariana. E o alvo é a imprensa. O PT vai tentar atuar com um pouco mais de cuidado porque a sociedade brasileira é mais complexa. Mas as ações para encabrestar o jornalismo estão em curso. Por enquanto, os veículos dos amigos estão sendo compensados com a papa do dinheiro oficial. Dá para imaginar o que planejam para os inimigos.
É escandalosa tanta proximidade com um chefe de Estado que acaba de anunciar que vai mudar a Constituição — e ele tem maioria para isso — para instituir a reeleição sem limites no país. É uma lei que só tem um beneficiário: o próprio Chávez. Enquanto o petróleo lhe garantir os dólares do assistencialismo, ele vai continuar no poder, comandando um simulacro de democracia. Ah, quanta inveja Miraflores provoca no Planalto!
Como vocês podem ler abaixo, os dois países não avançaram quase nada em ações bilaterais. E Chávez ainda consegue atrapalhar o Brasil e o Mercosul. A razão é muito simples: à parte o seu petróleo, ninguém quer saber dele, um maluco com retórica exacerbadamente antiamericana, que diz estar dando passos para conduzir a Venezuela ao socialismo. O Doido de Caracas está, imaginem só!, revendo os conceitos dessa tal “propriedade privada”. Com Chávez, o Mercosul vira um circo.
Mas Lula, está posto, é seu principal aliado. A grande imprensa gosta de supor que o Foro de São Paulo, que reúne líderes e partidos de esquerda da América Latina, fundado por Lula, é uma fantasia um tanto paranóica. Claro! Prefere acreditar que os que acusam a sua existência apontam para alguma entidade secreta. Para começo de conversa, de secreta não tem nada. O PT e o presidente se orgulham de seu feito. O Foro de São Paulo é isso que vimos nestes dois dias: Chávez vem ao Brasil anunciar o seu projeto ditatorial, comemora com Lula e ainda se atreve a oferecer o “seu” petróleo para o crescimento do Brasil (leia abaixo). À esteira da reunião, ficamos sabendo que o Apedeuta pretende visitar o ditador Fidel Castro. O Foro de São Paulo é o que vimos na Bolívia: Evo Morales “tomou” a Petrobras do Brasil, mas não de Lula, que deu de presente a empresa dos brasileiros aos “oprimidos” bolivianos. O Foro de São Paulo é esta contínua degradação da democracia no continente.
O governo Lula, no fim das contas, é isto: enquanto o chefe da nação confraterniza com um tiranete de manual, ambos sonhando com a constituição de um novo eixo de poder no mundo de que seriam protagonistas, os brasileiros penam nos aeroportos: sem avião, sem banho, sem comida, sem o direito de ir e vir. O presidente quer distância da crise. Ela acontece num outro país: o real. Deixa o homem sonhar. Ele prefere as utopias redentoras que o espírito do vinho anima. Dois provincianos perdidos no oco da América Latina a planejar irrelevâncias para povos cada vez menos relevantes...
Ceia macabra
Por: Reinaldo Azevedo
Lula ficou quase cinco horas com Chávez. Dá para supor quem estava dando lições a quem. Como o próprio Babalorixá de Banânia já disse, a Venezuela tem democracia até demais, não é mesmo? Por aqui, assistimos aos primeiros rasgos do Lula à moda bolivariana. E o alvo é a imprensa. O PT vai tentar atuar com um pouco mais de cuidado porque a sociedade brasileira é mais complexa. Mas as ações para encabrestar o jornalismo estão em curso. Por enquanto, os veículos dos amigos estão sendo compensados com a papa do dinheiro oficial. Dá para imaginar o que planejam para os inimigos.
É escandalosa tanta proximidade com um chefe de Estado que acaba de anunciar que vai mudar a Constituição — e ele tem maioria para isso — para instituir a reeleição sem limites no país. É uma lei que só tem um beneficiário: o próprio Chávez. Enquanto o petróleo lhe garantir os dólares do assistencialismo, ele vai continuar no poder, comandando um simulacro de democracia. Ah, quanta inveja Miraflores provoca no Planalto!
Como vocês podem ler abaixo, os dois países não avançaram quase nada em ações bilaterais. E Chávez ainda consegue atrapalhar o Brasil e o Mercosul. A razão é muito simples: à parte o seu petróleo, ninguém quer saber dele, um maluco com retórica exacerbadamente antiamericana, que diz estar dando passos para conduzir a Venezuela ao socialismo. O Doido de Caracas está, imaginem só!, revendo os conceitos dessa tal “propriedade privada”. Com Chávez, o Mercosul vira um circo.
Mas Lula, está posto, é seu principal aliado. A grande imprensa gosta de supor que o Foro de São Paulo, que reúne líderes e partidos de esquerda da América Latina, fundado por Lula, é uma fantasia um tanto paranóica. Claro! Prefere acreditar que os que acusam a sua existência apontam para alguma entidade secreta. Para começo de conversa, de secreta não tem nada. O PT e o presidente se orgulham de seu feito. O Foro de São Paulo é isso que vimos nestes dois dias: Chávez vem ao Brasil anunciar o seu projeto ditatorial, comemora com Lula e ainda se atreve a oferecer o “seu” petróleo para o crescimento do Brasil (leia abaixo). À esteira da reunião, ficamos sabendo que o Apedeuta pretende visitar o ditador Fidel Castro. O Foro de São Paulo é o que vimos na Bolívia: Evo Morales “tomou” a Petrobras do Brasil, mas não de Lula, que deu de presente a empresa dos brasileiros aos “oprimidos” bolivianos. O Foro de São Paulo é esta contínua degradação da democracia no continente.
O governo Lula, no fim das contas, é isto: enquanto o chefe da nação confraterniza com um tiranete de manual, ambos sonhando com a constituição de um novo eixo de poder no mundo de que seriam protagonistas, os brasileiros penam nos aeroportos: sem avião, sem banho, sem comida, sem o direito de ir e vir. O presidente quer distância da crise. Ela acontece num outro país: o real. Deixa o homem sonhar. Ele prefere as utopias redentoras que o espírito do vinho anima. Dois provincianos perdidos no oco da América Latina a planejar irrelevâncias para povos cada vez menos relevantes...
Lula ficou quase cinco horas com Chávez. Dá para supor quem estava dando lições a quem. Como o próprio Babalorixá de Banânia já disse, a Venezuela tem democracia até demais, não é mesmo? Por aqui, assistimos aos primeiros rasgos do Lula à moda bolivariana. E o alvo é a imprensa. O PT vai tentar atuar com um pouco mais de cuidado porque a sociedade brasileira é mais complexa. Mas as ações para encabrestar o jornalismo estão em curso. Por enquanto, os veículos dos amigos estão sendo compensados com a papa do dinheiro oficial. Dá para imaginar o que planejam para os inimigos.
