Empresa do filho de Lula registra prejuízo no mesmo ano em que Telemar injetou R$ 5 milhões
BRASÍLIA - A divulgação do balanço de 2005 da Gamecorp, que tem entre seus sócios Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Lula, levou a oposição a pedir investigações no Congresso sobre a empresa. A companhia registrou prejuízo de R$ 3,479 milhões no mesmo ano em que o grupo Telemar injetou R$ 5 milhões na empresa. A Telemar é concessionário do serviço público de telefonia, regulado pelo governo federal.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou que, na sua opinião, um contador ligado ao valerioduto deve ter sido o responsável pelo balanço da Gamecorp. Foi uma referência às operações financeiras feitas pelo empresário Marcos Valério e pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, para patrocinar o esquema do mensalão no Congresso.
ACM tem sido um severo crítico da transação entre Gamecorp e Telemar. Em discursos seguidos no plenário do Senado, ele costuma levantar suspeitas sobre a operação. Ontem, o senador disse que o balanço reforça essas suspeitas. "É inacreditável que tenha havido prejuízo. Pelo que sabemos, a empresa está envolvida em muitos projetos e deveria ter lucros muito grandes. Acho que tem algo errado aí e o contador que conseguiu registrar esse prejuízo deve ser o mesmo do valerioduto", disse o senador.
José Aníbal, eleito deputado federal pelo PSDB em São Paulo, também levantou suspeitas sobre a operação da Gamecorp. Para ele, "o caso dessa empresa do Lulinha é um a mais nessa onda toda de licenciosidade, que tem sido uma marca tão forte do governo Lula".
O deputado eleito cobrou de seu partido uma postura oposicionista mais firme e atuante para o próximo mandato e propôs questionar no Congresso as contas da Gamecorp. "Temos que analisar bem essa contabilidade, porque eles tiveram um crescimento enorme e agora apresentam prejuízo", disse.
"A imprensa tem feito um trabalho importante de acompanhar, de fiscalizar e denunciar. Agora, isso é o máximo que ela pode fazer", avaliou o futuro congressista tucano. "Quem tem condições, quem pode cobrar, exigir depoimento e tudo, é o Parlamento, é a oposição política. E o PSDB em janeiro tem que assumir isso para valer. A oposição tem essa responsabilidade e o PSDB precisa assumir isso, estar mais atento a essas questões", concluiu Aníbal.
Empresa
A Gamecorp nasceu com capital de R$ 10 mil, em 2004. No ano seguinte, houve a operação de compra de parte da empresa pela Telemar e os sócios originais - entre eles o filho de Lula - aumentaram o capital da companhia em mais R$ 2,7 milhões. A Telemar injetou mais R$ 2,5 milhões na empresa, para adquirir exclusividade sobre seus projetos e produtos.
Em 2006, apesar do prejuízo do ano anterior, a Telemar destinou mais R$ 5 milhões à Gamecorp, dessa vez como verba publicitária. Anteontem, Leonardo Eid, sócio do filho de Lula, revelou que também neste ano deve ser registrado prejuízo.
A Gamecorp produz conteúdo para o público jovem, principalmente dicas para jogos de videogame. Ela aluga espaço na grade da PlayTV, antiga Rede21, da TV Bandeirantes. Os representantes da empresa não foram localizados para comentar as declarações da oposição a Lula.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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terça-feira, dezembro 26, 2006
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Aeroportos registram atrasos e confusões
Em mais um dia de caos nos aeroportos, foram registrados atrasos em 44% dos vôos. O presidente Lula cobrou soluções da FAB, Anac e Decea e disse que o povo espera ser tratado com respeito
22/12/2006 02:00
Em São Paulo, policiais ameaçaram usar gás pimenta para conter tumulto na sala de embarque do Aeroporto de Congonhas. No Rio, um passageiro foi detido no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim após quebrar um computador de uma empresa aérea. Em Brasília, um grupo invadiu a pista e teve de ser contido pela Polícia.
Em mais uma jornada de caos nos aeroportos do País, houve da noite de quarta-feira para ontem 44% de atrasos em vôos com aviões de passageiros. A taxa de ocupação dos vôos, neste mês, está em 70%. Normalmente, o previsto para este período do ano chegaria a 75%. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dos 1.227 vôos previstos no País, 539 causaram esperas de mais de uma hora e 47 foram cancelados.
Em Congonhas, na quarta-feira à noite, o painel da Infraero mostrava que, dos 50 vôos previstos para o momento, 24 tinham mais de uma hora de atraso: 17 da TAM, seis da Gol e um da Varig. Em Cumbica, algumas das aeronaves da TAM decolaram com seis horas de atraso.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou das autoridades envolvidas com a crise aérea do País (Ministério da Defesa, FAB, Anac e Decea) respostas rápidas aos passageiros e maior fluxo de informações sobre os motivos que provocaram um novo caos nos aeroportos. Lula ficou irritado ao constatar que passageiros não conseguiram ser informados pelas empresas aéreas a respeito dos motivos dos atrasos nos vôos.
"O mínimo que o povo espera é ser tratado com respeito. É isso que nós temos que fazer. Não pode continuar com isso", disse o presidente em Brasília. Segundo Lula, o governo tem como principal objetivo encontrar soluções para a crise o mais rápido possível.
Lula se reuniu ontem com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef; o ministro da Defesa, Waldir Pires; o presidente da Anac, Milton Zuanazzi; e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Bueno. No encontro, o governo responsabilizou as empresas aéreas pela nova crise aérea, uma vez que a TAM retirou de circulação quarta-feira seis aeronaves que precisaram passar por revisão de segurança.
O relatório final da comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a crise aérea responsabilizou o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa sobre o caos nos últimos meses. Segundo o relator, deputado federal Carlos Willian (PTC-MG), os problemas no controle de tráfego aéreo são responsabilidade das duas instituições.
Embora tenha sido lido, o documento não deverá ser votado. Durante a sessão de ontem, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu vista do documento, o que adia a votação por duas sessões. Como o recesso legislativo começa hoje, não há mais tempo para que o texto seja aprovado na comissão, e ela será extinta dia 31 de janeiro, pois o regimento da Casa Legislativa não permite a prorrogação dos trabalhos para comissões temporárias. (da Folhapress)
22/12/2006 02:00
Em São Paulo, policiais ameaçaram usar gás pimenta para conter tumulto na sala de embarque do Aeroporto de Congonhas. No Rio, um passageiro foi detido no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim após quebrar um computador de uma empresa aérea. Em Brasília, um grupo invadiu a pista e teve de ser contido pela Polícia.
Em mais uma jornada de caos nos aeroportos do País, houve da noite de quarta-feira para ontem 44% de atrasos em vôos com aviões de passageiros. A taxa de ocupação dos vôos, neste mês, está em 70%. Normalmente, o previsto para este período do ano chegaria a 75%. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dos 1.227 vôos previstos no País, 539 causaram esperas de mais de uma hora e 47 foram cancelados.
Em Congonhas, na quarta-feira à noite, o painel da Infraero mostrava que, dos 50 vôos previstos para o momento, 24 tinham mais de uma hora de atraso: 17 da TAM, seis da Gol e um da Varig. Em Cumbica, algumas das aeronaves da TAM decolaram com seis horas de atraso.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou das autoridades envolvidas com a crise aérea do País (Ministério da Defesa, FAB, Anac e Decea) respostas rápidas aos passageiros e maior fluxo de informações sobre os motivos que provocaram um novo caos nos aeroportos. Lula ficou irritado ao constatar que passageiros não conseguiram ser informados pelas empresas aéreas a respeito dos motivos dos atrasos nos vôos.
"O mínimo que o povo espera é ser tratado com respeito. É isso que nós temos que fazer. Não pode continuar com isso", disse o presidente em Brasília. Segundo Lula, o governo tem como principal objetivo encontrar soluções para a crise o mais rápido possível.
Lula se reuniu ontem com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef; o ministro da Defesa, Waldir Pires; o presidente da Anac, Milton Zuanazzi; e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Bueno. No encontro, o governo responsabilizou as empresas aéreas pela nova crise aérea, uma vez que a TAM retirou de circulação quarta-feira seis aeronaves que precisaram passar por revisão de segurança.
O relatório final da comissão criada na Câmara dos Deputados para acompanhar a crise aérea responsabilizou o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa sobre o caos nos últimos meses. Segundo o relator, deputado federal Carlos Willian (PTC-MG), os problemas no controle de tráfego aéreo são responsabilidade das duas instituições.
Embora tenha sido lido, o documento não deverá ser votado. Durante a sessão de ontem, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pediu vista do documento, o que adia a votação por duas sessões. Como o recesso legislativo começa hoje, não há mais tempo para que o texto seja aprovado na comissão, e ela será extinta dia 31 de janeiro, pois o regimento da Casa Legislativa não permite a prorrogação dos trabalhos para comissões temporárias. (da Folhapress)
Zona aérea! eu quero o aerolula!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E esses são os votos de ano novo dos Irmãos Bacalhau: 'Feliz 007'. E com a foto do Daniel Craig e Eva Green transando n'água!
Eu queria um feliz 007: o cara é bonitão, elegante, só se dá bem e é o objeto sexual do ano! Todo mundo quer transar com ele! Feliz 007!
E uma amiga foi pro aeroporto embarcar pra Salvador: check-in uma hora e meia. Antes do check-in sugiro um check-up! Pra agüentar o tranco!
E o cartão de embarque? no lugar de 'portão 21', 'portão 17', eles botaram um ponto de interrogação. É verdade! Portão de embarque: '?!'. Senhores passageiros, favor se dirigir ao portão de embarque ponto de interrogação!
E o vôo atrasou duas horas. Aí ela ficou louca e começou a bater na vidraça: 'EU QUERO O AEROLULA! EU QUERO O AEROLULA!'.
Rarará!
E diz que o Ministro da Defesa (do Palmeiras) não sabe nada de avião porque Pires não tem asa! E não se esqueça do kit aeroporto: saco de dormir, Lexotan, camisinha e sundown! E leva um peru na mochila! Se o vôo atrasar muito, você puxa o peru e espanca qualquer um! O peru vai apitar no aeroporto.
Zona aérea! Guerrilha nas Estrelas! Rarará!
E adorei a charge do Moa: Aldo Rebelo e Renan Calheiros lançando mais um livro de AUTO-AJUDA! Auto-ajuda de 91% de aumento no salário! Esse até Papai Noel ficou vermelho! Eles deviam percorrer o país dando palestras de auto-ajuda. Iam ficar 91% mais ricos. Rarará!
É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Salvador, no Shopping Barra, tem uma barraquinha de cachorro-quente chamada 'O Cachorro do Lula'. Rarará. Mais direto impossível.
Deviam armar essa barraquinha no aeroporto. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Comensal': companheiro que come uma vez por mês! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
E quem não tiver colírio pode usar botox com Fanta Uva!
simao@uol.com.br
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E esses são os votos de ano novo dos Irmãos Bacalhau: 'Feliz 007'. E com a foto do Daniel Craig e Eva Green transando n'água!
Eu queria um feliz 007: o cara é bonitão, elegante, só se dá bem e é o objeto sexual do ano! Todo mundo quer transar com ele! Feliz 007!
E uma amiga foi pro aeroporto embarcar pra Salvador: check-in uma hora e meia. Antes do check-in sugiro um check-up! Pra agüentar o tranco!
E o cartão de embarque? no lugar de 'portão 21', 'portão 17', eles botaram um ponto de interrogação. É verdade! Portão de embarque: '?!'. Senhores passageiros, favor se dirigir ao portão de embarque ponto de interrogação!
E o vôo atrasou duas horas. Aí ela ficou louca e começou a bater na vidraça: 'EU QUERO O AEROLULA! EU QUERO O AEROLULA!'.
Rarará!
E diz que o Ministro da Defesa (do Palmeiras) não sabe nada de avião porque Pires não tem asa! E não se esqueça do kit aeroporto: saco de dormir, Lexotan, camisinha e sundown! E leva um peru na mochila! Se o vôo atrasar muito, você puxa o peru e espanca qualquer um! O peru vai apitar no aeroporto.
Zona aérea! Guerrilha nas Estrelas! Rarará!
E adorei a charge do Moa: Aldo Rebelo e Renan Calheiros lançando mais um livro de AUTO-AJUDA! Auto-ajuda de 91% de aumento no salário! Esse até Papai Noel ficou vermelho! Eles deviam percorrer o país dando palestras de auto-ajuda. Iam ficar 91% mais ricos. Rarará!
É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Salvador, no Shopping Barra, tem uma barraquinha de cachorro-quente chamada 'O Cachorro do Lula'. Rarará. Mais direto impossível.
Deviam armar essa barraquinha no aeroporto. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Comensal': companheiro que come uma vez por mês! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
E quem não tiver colírio pode usar botox com Fanta Uva!
simao@uol.com.br
Travestis são "exportados" para Europa
Duas rotas de tráfico de seres humanos estão levando travestis brasileiros para países europeus. Uma delas já levou 50 pessoas aliciadas em Fortaleza e Brasília para cidades italianas. Outra, descoberta pelo escritório de prevenção ao tráfico de seres humanos no Estado e Polícia, já conduziu cinco travestis naturais de Juazeiro do Norte para Lisboa, em Portugal
22/12/2006 02:00
Redes internacionais especializadas no tráfico de seres humanos estão levando travestis do Brasil para a Europa. Duas rotas já confirmadas partem de Fortaleza com destino às cidades de Bérgamo e Milão, no norte da Itália, e à Lisboa, em Portugal. A primeira foi descoberta na operação "Brasília", como é chamada pela polícia italiana. No esquema, 50 travestis de Fortaleza e Brasília já teriam sido aliciados e enviados. Segundo informações da Agência Nacional Stampa Associada (Ansa), empresa de notícias, 15 pessoas foram presas na Itália.
A rede de tráfico seria chefiada pelo brasileiro Sérgio Ricardo Farias, 36, conhecido por "Joana", que encontra-se foragido. Segundo informações da polícia italiana passadas à agência Ansa, os travestis, com idades entre 18 e 20 anos, eram aliciados nas periferias de Brasília e Fortaleza e negociados no mercado internacional com preços que variavam de 10 mil (R$ 29 mil) a 15 mil euros (R$ 44 mil). Uma vez na Itália, os travestis eram vigiados para fazer pontos nas ruas da cidade
A quadrilha, composta por brasileiros, italianos e romenos começou a ser investigada depois da morte de um travesti brasileiro William dos Santos, 28, morto a pedradas em 1º de setembro do ano passado por um pedreiro, crime ocorrido na periferia de Bérgamo. Os presos, segundo a Ansa, deverão responder na Itália pelos crimes de extorsão, facilitação à entrada de estrangeiros e favorecimento e exploração da prostituição.
No Brasil, o escritório de prevenção ao tráfico de seres humanos do Ceará e a Polícia descobriram uma outra rede de aliciadores que leva travestis de Juazeiro do Norte (563 quilômetros de Fortaleza) para Lisboa, capital de Portugal. Segundo Eline Marques, coordenadora do escritório, já foram identificados cinco travestis que teriam partido nesta rota, há mais de um mês. A denúncia chegou ao escritório através do Conselho Tutelar da cidade, que resolveu intervir no caso.
Os brasileiros, segundo as investigações, são mantidos em cárcere privado em uma boate comandada por um travesti português. "Eles saem de Juazeiro do Norte, vêm para Fortaleza e ficam hospedados em um hotel até embarcarem. Daqui, seguem para Portugal. Sabemos quem são os agenciadores em Juazeiro, onde existe uma agência envolvida, e as pessoas que fazem o esquema em Portugal", explica Eline. "Na verdade, são duas rotas, uma doméstica, que vem para Fortaleza, e outra internacional", completa, lembrando que as investigações desta última competem à Polícia Federal e à Polícia Internacional (Interpol).
ROTA DO TRÁFICO HUMANO PARA EUROPA
50 travestis aliciados em Fortaleza e Brasília foram levados para a Itália. No esquema, jovens de 18 a 20 anos eram negociados por preços que variam de 10 mil (R$ 29 mil) a 15 mil euros (R$ 44 mil).
Uma segunda rota para a Europa levava jovens em Juazeiro do Norte, no Cariri, para Lisboa (Portugal). Até agora se sabe que cinco travestis foram aliciados e levados pelo esquema. De acordo com Escritório de Repressão ao Tráfico de Seres Humanos no Ceará, alguns deles chegaram a ficar em cárcere privado na boate portuguesa.
Fonte: Jornal O POVO
22/12/2006 02:00
Redes internacionais especializadas no tráfico de seres humanos estão levando travestis do Brasil para a Europa. Duas rotas já confirmadas partem de Fortaleza com destino às cidades de Bérgamo e Milão, no norte da Itália, e à Lisboa, em Portugal. A primeira foi descoberta na operação "Brasília", como é chamada pela polícia italiana. No esquema, 50 travestis de Fortaleza e Brasília já teriam sido aliciados e enviados. Segundo informações da Agência Nacional Stampa Associada (Ansa), empresa de notícias, 15 pessoas foram presas na Itália.
A rede de tráfico seria chefiada pelo brasileiro Sérgio Ricardo Farias, 36, conhecido por "Joana", que encontra-se foragido. Segundo informações da polícia italiana passadas à agência Ansa, os travestis, com idades entre 18 e 20 anos, eram aliciados nas periferias de Brasília e Fortaleza e negociados no mercado internacional com preços que variavam de 10 mil (R$ 29 mil) a 15 mil euros (R$ 44 mil). Uma vez na Itália, os travestis eram vigiados para fazer pontos nas ruas da cidade
A quadrilha, composta por brasileiros, italianos e romenos começou a ser investigada depois da morte de um travesti brasileiro William dos Santos, 28, morto a pedradas em 1º de setembro do ano passado por um pedreiro, crime ocorrido na periferia de Bérgamo. Os presos, segundo a Ansa, deverão responder na Itália pelos crimes de extorsão, facilitação à entrada de estrangeiros e favorecimento e exploração da prostituição.
No Brasil, o escritório de prevenção ao tráfico de seres humanos do Ceará e a Polícia descobriram uma outra rede de aliciadores que leva travestis de Juazeiro do Norte (563 quilômetros de Fortaleza) para Lisboa, capital de Portugal. Segundo Eline Marques, coordenadora do escritório, já foram identificados cinco travestis que teriam partido nesta rota, há mais de um mês. A denúncia chegou ao escritório através do Conselho Tutelar da cidade, que resolveu intervir no caso.
