Pedro do Coutto
Ao conseguir uma votação maior para Paulo Gonet do que para Flávio Dino, a oposição marcou uma posição política que certamente incomodou o presidente Lula da Silva. Além disso, deve também ter contrariado o presidente da República o abraço efusivo que Dino trocou com Sergio Moro.
Afinal, Moro, quando juiz, foi o responsável pela condenação de Lula, que posteriormente livrou-se da condenação e, com isso, conseguiu se candidatar ao pleito de 2022, alcançando a vitória. São coisas da política que se desenrolam em um momento ainda difícil para o governo, que também encontra dificuldades junto ao Congresso.
EQUÍVOCOS – O Planalto não está sendo bem assessorado e os equívocos se repetem sem que ocorra uma apreciação melhor e maior das matérias em pauta. Agora, um novo problema surge no horizonte que é a nomeação do titular ou da titular do Ministério da Justiça, pois Flávio Dino assumindo a cadeira no STF deixa a pasta sem comando.
Os interessados na nomeação se mobilizam. O governo necessita, o que não vem acontecendo, de maior rapidez na escolha dos nomes em suas decisões. O quadro partidário é complexo . As questões pendentes a partir de agora estabeleceram uma melhor visão panorâmica do quadro político no país.
CENÁRIO INTERNACIONAL – No Oriente Médio os combates continuam, assim como na Ucrânia. Os esforços pela paz não têm atingido êxito. E, nos Estados Unidos, a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de impeachment contra o presidente Joe Biden.
Dificilmente haverá êxito, pois no Senado a maioria é democrata. Mas existem problemas à vista. Devemos aguardar os próximos passos das forças atuantes em todos esses contextos.