É escandalosa tanta proximidade com um chefe de Estado que acaba de anunciar que vai mudar a Constituição — e ele tem maioria para isso — para instituir a reeleição sem limites no país. É uma lei que só tem um beneficiário: o próprio Chávez. Enquanto o petróleo lhe garantir os dólares do assistencialismo, ele vai continuar no poder, comandando um simulacro de democracia. Ah, quanta inveja Miraflores provoca no Planalto!
Como vocês podem ler abaixo, os dois países não avançaram quase nada em ações bilaterais. E Chávez ainda consegue atrapalhar o Brasil e o Mercosul. A razão é muito simples: à parte o seu petróleo, ninguém quer saber dele, um maluco com retórica exacerbadamente antiamericana, que diz estar dando passos para conduzir a Venezuela ao socialismo. O Doido de Caracas está, imaginem só!, revendo os conceitos dessa tal “propriedade privada”. Com Chávez, o Mercosul vira um circo.
Mas Lula, está posto, é seu principal aliado. A grande imprensa gosta de supor que o Foro de São Paulo, que reúne líderes e partidos de esquerda da América Latina, fundado por Lula, é uma fantasia um tanto paranóica. Claro! Prefere acreditar que os que acusam a sua existência apontam para alguma entidade secreta. Para começo de conversa, de secreta não tem nada. O PT e o presidente se orgulham de seu feito. O Foro de São Paulo é isso que vimos nestes dois dias: Chávez vem ao Brasil anunciar o seu projeto ditatorial, comemora com Lula e ainda se atreve a oferecer o “seu” petróleo para o crescimento do Brasil (leia abaixo). À esteira da reunião, ficamos sabendo que o Apedeuta pretende visitar o ditador Fidel Castro. O Foro de São Paulo é o que vimos na Bolívia: Evo Morales “tomou” a Petrobras do Brasil, mas não de Lula, que deu de presente a empresa dos brasileiros aos “oprimidos” bolivianos. O Foro de São Paulo é esta contínua degradação da democracia no continente.
O governo Lula, no fim das contas, é isto: enquanto o chefe da nação confraterniza com um tiranete de manual, ambos sonhando com a constituição de um novo eixo de poder no mundo de que seriam protagonistas, os brasileiros penam nos aeroportos: sem avião, sem banho, sem comida, sem o direito de ir e vir. O presidente quer distância da crise. Ela acontece num outro país: o real. Deixa o homem sonhar. Ele prefere as utopias redentoras que o espírito do vinho anima. Dois provincianos perdidos no oco da América Latina a planejar irrelevâncias para povos cada vez menos relevantes...
Controladores novatos receberão mais que antigos
PorErika Klingl
Do Correio Braziliense
08/12/2006
07h49-A contratação de novos controladores de vôo para diminuir a crise no setor aéreo está surtindo efeito contrário. Os atuais operadores estão indignados com o concurso público que vai contratar 64 civis, inexperientes, mas que receberão o mesmo que um controlador militar no fim de carreira. O salário informado no edital é quase o dobro do que é pago para operadores de radar com até sete anos de carreira. Ontem, as queixas chegaram ao gabinete do comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos da Silva Bueno, que quer um encontro com o grupo. Vai pedir paciência aos controladores.
Na última semana, o governo divulgou dois editais para contratação de novos operadores de vôo. O primeiro é para 160 homens e mulheres interessados na carreira militar. Quem já estiver nas Forças Armadas concorre para mudar de trabalho dentro da própria Aeronáutica. Os civis também podem participar desse concurso, mas os aprovados terão que fazer escola preparatória para formação profissional. Só depois poderão trabalhar nos aeroportos. Nesse caso, os salários são os mesmos da carreira militar e aumentam, conforme a patente. Normalmente, são necessários sete anos de serviço para mudar de qualificação.
O segundo edital lançado pelo governo é específico para civis. Serão 64 vagas com salários iniciais de R$ 3.148, 40. Dessas vagas, seis são para Brasília. “Apesar de a carreira civil de controlador de vôo não incluir as gratificações de um militar, com a soma do vale-transporte o salário de um novato será quase o mesmo que o meu”, critica um controlador com 20 anos de carreira.
O Correio teve acesso a três contracheques de controladores de vôo com diferentes anos de trabalho. No início de carreira no 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), o salário é de R$ 2.400. Descontados os impostos e taxas, o vencimento cai para R$1.400. Após 14 anos no Cindacta 1, o salário não supera R$ 3.100. Com os descontos, R$ 2.400. O supervisor, com 20 anos de serviços prestados, tem salário de R$ 3.600, reduzido para R$ 2.600 líquidos. “Com isso, não é raro encontrar colegas que fazem bico. Tenho amigos motoristas de taxi e até quem quebra galho como pintor”, denuncia um controlador.
Hierarquia
Por trás de toda a confusão, há uma briga para que os salários da categoria sejam aumentados. As reclamações incluem melhores condições de trabalho. Cerca de dois terços dos controladores de vôo são militares. Além de receberem um salário menor, são submetidos à rígida hierarquia militar. Os civis têm rotina de funcionários públicos.
Todas as tentativas desses controladores de obter aumentos salariais ou gratificações esbarram na resistência do Comando da Aeronáutica em criar diferenças dentro da tropa. A função de operador é desempenhada por sargentos. O aumento diferenciado implicaria na reivindicação de isonomia para as Forças Armadas, com efeito cascata sobre os soldos. Há anos os militares tentam equiparação salarial com os outros controladores, mas esbarram na lei. Não é possível aumentar os salários sem dar reajuste geral aos militares.
O clima de tensão interno foi aumentando e explodiu depois do acidente com o avião da Gol, que expôs as condições de trabalho dos controladores. Há tempos circula dentro do governo a proposta de transferir todos os controladores para o regime civil, assim como outra prevê a criação de uma nova estrutura, bancada pelas empresas aéreas e fora do regime militar. A idéia esbarra invariavelmente na Aeronáutica, que não quer perder influência. O argumento oficial é segurança nacional. O Cindacta controla não apenas o tráfego das aeronaves nos céus do país, mas todo o espaço aéreo. :
Do Correio Braziliense
08/12/2006
07h49-A contratação de novos controladores de vôo para diminuir a crise no setor aéreo está surtindo efeito contrário. Os atuais operadores estão indignados com o concurso público que vai contratar 64 civis, inexperientes, mas que receberão o mesmo que um controlador militar no fim de carreira. O salário informado no edital é quase o dobro do que é pago para operadores de radar com até sete anos de carreira. Ontem, as queixas chegaram ao gabinete do comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos da Silva Bueno, que quer um encontro com o grupo. Vai pedir paciência aos controladores.