Os brasileiros, segundo as investigações, são mantidos em cárcere privado em uma boate comandada por um travesti português. "Eles saem de Juazeiro do Norte, vêm para Fortaleza e ficam hospedados em um hotel até embarcarem. Daqui, seguem para Portugal. Sabemos quem são os agenciadores em Juazeiro, onde existe uma agência envolvida, e as pessoas que fazem o esquema em Portugal", explica Eline. "Na verdade, são duas rotas, uma doméstica, que vem para Fortaleza, e outra internacional", completa, lembrando que as investigações desta última competem à Polícia Federal e à Polícia Internacional (Interpol).
ROTA DO TRÁFICO HUMANO PARA EUROPA
50 travestis aliciados em Fortaleza e Brasília foram levados para a Itália. No esquema, jovens de 18 a 20 anos eram negociados por preços que variam de 10 mil (R$ 29 mil) a 15 mil euros (R$ 44 mil).
Uma segunda rota para a Europa levava jovens em Juazeiro do Norte, no Cariri, para Lisboa (Portugal). Até agora se sabe que cinco travestis foram aliciados e levados pelo esquema. De acordo com Escritório de Repressão ao Tráfico de Seres Humanos no Ceará, alguns deles chegaram a ficar em cárcere privado na boate portuguesa.
Fonte: Jornal O POVO
O banquete da inconseqüência
Por: Carlos Chagas (Tribuna da Imprensa)
BRASÍLIA - Motivos, todos possuem para dar o dito pelo não dito, mas, convenhamos, assim está demais. Não mudou nada. O desempenho do governo é o mesmo dos últimos quatro anos. Hesitações, promessas não cumpridas, cabeças batendo a todo instante. Não era o que foi anunciado logo após a reeleição do presidente, aliás, pelo próprio.
Esta semana, depois de sucessivas proclamações no sentido de destravar o Brasil, o Palácio do Planalto voltou atrás mais uma vez, divulgando ter ficado para o próximo ano o pacote econômico da retomada do crescimento. Há mais de um mês que a equipe econômica se reúne com o chefe do governo, sob o controle austero da chefe da Casa Civil. A última notícia era de que hoje, sexta-feira, o País tomaria conhecimento das renúncias fiscais, do auxílio às empresas, da diminuição de impostos e toda uma parafernália otimista.
Continua tudo como estava
Ficou acertado até mesmo que, ontem, o recém-criado Conselho Político tomaria conhecimento do pacote, mesmo impedidos os presidentes de partidos de dar sugestões antecipadas. Pois bem. A reunião do Conselho Político ficou para depois das calendas e o pacote, aqui chamado de "Conceição", aquele que se subiu, ninguém sabe, ninguém viu, continua nas profundezas.
O novo ministério era para ser conhecido em dezembro. Isso às segundas, quartas e sextas-feiras, porque às terças, quintas e sábados o presidente dizia não ter pressa. Agora o ministro demissionário da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, recebeu apelo para ficar até 31 de janeiro. Um ou outro colega estaria sendo sondado para continuar. Outros não recebem qualquer sinal.
Continua tudo como estava: perplexidades, tiros dados a esmo, fogo amigo atingindo o governo e a sociedade na ignorância do que serão os próximos quatro anos. Serão iguaizinhos aos que se encerram, propícios a pressões fisiológicas dos partidos aliados ávidos de participar do banquete da inconseqüência...
Data marcada
O que significaram os debates parlamentares deste meio de semana, depois que a opinião púbica insurgiu-se contra o abusivo aumento de 91% dos vencimentos de deputados e senadores? Apenas, cortinas-de-fumaça. Enrolações para que, a partir de fevereiro, já tendo a população esquecido a própria indignação, venha a ser placidamente aprovado o aumento de R$ 12 mil para 24 mil para cada parlamentar, mantendo-se, é claro, todas as demais benesses e privilégios com que se aquinhoaram há anos. Trata-se de um golpe explícito, com data marcada. Não há nada que resista às festas de Natal, de Ano Novo e às férias de janeiro para amolecer o coração dos povos.
Não apenas o baixo clero, mas até as lideranças dos principais partidos chegarão para abrir a nova legislatura, em fevereiro, dispostos a equiparar seus subsídios aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Que de tabela também verão aprovado o projeto destinado a elevar os vencimentos dos Meritíssimos, obviamente logo depois seguidos pelos vencimentos parlamentares.
Só falta mesmo cuidar do Poder Executivo, e ninguém duvide de que em agradecimento às vagas abertas no futuro ministério não faltarão dirigentes partidários decididos a estender também ao presidente, aos ministros e principais funcionários federais os vencimentos de R$ 24 mil. Até a próxima indignação popular, muita água barrenta passará sob a ponte.
Apoio de Lula
Importa começar com a premissa de que em sua vida pública o deputado Aldo Rebelo conquista, entre os 512 colegas, a pole-position. Poucos parlamentares terão apresentado folha de trabalho tão profícua quanto a desse comunista que, além de acreditar, vive invocando Deus. O diabo, para ficar nos contrários, é que Aldo se viu envolvido em manobras que até agora não havia praticado.
Pretendendo, com muita justiça, continuar na presidência da Câmara, deixou-se levar pelo canto da sereia do baixo clero. Aderiu ao inexplicável aumento de 91% para os companheiros e até se viu apoiado no pincel, quando Renan Calheiros levou-lhe a escada. Tudo indica que Aldo será reconduzido ao cargo que ocupa.
Mas ninguém se iluda quando explosões de júbilo se registrarem no Planalto, a pretexto de ter sido o apoio de Lula o principal fator da reeleição. O responsável pela vitória será o presidente da Câmara. Desafortunadamente, respaldado pelos que pretendem ter aumentados abusivamente os salários.
BRASÍLIA - Motivos, todos possuem para dar o dito pelo não dito, mas, convenhamos, assim está demais. Não mudou nada. O desempenho do governo é o mesmo dos últimos quatro anos. Hesitações, promessas não cumpridas, cabeças batendo a todo instante. Não era o que foi anunciado logo após a reeleição do presidente, aliás, pelo próprio.
Esta semana, depois de sucessivas proclamações no sentido de destravar o Brasil, o Palácio do Planalto voltou atrás mais uma vez, divulgando ter ficado para o próximo ano o pacote econômico da retomada do crescimento. Há mais de um mês que a equipe econômica se reúne com o chefe do governo, sob o controle austero da chefe da Casa Civil. A última notícia era de que hoje, sexta-feira, o País tomaria conhecimento das renúncias fiscais, do auxílio às empresas, da diminuição de impostos e toda uma parafernália otimista.
Continua tudo como estava
Ficou acertado até mesmo que, ontem, o recém-criado Conselho Político tomaria conhecimento do pacote, mesmo impedidos os presidentes de partidos de dar sugestões antecipadas. Pois bem. A reunião do Conselho Político ficou para depois das calendas e o pacote, aqui chamado de "Conceição", aquele que se subiu, ninguém sabe, ninguém viu, continua nas profundezas.
O novo ministério era para ser conhecido em dezembro. Isso às segundas, quartas e sextas-feiras, porque às terças, quintas e sábados o presidente dizia não ter pressa. Agora o ministro demissionário da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, recebeu apelo para ficar até 31 de janeiro. Um ou outro colega estaria sendo sondado para continuar. Outros não recebem qualquer sinal.
Continua tudo como estava: perplexidades, tiros dados a esmo, fogo amigo atingindo o governo e a sociedade na ignorância do que serão os próximos quatro anos. Serão iguaizinhos aos que se encerram, propícios a pressões fisiológicas dos partidos aliados ávidos de participar do banquete da inconseqüência...
Data marcada
O que significaram os debates parlamentares deste meio de semana, depois que a opinião púbica insurgiu-se contra o abusivo aumento de 91% dos vencimentos de deputados e senadores? Apenas, cortinas-de-fumaça. Enrolações para que, a partir de fevereiro, já tendo a população esquecido a própria indignação, venha a ser placidamente aprovado o aumento de R$ 12 mil para 24 mil para cada parlamentar, mantendo-se, é claro, todas as demais benesses e privilégios com que se aquinhoaram há anos. Trata-se de um golpe explícito, com data marcada. Não há nada que resista às festas de Natal, de Ano Novo e às férias de janeiro para amolecer o coração dos povos.
Não apenas o baixo clero, mas até as lideranças dos principais partidos chegarão para abrir a nova legislatura, em fevereiro, dispostos a equiparar seus subsídios aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Que de tabela também verão aprovado o projeto destinado a elevar os vencimentos dos Meritíssimos, obviamente logo depois seguidos pelos vencimentos parlamentares.
Só falta mesmo cuidar do Poder Executivo, e ninguém duvide de que em agradecimento às vagas abertas no futuro ministério não faltarão dirigentes partidários decididos a estender também ao presidente, aos ministros e principais funcionários federais os vencimentos de R$ 24 mil. Até a próxima indignação popular, muita água barrenta passará sob a ponte.
Apoio de Lula
Importa começar com a premissa de que em sua vida pública o deputado Aldo Rebelo conquista, entre os 512 colegas, a pole-position. Poucos parlamentares terão apresentado folha de trabalho tão profícua quanto a desse comunista que, além de acreditar, vive invocando Deus. O diabo, para ficar nos contrários, é que Aldo se viu envolvido em manobras que até agora não havia praticado.
Pretendendo, com muita justiça, continuar na presidência da Câmara, deixou-se levar pelo canto da sereia do baixo clero. Aderiu ao inexplicável aumento de 91% para os companheiros e até se viu apoiado no pincel, quando Renan Calheiros levou-lhe a escada. Tudo indica que Aldo será reconduzido ao cargo que ocupa.
Mas ninguém se iluda quando explosões de júbilo se registrarem no Planalto, a pretexto de ter sido o apoio de Lula o principal fator da reeleição. O responsável pela vitória será o presidente da Câmara. Desafortunadamente, respaldado pelos que pretendem ter aumentados abusivamente os salários.
Mercadante deve ser indiciado em inquérito sobre dossiê
A Polícia Federal vai indiciar o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e o tesoureiro da campanha petista ao governo de São Paulo, José Giácomo Baccarin, por envolvimento na tentativa de compra do dossiê Vedoin, que supostamente comprometeria políticos tucanos. O delegado Diógenes Curado Filho entregará hoje o relatório final do inquérito à Justiça Federal. O indiciamento de Mercadante e Baccarin deve ocorrer com base nos artigos 20 e 21 do Código Eleitoral, que responsabilizam o candidato a cargo eletivo ou pessoa indicada por ele pela administração financeira de sua campanha.
Na avaliação da PF, Mercadante seria beneficiado pela divulgação de informações que supostamente vinculariam tucanos à máfia dos sanguessugas, comandada pelos empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Darci Vedoin. A fraude usava recursos de emendas parlamentares para compra superfaturada de ambulâncias. Para Mercadante, o escândalo foi uma 'grande armadilha para prejudicar a vitória de Lula e a sua'. Baccarin foi ouvido pela PF e negou as acusações.
Fonte: Agência Estado
Na avaliação da PF, Mercadante seria beneficiado pela divulgação de informações que supostamente vinculariam tucanos à máfia dos sanguessugas, comandada pelos empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Darci Vedoin. A fraude usava recursos de emendas parlamentares para compra superfaturada de ambulâncias. Para Mercadante, o escândalo foi uma 'grande armadilha para prejudicar a vitória de Lula e a sua'. Baccarin foi ouvido pela PF e negou as acusações.
Fonte: Agência Estado
Presidente convence Gil a ficar
Por: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O presidente Lula confirmou ontem que Gilberto Gil continuará ministro da Cultura. Depois de dizer várias vezes que estava exausto, Gil saiu satisfeito da conversa com Lula, na manhã de ontem, no Planalto. Na prática, ele reforça a lista de auxiliares que estão fora da cota política a ser negociada com os partidos no governo de coalizão.
"O companheiro Gilberto Gil é uma unanimidade nacional. "Uma pessoa que construiu um ministério como o Gil construiu não tem por que sair. O Brasil e a cultura ganham com isso", disse Lula. Um dia depois da aprovação da Lei de Incentivo ao Esporte, ele procurou animar Gil, que busca mais recursos para a pasta. "Vamos trabalhar fortemente para que, num determinado momento, possamos chegar a 1% do PIB para a cultura, porque ela não só gera emprego como cidadania", disse.
Além dele, Lula já deu sinais de que manterá Guido Mantega (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil), Walfrido Mares Guia (Turismo), Celso Amorim (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Educação), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Luiz Marinho (Trabalho) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Bem-humorado após tirar fotos com servidores do Planalto e receber cumprimentos na confraternização de Natal, Lula repetiu que não planeja fazer mudanças drásticas na equipe e tomará posse com o mesmo time. As trocas para acomodar aliados só serão feitas após a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro.
"Vocês me perguntarem sobre reforma ministerial é como chegar para o técnico do Internacional de Porto Alegre na hora em que terminou o jogo com o Barcelona e perguntar: você vai substituir alguém?", observou. "Ele acabou de ganhar o jogo. Eu acabei de ganhar as eleições. Não estou preocupado em mudar ministério agora." O presidente também disse que não haverá posse coletiva dos ministros. "Diferentemente de 2002, em que eu tinha de apresentar o ministério quando eu ia tomar posse, agora não, ninguém precisa tomar posse. Só eu. Só o meu mandato é renovado. O dos ministros não."
Lula ainda não definiu quem substituirá o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que ficará na pasta só até o fim de janeiro. O presidente também estuda um novo modelo para a articulação política do governo - que não vai bem - e mudanças na estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
BRASÍLIA - O presidente Lula confirmou ontem que Gilberto Gil continuará ministro da Cultura. Depois de dizer várias vezes que estava exausto, Gil saiu satisfeito da conversa com Lula, na manhã de ontem, no Planalto. Na prática, ele reforça a lista de auxiliares que estão fora da cota política a ser negociada com os partidos no governo de coalizão.
"O companheiro Gilberto Gil é uma unanimidade nacional. "Uma pessoa que construiu um ministério como o Gil construiu não tem por que sair. O Brasil e a cultura ganham com isso", disse Lula. Um dia depois da aprovação da Lei de Incentivo ao Esporte, ele procurou animar Gil, que busca mais recursos para a pasta. "Vamos trabalhar fortemente para que, num determinado momento, possamos chegar a 1% do PIB para a cultura, porque ela não só gera emprego como cidadania", disse.
Além dele, Lula já deu sinais de que manterá Guido Mantega (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil), Walfrido Mares Guia (Turismo), Celso Amorim (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Educação), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Luiz Marinho (Trabalho) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Bem-humorado após tirar fotos com servidores do Planalto e receber cumprimentos na confraternização de Natal, Lula repetiu que não planeja fazer mudanças drásticas na equipe e tomará posse com o mesmo time. As trocas para acomodar aliados só serão feitas após a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro.
"Vocês me perguntarem sobre reforma ministerial é como chegar para o técnico do Internacional de Porto Alegre na hora em que terminou o jogo com o Barcelona e perguntar: você vai substituir alguém?", observou. "Ele acabou de ganhar o jogo. Eu acabei de ganhar as eleições. Não estou preocupado em mudar ministério agora." O presidente também disse que não haverá posse coletiva dos ministros. "Diferentemente de 2002, em que eu tinha de apresentar o ministério quando eu ia tomar posse, agora não, ninguém precisa tomar posse. Só eu. Só o meu mandato é renovado. O dos ministros não."
Lula ainda não definiu quem substituirá o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que ficará na pasta só até o fim de janeiro. O presidente também estuda um novo modelo para a articulação política do governo - que não vai bem - e mudanças na estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Lula 1.2 poderá importar trabalhadores
Por: ELIO GASPARI
Luís Marinho, ex-presidente da CUT e atual comissário do Trabalho de Nosso Guia, recebeu um pedido da siderúrgica ThyssenKrupp para a contratação de 600 trabalhadores chineses. Viriam para as obras de construção de uma usina no distrito industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. O investimento global da empresa na região vai a US$ 3,4 bilhões, sobre os quais a Viúva aspergirá as habituais isenções de impostos. Os operários chineses são parte de um contrato de US$ 425 milhões firmado com o grupo estatal Citic, de Pequim. Ele inclui a venda de equipamentos e de mão de obra. Inicialmente queriam embarcar para o Rio quatro mil trabalhadores, mas baixou-se para 600, a maioria dos quais, segundo a Thyssen, seriam engenheiros. Pode ter havido um acordo verbal, mas ainda não saiu a licença de importação.
A construção de uma usina como a da Thyssen jamais precisará de mais de 150 engenheiros fazendo serviço de engenheiro. O comissário Marinho trabalhou na Volkswagen e sabe que em nenhuma fase da história da fábrica houve em São Bernardo mais de 300 engenheiros europeus. São 300 os engenheiros que trabalham no quartel-general do Google.
Duzentos anos depois da primeira de uma série de propostas fracassadas para a importação de mão de obra chinesa, ela renasce no mandarinato de dois ex-líderes sindicais metalúrgicos. A mais festejada tentativa de substituição de escravos negros por assalariados chins deu-se em 1883, quando passou pelo Rio a figura de Tong King Sing, poderoso mandarim da corte Qing. Usava um rabicho e fazia-se acompanhar por um secretário negro, americano. Foi admirado nos melhores salões e fazendas do Vale do Paraíba.
Se os trabalhadores da Citic fossem todos engenheiros, a discussão seria bonita. A China tem duas vezes mais engenheiros que os Estados Unidos e eles trabalham por pouco mais de mil dólares mensais (metade do Bolsa-Ditadura de Nosso Guia). Custam certamente menos que os brasileiros e não há engenheiros dirigindo taxis em Shangai.
Deve-se admitir que se trabalhadores desempregados pela indústria de calçados do Sul do Brasil podem trabalhar na China, é razoável que a mão de obra qualificada da Citic venha ganhar dinheiro em Pindorama.
Essa é a globalização do século XXI e se os chineses sabem aproveitá-la, parabéns. Como não parece provável que a Thyssen esteja a importar exclusivamente engenheiros, há um estranho cheiro de Tong King Sing no pedaço. No século XIX os mandarins (e o Mikado japonês) vendiam seus miseráveis por quatro patacas. No XXI, o stalinismo de mercado chinês exporta mão de obra barata em benefício de um projeto estratégico nacional. Não lhe passa pela cabeça fazer isso em países verdadeiramente capitalistas, como a Alemanha, berço da Thyssen e da Krupp.
