Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, julho 10, 2011

Aposentadorias do funcionalismo não constituem déficit do INSS

Pedro do Coutto

É preciso que alguém de visão clara e boa fé informe ao ministro Garibaldi Alves, e esclareça de uma vez por todas, que as aposentadorias dos funcionários federais, civis e militares, não constituem responsabilidade do INSS. É exatamente o que estou tentando fazer agora através deste site. O titular da Previdência necessita compreender as diferenças, as quais , entretanto, são computadas pelos gênios da tecnocracia como uma coisa só. Não.
O INSS é responsável pelas aposentadorias e pensões de celetistas, como é o caso do pessoal da Petrobrás, Furnas, Eletrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica e demais trabalhadores particulares, para ficar só nestes suficientes exemplos. Reportagem de Lu Aiko Otta, O Estado de São Paulo de 4 de Julho focalizou o tema.

O Tesouro Nacional é que arca com os desembolsos, envolvendo a administração direta, as autarquias e fundações. São campos diversos. Mas a tecnocracia os une para criar a ilusão de um prejuízo crônico. Eliminam a linha que divide a previdência da seguridade e concluem pela soma de encargos, mas sem a adição das respectivas receitas. O segredo do falso fracasso financeira da Previdência está nesse ponto. Vamos por partes.

Como a Secretaria do Tesouro divulgou a partir da página 33 do Diário Oficial de 30 de maio, o orçamento da Seguridade Social de 2011 é de 290 bilhões de reais. E as despesas com o funcionalismo civil e militar da União elevam-se a 189 bilhões. Muito bem. Feitas as contas e levadas a Garibaldi Alves, o titular do MPS visualizou um déficit da ordem de 18,7 bilhões de reais no período janeiro-maio deste ano. Visualizou errado. Deixou-se levar pelo papo da tecnocracia. A tecnocracia não diz que dos 189 bilhões relativos ao custo dos funcionários um terço refere-se ao pagamento de aposentadoria e pensões dos funcionários. Logo, por ano, são aproximadamente 60 bilhões. Em cinco meses (janeiro a maio), portanto, 25 bilhões.

Esta parcela entra na conta da Previdência de Garibaldi Alves. Mas os seus especialistas não o esclarecem que esta despesa não lhe cabe. Pertence ao Tesouro. Mas é contabilizada na conta do INSS. Falso. Inclusive os técnicos orçamentários ocultam que os funcionários públicos contribuem com 11% sobre seus vencimentos, sem limite, para justamente assegurar sua aposentadoria. A parcela da receita não é computada. Não entra como fator de arrecadação. Só como fator de despesa. Além do mais, os funcionários públicos pagaram por esse direito a vida toda. O produto dos descontos praticados onde foi parar? A que rubricas se destinaram?

Quanto aos celetistas, os empregados contribuem com os percentuais, conforme a faixa de renda, de 9, 10 e 11%. Mas até o limite de 3 mil e 700 reais, teto atual das pensões e aposentadorias. Assim, a contribuição máxima de um celetista, por mês, é de 407 reais, ganhe ele o que ganhar. Os funcionários públicos pagam 11% sobre o que efetivamente percebem, sem limitação alguma. São movimentos, como se constata, diferentes.

Contribuir sem limite pagam as empresas particulares e estatais para o INSS: 22% sobre a folha mensal de salários, sem teto limitativo. Como pode terminar em déficit um sistema que condiciona as aposentadorias em 3,7 mil reais e não impõe qualquer limite para a contribuição das empresas? Impossível. Uma regra de três simples acredito que resolva a questão definitivamente. Os empregadores, na verdade, contribuem com 75% da massa de recursos previdenciários. Se o ministro Garibaldi Alves entender a estrutura e a mecânica do INSS verá que não existe déficit algum. Elementar, como diria Sherlock Holmes.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Em destaque

Semana da Cultura Evangélica agita a cidade de Vitória da Conquista

  O evento que acontece entre os dias 01 a 09 de novembro com programação variada,  também receberá nomes da música gospel nacional, Theo Ru...

Mais visitadas