Na última semana, o governo divulgou dois editais para contratação de novos operadores de vôo. O primeiro é para 160 homens e mulheres interessados na carreira militar. Quem já estiver nas Forças Armadas concorre para mudar de trabalho dentro da própria Aeronáutica. Os civis também podem participar desse concurso, mas os aprovados terão que fazer escola preparatória para formação profissional. Só depois poderão trabalhar nos aeroportos. Nesse caso, os salários são os mesmos da carreira militar e aumentam, conforme a patente. Normalmente, são necessários sete anos de serviço para mudar de qualificação.
O segundo edital lançado pelo governo é específico para civis. Serão 64 vagas com salários iniciais de R$ 3.148, 40. Dessas vagas, seis são para Brasília. “Apesar de a carreira civil de controlador de vôo não incluir as gratificações de um militar, com a soma do vale-transporte o salário de um novato será quase o mesmo que o meu”, critica um controlador com 20 anos de carreira.
O Correio teve acesso a três contracheques de controladores de vôo com diferentes anos de trabalho. No início de carreira no 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), o salário é de R$ 2.400. Descontados os impostos e taxas, o vencimento cai para R$1.400. Após 14 anos no Cindacta 1, o salário não supera R$ 3.100. Com os descontos, R$ 2.400. O supervisor, com 20 anos de serviços prestados, tem salário de R$ 3.600, reduzido para R$ 2.600 líquidos. “Com isso, não é raro encontrar colegas que fazem bico. Tenho amigos motoristas de taxi e até quem quebra galho como pintor”, denuncia um controlador.
Hierarquia
Por trás de toda a confusão, há uma briga para que os salários da categoria sejam aumentados. As reclamações incluem melhores condições de trabalho. Cerca de dois terços dos controladores de vôo são militares. Além de receberem um salário menor, são submetidos à rígida hierarquia militar. Os civis têm rotina de funcionários públicos.
Todas as tentativas desses controladores de obter aumentos salariais ou gratificações esbarram na resistência do Comando da Aeronáutica em criar diferenças dentro da tropa. A função de operador é desempenhada por sargentos. O aumento diferenciado implicaria na reivindicação de isonomia para as Forças Armadas, com efeito cascata sobre os soldos. Há anos os militares tentam equiparação salarial com os outros controladores, mas esbarram na lei. Não é possível aumentar os salários sem dar reajuste geral aos militares.
O clima de tensão interno foi aumentando e explodiu depois do acidente com o avião da Gol, que expôs as condições de trabalho dos controladores. Há tempos circula dentro do governo a proposta de transferir todos os controladores para o regime civil, assim como outra prevê a criação de uma nova estrutura, bancada pelas empresas aéreas e fora do regime militar. A idéia esbarra invariavelmente na Aeronáutica, que não quer perder influência. O argumento oficial é segurança nacional. O Cindacta controla não apenas o tráfego das aeronaves nos céus do país, mas todo o espaço aéreo. :
Rio: ministra do STF é assaltada e polícia mata suspeitos
Por: Agência Estado
07h40-A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Elen Grace e seu colega de tribunal, o ministro Gilmar Mendes, foram assaltados durante um arrastão na noite de quinta-feira, no Rio de Janeiro. Eles passavam numa Zafira azul oficial pela Av. Perimetral, na zona portuária do Rio de Janeiro e se dirigiam pela Linha Vermelha para a Ilha do Governador.
Os criminosos fecharam a Linha Vermelha e foram recolhendo os pertences de todas as vítimas. Os assaltantes levaram o veículo dos ministros e outros valores pessoais ainda não declarados. A polícia do Rio informou que dois suspeitos de terem participado do arrastão morreram após troca de tiros no Andarái, onde roubaram um Audi após levarem o Zafira da ministra do Supremo. Os outros suspeitos conseguiram escapar.
07h40-A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Elen Grace e seu colega de tribunal, o ministro Gilmar Mendes, foram assaltados durante um arrastão na noite de quinta-feira, no Rio de Janeiro. Eles passavam numa Zafira azul oficial pela Av. Perimetral, na zona portuária do Rio de Janeiro e se dirigiam pela Linha Vermelha para a Ilha do Governador.
Os criminosos fecharam a Linha Vermelha e foram recolhendo os pertences de todas as vítimas. Os assaltantes levaram o veículo dos ministros e outros valores pessoais ainda não declarados. A polícia do Rio informou que dois suspeitos de terem participado do arrastão morreram após troca de tiros no Andarái, onde roubaram um Audi após levarem o Zafira da ministra do Supremo. Os outros suspeitos conseguiram escapar.
PT foi avisado sobre irregularidade em doações
Por: Gustavo Krieger
Do Correio Braziliense
08/12/2006
07h42-O PT foi informado durante a campanha eleitoral que a Justiça considerava irregulares as doações feitas ao caixa da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos. Mesmo assim, continuou a receber dinheiro dessas empresas. O tesoureiro de Lula, José de Filippi, contou ao Correio que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertou o PT assim que recebeu a prestação de contas parcial da campanha. Os auditores consideraram ilegal uma doação de R$ 1 milhão feita pela mineradora Caemi, ligada à Companhia Vale do Rio Doce. A Caemi participa do capital de uma empresa que explora as ferrovias da Vale. Em vez de ouvir a Justiça, o PT procurou a empresa. “Quando recebemos a notificação, consultamos a Vale”, conta. “O departamento jurídico deles nos disse que a doação era legal.” O PT ainda recebeu mais R$ 800 mil da mineradora.
O comando do PT está preocupado com o julgamento da prestação de contas de campanha de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O parecer técnico dos auditores do tribunal propôs a rejeição das contas, o que impediria a diplomação de Lula e sua posse para o segundo mandato. Filippi reconhece que ficará satisfeito se as contas forem aprovadas com ressalvas. “Podemos não merecer uma nota 10, mas se obtivermos um cinco ou seis, já dá para passar de ano”, argumenta. Mas o partido prepara-se para a pior hipótese. Os advogados petistas já estão estudando formas de garantir a posse de Lula caso o TSE rejeite as contas.
O julgamento deve acontecer na próxima terça-feira. O PT entregou ao tribunal um calhamaço de 1.200 páginas para responder ao parecer dos técnicos. Na resposta, reconhece e corrige vários erros da prestação de contas original, como a falta de notas fiscais que comprovem despesas e falhas na identificação de doadores. Como resultado dessas correções, o rombo no caixa de campanha de Lula aumentou. Na prestação original, sobraram R$ 9,3 milhões em dívidas, que foram assumidas pelo PT. Na revisão, os débitos passam de R$ 10 milhões.