Seria fácil dizer que os trabalhadores chineses não devem entrar no Brasil. Foi com parolagens desse tipo que Lula e Marinho chegaram a Brasília. Faria bem a todo mundo se os chineses colocassem o pleito numa discussão séria, sem essa de engenheiros. Os empregos que o investimento da Thyssen criará no Rio justificam a concessão das isenções tributárias e trabalhistas que ela reivindica? Pode ser que sim, e nesse caso a patuléia ficará melhor informada, convivendo com o baixo custo da mão-de-obra chinesa sempre que isso interessar a uma siderúrgica alemã. Esse pode ser o projeto estratégico do comissariado.
ELIO GASPARI é jornalista
Fonte: Jornal O POVO
Luís Marinho, ex-presidente da CUT e atual comissário do Trabalho de Nosso Guia, recebeu um pedido da siderúrgica ThyssenKrupp para a contratação de 600 trabalhadores chineses. Viriam para as obras de construção de uma usina no distrito industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. O investimento global da empresa na região vai a US$ 3,4 bilhões, sobre os quais a Viúva aspergirá as habituais isenções de impostos. Os operários chineses são parte de um contrato de US$ 425 milhões firmado com o grupo estatal Citic, de Pequim. Ele inclui a venda de equipamentos e de mão de obra. Inicialmente queriam embarcar para o Rio quatro mil trabalhadores, mas baixou-se para 600, a maioria dos quais, segundo a Thyssen, seriam engenheiros. Pode ter havido um acordo verbal, mas ainda não saiu a licença de importação.
A construção de uma usina como a da Thyssen jamais precisará de mais de 150 engenheiros fazendo serviço de engenheiro. O comissário Marinho trabalhou na Volkswagen e sabe que em nenhuma fase da história da fábrica houve em São Bernardo mais de 300 engenheiros europeus. São 300 os engenheiros que trabalham no quartel-general do Google.
Duzentos anos depois da primeira de uma série de propostas fracassadas para a importação de mão de obra chinesa, ela renasce no mandarinato de dois ex-líderes sindicais metalúrgicos. A mais festejada tentativa de substituição de escravos negros por assalariados chins deu-se em 1883, quando passou pelo Rio a figura de Tong King Sing, poderoso mandarim da corte Qing. Usava um rabicho e fazia-se acompanhar por um secretário negro, americano. Foi admirado nos melhores salões e fazendas do Vale do Paraíba.
Se os trabalhadores da Citic fossem todos engenheiros, a discussão seria bonita. A China tem duas vezes mais engenheiros que os Estados Unidos e eles trabalham por pouco mais de mil dólares mensais (metade do Bolsa-Ditadura de Nosso Guia). Custam certamente menos que os brasileiros e não há engenheiros dirigindo taxis em Shangai.
Deve-se admitir que se trabalhadores desempregados pela indústria de calçados do Sul do Brasil podem trabalhar na China, é razoável que a mão de obra qualificada da Citic venha ganhar dinheiro em Pindorama.
Essa é a globalização do século XXI e se os chineses sabem aproveitá-la, parabéns. Como não parece provável que a Thyssen esteja a importar exclusivamente engenheiros, há um estranho cheiro de Tong King Sing no pedaço. No século XIX os mandarins (e o Mikado japonês) vendiam seus miseráveis por quatro patacas. No XXI, o stalinismo de mercado chinês exporta mão de obra barata em benefício de um projeto estratégico nacional. Não lhe passa pela cabeça fazer isso em países verdadeiramente capitalistas, como a Alemanha, berço da Thyssen e da Krupp.
Seria fácil dizer que os trabalhadores chineses não devem entrar no Brasil. Foi com parolagens desse tipo que Lula e Marinho chegaram a Brasília. Faria bem a todo mundo se os chineses colocassem o pleito numa discussão séria, sem essa de engenheiros. Os empregos que o investimento da Thyssen criará no Rio justificam a concessão das isenções tributárias e trabalhistas que ela reivindica? Pode ser que sim, e nesse caso a patuléia ficará melhor informada, convivendo com o baixo custo da mão-de-obra chinesa sempre que isso interessar a uma siderúrgica alemã. Esse pode ser o projeto estratégico do comissariado.
ELIO GASPARI é jornalista
Fonte: Jornal O POVO
Que pode uma prefeitura?
Por: Rej Rei
Recentemente, por ocasião do lançamento do seu mais novo livro O nascimento do trágico. De Schiller a Nietzsche, no Rio de Janeiro, o filósofo Roberto Machado falou que a academia brasileira adquiriu rigor, mas não vigor. Semana próxima passada ele chegou a Fortaleza pelo projeto Pensamento Contemporâneo, da Funcet, onde ministrou o curso Pensamento filosófico e linguagem literária em Deleuze. Mais uma vez a ciência, a arte e a filosofia são postas em discussão. São criações, segundo Deleuze, enfatiza Roberto. Programação aberta ao público - que se deliciou com aquela "iguaria para a alma". Mas uma pergunta surgiu entre os participantes: Seria papel da prefeitura realizar este tipo de programação? Não seria da/na universidade? Não haveria outras prioridades para uma gestão municipal de cultura? E fico a pensar o quanto Roberto tem razão. A ciência precisa, urgentemente, ter contatos imediatos, de todos os graus, com os "agregadores sensíveis", os artistas; precisa, ainda, compreender que o pensamento, a capacidade, desejo e necessidade de pensar, de criar, construir idéias – as complexas e sofisticadas, inclusive!-, pertence a todos, de forma nômade, em todos os lugares. O iluminismo, que segregou o pensamento a uma casta privilegiada, e a herança platônica, que rechaçou os artistas como seres inúteis, carecem serem abandonados. Caso contrário, ficaremos sempre com uma cara de surpresa ao saber que Patativa do Assaré lia Camões e Baudelaire...
Recentemente, por ocasião do lançamento do seu mais novo livro O nascimento do trágico. De Schiller a Nietzsche, no Rio de Janeiro, o filósofo Roberto Machado falou que a academia brasileira adquiriu rigor, mas não vigor. Semana próxima passada ele chegou a Fortaleza pelo projeto Pensamento Contemporâneo, da Funcet, onde ministrou o curso Pensamento filosófico e linguagem literária em Deleuze. Mais uma vez a ciência, a arte e a filosofia são postas em discussão. São criações, segundo Deleuze, enfatiza Roberto. Programação aberta ao público - que se deliciou com aquela "iguaria para a alma". Mas uma pergunta surgiu entre os participantes: Seria papel da prefeitura realizar este tipo de programação? Não seria da/na universidade? Não haveria outras prioridades para uma gestão municipal de cultura? E fico a pensar o quanto Roberto tem razão. A ciência precisa, urgentemente, ter contatos imediatos, de todos os graus, com os "agregadores sensíveis", os artistas; precisa, ainda, compreender que o pensamento, a capacidade, desejo e necessidade de pensar, de criar, construir idéias – as complexas e sofisticadas, inclusive!-, pertence a todos, de forma nômade, em todos os lugares. O iluminismo, que segregou o pensamento a uma casta privilegiada, e a herança platônica, que rechaçou os artistas como seres inúteis, carecem serem abandonados. Caso contrário, ficaremos sempre com uma cara de surpresa ao saber que Patativa do Assaré lia Camões e Baudelaire...
Buemba! Mamãe Noel peladona!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
E o slogan natalino da encalhada: 'Muitos Natais e nenhuma Noite Feliz'. E começou a circular a pergunta mais chata do ano: 'Onde você vai passar o Réveillon?'. Eu vou passar o Réveillon derrubando aquele que tá na minha frente pulando onda! Rarará!
O cara tá lá pulando as ondinhas, e você vai e empurra o cara: Feliz Ano Novo! Rarará!
Baixou um espírito de porco no espírito natalino! Olha o cartão que recebi: odeio sinos, odeio vermelho e odeio panetone!
E essa notícia internacional: 'Blair sofreu lavagem cerebral do Bush'. Lavagem tudo bem, mas cerebral, no caso do Bush, impossível. Rarará!
E diz que os franceses quase mataram o Bin Laden numa operação de guerra. E eu quase ganhei na Mega-Sena, só faltaram seis números. Rarará!
Natal erótico! E corre pela internet o anúncio de fantasia de Mamãe Noel. 'Um natal erótico você faz com essa fantasia de Mamãe Noel: sutiã de alça regulável, tanguinha de amarrar, touca tradicional (igual aquelas dos atendentes da Blockbuster) e tudo com detalhes em pelúcia.'
Pelúcia? Você vai ficar linda! A verdadeira Noite Feliz por apenas R$ 37,50! Seu marido vai fugir pela chaminé. E pode transar no Natal ou é pecado? Pode! Só se o peru não cochilar depois da ceia!
E aí perguntaram pruma piranha: 'O que você vai pedir pro Papai Noel?' 'A mesma coisa que eu peço pros outros, R$ 50.' Rarará.
É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz aquele outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece! Rarará!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Campinas tem uma empresa chamada Pavimentadora Boquete! Ô cidade animada! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Aumento': ideologia do companheiro Aldo Rebelo que aderiu ao aumentarismo. Rarará. O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
E quem fica parado é poste!
Fonte: Jornal O POVO
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
E o slogan natalino da encalhada: 'Muitos Natais e nenhuma Noite Feliz'. E começou a circular a pergunta mais chata do ano: 'Onde você vai passar o Réveillon?'. Eu vou passar o Réveillon derrubando aquele que tá na minha frente pulando onda! Rarará!
O cara tá lá pulando as ondinhas, e você vai e empurra o cara: Feliz Ano Novo! Rarará!
Baixou um espírito de porco no espírito natalino! Olha o cartão que recebi: odeio sinos, odeio vermelho e odeio panetone!
E essa notícia internacional: 'Blair sofreu lavagem cerebral do Bush'. Lavagem tudo bem, mas cerebral, no caso do Bush, impossível. Rarará!
E diz que os franceses quase mataram o Bin Laden numa operação de guerra. E eu quase ganhei na Mega-Sena, só faltaram seis números. Rarará!
Natal erótico! E corre pela internet o anúncio de fantasia de Mamãe Noel. 'Um natal erótico você faz com essa fantasia de Mamãe Noel: sutiã de alça regulável, tanguinha de amarrar, touca tradicional (igual aquelas dos atendentes da Blockbuster) e tudo com detalhes em pelúcia.'
Pelúcia? Você vai ficar linda! A verdadeira Noite Feliz por apenas R$ 37,50! Seu marido vai fugir pela chaminé. E pode transar no Natal ou é pecado? Pode! Só se o peru não cochilar depois da ceia!
E aí perguntaram pruma piranha: 'O que você vai pedir pro Papai Noel?' 'A mesma coisa que eu peço pros outros, R$ 50.' Rarará.
É mole? É mole, mas sobe! Ou como diz aquele outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece! Rarará!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Campinas tem uma empresa chamada Pavimentadora Boquete! Ô cidade animada! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Aumento': ideologia do companheiro Aldo Rebelo que aderiu ao aumentarismo. Rarará. O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
E quem fica parado é poste!
Fonte: Jornal O POVO
Um bode preto assola o país
Por:ARNALDO JABOR
Desculpem o bode negro, mas a situação já passou de todos os limites. Está além do escândalo, além do horror e não conseguimos fazer nada. Pare por aqui, leitor amigo, se estiver deprimido, mas é que estamos diante do Insolúvel. Um País paralisado na economia e na política não gera apenas fome ou injustiça social; gera uma degradação psíquica progressiva. No Rio, temos uma amostragem exemplar.
A cidade está se dissolvendo debaixo de balas perdidas e balas achadas, a cidade virou um pesqueiro para marginais, que descem de suas 500 favelas para curtir um "assaltozinho legal" ou fazer um tiro ao alvo de cidadãos desavisados, sem motivo, só pelo prazer. Mas, não só o Rio. A zona geral do País, debaixo desse governo desgovernado, debaixo da estupidez paralítica da burocracia, da ausência de crescimento, de educação, está provocando um desvio forte na cabeça das pessoas.
Estamos nos deformando. Física e psiquicamente. Não só tragédias visíveis, como guerra ou catástrofes naturais nos deformam. A tragédia do nada, a tragédia do zero de progresso vai nos virando em anomalias. Crescem rabos, chifres, verrugas, tumores em nossos corpos e mentes. A principal anomalia é a crescente consciência de que o maior inimigo da governabilidade é o governo.
Não é nem o Lula ou quem quer que seja. A própria estrutura dos três poderes está trincada, está trancando tudo, sim. Todo o desejo nacional é impedido ou pelo Legislativo ou Judiciário, com um Executivo que não sabe como executar, dividido entre democracia liberal e esquemas populistas. O último progresso que aconteceu neste País, por um acaso histórico, quase milagre, foi o Plano Real e uma certa responsabilidade fiscal que o governo anterior deixou como herança bendita.
Depois disso, nada. Depois da crise dos mensalões, das sanguessugas e do dossiê (que até nos deram a ilusão de que algo se movia), tudo volta para trás. O PT se desmoralizou, descobrimos que o PSDB não existe e que Lula trabalha para o PMDB. O Brasil é um flashback, um filme rebobinando. Tudo se restaurou. Ninguém punido, crimes ignorados, Congresso asqueroso, Judiciário salvando partidos de aluguel, desativando qualquer avanço, a sordidez disfarçada em terminologia jurídica.
Aumenta o sentimento de impotência e depressão. Certamente, nuvens negras se formam. Teremos algo torto, torvo. Todos sabemos que vem merda aí. Não sabemos ainda qual delas. Além da depressão política, a novidade do ano: arrasamento dos serviços básicos. Com a crise geral dos vôos, enchentes sem tampa, queimadas eternas, florestas acabando, total incapacidade administrativa, chegamos a duvidar que a luz se acenda ou a água continue a jorrar das bicas.
Nossos corações estão mais duros. Para sobreviver, ficamos mais cínicos e mais reacionários. Irracionalismos raiam. Já pensamos: "Tem mais é de matar essa raça, essas polícias "mineiras" são boas mesmo, extermina, bota para quebrar!" Ou então: "Essa bosta não tem mais solução não. Vou cuidar da minha vida. Danem-se!"
Em vez de pena, já temos medo ou raiva da miséria: "Chiii, não agüento mais esses miseráveis nos sinais de trânsito, esses vagabundos descendo dos morros de bermudas e sandália havaiana. Só quero ver coisas bonitas..."
Mas, que "coisas bonitas"? Cada vez mais aceitamos o feio. Nas paredes, nas ruas, só pichações imundas, ruas alagadas, paisagens destruídas, gente desesperada, mal paga, miséria nos rostos, nas roupas, nos gestos, nas falas, risos boçais, frases banais, falta de educação, analfabetos que sabem escrever, o surgimento de uma língua bárbara entre os bandidos, grunhidos da miséria, "tá ligado?" Ou "Vamos combinar que está punk esta parada, fala sério!" - como reagem os playboys.
O império do fragmentário: "faits divers", notícias sem importância e denúncias vazias que não se completam, não formam sentido, se repetem num círculo vicioso; é a pequena história das irrelevâncias e o surgimento do Insolúvel como categoria política.
Na Academia, o discurso da melancolia teórica, a nostalgia de uma pureza perdida ou da "revolução" sumida. Ausência de um pensamento crítico novo, para além do lamento contra o capital. Surge um amor à truculência ou ao simplismo. Chávez como esperança; tudo, menos aceitar que temos de abrir caminho para o óbvio: reduzir o Estado, lutar por um choque urgente de administração e reformas que nos tirem do buraco. Isso, jamais; vai contra a idéia de controle, tanto à direita como à esquerda.
No meio do deserto ideológico, sem esperança ou projetos, a hipervalorização de bundas e pênis. O corpo como último refúgio, o sexo como única utopia. Nada temos além de barriga seca, bunda dura, peito de 200 mililitros, botox nos cornos, boca falsa dizendo bobagens, "cofrinho" à mostra, risos compulsivos, gargalhadas coloridas nas revistas, "piercing" nas vaginas.
Há também um aumento brutal dos psicopatas. Não só os queimadores de crianças, os esquartejadores felizes, mas os ladrõezinhos numa boa, influenciados pelo excesso de crimes banalizados pelo dia-a-dia. Indiferença à lei desmoralizada para sempre, alegre aumento de transgressões, com os sanguessugas e vagabundos em geral servindo de exemplos: "Vou ser ladrão sim, qual é? É bom negócio...".
Surge também a ética da permissividade irresponsável, a ética da não-ética, desde que "assumida". "Numa boa, tem mais é que mentir mesmo, na política. Tem de sujar a mão. Sim, eu assumo, sou estuprador, mas assumo, numa boa..." Paranóia geral. Desconfiança dos outros. O "outro" como chato, como competidor ou como inimigo.
Fim da idéia de cultura como acumulação, fim de "importância cultural", de panteão do saber. Com o fim do passado, um presente detestável e um futuro sem cara, importância cultural para quê?
Sensação de inutilidade crítica. Para que falar, para que escrever? Esse artigo é inútil.
Desculpem o bode negro, mas a situação já passou de todos os limites. Está além do escândalo, além do horror e não conseguimos fazer nada. Pare por aqui, leitor amigo, se estiver deprimido, mas é que estamos diante do Insolúvel. Um País paralisado na economia e na política não gera apenas fome ou injustiça social; gera uma degradação psíquica progressiva. No Rio, temos uma amostragem exemplar.
A cidade está se dissolvendo debaixo de balas perdidas e balas achadas, a cidade virou um pesqueiro para marginais, que descem de suas 500 favelas para curtir um "assaltozinho legal" ou fazer um tiro ao alvo de cidadãos desavisados, sem motivo, só pelo prazer. Mas, não só o Rio. A zona geral do País, debaixo desse governo desgovernado, debaixo da estupidez paralítica da burocracia, da ausência de crescimento, de educação, está provocando um desvio forte na cabeça das pessoas.
Estamos nos deformando. Física e psiquicamente. Não só tragédias visíveis, como guerra ou catástrofes naturais nos deformam. A tragédia do nada, a tragédia do zero de progresso vai nos virando em anomalias. Crescem rabos, chifres, verrugas, tumores em nossos corpos e mentes. A principal anomalia é a crescente consciência de que o maior inimigo da governabilidade é o governo.
