Valmar Hupsel Filho, do A Tarde
Pesquisa Datafolha divulgada na edição de sexta-feira, 25, do jornal Folha de S. Paulo apresentou um cenário semelhante ao antecipado por A TARDE/Vox Populi no último domingo, 20, sobre a tendência do eleitorado soteropolitano com relação às eleições para a Prefeitura de Salvador.Com margem de erro de três pontos percentuais, a pesquisa estimulada da Datafolha aponta um empate técnico entre os candidatos ACM Neto (DEM), com 27% das intenções de voto, e Imbassahy (PSDB), que tem 25%. João Henrique Carneiro (PMDB) está em terceiro lugar, com 19%. Walter Pinheiro (PT) aparece em quarto, com 7%, seguido de Hilton Coelho (PSOL), com 1%.Foram consultados 831 eleitores da capital baiana entre a quinta e sexta-feira. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 211/2008. Na pesquisa espontânea, quando o eleitor é consultado sem que lhe sejam mostrados os nomes dos candidatos, a seqüência permanece, com redução natural das porcentagens. ACM Neto aparece novamente em primeiro, com 12%, seguido do ex-prefeito Imbassahy (9%) e João Henrique (7%), que tenta à reeleição.A pesquisa também apontou os índices de rejeição dos candidatos. De acordo com a consulta popular, 38% afirmaram não votar em João Henrique. ACM Neto tem a segunda maior rejeição, com 26%. Hilton Coelho aparece com 25%, seguido de Walter Pinheiro (20%) e Antônio Imbassahy, com 19%.Entre os eleitores que declararam votar no candidato democrata, 66% afirmam que estão totalmente decididos. Entre os que optaram por João Henrique, 64% dizem que não mudarão o voto. O índice é de 55% entre os que se dizem eleitores de Imbassahy. De acordo com a pesquisa, 20% dos eleitores não têm candidato, 13% votariam em branco ou nulo e 7% estão indecisos.OPINIÕES – ACM Neto comemorou o fato de iniciar a campanha na dianteira. “Isso reforça o trabalho que estamos fazendo”, disse. Ele considerou “administrável” seu índice de rejeição de 28%. “Até 30% é um patamar aceitável, mas acima disso fica difícil para o candidato chegar ao segundo turno”, disse. O candidato ressaltou que sua estratégia para se manter na dianteira é focar em grupos específicos de eleitores, como os jovens e as mulheres.O candidato tucano Antônio Imbassahy disse nesta sexta-feira que foi positiva a avaliação de sua coordenação de campanha com relação ao resultado da pesquisa. “É bastante favorável na medida em que mantemos a posição de liderança”, disse. O candidato considerou baixo o índice de rejeição (19%) em torno do seu nome e atribuiu isso ao período em que foi prefeito (2001-2004). “Nossa perspectiva é de crescimento da preferência popular”, disse.Candidato à reeleição pelo PMDB, João Henrique enviou comentário por meio de sua assessoria de imprensa, após sucessivas tentativas de A TARDE de conseguir alguma declaração. Segundo ele, a adesão do eleitor em torno de seu nome cresce a cada pesquisa divulgada, assim como a fidelidade do seu eleitor. Apesar de possuir o maior índice de rejeição entre os candidatos, ele afirmou que “de janeiro até hoje nosso índice de rejeição despenca”. O candidato peemedebista ressaltou ainda que conseguiu fazer em três anos e meio o que o carlismo não fez em várias décadas de poder.Seu desempenho frente à administração foi avaliada pela pesquisa. Para 16% dos eleitores, o prefeito realiza uma administração boa ou ótima, 46% avaliaram o seu governo como regular, e 35% afirmaram que a administração é ruim ou péssima. Entre os ouvidos pelo Datafolha, 2% não souberam avaliar a gestão.O candidato petista, Walter Pinheiro lembrou a semelhança entre os índices do A TARDE/Vox Populi e os divulgados nesta sexta-feira. “São dados bons, que revelam o interesse do eleitorado pelo candidato do mesmo partido que o governador e o presidente”, disse. Pinheiro informou que pretende intensificar a estratégia de se apresentar como o candidato do PT à prefeitura.O candidato do PSOL, Hilton Coelho, comemorou o fato de ter pontuado na pesquisa. “Isso revela o tipo de campanha que estamos fazendo, realizado debates, em contraponto com aquelas financiadas por empresários”, disse.
Fonte: A TARDE