Crise institucional
Com a retificação, os petistas esperam eliminar boa parte das restrições apontadas pela auditoria do TSE, mas Filippi reconhece que o maior problema continua. “A questão fundamental é a das doações vetadas. Nesse ponto, não tenho nenhuma esperança de mudar a posição dos auditores. Vamos tentar vencer no plenário do tribunal.” Os técnicos da Justiça Eleitoral dizem que a campanha de Lula infringiu a lei ao aceitar doações de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos. A legislação proíbe empresas que exploram concessões públicas como rodovias e ferrovias de financiar candidatos, mas os partidos burlam o veto buscando o dinheiro em outras empresas do mesmo grupo.
As doações contestadas pelos auditores somam cerca de R$ 12 milhões. Filippi admite que não dá para limpá-las da contabilidade de Lula. Resta ao PT tentar convencer os ministros do TSE a aceitá-las. A lei é clara ao proibir as doações de concessionários, mas é omissa quanto às empresas do mesmo grupo. É nessa omissão que os petistas apostam para preservar a eleição de Lula. Os petistas esperam que o TSE não queira criar um impasse institucional, até porque o tucano Geraldo Alckmin, que disputou o segundo turno com Lula, também tem em sua contabilidade doações de empresas ligadas a concessionárias. O TSE decidiu analisar primeiro as contas de Lula, para cumprir os prazos de diplomação. Só depois de terminar o julgamento de Lula, a corte vai debruçar-se sobre as contas de Alckmin.
“A Justiça Eleitoral terá de analisar em conjunto todos os casos”, diz Filippi. “É preciso ter ponderação. O caso do presidente Lula é o mesmo de outros candidatos à Presidência e de vários governadores eleitos, como José Serra (SP)”. Em eleições anteriores, a Justiça Eleitoral aceitou doações do tipo que estão sendo contestadas. A esperança do PT é que o mesmo aconteça agora e que Lula saia do julgamento eleito, mesmo que com um puxão de orelhas da Justiça Eleitoral.
Do Correio Braziliense
08/12/2006
07h42-O PT foi informado durante a campanha eleitoral que a Justiça considerava irregulares as doações feitas ao caixa da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos. Mesmo assim, continuou a receber dinheiro dessas empresas. O tesoureiro de Lula, José de Filippi, contou ao Correio que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertou o PT assim que recebeu a prestação de contas parcial da campanha. Os auditores consideraram ilegal uma doação de R$ 1 milhão feita pela mineradora Caemi, ligada à Companhia Vale do Rio Doce. A Caemi participa do capital de uma empresa que explora as ferrovias da Vale. Em vez de ouvir a Justiça, o PT procurou a empresa. “Quando recebemos a notificação, consultamos a Vale”, conta. “O departamento jurídico deles nos disse que a doação era legal.” O PT ainda recebeu mais R$ 800 mil da mineradora.
O comando do PT está preocupado com o julgamento da prestação de contas de campanha de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O parecer técnico dos auditores do tribunal propôs a rejeição das contas, o que impediria a diplomação de Lula e sua posse para o segundo mandato. Filippi reconhece que ficará satisfeito se as contas forem aprovadas com ressalvas. “Podemos não merecer uma nota 10, mas se obtivermos um cinco ou seis, já dá para passar de ano”, argumenta. Mas o partido prepara-se para a pior hipótese. Os advogados petistas já estão estudando formas de garantir a posse de Lula caso o TSE rejeite as contas.
O julgamento deve acontecer na próxima terça-feira. O PT entregou ao tribunal um calhamaço de 1.200 páginas para responder ao parecer dos técnicos. Na resposta, reconhece e corrige vários erros da prestação de contas original, como a falta de notas fiscais que comprovem despesas e falhas na identificação de doadores. Como resultado dessas correções, o rombo no caixa de campanha de Lula aumentou. Na prestação original, sobraram R$ 9,3 milhões em dívidas, que foram assumidas pelo PT. Na revisão, os débitos passam de R$ 10 milhões.
Crise institucional
Com a retificação, os petistas esperam eliminar boa parte das restrições apontadas pela auditoria do TSE, mas Filippi reconhece que o maior problema continua. “A questão fundamental é a das doações vetadas. Nesse ponto, não tenho nenhuma esperança de mudar a posição dos auditores. Vamos tentar vencer no plenário do tribunal.” Os técnicos da Justiça Eleitoral dizem que a campanha de Lula infringiu a lei ao aceitar doações de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos. A legislação proíbe empresas que exploram concessões públicas como rodovias e ferrovias de financiar candidatos, mas os partidos burlam o veto buscando o dinheiro em outras empresas do mesmo grupo.
As doações contestadas pelos auditores somam cerca de R$ 12 milhões. Filippi admite que não dá para limpá-las da contabilidade de Lula. Resta ao PT tentar convencer os ministros do TSE a aceitá-las. A lei é clara ao proibir as doações de concessionários, mas é omissa quanto às empresas do mesmo grupo. É nessa omissão que os petistas apostam para preservar a eleição de Lula. Os petistas esperam que o TSE não queira criar um impasse institucional, até porque o tucano Geraldo Alckmin, que disputou o segundo turno com Lula, também tem em sua contabilidade doações de empresas ligadas a concessionárias. O TSE decidiu analisar primeiro as contas de Lula, para cumprir os prazos de diplomação. Só depois de terminar o julgamento de Lula, a corte vai debruçar-se sobre as contas de Alckmin.
“A Justiça Eleitoral terá de analisar em conjunto todos os casos”, diz Filippi. “É preciso ter ponderação. O caso do presidente Lula é o mesmo de outros candidatos à Presidência e de vários governadores eleitos, como José Serra (SP)”. Em eleições anteriores, a Justiça Eleitoral aceitou doações do tipo que estão sendo contestadas. A esperança do PT é que o mesmo aconteça agora e que Lula saia do julgamento eleito, mesmo que com um puxão de orelhas da Justiça Eleitoral.
À MATROCA
Por: Dora Kramer, no Estado de S.Paulo
A cada explicação dada pelas autoridades, mais obscuras parecem as verdadeiras razões da crise nos aeroportos e mais desprotegidos, desrespeitados e desassistidos ficam os cidadãos. Agora o ministro Waldir Pires disse que faltou suporte técnico no Cindacta-1 para sanar a pane no sistema de comunicação.
Segundo ele, 'por sorte' um técnico francês estava em Manaus e viajou a Brasília para resolver o defeito.
No outro pico da crise, semanas atrás, a justificativa foi a de que dois controladores ficaram doentes em Brasília, faltaram ao trabalho e todo o sistema foi afetado.