Não é nem o Lula ou quem quer que seja. A própria estrutura dos três poderes está trincada, está trancando tudo, sim. Todo o desejo nacional é impedido ou pelo Legislativo ou Judiciário, com um Executivo que não sabe como executar, dividido entre democracia liberal e esquemas populistas. O último progresso que aconteceu neste País, por um acaso histórico, quase milagre, foi o Plano Real e uma certa responsabilidade fiscal que o governo anterior deixou como herança bendita.
Depois disso, nada. Depois da crise dos mensalões, das sanguessugas e do dossiê (que até nos deram a ilusão de que algo se movia), tudo volta para trás. O PT se desmoralizou, descobrimos que o PSDB não existe e que Lula trabalha para o PMDB. O Brasil é um flashback, um filme rebobinando. Tudo se restaurou. Ninguém punido, crimes ignorados, Congresso asqueroso, Judiciário salvando partidos de aluguel, desativando qualquer avanço, a sordidez disfarçada em terminologia jurídica.
Aumenta o sentimento de impotência e depressão. Certamente, nuvens negras se formam. Teremos algo torto, torvo. Todos sabemos que vem merda aí. Não sabemos ainda qual delas. Além da depressão política, a novidade do ano: arrasamento dos serviços básicos. Com a crise geral dos vôos, enchentes sem tampa, queimadas eternas, florestas acabando, total incapacidade administrativa, chegamos a duvidar que a luz se acenda ou a água continue a jorrar das bicas.
Nossos corações estão mais duros. Para sobreviver, ficamos mais cínicos e mais reacionários. Irracionalismos raiam. Já pensamos: "Tem mais é de matar essa raça, essas polícias "mineiras" são boas mesmo, extermina, bota para quebrar!" Ou então: "Essa bosta não tem mais solução não. Vou cuidar da minha vida. Danem-se!"
Em vez de pena, já temos medo ou raiva da miséria: "Chiii, não agüento mais esses miseráveis nos sinais de trânsito, esses vagabundos descendo dos morros de bermudas e sandália havaiana. Só quero ver coisas bonitas..."
Mas, que "coisas bonitas"? Cada vez mais aceitamos o feio. Nas paredes, nas ruas, só pichações imundas, ruas alagadas, paisagens destruídas, gente desesperada, mal paga, miséria nos rostos, nas roupas, nos gestos, nas falas, risos boçais, frases banais, falta de educação, analfabetos que sabem escrever, o surgimento de uma língua bárbara entre os bandidos, grunhidos da miséria, "tá ligado?" Ou "Vamos combinar que está punk esta parada, fala sério!" - como reagem os playboys.
O império do fragmentário: "faits divers", notícias sem importância e denúncias vazias que não se completam, não formam sentido, se repetem num círculo vicioso; é a pequena história das irrelevâncias e o surgimento do Insolúvel como categoria política.
Na Academia, o discurso da melancolia teórica, a nostalgia de uma pureza perdida ou da "revolução" sumida. Ausência de um pensamento crítico novo, para além do lamento contra o capital. Surge um amor à truculência ou ao simplismo. Chávez como esperança; tudo, menos aceitar que temos de abrir caminho para o óbvio: reduzir o Estado, lutar por um choque urgente de administração e reformas que nos tirem do buraco. Isso, jamais; vai contra a idéia de controle, tanto à direita como à esquerda.
No meio do deserto ideológico, sem esperança ou projetos, a hipervalorização de bundas e pênis. O corpo como último refúgio, o sexo como única utopia. Nada temos além de barriga seca, bunda dura, peito de 200 mililitros, botox nos cornos, boca falsa dizendo bobagens, "cofrinho" à mostra, risos compulsivos, gargalhadas coloridas nas revistas, "piercing" nas vaginas.
Há também um aumento brutal dos psicopatas. Não só os queimadores de crianças, os esquartejadores felizes, mas os ladrõezinhos numa boa, influenciados pelo excesso de crimes banalizados pelo dia-a-dia. Indiferença à lei desmoralizada para sempre, alegre aumento de transgressões, com os sanguessugas e vagabundos em geral servindo de exemplos: "Vou ser ladrão sim, qual é? É bom negócio...".
Surge também a ética da permissividade irresponsável, a ética da não-ética, desde que "assumida". "Numa boa, tem mais é que mentir mesmo, na política. Tem de sujar a mão. Sim, eu assumo, sou estuprador, mas assumo, numa boa..." Paranóia geral. Desconfiança dos outros. O "outro" como chato, como competidor ou como inimigo.
Fim da idéia de cultura como acumulação, fim de "importância cultural", de panteão do saber. Com o fim do passado, um presente detestável e um futuro sem cara, importância cultural para quê?
Sensação de inutilidade crítica. Para que falar, para que escrever? Esse artigo é inútil.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Reajuste não é repassado a deputados estaduais
Por: Reportagem - Antonio Vital/Assessoria de Imprensa
Edição - Marcos Rossi
(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')
O reajuste dos parlamentares aprovado nesta quinta-feira não será repassado automaticamente para os deputados estaduais. O impacto nos subsídios desses deputados depende de lei de iniciativa das assembléias legislativas, de acordo com a Constituição, cumprindo os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Também não haverá qualquer impacto imediato do reajuste dos parlamentares nos vencimentos dos vereadores. De acordo com a Constituição, os subsídios dos vereadores só podem ser fixados em cada Legislatura para a subseqüente. Dessa forma, qualquer reajuste para os vereadores só poderia entrar em vigor em 2009.
Além disso, o aumento de deputados e senadores não vai incidir nos salários dos servidores, o que será garantido por um Ato Conjunto da Câmara e do Senado.
Edição - Marcos Rossi
(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')
O reajuste dos parlamentares aprovado nesta quinta-feira não será repassado automaticamente para os deputados estaduais. O impacto nos subsídios desses deputados depende de lei de iniciativa das assembléias legislativas, de acordo com a Constituição, cumprindo os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Também não haverá qualquer impacto imediato do reajuste dos parlamentares nos vencimentos dos vereadores. De acordo com a Constituição, os subsídios dos vereadores só podem ser fixados em cada Legislatura para a subseqüente. Dessa forma, qualquer reajuste para os vereadores só poderia entrar em vigor em 2009.
Além disso, o aumento de deputados e senadores não vai incidir nos salários dos servidores, o que será garantido por um Ato Conjunto da Câmara e do Senado.
PERFÍDIA
Por Giulio Sanmartini
Completei dois anos de idade no navio que me trouxe da Itália para o Brasil. Em 1948, minha mãe levou-me para assistir a parada de 7 de setembro e me deu uma badeirinha de papel, a partir daquele dia esta passou a ser minha bandeira, símbolo de um País que não era o meu, mas que eu estava escolhendo por amor e com o passar do tempo esse sentimento só fez aumentar.
Durante os 50 anos que vivi em diversas cidades de diversos estados do Brasil, muita coisa aconteceu.
Cronologicamente: o atentado de Rua Tonelero, o suicídio de Getúlio Vargas, o golpe de estado que “manu militari” tirou Carlos Luz da presidência da República, pouco depois pelo mesmo método impediu Café Filho de assumir, dois levantes militares contra Juscelino Kubitschek: Jacareacanga e Aragarças; a renúncia de Jânio Quadros, o posse conturbada de João Goulart e sua deposição em 1° de abril (1964), a decretação do AI 5, o impedimento de assumir a presidência imposto a Pedro Aleixo, o retorno à democracia, a eleição sem posse de Tancredo Neves, o desastrado governo José Sarney e depois de mais de duas décadas a eleição direta de Fernando Collor de Mello, que num breve tempo transformou-se na figura máxima da corrupção.
No dia 26 de maio de 1992, morava na pequena cidade de Belmonte (Sul da Bahia), quando recebo a única revista Veja que chegava ao local, a capa já dizia tudo: “Pedro Collor conta tudo”. O irmão do presidente falso caçador de marajás, desnudava a máquina de corrupção montada pelo governo dentro do gabinete presidencial. Na barbearia local li em voz alta para os politiqueiros locais a matéria. Quando terminei o silêncio que se fez podia ser cortado com uma faca, Carioca, o barbeiro, o quebrou:
- Por muito menos Getúlio Vargas de um tiro no peito.
Voltei para casa acabrunhado, cabisbaixo, com um nó na garganta. O País que escolhera por amor como minha pátria chegara ao fundo do poço (pensava eu). Brasileiros eram meus filhos e minhas netas, isto é o futuro, o que seria deles?
Passaram-se quase 15 anos e pude perceber que me enganara, que Collor nem chegara na beirada do poço quando começaram a despontar como uma doença contagiosa os escândalos no Governo do PT, partido que se arvorava em ser o dono da ética e da honestidade.
Jamais o Brasil vira tanta falta de vergonha, mas nessa quinta feira 14/12, os representantes do poder legislativo conseguiram suplantar tudo de ruim, falso e vergonhoso até então visto.
Senadores e deputados aprovaram um aumento de quase 100% em seus já altíssimos salários.
São pérfidos com seus eleitores, são pérfidos com 40 milhões de pessoas que vivem da esmola governamental, trocada vergonhosa e demagogicamente por votos; são pérfidos com milhões de brasileiros honestos que trabalham oito horas por dia cinco dias da semana e 11 meses do ano e que para ganharem o que percebe um congressista por mês terão que labutar por seis anos.
Como se não bastasse o presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-Al) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP), tem o caradurismo de deixar-se fotografar rindo depois do vergonhoso, asqueroso, vil, repugnante e abominável aumento.
Até quando a paciência dos brasileiros será esbofeteada?
Completei dois anos de idade no navio que me trouxe da Itália para o Brasil. Em 1948, minha mãe levou-me para assistir a parada de 7 de setembro e me deu uma badeirinha de papel, a partir daquele dia esta passou a ser minha bandeira, símbolo de um País que não era o meu, mas que eu estava escolhendo por amor e com o passar do tempo esse sentimento só fez aumentar.
Durante os 50 anos que vivi em diversas cidades de diversos estados do Brasil, muita coisa aconteceu.
Cronologicamente: o atentado de Rua Tonelero, o suicídio de Getúlio Vargas, o golpe de estado que “manu militari” tirou Carlos Luz da presidência da República, pouco depois pelo mesmo método impediu Café Filho de assumir, dois levantes militares contra Juscelino Kubitschek: Jacareacanga e Aragarças; a renúncia de Jânio Quadros, o posse conturbada de João Goulart e sua deposição em 1° de abril (1964), a decretação do AI 5, o impedimento de assumir a presidência imposto a Pedro Aleixo, o retorno à democracia, a eleição sem posse de Tancredo Neves, o desastrado governo José Sarney e depois de mais de duas décadas a eleição direta de Fernando Collor de Mello, que num breve tempo transformou-se na figura máxima da corrupção.
No dia 26 de maio de 1992, morava na pequena cidade de Belmonte (Sul da Bahia), quando recebo a única revista Veja que chegava ao local, a capa já dizia tudo: “Pedro Collor conta tudo”. O irmão do presidente falso caçador de marajás, desnudava a máquina de corrupção montada pelo governo dentro do gabinete presidencial. Na barbearia local li em voz alta para os politiqueiros locais a matéria. Quando terminei o silêncio que se fez podia ser cortado com uma faca, Carioca, o barbeiro, o quebrou:
- Por muito menos Getúlio Vargas de um tiro no peito.
Voltei para casa acabrunhado, cabisbaixo, com um nó na garganta. O País que escolhera por amor como minha pátria chegara ao fundo do poço (pensava eu). Brasileiros eram meus filhos e minhas netas, isto é o futuro, o que seria deles?
Passaram-se quase 15 anos e pude perceber que me enganara, que Collor nem chegara na beirada do poço quando começaram a despontar como uma doença contagiosa os escândalos no Governo do PT, partido que se arvorava em ser o dono da ética e da honestidade.
Jamais o Brasil vira tanta falta de vergonha, mas nessa quinta feira 14/12, os representantes do poder legislativo conseguiram suplantar tudo de ruim, falso e vergonhoso até então visto.
Senadores e deputados aprovaram um aumento de quase 100% em seus já altíssimos salários.
São pérfidos com seus eleitores, são pérfidos com 40 milhões de pessoas que vivem da esmola governamental, trocada vergonhosa e demagogicamente por votos; são pérfidos com milhões de brasileiros honestos que trabalham oito horas por dia cinco dias da semana e 11 meses do ano e que para ganharem o que percebe um congressista por mês terão que labutar por seis anos.
Como se não bastasse o presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-Al) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP), tem o caradurismo de deixar-se fotografar rindo depois do vergonhoso, asqueroso, vil, repugnante e abominável aumento.
Até quando a paciência dos brasileiros será esbofeteada?
Deputados querem aprovar outros projetos de seu interesse
disputa pela presidência da Câmara pode custar caro aos cofres públicos. Além do aumento de R$ 12.653, o equivalente a 90,7% de reajuste, nos próprios salários, projetos que beneficiam parlamentares têm sido usados na pressão por apoio e votos. Algumas propostas podem sair da gaveta e outras serem barradas, de acordo com os interesses corporativos dos parlamentares.
O mais recente objeto de barganha dos deputados é o projeto que prevê o pagamento de 13º às pensões provenientes de aposentadorias de ex-parlamentares e prevê a equiparação do valor do benefício ao das aposentadorias, o que significa aumento de 50%. Pela proposta, os pensionistas receberiam o valor retroativo a 1999, quando foi feita a liquidação do Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC).
O projeto já foi aprovado pelos deputados e foi alterado pelos senadores em 2002. Voltou à Câmara, mas, com o caráter de escândalo, os deputados que assumiram a presidência da Casa nos últimos anos, desde Aécio Neves (PSDB-MG), seguraram a proposta que agora está pendente de abertura de prazo para recurso no plenário. Além de Aécio, os deputados João Paulo (PT-SP), Severino Cavalcanti (PP-PE) e o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não deram prosseguimento à proposta.
O projeto é de autoria da Mesa Diretora da Câmara, no período em que o deputado Michel Temer (PMDB-SP) presidia a Casa. Candidato à sucessão de Rebelo, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou não conhecer esse projeto nem ter sido procurado por deputados que querem o prosseguimento da proposta. Apesar das pressões, Rebelo pretende continuar barrando a tramitação do projeto, segundo informou sua assessoria.
Os cargos que são preenchidos sem concurso público, os chamados CNEs, são outro alvo de barganha. A pressão dos deputados é para evitar a votação do projeto de resolução que extingue os cargos que estão vagos, desde que Aldo Rebelo demitiu mais de mil servidores que entraram na Casa sem concurso público. Se o projeto não for aprovado e os cargos não forem extintos, no futuro, eles poderão voltar a ser preenchidos por indicação política dos deputados. A manutenção dos cargos agrada principalmente aos deputados considerados do baixo-clero.
"Sou a favor de cargos de confiança na administração pública, porque quem tem a responsabilidade política dever ter a possibilidade de escolher quem vai representá-lo em uma determinada função", afirmou Chinaglia. "Essa iniciativa de cortar CNEs, no entanto, é da atual Mesa. Se eu vier, no futuro, a tomar parte da Mesa, analisarei a questão", completou Chinaglia. A iniciativa de extinguir os cargos partiu de Rebelo. O projeto, no entanto, ainda não foi votado. A pauta de votação do plenário é feita por Rebelo e os líderes partidários.
A proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no parlamento é outra questão interna que mexe com os interesses dos deputados. O voto secreto nos processos de cassação, por exemplo, foi apontado como um dos principais motivos para o grande número de absolvição dos deputados acusados de envolvimento no escândalo do mensalão. "É irreal querer votar uma proposta de emenda constitucional agora, na última semana dos trabalhos do Congresso. É impossível", afirmou Chinaglia. Rebelo incluiu o projeto na pauta de quarta-feira da próxima semana.
Agência Estado
O mais recente objeto de barganha dos deputados é o projeto que prevê o pagamento de 13º às pensões provenientes de aposentadorias de ex-parlamentares e prevê a equiparação do valor do benefício ao das aposentadorias, o que significa aumento de 50%. Pela proposta, os pensionistas receberiam o valor retroativo a 1999, quando foi feita a liquidação do Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC).
O projeto já foi aprovado pelos deputados e foi alterado pelos senadores em 2002. Voltou à Câmara, mas, com o caráter de escândalo, os deputados que assumiram a presidência da Casa nos últimos anos, desde Aécio Neves (PSDB-MG), seguraram a proposta que agora está pendente de abertura de prazo para recurso no plenário. Além de Aécio, os deputados João Paulo (PT-SP), Severino Cavalcanti (PP-PE) e o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não deram prosseguimento à proposta.
O projeto é de autoria da Mesa Diretora da Câmara, no período em que o deputado Michel Temer (PMDB-SP) presidia a Casa. Candidato à sucessão de Rebelo, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou não conhecer esse projeto nem ter sido procurado por deputados que querem o prosseguimento da proposta. Apesar das pressões, Rebelo pretende continuar barrando a tramitação do projeto, segundo informou sua assessoria.
Os cargos que são preenchidos sem concurso público, os chamados CNEs, são outro alvo de barganha. A pressão dos deputados é para evitar a votação do projeto de resolução que extingue os cargos que estão vagos, desde que Aldo Rebelo demitiu mais de mil servidores que entraram na Casa sem concurso público. Se o projeto não for aprovado e os cargos não forem extintos, no futuro, eles poderão voltar a ser preenchidos por indicação política dos deputados. A manutenção dos cargos agrada principalmente aos deputados considerados do baixo-clero.
"Sou a favor de cargos de confiança na administração pública, porque quem tem a responsabilidade política dever ter a possibilidade de escolher quem vai representá-lo em uma determinada função", afirmou Chinaglia. "Essa iniciativa de cortar CNEs, no entanto, é da atual Mesa. Se eu vier, no futuro, a tomar parte da Mesa, analisarei a questão", completou Chinaglia. A iniciativa de extinguir os cargos partiu de Rebelo. O projeto, no entanto, ainda não foi votado. A pauta de votação do plenário é feita por Rebelo e os líderes partidários.
A proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no parlamento é outra questão interna que mexe com os interesses dos deputados. O voto secreto nos processos de cassação, por exemplo, foi apontado como um dos principais motivos para o grande número de absolvição dos deputados acusados de envolvimento no escândalo do mensalão. "É irreal querer votar uma proposta de emenda constitucional agora, na última semana dos trabalhos do Congresso. É impossível", afirmou Chinaglia. Rebelo incluiu o projeto na pauta de quarta-feira da próxima semana.
