Paulo Afonso aos poucos vem demonstrando suas vocações econômicas, sepultando antigos sonhos fora de nossa realidade como de instalação indústrias de grande porte já para se constituir Polo Industrial depende de matéria prima disponível, como aconteceu com Camaçari.
Em mais de uma oportunidade me posicionei por escrito e em reuniões que as perspectivas para destravar o Município dependiam do incremento ao turismo, a opção de cidade universitária, expansão da área de prestação de serviços, já que como centro comercial regional já é um fato concreto e o exemplo maior é a existência de pelo menos 08 ou 10 supermercados de grande porte localizados na ilha e no BTN, responsáveis por números expressivos na geração de emprego e renda.
A indústria de pequeno porte tem sua expressão, contudo, a nossa agricultura é incipiente e voltada à economia familiar. Quem detiver certo tempo e for ao CEASA-BTN irá verificar que os produtos hortifrutigranjeiros aqui consumidos tem origem em outros Municípios do próprio Estado e de outros Estados da Federação. A pecuária por razões diversas, aqui nunca se assentou e o consumo sempre dependeu de fornecedores de outros Municípios. Hoje, o Estado de Goiás é um fornecedor dos nossos Supermercados.
Dos Programas iniciados na gestão Paulo de Deus o da tilápia é uma realidade viva, já que Paulo Afonso é produtor e exportador e a cada dia mais empreendimentos vão se assentando, resposta que não foi dada com o Programa do Avestruz.
O que me levou a tratar dos aspectos econômicos da cidade é o anúncio da instalação de uma Faculdade de Medicina vinculada a UNIVASF. Tenho para mim que Paulo Afonso já comportava uma Universidade Federal, como aconteceu no Recôncavo, e uma Universidade Estadual, como já instalada em várias regiões do Estado. Embora pensando miúdo, dos males o menor, que venham os Campus.
A FASETE, empreendimento privado cada vez mais se consolida e já é expressivo o número de cursos por ela instalados e em funcionamento. O Campus IV da UNEB já conta com outro número expressivo de cursos universitários e além do curso de Medicina a ser instalado, estarão sendo instalados os cursos de Enfermagem e Engenharia Elétrica.
O cidadão de Paulo Afonso que pretendeu assegurar ao seu filho ou filhos o acesso a universidade tinha e tem de reservar recursos financeiros consideráveis, comprometendo o restante de sua família. Se o filho não conseguia aprovação em universidade pública se recorria e se recorre a universidades particulares, de alto custo. Além de bancar a universidade, tinham e tem despesas com habitação, alimentação, transporte, aquisição de livros e um sem fim de tormento. Se o curso a se frequentar era p é de Medicina que o custo mensal é mais de R$ 3.000,00, não ao obtendo bolsa de estudo ou financiamento público, os sonhos teriam de ser abortados, salvo alguns privilegiados.
Com cursos universitários em Paulo Afonso, se públicos, as despesas serão reduzidas substancialmente, com opção para todos.
Com certeza estamos dando passo significativo e em consequência da expansão universitária a cidade terá que se adequar e se preparar, já que novas opções surgirão como a necessidade da expansão do mercado imobiliário voltado ao público universitário. Vindo a se tornar uma cidade universitária, Paulo Afonso atrairá um contingente de pessoas que imporá novas demandas e ampliação da rede de serviços públicos e particulares.
Pecamos e estando pecando pela total ausência de representatividade política na capital do Estado e da República. Por décadas vivemos elegendo candidatos de outras regiões sem olhar para o próprio umbigo. Quando elegemos candidatos locais o fizemos em número diminuto, situação ainda mantida e aí o que falta é representatividade política e o exemplo é o da Comarca de Glória, que vai ser agregada a Comarca de Paulo Afonso e a única voz contrária que tenho conhecimento como a pregar no deserto, foi o Vereador Alex naquela comuna.
Serão vários os pais da criança e para o cidadão pouco importa, pois o que importa é que cada um cumpra com sua obrigação para o bem da cidade, percamos as vaidades pessoais.
Paulo Afonso, 15 de julho de 2011.
Fernando Montalvão.
Titular do Escrit. Montalvão Advogados Associados.
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