Sejamos francos: nada disso é verdade. Se fosse, seríamos obrigados a concluir que o sistema aéreo brasileiro, tido e havido como um dos mais seguros e avançados do mundo, de repente se transformou numa arapuca de quinta categoria, sem assistência técnica nem reserva de pessoal.
Como até há dois meses funcionava, os aviões de carreira estão no chão, mas a mentira está no ar.
A cada explicação dada pelas autoridades, mais obscuras parecem as verdadeiras razões da crise nos aeroportos e mais desprotegidos, desrespeitados e desassistidos ficam os cidadãos. Agora o ministro Waldir Pires disse que faltou suporte técnico no Cindacta-1 para sanar a pane no sistema de comunicação.
Segundo ele, 'por sorte' um técnico francês estava em Manaus e viajou a Brasília para resolver o defeito.
No outro pico da crise, semanas atrás, a justificativa foi a de que dois controladores ficaram doentes em Brasília, faltaram ao trabalho e todo o sistema foi afetado.
Sejamos francos: nada disso é verdade. Se fosse, seríamos obrigados a concluir que o sistema aéreo brasileiro, tido e havido como um dos mais seguros e avançados do mundo, de repente se transformou numa arapuca de quinta categoria, sem assistência técnica nem reserva de pessoal.
Como até há dois meses funcionava, os aviões de carreira estão no chão, mas a mentira está no ar.
Baianos podem liderar bancadas da Câmara e do Senado
A tendência, como já era de se esperar, é que a disputa pelas mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, até o dia 2 de fevereiro, data marcada para a efetivação do pleito, aqueça o Congresso Nacional. Enquanto isso, as bancadas baianas no cenário, leia-se PFL, liderada pelo senador Antonio Carlos Magalhães, e PMDB, pelo deputado federal Geddel Vieira Lima, costuram apoio nos bastidores na busca de espaço, seja como líderes partidários nas respectivas Casas Legisla-tivas ou mesmo para o grande embate presidencial. Entre os nomes especulados estão: o do senador César Borges (PFL), para liderar a bancada pefelista no Senado, caso o atual líder, José Agripino (RN) emplaque a presidência da Casa, como é esperado por eles; o do deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL), como favorito para a mesma função na Câmara - segundo fontes fortes, o atual líder Rodrigo Maia passaria o cargo direto para as suas mãos; e o do próprio Geddel, que, apesar de não confirmar sua candidatura, está entre os mais cotados para presidir o Legislativo federal.
Todos negam qualquer tipo de articulação nesse sentido. No entanto, nas entrelinhas, deixam transparecer o desejo, seja pessoal ou do próprio partido, da disputa. O senador César Borges, por exemplo, através de sua assessoria, embora tenha declarado que não está fazendo campanha e que a prioridade é eleger Agripino, afirmou que, caso a candidatura do colega não vá para a frente e haja interesse da bancada pelo seu nome, não irá se opor.
Confirmado o fato, sem dúvida a briga não será fácil, pois o que se comenta nos bastidores é que, ao contrário de ACM Neto, tido como favorito, o atual presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), não quer nem ouvir falar na possibilidade da ascensão de Borges. Já o deputado ACM Neto, como sempre muito cauteloso, se limitou a dizer que sobre esse assunto não fala. “Me reservo ao direito de não comentá-lo, é melhor não colocar os carros na frente dos bois. No momento certo, essa questão vai ser discutida e vamos buscar a melhor alternativa”, ponderou, ressaltando que a sua meta é a unidade do PFL.
O peemedebista Geddel Vieira Lima, apesar de resistir quanto à possibilidade de vir a ser o escolhido para assumir a presidência da Câmara, afirmou que a bancada, a maior, com 89 deputados, esteve reunida ontem e decidiu por lançar um candidato. O impasse girava em torno de ceder ou não ao PT o segundo cargo na linha de sucessão da República, em troca do apoio do governo e de petistas à reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. O nome, segundo ele, só será definido na próxima terça-feira.
Contudo, ele continua com o mesmo discurso. “A minha posição é a mesma, repito que não tenho idéia fixa pela presidência. Primeiro, é preciso um nome que unifique a bancada. Não sou um aventureiro da política. Não vou fazer campanha avulsa para eventuais barganhas”, enfatizou. Além de Geddel, Eunício Oliveira (CE) também está sendo cogitado para a disputa. (Por Fernanda Chagas)
Divisão do PT preocupa Jaques Wagner
Só mesmo as dificuldades para a montagem do secretariado - que tem um prazo menor - poderiam fazer o governador eleito, Jaques Wagner, cancelar a reunião que teria na manhã de ontem com a bancada do PT para discutir uma definição sobre o candidato do partido à presidência da Assembléia Legislativa. Desde o início do processo, Wagner tem se pronunciado pela liberdade dos deputados - de seu partido, de sua base e do próprio colegiado - para que se chegue a um nome, mas isso vem se revelando uma operação complicada.
A praxe nas eleições para mesas diretoras do Poder Legislativo, em qualquer instância, é a construção de uma chapa consensual, em que a presidência seja destinada ao partido de maior bancada no âmbito da situação e os demais cargos sejam distribuídos, tanto quanto permita a aritmética, de forma proporcional.
Na avaliação de um fonte ligada à assessoria de Wagner, a base de apoio ao futuro governo tem 37 dos 63 deputados eleitos ou reeleitos em outubro.
Nesse grupo, o PT detém a maioria, com dez cadeiras, o que lhe dá o direito de pleitear a presidência da Assembléia.
Ocorre que, segundo outra fonte petista - um parlamentar - , as sucessivas reuniões da bancada mostram uma divisão exata de preferências entre os nomes dos deputados Waldenor Pereira e Zé das Virgens, ou seja, cinco para cada um. Para a primeira fonte citada, “o PT não se une, isso é uma burrice e enfraquece o partido”.
Essa indefinição teria feito com que o governador eleito “não visse saída” e, “mesmo não querendo interferir”, tivesse, afinal, de conversar com seus correligionários para evitar uma conseqüência desastrosa: dar margem a movimentações amplas que levassem a um bate-chapa com possibilidade da eleição de um adversário do governo. “Na Bahia não pode haver risco de um Severino”, disse a fonte, referindo-se à divergência na bancada do PT quando da eleição para a presidência da Câmara Federal em 2004.(Por Luis Augusto Gomes)
Wagner intensifica contatos com autoridades federais
O governador eleito Jaques Wagner se reúne, hoje, às 14h30, com o ministro da Integração Nacional, Pedro Brito Nascimento - que está na cidade para participar da V Expo Brasil Desenvolvimento Local, que acontece até sexta-feira, no Centro de Convenções -, com a diretoria da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), além de consultores do Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento). O petista também confirmou presença no Seminário sobre Reforma Política e Cidadania, evento que faz parte da comemoração dos 10 anos da Fundação Perseu Abramo, a se realizar em São Paulo nos dias 15 e 16 de dezembro. O seminário vai reunir juristas, sociólogos, parlamentares, governadores, representantes de partidos e dos movimentos sociais. Jaques Wagner vai participar dos debates somente no dia 16 e, no dia seguinte, ele grava em São Paulo participação no programa Canal Livre, da TV Band.