Agência Estado
Fidel está perto da morte, diz chefe de inteligência dos EUA
Por: Reuters
WASHINGTON - O presidente cubano, Fidel Castro, está muito doente e perto da morte, afirmou na sexta-feira o chefe da inteligência norte-americana John Negroponte. "Tudo o que vemos indica que não será muito prolongado...meses, não anos", disse Negroponte ao Washington Post.
Uma delegação dos dez legisladores dos EUA que são a favor do relaxamento de sanções contra Cuba deve chegar a Havana nesta sexta-feira para uma visita de três dias. A delegação pediu um encontro com o presidente interino, que já declarou estar aberto a conversar com Washington.
Na última semana, o jornal britânico The Independent (veja link ao lado) publicou que o ditador cubano enfrenta um câncer terminal e poderia morrer antes do Natal. O diário ouviu diplomatas ocidentais em condição de anonimato.
Fidel - que passou por uma delicada cirurgia em julho deste ano - não participou das comemorações de seu aniversário. Sua doença não foi revelada e ele não é visto em público desde 28 de outubro, data em que apareceu em um vídeo para desmentir rumores sobre sua morte. O ditador delegou provisoriamente o poder a seu irmão Raúl e a seis homens de sua confiança em 31 de julho, devido a uma doença, tratada de "segredo de Estado".
Este texto foi ampliado às 8h53 para acréscimo de informação
WASHINGTON - O presidente cubano, Fidel Castro, está muito doente e perto da morte, afirmou na sexta-feira o chefe da inteligência norte-americana John Negroponte. "Tudo o que vemos indica que não será muito prolongado...meses, não anos", disse Negroponte ao Washington Post.
Uma delegação dos dez legisladores dos EUA que são a favor do relaxamento de sanções contra Cuba deve chegar a Havana nesta sexta-feira para uma visita de três dias. A delegação pediu um encontro com o presidente interino, que já declarou estar aberto a conversar com Washington.
Na última semana, o jornal britânico The Independent (veja link ao lado) publicou que o ditador cubano enfrenta um câncer terminal e poderia morrer antes do Natal. O diário ouviu diplomatas ocidentais em condição de anonimato.
Fidel - que passou por uma delicada cirurgia em julho deste ano - não participou das comemorações de seu aniversário. Sua doença não foi revelada e ele não é visto em público desde 28 de outubro, data em que apareceu em um vídeo para desmentir rumores sobre sua morte. O ditador delegou provisoriamente o poder a seu irmão Raúl e a seis homens de sua confiança em 31 de julho, devido a uma doença, tratada de "segredo de Estado".
Este texto foi ampliado às 8h53 para acréscimo de informação
Músico Sivuca morre em João Pessoa
Por: Estadão
SÃO PAULO - Morreu no fim da noite de quinta-feira, aos 76 anos, o músico Severino Dias de Oliveira, o Sivuca. Ele estava internado desde terça-feira, 12, num hospital em João Pessoa, na Paraíba, para tratamento de câncer, segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. Sivuca compôs músicas conhecidas como Feira de Mangaio, Adeus, Maria e Reunião de Tristeza.
Talento musical
Sivuca nasceu em 26 de maio de 1930 na cidade de Itabaiana, interior da Paraíba, em uma família humilde de agricultores e sapateiros. Seus pais eram José Dias de Oliveira e Abdolia Albertina de Oliveira. A opção pela música se deveu à sua própria natureza albina, que sempre o impediu de ficar exposto ao sol na lavoura, ou mesmo batendo pregos nas solas de sapatos.
Aos 4 anos já tocava e cantava as músicas de um bloco de maracatu, conhecido como Maracatu de João Penca, que costumava passar próximo à sua casa. O som era tirado de uma harmônica rudimentar feita de madeira, presente de seu pai.
Em 1939, ganha, junto com os irmãos, uma sanfona, início de sua carreira de músico, animando casamentos e festas pelo interior. Aos 15 anos foi tentar a sorte em um programa de calouros, em Recife, tocando, entre outras, Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, música que gravaria, anos depois, em seu primeiro disco.
Contratado pela Rádio Clube de Recife em 1945, teve suas primeiras noções de teoria musical através do clarinetista Lurival de Olivera, músico da Orquestra Sinfônica de Recife. Foi o maestro e mestre Guerra Peixe, segundo ele próprio, quem conseguiu abrir seus horizontes musicais. Foi parar em São Paulo pelas mãos da cantora Carmélia Alves. Trabalhou em dezenas de programas de rádio e foi do elenco fixo da TV Tupi de 1955 a 1959.
Em 1958, foi representar o Brasil na Europa, juntamente com músicos como Abel Ferreira e o Trio Iraquitã. Morou quatro anos em Paris, de 1960 a 1964 e, em 1965, já estava nos Estados Unidos para integrar, como guitarrista, o conjunto de Miriam Makeba, famosa pela gravação de Pata Pata. Com ela viajou pela África, pela Europa e pela Ásia. Foram mais de dez anos acompanhando músicos de todas as vertentes e dirigindo musicais nos EUA. Voltou ao Brasil, em 1975, e gravou o belo Sivuca e Rosinha de Valença. Também compositor de mão cheia, compôs clássicos como Feira de Mangaio, com a mulher Glorinha Gadelha, sucesso na voz de Clara Nunes, e João e Maria, com Chico Buarque. Gravou com os gaitistas Toots Thielemans , Rildo Hora e interpretou Pixinguinha, Luperce Miranda e Bach.
SÃO PAULO - Morreu no fim da noite de quinta-feira, aos 76 anos, o músico Severino Dias de Oliveira, o Sivuca. Ele estava internado desde terça-feira, 12, num hospital em João Pessoa, na Paraíba, para tratamento de câncer, segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. Sivuca compôs músicas conhecidas como Feira de Mangaio, Adeus, Maria e Reunião de Tristeza.
Talento musical
Sivuca nasceu em 26 de maio de 1930 na cidade de Itabaiana, interior da Paraíba, em uma família humilde de agricultores e sapateiros. Seus pais eram José Dias de Oliveira e Abdolia Albertina de Oliveira. A opção pela música se deveu à sua própria natureza albina, que sempre o impediu de ficar exposto ao sol na lavoura, ou mesmo batendo pregos nas solas de sapatos.
Aos 4 anos já tocava e cantava as músicas de um bloco de maracatu, conhecido como Maracatu de João Penca, que costumava passar próximo à sua casa. O som era tirado de uma harmônica rudimentar feita de madeira, presente de seu pai.
Em 1939, ganha, junto com os irmãos, uma sanfona, início de sua carreira de músico, animando casamentos e festas pelo interior. Aos 15 anos foi tentar a sorte em um programa de calouros, em Recife, tocando, entre outras, Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, música que gravaria, anos depois, em seu primeiro disco.
Contratado pela Rádio Clube de Recife em 1945, teve suas primeiras noções de teoria musical através do clarinetista Lurival de Olivera, músico da Orquestra Sinfônica de Recife. Foi o maestro e mestre Guerra Peixe, segundo ele próprio, quem conseguiu abrir seus horizontes musicais. Foi parar em São Paulo pelas mãos da cantora Carmélia Alves. Trabalhou em dezenas de programas de rádio e foi do elenco fixo da TV Tupi de 1955 a 1959.
Em 1958, foi representar o Brasil na Europa, juntamente com músicos como Abel Ferreira e o Trio Iraquitã. Morou quatro anos em Paris, de 1960 a 1964 e, em 1965, já estava nos Estados Unidos para integrar, como guitarrista, o conjunto de Miriam Makeba, famosa pela gravação de Pata Pata. Com ela viajou pela África, pela Europa e pela Ásia. Foram mais de dez anos acompanhando músicos de todas as vertentes e dirigindo musicais nos EUA. Voltou ao Brasil, em 1975, e gravou o belo Sivuca e Rosinha de Valença. Também compositor de mão cheia, compôs clássicos como Feira de Mangaio, com a mulher Glorinha Gadelha, sucesso na voz de Clara Nunes, e João e Maria, com Chico Buarque. Gravou com os gaitistas Toots Thielemans , Rildo Hora e interpretou Pixinguinha, Luperce Miranda e Bach.
Câmara e Senado decidem quase dobrar próprios salários
Por: Denise Madueño
SÃO PAULO - Os presidentes da Câmara e do Senado decidiram assinar um ato conjunto aumentando o salário dos parlamentares de R$ 12.847 para R$ 24,5 mil, equiparando o valor ao teto do Judiciário. Com isso, os salários dos deputados e senadores terão um reajuste de quase 100%, que entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2007, quando inicia-se a nova legislatura.
Os presidentes das duas Casas, Aldo Rebelo (PCdoB) e Renan Calheiros (PMDB), afirmaram que o gasto com o aumento provocará um corte de gastos, para que não haja impacto no orçamento. Câmara e Senado têm um orçamento de R$ 3,2 bilhões para 2007. Na Câmara, a estimativa é que esse aumento cause impacto de R$ 157 milhões. Já no Senado, Renan não soube informar.
Aldo e Renan evitaram responder se consideravam justo esse aumento. "A decisão foi de uma reunião conjunta da Mesa da Câmara e do Senado, com a presença dos líderes", repetia Aldo. "Equiparar a remuneração dos parlamentares ao teto do Supremo (Supremo Tribunal Federal) resolve definitivamente o problema", afirmou Renan. Ele lembrou que os líderes do PSOL na Câmara e no Senado se manifestaram contra o aumento.
O ato da Mesa equipara definitivamente os salários dos parlamentares aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Isso significa que quando houver aumento do teto, os salários dos parlamentares serão reajustados. O aumento salarial da Câmara e do Senado provoca efeito cascata no Poder Legislativo dos Estados e Municípios, porque os são atrelados.
A proposta inicial rejeitada era de somente corrigir os salários de acordo com a inflação nos últimos quatro anos, de aproximadamente 28,4%, o que resultaria em um valor próximo a R$ 16.500.
Os parlamentares elevaram seus salários pela última vez em 2003, quando os vencimentos passaram de R$ 8 mil para R$ 12.847,20, igual ao salário dos ministros do STF na época.
Fonte: Estadao.com.br
SÃO PAULO - Os presidentes da Câmara e do Senado decidiram assinar um ato conjunto aumentando o salário dos parlamentares de R$ 12.847 para R$ 24,5 mil, equiparando o valor ao teto do Judiciário. Com isso, os salários dos deputados e senadores terão um reajuste de quase 100%, que entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2007, quando inicia-se a nova legislatura.
Os presidentes das duas Casas, Aldo Rebelo (PCdoB) e Renan Calheiros (PMDB), afirmaram que o gasto com o aumento provocará um corte de gastos, para que não haja impacto no orçamento. Câmara e Senado têm um orçamento de R$ 3,2 bilhões para 2007. Na Câmara, a estimativa é que esse aumento cause impacto de R$ 157 milhões. Já no Senado, Renan não soube informar.
Aldo e Renan evitaram responder se consideravam justo esse aumento. "A decisão foi de uma reunião conjunta da Mesa da Câmara e do Senado, com a presença dos líderes", repetia Aldo. "Equiparar a remuneração dos parlamentares ao teto do Supremo (Supremo Tribunal Federal) resolve definitivamente o problema", afirmou Renan. Ele lembrou que os líderes do PSOL na Câmara e no Senado se manifestaram contra o aumento.
O ato da Mesa equipara definitivamente os salários dos parlamentares aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Isso significa que quando houver aumento do teto, os salários dos parlamentares serão reajustados. O aumento salarial da Câmara e do Senado provoca efeito cascata no Poder Legislativo dos Estados e Municípios, porque os são atrelados.
A proposta inicial rejeitada era de somente corrigir os salários de acordo com a inflação nos últimos quatro anos, de aproximadamente 28,4%, o que resultaria em um valor próximo a R$ 16.500.
Os parlamentares elevaram seus salários pela última vez em 2003, quando os vencimentos passaram de R$ 8 mil para R$ 12.847,20, igual ao salário dos ministros do STF na época.
Fonte: Estadao.com.br
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Buemba! saiu o corno ponto cego!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Guerrilha nas Estrelas. Zona Aérea! Foi descoberto o corno ponto cego: aquele que fica preso no aeroporto enquanto a mulher se esbalda em casa! Rarará! E diz que vão leiloar o piercing da perereca da Karina Bacchi! Mas é pra retirar no local? Quem ganhar pode retirar no local? Rarará! E as fotos da Gisele feitas por um paparazzo no Caribe? Ela com a bunda pra cima! E o que eu achei da bunda da Gisele? Achei meio bunda. E um outro achou que a bunda da Gisele tava com cara de bunda. Rarará! Abundância passa longe.
Alerta Máximo! Zona Aérea! Estados Unidos entram em alerta roxo! Bin Laden faz mais uma ameaça aos americanos! Bin Laden ameaça mandar os controladores de vôo brasileiros pra tomar conta do espaço aéreo americano. Rarará! Bin Laden rides again.
E eu já disse que o Bin Laden tem um primo gay chamado Min Raben! Rarará! E o ministro da defesa do palmeiras, Waldir Pires? 'É preciso rezar e ter fé para embarcar nesse fim de ano'. É igreja ou é aeroporto? Aerotemplo! Fé demais ou então fé de menos!
Aeroporto, fila, dormir em cadeira, banheiro fedendo, check-in. Tudo isso é pra pobre! Olha essa notícia: a milionária Maria Geier, 71, vai dar uma festa na sua ilha em Angra para 700 convidados. Que vão de jatinho e helicóptero. E aí ela contratou um PERSONAL CONTROLADOR DE VÔO! Só assim os convidados chegam pra festa na hora e no dia! Ao contrário, iriam pegar o caviar azedo e a champanhe choca! Rarará! Personal trainner, personal stylist e agora personal controler. Por isso que adorei a charge do Uke: 'Passageiros do vôo 217! Embarque no picadeiro 25!'. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Samambaia, Distrito Federal, tem uma auto-elétrica chamada FIO TERRA! Rarará! Mais direto impossível.
Viva o antitucanês!
Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno
No ponto cego!
simao@uol.com.br
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Guerrilha nas Estrelas. Zona Aérea! Foi descoberto o corno ponto cego: aquele que fica preso no aeroporto enquanto a mulher se esbalda em casa! Rarará! E diz que vão leiloar o piercing da perereca da Karina Bacchi! Mas é pra retirar no local? Quem ganhar pode retirar no local? Rarará! E as fotos da Gisele feitas por um paparazzo no Caribe? Ela com a bunda pra cima! E o que eu achei da bunda da Gisele? Achei meio bunda. E um outro achou que a bunda da Gisele tava com cara de bunda. Rarará! Abundância passa longe.
Alerta Máximo! Zona Aérea! Estados Unidos entram em alerta roxo! Bin Laden faz mais uma ameaça aos americanos! Bin Laden ameaça mandar os controladores de vôo brasileiros pra tomar conta do espaço aéreo americano. Rarará! Bin Laden rides again.
E eu já disse que o Bin Laden tem um primo gay chamado Min Raben! Rarará! E o ministro da defesa do palmeiras, Waldir Pires? 'É preciso rezar e ter fé para embarcar nesse fim de ano'. É igreja ou é aeroporto? Aerotemplo! Fé demais ou então fé de menos!
Aeroporto, fila, dormir em cadeira, banheiro fedendo, check-in. Tudo isso é pra pobre! Olha essa notícia: a milionária Maria Geier, 71, vai dar uma festa na sua ilha em Angra para 700 convidados. Que vão de jatinho e helicóptero. E aí ela contratou um PERSONAL CONTROLADOR DE VÔO! Só assim os convidados chegam pra festa na hora e no dia! Ao contrário, iriam pegar o caviar azedo e a champanhe choca! Rarará! Personal trainner, personal stylist e agora personal controler. Por isso que adorei a charge do Uke: 'Passageiros do vôo 217! Embarque no picadeiro 25!'. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Samambaia, Distrito Federal, tem uma auto-elétrica chamada FIO TERRA! Rarará! Mais direto impossível.
Viva o antitucanês!
Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno
No ponto cego!
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Câmara rejeita indicação de Luiz Otávio (PMDB) ao TCU
Por: Lúcio Vaz
Do Correio Braziliense
14/12/2006
07h47-A indicação do senador Luiz Otávio (PMDB-PA) para o Tribunal de Contas da União (TCU), já aprovada pelo Senado, foi rejeitada ontem pelo plenário da Câmara por 182 votos contra 146, com 13 abstenções. Acusado de envolvimento em fraude na construção de balsas pelo grupo Rodomar, do qual era diretor, em 1992, o senador foi duramente criticado por parlamentares de vários partidos na sessão de ontem.
O pronunciamento mais contundente foi feito pelo deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). “Não tenho neste momento a folha corrida do senador Luiz Otávio, mas é uma folha inaceitável a quem se habilita ao TCU. A Constituição é clara. Para integrar o TCU, são necessárias reputação ilibada e ser moralmente idôneo. Esse senador não preenche nenhum desses requisitos. Onde nós estamos neste país?” Questionou Biscaia, que preside a CPI dos Sanguessugas.
Em discursos num tom abaixo, mas igualmente contundentes, os deputados Paulo Rubem Santiago (PT-PE), João Fontes (PDT-SE) e Chico Alencar (PSol-RJ) também pediram a rejeição da indicação do senador. Havia o temor de que um acordo entre o PFL e o PMDB viabilizasse a aprovação do nome de Luiz Otávio.
Pelo acordo, os dois partidos teriam garantido a eleição do deputado Aroldo Cedraz (PFL-BA) para outra vaga no TCU. No ano passado, quando a indicação de Luiz Otávio entrou na pauta de votações de Câmara, o então presidente do tribunal, Adilson Motta, afirmou que não daria posse ao novo ministro se o seu nome fosse aprovado pelo Congresso. Em processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador foi acusado de um desvio de R$ 24,9 milhões na compra de balsas pela Rodomar. O dinheiro foi financiado pelo Banco do Brasil e por outros bancos oficiais. O financiamento foi liberado, mas as balsas não foram entregues.
É um costume antigo na Câmara e no Senado a indicação de parlamentares não-reeleitos para vagas no TCU. Os nomes são aprovados em sessões das duas casas. A indicação é feita por meio de um decreto legislativo, que não vai à sanção presidencial. Mas a nomeação é feita pelo presidente da República.
Super-Receita
O plenário do Senado aprovou na noite de ontem o projeto que cria a Secretaria da Receita Federal do Brasil, também chamada de Super-Receita porque vai gerenciar e fiscalizar a arrecadação de quase todos os tributos federais, inclusive as contribuições à Previdência Social.
Do Correio Braziliense
14/12/2006
07h47-A indicação do senador Luiz Otávio (PMDB-PA) para o Tribunal de Contas da União (TCU), já aprovada pelo Senado, foi rejeitada ontem pelo plenário da Câmara por 182 votos contra 146, com 13 abstenções. Acusado de envolvimento em fraude na construção de balsas pelo grupo Rodomar, do qual era diretor, em 1992, o senador foi duramente criticado por parlamentares de vários partidos na sessão de ontem.
O pronunciamento mais contundente foi feito pelo deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). “Não tenho neste momento a folha corrida do senador Luiz Otávio, mas é uma folha inaceitável a quem se habilita ao TCU. A Constituição é clara. Para integrar o TCU, são necessárias reputação ilibada e ser moralmente idôneo. Esse senador não preenche nenhum desses requisitos. Onde nós estamos neste país?” Questionou Biscaia, que preside a CPI dos Sanguessugas.
Em discursos num tom abaixo, mas igualmente contundentes, os deputados Paulo Rubem Santiago (PT-PE), João Fontes (PDT-SE) e Chico Alencar (PSol-RJ) também pediram a rejeição da indicação do senador. Havia o temor de que um acordo entre o PFL e o PMDB viabilizasse a aprovação do nome de Luiz Otávio.
Pelo acordo, os dois partidos teriam garantido a eleição do deputado Aroldo Cedraz (PFL-BA) para outra vaga no TCU. No ano passado, quando a indicação de Luiz Otávio entrou na pauta de votações de Câmara, o então presidente do tribunal, Adilson Motta, afirmou que não daria posse ao novo ministro se o seu nome fosse aprovado pelo Congresso. Em processo aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador foi acusado de um desvio de R$ 24,9 milhões na compra de balsas pela Rodomar. O dinheiro foi financiado pelo Banco do Brasil e por outros bancos oficiais. O financiamento foi liberado, mas as balsas não foram entregues.
É um costume antigo na Câmara e no Senado a indicação de parlamentares não-reeleitos para vagas no TCU. Os nomes são aprovados em sessões das duas casas. A indicação é feita por meio de um decreto legislativo, que não vai à sanção presidencial. Mas a nomeação é feita pelo presidente da República.
Super-Receita
O plenário do Senado aprovou na noite de ontem o projeto que cria a Secretaria da Receita Federal do Brasil, também chamada de Super-Receita porque vai gerenciar e fiscalizar a arrecadação de quase todos os tributos federais, inclusive as contribuições à Previdência Social.
Reajuste no Congresso pode provocar gastos de R$ 1,7 bilhões
Por: Da FolhaNews
14/12/2006
09h29-Candidatos à reeleição, os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocaram para esta quinta-feira uma reunião para definir o aumento salarial aos parlamentares. O valor deve chegar a R$ 24,5 mil, equivalente aos vencimentos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o que significaria um gasto extra anual de pelo menos R$ 1,66 bilhão aos cofres públicos -já que estados e municípios seguem o aumento federal.
Participarão da reunião de hoje integrantes das Mesas Diretoras e líderes partidários das duas Casas. A intenção inicial era deixar o debate sobre o aumento de salários para o último dia de trabalho legislativo deste ano, o dia 22.
O temor de que as especulações sobre o tema aumentassem ainda mais o desgaste ao Congresso, no entanto, antecipou o debate. A reação de parlamentares contrários à medida também contribuiu para agilizar a decisão.
Propostas
Há duas propostas em jogo. Uma, defendida até ontem pela maioria dos integrantes das Mesas diretoras das duas Casas, aumenta o contracheque dos congressistas de R$ 12,8 mil para R$ 24,5 mil.
A outra, sustentada por uma minoria na Mesa e por uma parte dos líderes partidários, elevaria os salários a R$ 16,5 mil -uma correção da inflação no período.
Até ontem, a tese da equiparação salarial com o STF (Supremo Tribunal Federal) era majoritária. A Folha apurou que os presidentes das duas Casas não vão se opor à isonomia salarial com o Judiciário.
"Eu acho que a discussão do teto é interessante e constitucional", disse Renan, lembrando que em 2003 foi o responsável por barrar uma iniciativa semelhante do então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Já Aldo insistiu na tese de que o aumento teria "custo zero", por conta de cortes em outras rubricas. "Eu creio que só devemos dar reajuste com corte correspondente nos gastos da Câmara", afirmou.
No caso da Câmara, parte dos servidores da casa entrarão nesta "economia" para garantir o aumento dos deputados. Atualmente, cerca de mil funcionários recebem gratificações calculadas com base no salário dos parlamentares. A vinculação vai ter fim.
O mais provável é que o aumento se dê por meio de ato das duas Mesas. Já há um decreto legislativo, assinado em 2002, que prevê a equiparação salarial com o STF.
Se esta for a opção dos parlamentares, bastará um ato da Mesa regulamentando o decreto. Mas há um grupo de parlamentares defendendo que o aumento seja apreciado pelos plenários, para que o desgaste seja dividido.
Efeito cascata
A grande preocupação dos críticos é com o efeito cascata que a elevação dos salários permitirá em todo o país. A Constituição prevê que os salários dos 1.059 deputados estaduais e distritais e dos 51.819 vereadores de todo o país sejam fixados proporcionalmente ao salário do deputado federal.
Do R$ 1,66 bilhão de gastos extra calculado ao ano, caso o salário seja elevado para R$ 24,5 mil, R$ 90 milhões seriam do Congresso, R$ 120 milhões das Assembléias, e R$ 1,447 bilhão das Câmaras.
A previsão é conservadora, pois não leva em conta gastos com outros salários, como os de assessores e funcionários. O cálculo considera o pagamento do 13° salário aos políticos, mas não contabiliza o fato de algumas assembléias e câmaras pagarem mais do que isto.
Partidos e lideranças que são contra a elevação para R$ 24,5 mil tentarão se mobilizar ainda hoje, na tentativa de reverter a tendência. Apesar de o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ter defendido a isonomia com o Supremo, o PT deverá se posicionar contra o aumento na reunião de hoje.
Ontem, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) chamou as articulações em curso de "desenho sujo". Ex-líder do PSB, Renato Casagrande (PE) também se mostrou contra. "Já erramos quando concedemos o aumento neste patamar ao STF".
Já o líder do PTB, José Múcio (PE), defendeu o estabelecimento do teto. "É um desestímulo aos cérebros não ter uma remuneração condigna", afirmou ele.
14/12/2006
09h29-Candidatos à reeleição, os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocaram para esta quinta-feira uma reunião para definir o aumento salarial aos parlamentares. O valor deve chegar a R$ 24,5 mil, equivalente aos vencimentos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o que significaria um gasto extra anual de pelo menos R$ 1,66 bilhão aos cofres públicos -já que estados e municípios seguem o aumento federal.
Participarão da reunião de hoje integrantes das Mesas Diretoras e líderes partidários das duas Casas. A intenção inicial era deixar o debate sobre o aumento de salários para o último dia de trabalho legislativo deste ano, o dia 22.
O temor de que as especulações sobre o tema aumentassem ainda mais o desgaste ao Congresso, no entanto, antecipou o debate. A reação de parlamentares contrários à medida também contribuiu para agilizar a decisão.
Propostas
Há duas propostas em jogo. Uma, defendida até ontem pela maioria dos integrantes das Mesas diretoras das duas Casas, aumenta o contracheque dos congressistas de R$ 12,8 mil para R$ 24,5 mil.
A outra, sustentada por uma minoria na Mesa e por uma parte dos líderes partidários, elevaria os salários a R$ 16,5 mil -uma correção da inflação no período.
Até ontem, a tese da equiparação salarial com o STF (Supremo Tribunal Federal) era majoritária. A Folha apurou que os presidentes das duas Casas não vão se opor à isonomia salarial com o Judiciário.
"Eu acho que a discussão do teto é interessante e constitucional", disse Renan, lembrando que em 2003 foi o responsável por barrar uma iniciativa semelhante do então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Já Aldo insistiu na tese de que o aumento teria "custo zero", por conta de cortes em outras rubricas. "Eu creio que só devemos dar reajuste com corte correspondente nos gastos da Câmara", afirmou.
No caso da Câmara, parte dos servidores da casa entrarão nesta "economia" para garantir o aumento dos deputados. Atualmente, cerca de mil funcionários recebem gratificações calculadas com base no salário dos parlamentares. A vinculação vai ter fim.
O mais provável é que o aumento se dê por meio de ato das duas Mesas. Já há um decreto legislativo, assinado em 2002, que prevê a equiparação salarial com o STF.
Se esta for a opção dos parlamentares, bastará um ato da Mesa regulamentando o decreto. Mas há um grupo de parlamentares defendendo que o aumento seja apreciado pelos plenários, para que o desgaste seja dividido.
Efeito cascata
A grande preocupação dos críticos é com o efeito cascata que a elevação dos salários permitirá em todo o país. A Constituição prevê que os salários dos 1.059 deputados estaduais e distritais e dos 51.819 vereadores de todo o país sejam fixados proporcionalmente ao salário do deputado federal.
Do R$ 1,66 bilhão de gastos extra calculado ao ano, caso o salário seja elevado para R$ 24,5 mil, R$ 90 milhões seriam do Congresso, R$ 120 milhões das Assembléias, e R$ 1,447 bilhão das Câmaras.
A previsão é conservadora, pois não leva em conta gastos com outros salários, como os de assessores e funcionários. O cálculo considera o pagamento do 13° salário aos políticos, mas não contabiliza o fato de algumas assembléias e câmaras pagarem mais do que isto.
Partidos e lideranças que são contra a elevação para R$ 24,5 mil tentarão se mobilizar ainda hoje, na tentativa de reverter a tendência. Apesar de o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ter defendido a isonomia com o Supremo, o PT deverá se posicionar contra o aumento na reunião de hoje.
Ontem, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) chamou as articulações em curso de "desenho sujo". Ex-líder do PSB, Renato Casagrande (PE) também se mostrou contra. "Já erramos quando concedemos o aumento neste patamar ao STF".
Já o líder do PTB, José Múcio (PE), defendeu o estabelecimento do teto. "É um desestímulo aos cérebros não ter uma remuneração condigna", afirmou ele.
Para Dulci, reajuste a parlamentares trará distorções
BRASÍLIA - O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, disse ontem que a tentativa da Câmara e do Senado de aumentar a remuneração dos parlamentares para R$ 24.600 mensais provoca "distorção" porque todos os poderes têm de buscar reajustes "compatíveis" com as possibilidades do País.
Dulci afirmou, porém, que a questão deve ser tratada "institucionalmente" porque o governo não pode impor condutas ao Legislativo. "Na minha opinião estritamente pessoal, qualquer tipo de reajuste superior aos parâmetros que estão sendo aventados para o conjunto dos trabalhadores brasileiros acaba gerando algum tipo de distorção", argumentou Dulci. "Isso vale tanto para o Legislativo como para o Executivo e o Judiciário."
As Mesas da Câmara e do Senado resolveram equiparar os vencimentos dos parlamentares, hoje em R$ 12.800, aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que ganham R$ 24.600, mas o reajuste ainda não está aprovado. Para evitar mais desgastes nesse momento, tanto o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP) como o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negam que o assunto entrará na agenda dessa legislatura em fim de mandato. Aldo e Renan são candidatos à reeleição, em fevereiro de 2007. A dupla conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dulci insistiu em que o governo não tem a intenção de interferir no assunto. "Nenhum poder pode impor ao outro conduta A ou B", observou. Questionado por que Lula não se manifestava contra o aumento dos parlamentares - uma vez que ele próprio reclamou do efeito cascata provocado pelo reajuste no Judiciário -, o ministro foi cauteloso. "Se o presidente Lula tiver ponderações a fazer, como fez ao Judiciário, vai fazê-las de maneira institucional, e não na base do palpite", disse.
Mínimo
O ministro não teceu comentários sobre a derrota sofrida terça-feira pelo governo, na Comissão Mista de Orçamento, quando os parlamentares fixaram o valor do salário mínimo em R$ 375, a partir de abril do ano que vem. De qualquer forma, a questão ainda não está fechada.
A equipe econômica defende reajuste bem menor: dos atuais R$ 350 para R$ 367. "Eu considero que já é um reajuste bastante significativo", afirmou Dulci. "Mas isso não significa que, no processo de negociação, se houver condições, não se agregue alguma coisa."
Fonte: Tribuna da Imprensa
Dulci afirmou, porém, que a questão deve ser tratada "institucionalmente" porque o governo não pode impor condutas ao Legislativo. "Na minha opinião estritamente pessoal, qualquer tipo de reajuste superior aos parâmetros que estão sendo aventados para o conjunto dos trabalhadores brasileiros acaba gerando algum tipo de distorção", argumentou Dulci. "Isso vale tanto para o Legislativo como para o Executivo e o Judiciário."
As Mesas da Câmara e do Senado resolveram equiparar os vencimentos dos parlamentares, hoje em R$ 12.800, aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que ganham R$ 24.600, mas o reajuste ainda não está aprovado. Para evitar mais desgastes nesse momento, tanto o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP) como o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negam que o assunto entrará na agenda dessa legislatura em fim de mandato. Aldo e Renan são candidatos à reeleição, em fevereiro de 2007. A dupla conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dulci insistiu em que o governo não tem a intenção de interferir no assunto. "Nenhum poder pode impor ao outro conduta A ou B", observou. Questionado por que Lula não se manifestava contra o aumento dos parlamentares - uma vez que ele próprio reclamou do efeito cascata provocado pelo reajuste no Judiciário -, o ministro foi cauteloso. "Se o presidente Lula tiver ponderações a fazer, como fez ao Judiciário, vai fazê-las de maneira institucional, e não na base do palpite", disse.
Mínimo
O ministro não teceu comentários sobre a derrota sofrida terça-feira pelo governo, na Comissão Mista de Orçamento, quando os parlamentares fixaram o valor do salário mínimo em R$ 375, a partir de abril do ano que vem. De qualquer forma, a questão ainda não está fechada.
A equipe econômica defende reajuste bem menor: dos atuais R$ 350 para R$ 367. "Eu considero que já é um reajuste bastante significativo", afirmou Dulci. "Mas isso não significa que, no processo de negociação, se houver condições, não se agregue alguma coisa."
Fonte: Tribuna da Imprensa
Sanguessugas: Lando pede indiciamento de 10 pessoas
O relator da CPI das Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO) apresentou hoje o seu relatório final. Ele propõe que o Ministério Público indicie 10 pessoas. Quatro delas por tráfico de influência, corrupção ativa, e corrupção passiva entre outros. São os petistas José Airton Cirilo eleito deputado pelo PT do Ceará; Raimundo Lacerda Filho, José Cauby Diniz e o empresário Abel Pereira, ligado ao ex-ministro tucano da Saúde, Barjas Negri.
No relatório, Amir Lando também pede o indiciamento por formação de quadrilha dos seis "aloprados" que tentaram comprar um dossiê contra políticos tucanos: Gedimar Passos e Valdebram Padilha, presos pela polícia com R$ 1,75 bilhão; Hamilton Lacerda, ex-assessor de Aloizio Mercadante, e os petistas Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso e Osvaldo Barjas, que trabalhavam no comitê de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que haja acordo e que o relatório seja votado ainda hoje pela CPI.
Fonte: Agência Estado
No relatório, Amir Lando também pede o indiciamento por formação de quadrilha dos seis "aloprados" que tentaram comprar um dossiê contra políticos tucanos: Gedimar Passos e Valdebram Padilha, presos pela polícia com R$ 1,75 bilhão; Hamilton Lacerda, ex-assessor de Aloizio Mercadante, e os petistas Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso e Osvaldo Barjas, que trabalhavam no comitê de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que haja acordo e que o relatório seja votado ainda hoje pela CPI.
Fonte: Agência Estado
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Dossiê: relatório vai apontar Lorenzetti como mandante
Por: Agência Estado
O relatório final da CPI dos Sanguessugas vai propor ao Ministério Público o indiciamento de apenas quatro envolvidos na compra de um dossiê contra políticos tucanos. Com cerca de 800 páginas, o texto será apresentado quinta-feira e vai apontar Jorge Lorenzetti, que trabalhava no comitê da campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como mandante do crime.
Serão enquadrados em crime contra o sistema financeiro de Valdebran Padilha e Gedimar Passos, presos no em 15 de setembro com R$ 1,75 milhão num hotel de São Paulo. Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), será acusado de ter levado o dinheiro para Valdebran e Gedimar. Tanto ele quanto Lorenzetti também serão alvo de pedido de indiciamento por crime contra o sistema financeiro.
O relatório final da comissão não vai revelar, no entanto, a origem do dinheiro que seria usado para a compra de documentos que iriam sugerir o envolvimento de políticos tucanos com a máfia das ambulâncias. "Não tenho prova cabal da origem do dinheiro. Até poderia concluir que ele veio de caixa dois de campanha. Mas não há provas consistentes nem matemáticas disso", argumentou o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
Aloprados
Técnicos da CPI dos Sanguessugas estão com dificuldades para tipificar os crimes dos "aloprados" - como foram chamados por Lula os petistas envolvidos com a compra do dossiê Vedoin. Eles não poderão ser enquadrados por formação de quadrilha porque, segundo um técnico do Senado, "quadrilha tem um caráter de continuidade", o que não é o caso. Instalada há seis meses, a CPI vai terminar na próxima terça-feira. O relatório final também não vai trazer os nomes de 72 parlamentares - 69 deputados e 3 senadores - acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. "Não preciso condenar todos os parlamentares de novo", justificou Amir Lando.
Em agosto, a CPI enviou aos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado o nome dos parlamentares que fariam parte do esquema de apresentação de emendas ao Orçamento da União para compra superfaturada de ambulâncias. Os três senadores - Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) - acabaram inocentados. Dos 69 deputados, dois renunciaram ao mandato e apenas cinco se reelegeram. Os processos contra os não reeleitos serão arquivados.
No relatório final, Amir Lando não vai pedir o indiciamento de nenhum ex-ministro da Saúde. Deverá apontar, no entanto, que o esquema dos sanguessugas existe desde o governo Fernando Henrique. O relatório também vai isentar o PSB, que comanda o Ministério da Ciência e Tecnologia, de envolvimento com a máfia das ambulâncias.