A reforma política entrou na pauta do país e tem sido objeto da atenção do governo, dos parlamentos, de intelectuais e organizações representativas da sociedade civil. Nos dois dias do seminário serão tratados temas como o fortalecimento das instituições democráticas, o aprimoramento das formas de representação social e participação popular, a transparência na política, o combate à corrupção, o financiamento de campanhas, e a organização eleitoral e partidária.
Estão confirmadas as presenças do presidente do PT, Marco Aurélio Garcia; presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB); ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro; cientista político, Jairo Nicolau; secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar; Lawrence Pih, empresário; jurista Dalmo Dallari; os deputados Luiza Erundina (PSB/SP) e Pedro Wilson (PT/GO); coordenador do Movimento Pró Reforma Política com Participação Popular, Luciano Pereira dos Santos; presidente da UNE, Gustavo Petta; presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos; e os sociólogos Maria Victória Benevides e Luiz Alberto Gomez de Souza. (Por Raiane Verissimo)
Oposição emplaca Aroldo Cedraz para vaga no TCU
A oposição conseguiu derrotar o candidato da base aliada Paulo Delgado (PT-MG) para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) que cabe a Câmara dos Deputados indicar. Em votação secreta, o plenário da Câmara escolheu por 172 votos Aroldo Cedraz (PFL-BA) para a vaga. Além de Delgado, o posto era disputado também por Gonzaga Mota (PSDB-CE) e Ademir Camilo (PDT-MG). Delgado recebeu 148 votos, Gonzaga teve outros 50 e Camilo, 20. Foram registrados ainda 6 votos em branco e 3 nulos, totalizando 399.
Cedraz é considerado um representante do “baixo clero” da Câmara. Para a oposição, a indicação de Cedraz —que será agora votada pelo Senado— representa uma derrota para o governo e indica dificuldades para a base aliada no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É que a disputa pela vaga do TCU também pode ter implicações na eleição para a presidência da Câmara.
Em 2005, mesmo tendo a maior bancada da Câmara, o PT perdeu a presidência da Casa para Severino Cavalcanti (PP-PE), um representante do baixo clero. Na ocasião, o PT disputava o posto com dois nomes: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG)
“O governo precisa aprender que não há vento favorável para quem não sabe onde vai, não tem rumo, não tem articulação. Essa é a fotografia do novo governo Lula, que já começou velho. Se não tomar juízo, a votação de hoje é uma prévia da eleição da Câmara”, disse o lider da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Para a eleição da presidência da Câmara, o PT decidiu lançar o nome de Arlindo Chinaglia (SP), que deve disputar o posto com o indicado do PMDB. O presidente atual da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), conta com a simpatia do presidente Lula e de parte da oposição. Para evitar a derrota, a base aliada chegou a realizar uma eleição com 213 deputados para escolher o nome de Delgado.
Fonte: Tribuna da Bahia
Todos negam qualquer tipo de articulação nesse sentido. No entanto, nas entrelinhas, deixam transparecer o desejo, seja pessoal ou do próprio partido, da disputa. O senador César Borges, por exemplo, através de sua assessoria, embora tenha declarado que não está fazendo campanha e que a prioridade é eleger Agripino, afirmou que, caso a candidatura do colega não vá para a frente e haja interesse da bancada pelo seu nome, não irá se opor.
Confirmado o fato, sem dúvida a briga não será fácil, pois o que se comenta nos bastidores é que, ao contrário de ACM Neto, tido como favorito, o atual presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), não quer nem ouvir falar na possibilidade da ascensão de Borges. Já o deputado ACM Neto, como sempre muito cauteloso, se limitou a dizer que sobre esse assunto não fala. “Me reservo ao direito de não comentá-lo, é melhor não colocar os carros na frente dos bois. No momento certo, essa questão vai ser discutida e vamos buscar a melhor alternativa”, ponderou, ressaltando que a sua meta é a unidade do PFL.
O peemedebista Geddel Vieira Lima, apesar de resistir quanto à possibilidade de vir a ser o escolhido para assumir a presidência da Câmara, afirmou que a bancada, a maior, com 89 deputados, esteve reunida ontem e decidiu por lançar um candidato. O impasse girava em torno de ceder ou não ao PT o segundo cargo na linha de sucessão da República, em troca do apoio do governo e de petistas à reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. O nome, segundo ele, só será definido na próxima terça-feira.
Contudo, ele continua com o mesmo discurso. “A minha posição é a mesma, repito que não tenho idéia fixa pela presidência. Primeiro, é preciso um nome que unifique a bancada. Não sou um aventureiro da política. Não vou fazer campanha avulsa para eventuais barganhas”, enfatizou. Além de Geddel, Eunício Oliveira (CE) também está sendo cogitado para a disputa. (Por Fernanda Chagas)
Divisão do PT preocupa Jaques Wagner
Só mesmo as dificuldades para a montagem do secretariado - que tem um prazo menor - poderiam fazer o governador eleito, Jaques Wagner, cancelar a reunião que teria na manhã de ontem com a bancada do PT para discutir uma definição sobre o candidato do partido à presidência da Assembléia Legislativa. Desde o início do processo, Wagner tem se pronunciado pela liberdade dos deputados - de seu partido, de sua base e do próprio colegiado - para que se chegue a um nome, mas isso vem se revelando uma operação complicada.
A praxe nas eleições para mesas diretoras do Poder Legislativo, em qualquer instância, é a construção de uma chapa consensual, em que a presidência seja destinada ao partido de maior bancada no âmbito da situação e os demais cargos sejam distribuídos, tanto quanto permita a aritmética, de forma proporcional.
Na avaliação de um fonte ligada à assessoria de Wagner, a base de apoio ao futuro governo tem 37 dos 63 deputados eleitos ou reeleitos em outubro.
Nesse grupo, o PT detém a maioria, com dez cadeiras, o que lhe dá o direito de pleitear a presidência da Assembléia.
Ocorre que, segundo outra fonte petista - um parlamentar - , as sucessivas reuniões da bancada mostram uma divisão exata de preferências entre os nomes dos deputados Waldenor Pereira e Zé das Virgens, ou seja, cinco para cada um. Para a primeira fonte citada, “o PT não se une, isso é uma burrice e enfraquece o partido”.