Em depoimento à CPI e à Polícia Federal, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos donos da Planam, empresa que funcionava como QG da máfia das ambulâncias, apontou a existência de um esquema no Ministério da Ciência e Tecnologia com desvios de recursos na compra de equipamentos usados para a inclusão digital. Mas a CPI não conseguiu provar as declarações de Vedoin e o relatório final dirá que não houve elementos suficientes para apontar culpados.
Proposta
O relatório de Amir Lando trará ainda proposta para melhorar a execução orçamentária. Vai recomendar a adoção do orçamento impositivo - que obriga o governo a cumprir o que está previsto na proposta na lei orçamentária. Lando vai incluir também no relatório final proposta de projeto de lei que acaba com o repasse de recursos da União para as organizações não-governamentais (ONGs).
O relatório final da CPI dos Sanguessugas vai propor ao Ministério Público o indiciamento de apenas quatro envolvidos na compra de um dossiê contra políticos tucanos. Com cerca de 800 páginas, o texto será apresentado quinta-feira e vai apontar Jorge Lorenzetti, que trabalhava no comitê da campanha pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como mandante do crime.
Serão enquadrados em crime contra o sistema financeiro de Valdebran Padilha e Gedimar Passos, presos no em 15 de setembro com R$ 1,75 milhão num hotel de São Paulo. Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), será acusado de ter levado o dinheiro para Valdebran e Gedimar. Tanto ele quanto Lorenzetti também serão alvo de pedido de indiciamento por crime contra o sistema financeiro.
O relatório final da comissão não vai revelar, no entanto, a origem do dinheiro que seria usado para a compra de documentos que iriam sugerir o envolvimento de políticos tucanos com a máfia das ambulâncias. "Não tenho prova cabal da origem do dinheiro. Até poderia concluir que ele veio de caixa dois de campanha. Mas não há provas consistentes nem matemáticas disso", argumentou o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
Aloprados
Técnicos da CPI dos Sanguessugas estão com dificuldades para tipificar os crimes dos "aloprados" - como foram chamados por Lula os petistas envolvidos com a compra do dossiê Vedoin. Eles não poderão ser enquadrados por formação de quadrilha porque, segundo um técnico do Senado, "quadrilha tem um caráter de continuidade", o que não é o caso. Instalada há seis meses, a CPI vai terminar na próxima terça-feira. O relatório final também não vai trazer os nomes de 72 parlamentares - 69 deputados e 3 senadores - acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias. "Não preciso condenar todos os parlamentares de novo", justificou Amir Lando.
Em agosto, a CPI enviou aos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado o nome dos parlamentares que fariam parte do esquema de apresentação de emendas ao Orçamento da União para compra superfaturada de ambulâncias. Os três senadores - Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) - acabaram inocentados. Dos 69 deputados, dois renunciaram ao mandato e apenas cinco se reelegeram. Os processos contra os não reeleitos serão arquivados.
No relatório final, Amir Lando não vai pedir o indiciamento de nenhum ex-ministro da Saúde. Deverá apontar, no entanto, que o esquema dos sanguessugas existe desde o governo Fernando Henrique. O relatório também vai isentar o PSB, que comanda o Ministério da Ciência e Tecnologia, de envolvimento com a máfia das ambulâncias.
Em depoimento à CPI e à Polícia Federal, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos donos da Planam, empresa que funcionava como QG da máfia das ambulâncias, apontou a existência de um esquema no Ministério da Ciência e Tecnologia com desvios de recursos na compra de equipamentos usados para a inclusão digital. Mas a CPI não conseguiu provar as declarações de Vedoin e o relatório final dirá que não houve elementos suficientes para apontar culpados.
Proposta
O relatório de Amir Lando trará ainda proposta para melhorar a execução orçamentária. Vai recomendar a adoção do orçamento impositivo - que obriga o governo a cumprir o que está previsto na proposta na lei orçamentária. Lando vai incluir também no relatório final proposta de projeto de lei que acaba com o repasse de recursos da União para as organizações não-governamentais (ONGs).
Dono do catamarã garante: Capitania foi avisada da pane
Por:
Maria Rocha
Ao contrário do que os sobreviventes disseram, o diretor executivo da Biotur, Cláudio Brito afirmou que o comandante do catamarã que naufragou no último domingo, entrou em contato com a Capitania dos Portos e com a empresa responsável, antes de dar pane na embarcação. Ele assegurou também que não houve falha da tripulação e que o resgate foi enviado imediatamente. “Todos os procedimentos foram realizados. O comandante passou um rádio para a Capitania e ligou do celular para a empresa informando o ocorrido. Imediatamente enviamos dois catamarãs e duas lanchas para ajudar no resgate”, garantiu Cláudio, que ainda declarou desconhecer o horário exato devido a aflição das circunstâncias.
Segundo Cláudio, após o aviso do comandante, a Capitania telefonou para a empresa para checar se o Catamarã Baía de Todos os Santos era de propriedade deles. Ele informou que cada embarcação tem um celular a disposição da tripulação, de onde foram originadas as chamadas para acionar o socorro.
O diretor da Biotur entende a tragédia como uma fatalidade. “É a primeira vez que acontece desde quando a empresa foi fundada em 1996. Nunca tivemos problema algum, antes de iniciarmos com esta empresa, já tínhamos experiência de 30 anos fazendo trajeto entre Valença e Morro de São Paulo, o comandante Júlio César de Assis está conosco há quatro anos e tem 18 de navegação”.
Em relação ao desaparecimento de um dos 128 passageiros, Cláudio lamentou e se colocou a disposição da família. “Enviamos dois representantes da empresa para prestar nossa solidariedade, sei que a vida não tem preço estamos sentidos pelo desaparecimento, nossa intenção era de resgatar todos”.
As buscas pela Capitania dos Portos foram encerradas ontem, mas foi feito um alerta aos pescadores e comunidades ribeirinhas para ficar atento a qualquer sinal que possa contribuir com o resgate do corpo de Ananias Bernardino da Silva, de 61 anos.
Brito relatou também que a empresa assumiu as despesas de roupas, hospedagem e remarcação de passagem aérea para os 30 passageiros que não eram da cidade e ainda não tinham alcançado o destino. Os demais passageiros que perderam ou tiveram seus pertences danificados serão ressarcidos.
Para isso, “foi aberto um canal de comunicação específico em atender os sobreviventes do naufrágio. Os clientes podem entrar em contato conosco através do numero (75) 3641-3327 ou contato@biotur.com.br e relatarem o quanto tiveram de perda”.
O representante da empresa disse que antes de naufragar, o catamarã estava na sua segunda viagem do dia e reafirmou que ocorrido não foi por falta de segurança. “O que resta agora é aguardar o resultado da perícia, não podemos nos precipitar e especular a razão do acidente”. Outra informação dita por Brito foi que o tempo estava em condições favoráveis para navegação, quando o clima se encontra instável é oferecido o trajeto aos passageiros via terrestre.
Tragédia não vai atrapalhar o verão no mar da Baía
O acidente ocorrido com o catamarã Baía de Todos os Santos não deverá interferir na rotina de travessias dos portos de Salvador e ilhas. Conforme esclareceu o comandante geral da Capitania dos Portos, nenhuma alteração foi efetivada para saída e chegada de catamarãs, ferrys-boats ou lanchas. “O que aconteceu foi um caso isolado e, até o momento, não vemos motivo para alteração de nossa rotina normal”, disse. O comandante disse que a única medida a ser tomada será por conta da alta estação, o que ocorre todos os anos. “Começaremos já uma intensificação das inspeções e fiscalizações nas embarcações por conta do grande número de viagens que ocorrem nesse período, até depois do carnaval. Porém, esse procedimento é comum todos os anos na época do verão”, afirmou. O número de pessoal trabalhando nas inspeções também será aumentado. “Deslocamos pessoas de outras funções para atuarem nas fiscalizações, aumentamos em mais de 100% nossos trabalhos”, completou.
Miranda de Souza informou que uma campanha foi lançada 24 de novembro para conscientizar tripulantes e passageiros quanto a segurança no mar. “É uma campanha que já ocorre há 11 anos e visa justamente orientar as pessoas quanto aos procedimentos que devem ser adotados em caso de qualquer problema no mar”, disse.
Folhetos explicativos para adultos, crianças e estrangeiros já começaram a serem distribuídos. De acordo com o comandante, filmes educativos também colaboram para orientar os passageiros. “Esses filmes mostram os procedimentos a serem adotados e indicamos que as embarcações os exibam antes e durante a viagem”.
Sobreviventes da tragédia com o catamarã Baía de Todos os Santos compareceram ontem na Capitania dos Portos para prestar depoimentos e ajudar a esclarecer o que ocorreu na noite do último domingo. Os 128 passageiros que estavam na embarcação deverão ser ouvidos aos poucos pelos oficiais da Marinha, o que deverá ser anexado ao inquérito de apuração dos fatos instaurado pelo comandante geral da Capitania, Alexandre Augusto Miranda de Souza.
Muitos dos passageiros reclamaram da falta de assistência da tripulação da embarcação no momento do naufrágio, porém o comandante Miranda de Souza preferiu não comentar a contradição entre a versão apresentada pelos tripulantes. “O que inicialmente tomamos conhecimento é que o comandante teria orientado os passageiros e feito corretamente o procedimento de abandono do barco. As versões apresentadas pelos passageiros serão consideradas, porém para que possamos tomar qualquer posição é necessário o resultado do inquérito”, afirmou. O prazo para que as apurações sejam encerradas é de 90 dias.
O Baía de Todos os Santos, que se encontra em um estaleiro do município de Valença, também deverá ser vistoriado. “Uma perícia será realizada em todo o catamarã, o que deverá nos apontar os motivos do acidente”, disse o comandante.
Miranda de Souza insistiu que a embarcação estava regular e que todo o equipamento de segurança encontrava-se dentro das normas determinadas pela Capitania. “O catamarã era vistoriado regularmente e a última inspeção completa ocorreu em 15 de agosto. De fato, não havia nenhuma irregularidade com o transporte. Os botes eram os recomendáveis e os coletes salva-vidas também. O que nós podemos dizer agora é que a tripulação era totalmente capacitada”, garantiu.
Quanto a ausência de concessão da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicação da Bahia (Agerba) do catamarã, o comandante limitou-se a dizer que esse tipo de procedimento não compete a Capitania dos Portos. “O problema é com a empresa que não solicitou a concessão da Agerba. O nosso papel é inspecionar a embarcação e isso nós garantimos que foi feito e o catamarã estava em perfeitas condições”.
O comandante disse ainda que não faz parte dos procedimentos da Capitania dos Portos verificar se a empresa responsável pela embarcação possui ou não concessão para navegação. “Até porque a obrigatoriedade dessa concessão é algo novo decretado e regulamentado entre novembro e dezembro deste ano. O que fazemos é inspecionar a embarcação e aprová-la ou não para o transporte de pessoas. Consideramos as nossas normas de segurança sem vínculo com a Agerba”, afirmou.
Miranda de Souza revelou que as empresas não são obrigadas a fornecerem instruções de forma oral aos passageiros. “Nós indicamos que haja uma pessoa para antes da partida informar quanto aos procedimentos de segurança (como ocorre nos aviões), mas isso é opcional, não existe a obrigatoriedade deste tipo de procedimento. O que é exigido são as sinalizações dos locais de bote e equipamentos de segurança”, admitiu. (Por Lorena Costa)
Buscas foram suspensas
Enquanto inúmeros sobreviventes compareciam à Capitania para prestar depoimentos e buscar informações de objetos pessoas perdidos durante o acidente, equipes de resgate continuavam a procura por Ananias Bernardino da Silva, único passageiro desaparecido por conta da tragédia. De acordo com o capitão, dado o prazo de 36 horas – encerrado ao meio-dia de ontem, as buscas agora ocorrerão sem esperanças de encontrar Ananias, de 61 anos, com vida. “Nós estávamos a procura dele no mar, porém como não foi possível encontrá-lo passamos agora a vascular as praias que ficam ao redor de onde ocorreu o acidente. Infelizmente, a nossa busca agora passa a ser por um corpo e não mais por uma vida”, disse.
Miranda de Souza apelou para que as populações das ilhas próximas também colaborem nas buscas pelo passageiro desaparecido. “Pedimos para que as pessoas nos comunique caso tenham qualquer informação”. O telefone da capitania dos portos é o 3320-3777.
Mais uma vez, os familiares de Ananias estiveram na Capitania dos Portos por busca de informações sobre o bioquímico que ficou a deriva separando-se dos grupos logo após ter se atirado ao mar. “Estamos em busca de uma resposta, continuaremos acompanhando até que o encontrem”, desabafou a irmã do passageiro desaparecido, Juscelina Maria da Silva.
Fonte: Tribuna da Bahia
Maria Rocha
Ao contrário do que os sobreviventes disseram, o diretor executivo da Biotur, Cláudio Brito afirmou que o comandante do catamarã que naufragou no último domingo, entrou em contato com a Capitania dos Portos e com a empresa responsável, antes de dar pane na embarcação. Ele assegurou também que não houve falha da tripulação e que o resgate foi enviado imediatamente. “Todos os procedimentos foram realizados. O comandante passou um rádio para a Capitania e ligou do celular para a empresa informando o ocorrido. Imediatamente enviamos dois catamarãs e duas lanchas para ajudar no resgate”, garantiu Cláudio, que ainda declarou desconhecer o horário exato devido a aflição das circunstâncias.
Segundo Cláudio, após o aviso do comandante, a Capitania telefonou para a empresa para checar se o Catamarã Baía de Todos os Santos era de propriedade deles. Ele informou que cada embarcação tem um celular a disposição da tripulação, de onde foram originadas as chamadas para acionar o socorro.
O diretor da Biotur entende a tragédia como uma fatalidade. “É a primeira vez que acontece desde quando a empresa foi fundada em 1996. Nunca tivemos problema algum, antes de iniciarmos com esta empresa, já tínhamos experiência de 30 anos fazendo trajeto entre Valença e Morro de São Paulo, o comandante Júlio César de Assis está conosco há quatro anos e tem 18 de navegação”.
Em relação ao desaparecimento de um dos 128 passageiros, Cláudio lamentou e se colocou a disposição da família. “Enviamos dois representantes da empresa para prestar nossa solidariedade, sei que a vida não tem preço estamos sentidos pelo desaparecimento, nossa intenção era de resgatar todos”.
As buscas pela Capitania dos Portos foram encerradas ontem, mas foi feito um alerta aos pescadores e comunidades ribeirinhas para ficar atento a qualquer sinal que possa contribuir com o resgate do corpo de Ananias Bernardino da Silva, de 61 anos.
Brito relatou também que a empresa assumiu as despesas de roupas, hospedagem e remarcação de passagem aérea para os 30 passageiros que não eram da cidade e ainda não tinham alcançado o destino. Os demais passageiros que perderam ou tiveram seus pertences danificados serão ressarcidos.
Para isso, “foi aberto um canal de comunicação específico em atender os sobreviventes do naufrágio. Os clientes podem entrar em contato conosco através do numero (75) 3641-3327 ou contato@biotur.com.br e relatarem o quanto tiveram de perda”.
O representante da empresa disse que antes de naufragar, o catamarã estava na sua segunda viagem do dia e reafirmou que ocorrido não foi por falta de segurança. “O que resta agora é aguardar o resultado da perícia, não podemos nos precipitar e especular a razão do acidente”. Outra informação dita por Brito foi que o tempo estava em condições favoráveis para navegação, quando o clima se encontra instável é oferecido o trajeto aos passageiros via terrestre.
Tragédia não vai atrapalhar o verão no mar da Baía
O acidente ocorrido com o catamarã Baía de Todos os Santos não deverá interferir na rotina de travessias dos portos de Salvador e ilhas. Conforme esclareceu o comandante geral da Capitania dos Portos, nenhuma alteração foi efetivada para saída e chegada de catamarãs, ferrys-boats ou lanchas. “O que aconteceu foi um caso isolado e, até o momento, não vemos motivo para alteração de nossa rotina normal”, disse. O comandante disse que a única medida a ser tomada será por conta da alta estação, o que ocorre todos os anos. “Começaremos já uma intensificação das inspeções e fiscalizações nas embarcações por conta do grande número de viagens que ocorrem nesse período, até depois do carnaval. Porém, esse procedimento é comum todos os anos na época do verão”, afirmou. O número de pessoal trabalhando nas inspeções também será aumentado. “Deslocamos pessoas de outras funções para atuarem nas fiscalizações, aumentamos em mais de 100% nossos trabalhos”, completou.
Miranda de Souza informou que uma campanha foi lançada 24 de novembro para conscientizar tripulantes e passageiros quanto a segurança no mar. “É uma campanha que já ocorre há 11 anos e visa justamente orientar as pessoas quanto aos procedimentos que devem ser adotados em caso de qualquer problema no mar”, disse.
Folhetos explicativos para adultos, crianças e estrangeiros já começaram a serem distribuídos. De acordo com o comandante, filmes educativos também colaboram para orientar os passageiros. “Esses filmes mostram os procedimentos a serem adotados e indicamos que as embarcações os exibam antes e durante a viagem”.
Sobreviventes da tragédia com o catamarã Baía de Todos os Santos compareceram ontem na Capitania dos Portos para prestar depoimentos e ajudar a esclarecer o que ocorreu na noite do último domingo. Os 128 passageiros que estavam na embarcação deverão ser ouvidos aos poucos pelos oficiais da Marinha, o que deverá ser anexado ao inquérito de apuração dos fatos instaurado pelo comandante geral da Capitania, Alexandre Augusto Miranda de Souza.
Muitos dos passageiros reclamaram da falta de assistência da tripulação da embarcação no momento do naufrágio, porém o comandante Miranda de Souza preferiu não comentar a contradição entre a versão apresentada pelos tripulantes. “O que inicialmente tomamos conhecimento é que o comandante teria orientado os passageiros e feito corretamente o procedimento de abandono do barco. As versões apresentadas pelos passageiros serão consideradas, porém para que possamos tomar qualquer posição é necessário o resultado do inquérito”, afirmou. O prazo para que as apurações sejam encerradas é de 90 dias.
O Baía de Todos os Santos, que se encontra em um estaleiro do município de Valença, também deverá ser vistoriado. “Uma perícia será realizada em todo o catamarã, o que deverá nos apontar os motivos do acidente”, disse o comandante.