Essa indefinição teria feito com que o governador eleito “não visse saída” e, “mesmo não querendo interferir”, tivesse, afinal, de conversar com seus correligionários para evitar uma conseqüência desastrosa: dar margem a movimentações amplas que levassem a um bate-chapa com possibilidade da eleição de um adversário do governo. “Na Bahia não pode haver risco de um Severino”, disse a fonte, referindo-se à divergência na bancada do PT quando da eleição para a presidência da Câmara Federal em 2004.(Por Luis Augusto Gomes)
Wagner intensifica contatos com autoridades federais
O governador eleito Jaques Wagner se reúne, hoje, às 14h30, com o ministro da Integração Nacional, Pedro Brito Nascimento - que está na cidade para participar da V Expo Brasil Desenvolvimento Local, que acontece até sexta-feira, no Centro de Convenções -, com a diretoria da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), além de consultores do Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento). O petista também confirmou presença no Seminário sobre Reforma Política e Cidadania, evento que faz parte da comemoração dos 10 anos da Fundação Perseu Abramo, a se realizar em São Paulo nos dias 15 e 16 de dezembro. O seminário vai reunir juristas, sociólogos, parlamentares, governadores, representantes de partidos e dos movimentos sociais. Jaques Wagner vai participar dos debates somente no dia 16 e, no dia seguinte, ele grava em São Paulo participação no programa Canal Livre, da TV Band.
A reforma política entrou na pauta do país e tem sido objeto da atenção do governo, dos parlamentos, de intelectuais e organizações representativas da sociedade civil. Nos dois dias do seminário serão tratados temas como o fortalecimento das instituições democráticas, o aprimoramento das formas de representação social e participação popular, a transparência na política, o combate à corrupção, o financiamento de campanhas, e a organização eleitoral e partidária.
Estão confirmadas as presenças do presidente do PT, Marco Aurélio Garcia; presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB); ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro; cientista político, Jairo Nicolau; secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar; Lawrence Pih, empresário; jurista Dalmo Dallari; os deputados Luiza Erundina (PSB/SP) e Pedro Wilson (PT/GO); coordenador do Movimento Pró Reforma Política com Participação Popular, Luciano Pereira dos Santos; presidente da UNE, Gustavo Petta; presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos; e os sociólogos Maria Victória Benevides e Luiz Alberto Gomez de Souza. (Por Raiane Verissimo)
Oposição emplaca Aroldo Cedraz para vaga no TCU
A oposição conseguiu derrotar o candidato da base aliada Paulo Delgado (PT-MG) para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) que cabe a Câmara dos Deputados indicar. Em votação secreta, o plenário da Câmara escolheu por 172 votos Aroldo Cedraz (PFL-BA) para a vaga. Além de Delgado, o posto era disputado também por Gonzaga Mota (PSDB-CE) e Ademir Camilo (PDT-MG). Delgado recebeu 148 votos, Gonzaga teve outros 50 e Camilo, 20. Foram registrados ainda 6 votos em branco e 3 nulos, totalizando 399.
Cedraz é considerado um representante do “baixo clero” da Câmara. Para a oposição, a indicação de Cedraz —que será agora votada pelo Senado— representa uma derrota para o governo e indica dificuldades para a base aliada no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É que a disputa pela vaga do TCU também pode ter implicações na eleição para a presidência da Câmara.
Em 2005, mesmo tendo a maior bancada da Câmara, o PT perdeu a presidência da Casa para Severino Cavalcanti (PP-PE), um representante do baixo clero. Na ocasião, o PT disputava o posto com dois nomes: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG)
“O governo precisa aprender que não há vento favorável para quem não sabe onde vai, não tem rumo, não tem articulação. Essa é a fotografia do novo governo Lula, que já começou velho. Se não tomar juízo, a votação de hoje é uma prévia da eleição da Câmara”, disse o lider da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Para a eleição da presidência da Câmara, o PT decidiu lançar o nome de Arlindo Chinaglia (SP), que deve disputar o posto com o indicado do PMDB. O presidente atual da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), conta com a simpatia do presidente Lula e de parte da oposição. Para evitar a derrota, a base aliada chegou a realizar uma eleição com 213 deputados para escolher o nome de Delgado.
Fonte: Tribuna da Bahia
Governo federal quer restringir pensões
Uma das hipóteses em estudo seria impedir que beneficiários de aposentadoria do INSS também acumulem pensões. Um exemplo seria uma pessoa que recebe aposentadoria e acumula ainda pensões por morte dos pais. Na outra está a instituição de idade mínima para o recebimento de aposentadoria. O governo estuda a possibilidade de restringir a concessão de pensões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), dentro do pacote de medidas para estimular o crescimento econômico no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda não há clareza sobre o que poderia ser feito, mas a avaliação é que o sistema brasileiro é muito “generoso”, segundo observou um integrante da equipe econômica.
As pensões, explicou esse técnico, custam aos cofres públicos algo como 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos demais países esse gasto é da ordem de 1%.
Essa seria uma forma de conter as despesas e assim abrir mais espaço no Orçamento para cortar tributos sobre os investimentos, explicou um técnico. Esta é uma das medidas que começará a ser discutida nesta semana, depois que o governo desistiu de criar um redutor geral para os gastos públicos. A idéia inicial de impor às despesas correntes (as que não são investimento) um reajuste sempre inferior ao crescimento do PIB em algo como 0,1% a 0,2% foi abandonada.
Na ausência do redutor geral, a saída em análise é criar regras para conter o aumento dos maiores gastos, como pessoal, saúde e Previdência.
“Em vez de ser uma regra única, será uma regra para cada bloco de despesas, como por exemplo a de pessoal”, confirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele explicou que a idéia é que a regra promova correção no volume das despesas inferiores ao crescimento do PIB. Segundo o ministro, o pacote fiscal será anunciado entre os dias 15 e 19, “antes do Natal, e as medidas serão enviadas até março ao Congresso, por meio de medidas provisórias e leis complementares”.
De acordo com as fontes do mercado, os pagamentos ao funcionalismo público, por exemplo, passariam a ser reajustados de acordo com a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a crescidos de um aumento real menor que o crescimento do PIB.
Esse adicional ainda está em discussão. Há quem defenda 1% e os que querem 1,5%. A regra deve ser aplicada aos salários do Executivo, Legislativo e Judiciário de União, Estados e municípios.
Regras mudam para a saúde
Outra despesa grande, a da saúde pública, também passaria a ser corrigida pelo IPCA mais um aumento real menor do que o crescimento da economia, algo como 1% ou 1,5%. Hoje, os gastos são corrigidos conforme a expansão do PIB, mas essa é uma regra provisória. O governo avalia que essas medidas dariam um sinal ao mercado de que há firme disposição de Lula de conter o crescimento dos gastos públicos e ampliar os investimentos. ´O (Joaquim) Levy não conseguiu fazer isso, o (Pedro) Malan não conseguiu, o (Antonio) Palocci não conseguiu. Será um forte sinal estabelecer uma regra para o crescimento dessas despesas´, disse outra fonte.
No âmbito da Previdência, o controle das despesas é mais polêmico dentro do governo e passa pelo debate sobre a realização de reformas constitucionais e também do ritmo de elevação do salário mínimo. Nesse sentido, o piso salarial do País também deverá ter a partir do ano que vem reajustes mais parcimoniosos. ´Nos últimos quatro anos, o mínimo cresceu duas vezes mais que o PIB. Vamos preservar as conquistas e continuar com aumentos reais do salário mínimo, mas em ritmo menor´, diz a fonte.
No caso das pensões, uma das hipóteses seria impedir que beneficiários de aposentadoria do INSS também acumulem pensões. Um exemplo seria uma pessoa que recebe aposentadoria e acumula ainda pensões por morte dos pais. Essa, porém, é uma discussão delicada que está só começando nos escalões técnicos. Outra medida em que há convergência, embora tenha focos de resistência, é a instituição de idade mínima para o recebimento de aposentadoria.
Fonte: Tribuna da Bahia
As pensões, explicou esse técnico, custam aos cofres públicos algo como 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos demais países esse gasto é da ordem de 1%.
Essa seria uma forma de conter as despesas e assim abrir mais espaço no Orçamento para cortar tributos sobre os investimentos, explicou um técnico. Esta é uma das medidas que começará a ser discutida nesta semana, depois que o governo desistiu de criar um redutor geral para os gastos públicos. A idéia inicial de impor às despesas correntes (as que não são investimento) um reajuste sempre inferior ao crescimento do PIB em algo como 0,1% a 0,2% foi abandonada.
Na ausência do redutor geral, a saída em análise é criar regras para conter o aumento dos maiores gastos, como pessoal, saúde e Previdência.
“Em vez de ser uma regra única, será uma regra para cada bloco de despesas, como por exemplo a de pessoal”, confirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele explicou que a idéia é que a regra promova correção no volume das despesas inferiores ao crescimento do PIB. Segundo o ministro, o pacote fiscal será anunciado entre os dias 15 e 19, “antes do Natal, e as medidas serão enviadas até março ao Congresso, por meio de medidas provisórias e leis complementares”.
De acordo com as fontes do mercado, os pagamentos ao funcionalismo público, por exemplo, passariam a ser reajustados de acordo com a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a crescidos de um aumento real menor que o crescimento do PIB.
Esse adicional ainda está em discussão. Há quem defenda 1% e os que querem 1,5%. A regra deve ser aplicada aos salários do Executivo, Legislativo e Judiciário de União, Estados e municípios.
Regras mudam para a saúde
Outra despesa grande, a da saúde pública, também passaria a ser corrigida pelo IPCA mais um aumento real menor do que o crescimento da economia, algo como 1% ou 1,5%. Hoje, os gastos são corrigidos conforme a expansão do PIB, mas essa é uma regra provisória. O governo avalia que essas medidas dariam um sinal ao mercado de que há firme disposição de Lula de conter o crescimento dos gastos públicos e ampliar os investimentos. ´O (Joaquim) Levy não conseguiu fazer isso, o (Pedro) Malan não conseguiu, o (Antonio) Palocci não conseguiu. Será um forte sinal estabelecer uma regra para o crescimento dessas despesas´, disse outra fonte.
No âmbito da Previdência, o controle das despesas é mais polêmico dentro do governo e passa pelo debate sobre a realização de reformas constitucionais e também do ritmo de elevação do salário mínimo. Nesse sentido, o piso salarial do País também deverá ter a partir do ano que vem reajustes mais parcimoniosos. ´Nos últimos quatro anos, o mínimo cresceu duas vezes mais que o PIB. Vamos preservar as conquistas e continuar com aumentos reais do salário mínimo, mas em ritmo menor´, diz a fonte.
No caso das pensões, uma das hipóteses seria impedir que beneficiários de aposentadoria do INSS também acumulem pensões. Um exemplo seria uma pessoa que recebe aposentadoria e acumula ainda pensões por morte dos pais. Essa, porém, é uma discussão delicada que está só começando nos escalões técnicos. Outra medida em que há convergência, embora tenha focos de resistência, é a instituição de idade mínima para o recebimento de aposentadoria.
Fonte: Tribuna da Bahia
PF apreende 76 kg de maconha
Por: Samuel Lima
Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal apreenderam, por volta das 14 horas desta quinta-feira, 7, no Rio Vermelho, 76 kg de maconha prensada, pronta para consumo.
A droga estava distribuída em tabletes escondidos sob a carroceria da picape GM Chevy verde, placa JLT-0046, de Juazeiro. Segundo o delegado Orlando Azevedo, à frente da operação, a maconha era proveniente de Pernambuco e seria entregue a Durval Vilas Boas Barbosa, o Cia, que conseguiu fugir.
Foram presos na hora o motorista da Chevy, Samuel Guimarães dos Santos, 22 anos, e Silvonete Correa dos Santos, 20, que o acompanhava. De acordo com o delegado, Durval estava a bordo do Renault Clio preto, placa JOM-9697, com sua mulher, Aline Santos Queiroz, 26, Emiralva Nóbrega Duarte, 53, e o suposto companheiro dela, cujo nome não foi divulgado.
O grupo empreendeu fuga ao notar a chegada da polícia no Largo da Mariquita e houve troca de tiros - mas ninguém foi ferido.
Fonte: A TARDE
Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal apreenderam, por volta das 14 horas desta quinta-feira, 7, no Rio Vermelho, 76 kg de maconha prensada, pronta para consumo.
A droga estava distribuída em tabletes escondidos sob a carroceria da picape GM Chevy verde, placa JLT-0046, de Juazeiro. Segundo o delegado Orlando Azevedo, à frente da operação, a maconha era proveniente de Pernambuco e seria entregue a Durval Vilas Boas Barbosa, o Cia, que conseguiu fugir.
Foram presos na hora o motorista da Chevy, Samuel Guimarães dos Santos, 22 anos, e Silvonete Correa dos Santos, 20, que o acompanhava. De acordo com o delegado, Durval estava a bordo do Renault Clio preto, placa JOM-9697, com sua mulher, Aline Santos Queiroz, 26, Emiralva Nóbrega Duarte, 53, e o suposto companheiro dela, cujo nome não foi divulgado.
O grupo empreendeu fuga ao notar a chegada da polícia no Largo da Mariquita e houve troca de tiros - mas ninguém foi ferido.
Fonte: A TARDE
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