Miranda de Souza insistiu que a embarcação estava regular e que todo o equipamento de segurança encontrava-se dentro das normas determinadas pela Capitania. “O catamarã era vistoriado regularmente e a última inspeção completa ocorreu em 15 de agosto. De fato, não havia nenhuma irregularidade com o transporte. Os botes eram os recomendáveis e os coletes salva-vidas também. O que nós podemos dizer agora é que a tripulação era totalmente capacitada”, garantiu.
Quanto a ausência de concessão da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicação da Bahia (Agerba) do catamarã, o comandante limitou-se a dizer que esse tipo de procedimento não compete a Capitania dos Portos. “O problema é com a empresa que não solicitou a concessão da Agerba. O nosso papel é inspecionar a embarcação e isso nós garantimos que foi feito e o catamarã estava em perfeitas condições”.
O comandante disse ainda que não faz parte dos procedimentos da Capitania dos Portos verificar se a empresa responsável pela embarcação possui ou não concessão para navegação. “Até porque a obrigatoriedade dessa concessão é algo novo decretado e regulamentado entre novembro e dezembro deste ano. O que fazemos é inspecionar a embarcação e aprová-la ou não para o transporte de pessoas. Consideramos as nossas normas de segurança sem vínculo com a Agerba”, afirmou.
Miranda de Souza revelou que as empresas não são obrigadas a fornecerem instruções de forma oral aos passageiros. “Nós indicamos que haja uma pessoa para antes da partida informar quanto aos procedimentos de segurança (como ocorre nos aviões), mas isso é opcional, não existe a obrigatoriedade deste tipo de procedimento. O que é exigido são as sinalizações dos locais de bote e equipamentos de segurança”, admitiu. (Por Lorena Costa)
Buscas foram suspensas
Enquanto inúmeros sobreviventes compareciam à Capitania para prestar depoimentos e buscar informações de objetos pessoas perdidos durante o acidente, equipes de resgate continuavam a procura por Ananias Bernardino da Silva, único passageiro desaparecido por conta da tragédia. De acordo com o capitão, dado o prazo de 36 horas – encerrado ao meio-dia de ontem, as buscas agora ocorrerão sem esperanças de encontrar Ananias, de 61 anos, com vida. “Nós estávamos a procura dele no mar, porém como não foi possível encontrá-lo passamos agora a vascular as praias que ficam ao redor de onde ocorreu o acidente. Infelizmente, a nossa busca agora passa a ser por um corpo e não mais por uma vida”, disse.
Miranda de Souza apelou para que as populações das ilhas próximas também colaborem nas buscas pelo passageiro desaparecido. “Pedimos para que as pessoas nos comunique caso tenham qualquer informação”. O telefone da capitania dos portos é o 3320-3777.
Mais uma vez, os familiares de Ananias estiveram na Capitania dos Portos por busca de informações sobre o bioquímico que ficou a deriva separando-se dos grupos logo após ter se atirado ao mar. “Estamos em busca de uma resposta, continuaremos acompanhando até que o encontrem”, desabafou a irmã do passageiro desaparecido, Juscelina Maria da Silva.
Fonte: Tribuna da Bahia
TSE aprova contas de Lula, mas rejeita prestação do comitê financeiro
Por: GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou, já na madrugada desta quarta-feira, as contas da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por cinco votos a dois, os ministros chegaram à conclusão de que não havia irregularidades na prestação do petista. Mais cedo, no entanto, o tribunal havia decidido rejeitar as contas de seu comitê financeiro.
A divergência entre os ministros com relação às contas do candidato ficou em torno dos R$ 10,3 milhões de dívidas da campanha que foram repassadas ao PT. O presidente do TSE, Marco Aurélio Melo, considerou "estarrecedor" o crédito ao partido durante a campanha eleitoral.
Além dos R$ 10 milhões, o parecer técnico elaborado pelo TSE havia apontado como irregularidades na prestação de Lula doações da empresa Carioca Christiani Nielsen Engenharia e a falta de discriminação de notas fiscais pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) no valor de R$ 1,5 milhão.
No julgamento, os ministros do TSE entenderam que a empresa não é concessionária do governo federal, o que caracterizaria a irregularidade da doação, e também consideraram sanado o impasse sobre as notas fiscais com a retificação das contas apresentada pelo PT.
Rejeição
Ao contrário das contas do candidato, o tribunal rejeitou as contas do comitê financeiro da campanha de Lula. Segundo Marco Aurélio, o TSE vai encaminhar as contas rejeitadas ao Ministério Público, que pode abrir investigação judicial para apurar abuso econômico por parte do PT.
O vice-procurador geral eleitoral, Francisco Xavier Filho, que divulgou nesta terça-feira o parecer técnico do MP sobre as contas da campanha de Lula, já sinalizou que a doação de R$ 10 mil da Deicmar --causa da rejeição-- não será suficiente para que seja oferecida uma denúncia. "É um montante que não compromete a regularidade das contas, tendo em vista o grande volume de recursos arrecadados pela campanha", disse.
Marco Aurélio também afirmou que não vê abusos do poder econômico por parte da campanha de Lula diante da pequena quantia que foi considerada irregular. "O abuso pressupõe o envolvimento de quantia capaz de desequilibrar a disputa eleitoral", afirmou.
O advogado do PT, Márcio Silva, disse que o montante R$ 10 mil no universo de mais de R$ 90 milhões arrecadado pela campanha demonstra a "lisura" do PT no processo eleitoral.
"Não conseguiram rejeitar nenhum outro aspecto das nossas contas. São mais de 50 mil lançamentos contábeis na campanha, e foi apontada apenas uma irregularidade", disse.
O advogado admitiu que, caso o MP decida ajuizar ação contra o PT, o partido corre o risco de não receber sua cota do fundo partidário. Silva afirmou, no entanto, que não acredita nessa possibilidade. "Reitero que o valor é irrisório, e isso terá que ser levado em conta", afirmou.
da Folha Online, em Brasília
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou, já na madrugada desta quarta-feira, as contas da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por cinco votos a dois, os ministros chegaram à conclusão de que não havia irregularidades na prestação do petista. Mais cedo, no entanto, o tribunal havia decidido rejeitar as contas de seu comitê financeiro.
A divergência entre os ministros com relação às contas do candidato ficou em torno dos R$ 10,3 milhões de dívidas da campanha que foram repassadas ao PT. O presidente do TSE, Marco Aurélio Melo, considerou "estarrecedor" o crédito ao partido durante a campanha eleitoral.
Além dos R$ 10 milhões, o parecer técnico elaborado pelo TSE havia apontado como irregularidades na prestação de Lula doações da empresa Carioca Christiani Nielsen Engenharia e a falta de discriminação de notas fiscais pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) no valor de R$ 1,5 milhão.
No julgamento, os ministros do TSE entenderam que a empresa não é concessionária do governo federal, o que caracterizaria a irregularidade da doação, e também consideraram sanado o impasse sobre as notas fiscais com a retificação das contas apresentada pelo PT.
Rejeição
Ao contrário das contas do candidato, o tribunal rejeitou as contas do comitê financeiro da campanha de Lula. Segundo Marco Aurélio, o TSE vai encaminhar as contas rejeitadas ao Ministério Público, que pode abrir investigação judicial para apurar abuso econômico por parte do PT.
O vice-procurador geral eleitoral, Francisco Xavier Filho, que divulgou nesta terça-feira o parecer técnico do MP sobre as contas da campanha de Lula, já sinalizou que a doação de R$ 10 mil da Deicmar --causa da rejeição-- não será suficiente para que seja oferecida uma denúncia. "É um montante que não compromete a regularidade das contas, tendo em vista o grande volume de recursos arrecadados pela campanha", disse.
Marco Aurélio também afirmou que não vê abusos do poder econômico por parte da campanha de Lula diante da pequena quantia que foi considerada irregular. "O abuso pressupõe o envolvimento de quantia capaz de desequilibrar a disputa eleitoral", afirmou.
O advogado do PT, Márcio Silva, disse que o montante R$ 10 mil no universo de mais de R$ 90 milhões arrecadado pela campanha demonstra a "lisura" do PT no processo eleitoral.
"Não conseguiram rejeitar nenhum outro aspecto das nossas contas. São mais de 50 mil lançamentos contábeis na campanha, e foi apontada apenas uma irregularidade", disse.
O advogado admitiu que, caso o MP decida ajuizar ação contra o PT, o partido corre o risco de não receber sua cota do fundo partidário. Silva afirmou, no entanto, que não acredita nessa possibilidade. "Reitero que o valor é irrisório, e isso terá que ser levado em conta", afirmou.
terça-feira, dezembro 12, 2006
Raio Laser
Por: Tribuna da Bahia e equipe
Surpresa
Causou leve desconforto no Palácio de Ondina o fato de o governador eleito Jaques Wagner (PT) ter feito o anúncio do seu secretariado, inclusive para cargos que ainda precisam ser criados pela anunciada reforma administrativa, sem ter conversado previamente com o governador Paulo Souto (PFL), a quem caberá encaminhar a proposta para a apreciação dos deputados.
Dead line
A mesma fonte de Ondina garante, entretanto, que o assim chamado “mal-estar” não foi grande o suficiente para causar um empecilho irremovível para que o governador eleito, querendo empossar todos os secretários em 1º de Janeiro, alguns inclusive em pastas que dependem da reforma para serem efetivamente criadas, veja a proposta que muda a estrutura da máquina do governo apreciada este ano.
Prazo
Como um acordo entre oposição e situação colocou o próximo dia 18, uma segunda-feira, como limiar para a votação do Orçamento de 2007 pela Assembléia Legislativa, a data, em tese, é o prazo também para que chegue à Casa a proposta de reforma administrativa anunciada pelo novo governo.
Mau humor
Um parlamentar governista deixa escapar o humor da bancada com relação à virtual proposta de reforma administrativa a ser enviada pelo novo governo ao atual para encaminhamento à Assembléia: “Não deixaremos de votar, mas depende do teor”, assinala.
Bandeira
O presidente da juventude pefelista, João Roma Neto, diz que a liberdade e a cidadania para todos são as principais bandeiras defendidas pelos verdadeiros liberais no mundo todo. “Os jovens querem mais conteúdo, novas idéias e um maior investimento na capacitação e na formação política”, afirma.
BID I
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luís Alberto Moreno, embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, esteve este fim de semana em Salvador e fez questão de conhecer os principais programas sociais desenvolvidos pelo governo da Bahia e que já alcançam repercussão internacional, como o Programa Ribeira Azul, que está erradicando as palafitas dos Alagados.
BID II
Acompanhado do presidente da Conder, engenheiro Mário Gordilho, e do secretário de Desenvolvimento Urbano, Roberto Moussallem, o presidente do BID visitou o Museu Afro e o Centro Histórico, e conheceu detalhes do projeto de revitalização da orla. Ele jantou na Pousada do Carmo com o diretor do BID para o Brasil, Waldemar Gizzi, e ainda encontrou tempo para assistir e admirar o ensaio do afoxé Filhos de Gandhi.
Esclarecimento
Sobre a inclusão do seu nome no rol de secretariáveis do governo Wagner, conforme veiculado ontem, o advogado Carlos Sodré disse à TB que além de nunca ter sido procurado sobre o assunto, sequer com o senador eleito João Durval, com quem tem ligação antiga de amizade, entende que “ para quem tem siso ou juízo, cargo de confiança não se pede ou se inscreve para exercê-lo. Tem que resultar de escolha espontânea em virtude do indicado merecer ou não, ser capacitado ou não para ocupá-lo”.
CURTAS
* Até a volta - Se quiser falar com o governador Paulo Souto (PFL) sobre a reforma administrativa ou qualquer outro tema de interesse mútuo sobre o Estado, Jaques Wagner terá que esperar até a quinta-feira. É quando o governador retorna de uma viagem que faz à Itália, desde o sábado passado, onde assinou ontem o contrato do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), que, segundo o governo, vai beneficiar, a partir de 2007, 32 municípios baianos com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).
* Quase mártir - A campanha do TCM contra Valdenor Cardoso acabou sepultando de vez a oposição ao presidente da Câmara Municipal, que disputa a reeleição. “Não há na história do Legislativo um vereador que tenha apanhado tanto defendendo os colegas e a instituição”, diz um vereador que, admite, “pensou em concorrer com Valdenor”, mas desistiu antes de anunciar a candidatura.
* Espelho - Um dos ingredientes da pretendida reforma administrativa de interesse do novo governo que mais causa inquietação na base governista seria a criação da CGE - Controladoria Geral do Estado -, que funcionaria nos moldes da CGU de Waldir Pires, de triste memória para prefeitos pefelistas baianos.
* Certeiro - O governador eleito mirou no que viu e acertou no que não viu ao anunciar a criação de duas secretarias novas para os deputados Walmir Assunção, um petista, e Edmon Lucas (PTB), que não conseguiu a reeleição e conduz a transição no âmbito da Assembléia Legislativa.
* Valorização - O fato de dois parlamentares, oriundos da Assembléia baiana, terem sido contemplados com indicações para o novo governo é hoje o principal apelo para que a reforma administrativa seja votada consensualmente na Casa.
* Make up - Pressionado por sua ala jovem a dar uma repaginada, o PFL vai mudar o nome da Fundação Tancredo Neves para Liberdade e Cidadania. A instituição vai cuidar do aprofundamento das doutrinas e do pensamento do partido, através de cursos e publicações.
Surpresa
Causou leve desconforto no Palácio de Ondina o fato de o governador eleito Jaques Wagner (PT) ter feito o anúncio do seu secretariado, inclusive para cargos que ainda precisam ser criados pela anunciada reforma administrativa, sem ter conversado previamente com o governador Paulo Souto (PFL), a quem caberá encaminhar a proposta para a apreciação dos deputados.
Dead line
A mesma fonte de Ondina garante, entretanto, que o assim chamado “mal-estar” não foi grande o suficiente para causar um empecilho irremovível para que o governador eleito, querendo empossar todos os secretários em 1º de Janeiro, alguns inclusive em pastas que dependem da reforma para serem efetivamente criadas, veja a proposta que muda a estrutura da máquina do governo apreciada este ano.
Prazo
Como um acordo entre oposição e situação colocou o próximo dia 18, uma segunda-feira, como limiar para a votação do Orçamento de 2007 pela Assembléia Legislativa, a data, em tese, é o prazo também para que chegue à Casa a proposta de reforma administrativa anunciada pelo novo governo.
Mau humor
Um parlamentar governista deixa escapar o humor da bancada com relação à virtual proposta de reforma administrativa a ser enviada pelo novo governo ao atual para encaminhamento à Assembléia: “Não deixaremos de votar, mas depende do teor”, assinala.
Bandeira
O presidente da juventude pefelista, João Roma Neto, diz que a liberdade e a cidadania para todos são as principais bandeiras defendidas pelos verdadeiros liberais no mundo todo. “Os jovens querem mais conteúdo, novas idéias e um maior investimento na capacitação e na formação política”, afirma.
BID I
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luís Alberto Moreno, embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, esteve este fim de semana em Salvador e fez questão de conhecer os principais programas sociais desenvolvidos pelo governo da Bahia e que já alcançam repercussão internacional, como o Programa Ribeira Azul, que está erradicando as palafitas dos Alagados.
BID II
Acompanhado do presidente da Conder, engenheiro Mário Gordilho, e do secretário de Desenvolvimento Urbano, Roberto Moussallem, o presidente do BID visitou o Museu Afro e o Centro Histórico, e conheceu detalhes do projeto de revitalização da orla. Ele jantou na Pousada do Carmo com o diretor do BID para o Brasil, Waldemar Gizzi, e ainda encontrou tempo para assistir e admirar o ensaio do afoxé Filhos de Gandhi.
Esclarecimento
Sobre a inclusão do seu nome no rol de secretariáveis do governo Wagner, conforme veiculado ontem, o advogado Carlos Sodré disse à TB que além de nunca ter sido procurado sobre o assunto, sequer com o senador eleito João Durval, com quem tem ligação antiga de amizade, entende que “ para quem tem siso ou juízo, cargo de confiança não se pede ou se inscreve para exercê-lo. Tem que resultar de escolha espontânea em virtude do indicado merecer ou não, ser capacitado ou não para ocupá-lo”.
CURTAS
* Até a volta - Se quiser falar com o governador Paulo Souto (PFL) sobre a reforma administrativa ou qualquer outro tema de interesse mútuo sobre o Estado, Jaques Wagner terá que esperar até a quinta-feira. É quando o governador retorna de uma viagem que faz à Itália, desde o sábado passado, onde assinou ontem o contrato do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), que, segundo o governo, vai beneficiar, a partir de 2007, 32 municípios baianos com baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).
* Quase mártir - A campanha do TCM contra Valdenor Cardoso acabou sepultando de vez a oposição ao presidente da Câmara Municipal, que disputa a reeleição. “Não há na história do Legislativo um vereador que tenha apanhado tanto defendendo os colegas e a instituição”, diz um vereador que, admite, “pensou em concorrer com Valdenor”, mas desistiu antes de anunciar a candidatura.
* Espelho - Um dos ingredientes da pretendida reforma administrativa de interesse do novo governo que mais causa inquietação na base governista seria a criação da CGE - Controladoria Geral do Estado -, que funcionaria nos moldes da CGU de Waldir Pires, de triste memória para prefeitos pefelistas baianos.
* Certeiro - O governador eleito mirou no que viu e acertou no que não viu ao anunciar a criação de duas secretarias novas para os deputados Walmir Assunção, um petista, e Edmon Lucas (PTB), que não conseguiu a reeleição e conduz a transição no âmbito da Assembléia Legislativa.
* Valorização - O fato de dois parlamentares, oriundos da Assembléia baiana, terem sido contemplados com indicações para o novo governo é hoje o principal apelo para que a reforma administrativa seja votada consensualmente na Casa.
* Make up - Pressionado por sua ala jovem a dar uma repaginada, o PFL vai mudar o nome da Fundação Tancredo Neves para Liberdade e Cidadania. A instituição vai cuidar do aprofundamento das doutrinas e do pensamento do partido, através de cursos e publicações.
Resgate indefinido
Equipes da Marinha continuam procurando Ananias Bernardino da Silva, único desaparecido
Ana Carolina Araújo e Ciro Brigham
Dois dias após o acidente que deixou à deriva por cerca de três horas 128 passageiros e quatro tripulantes do catamarã Baía de Todos os Santos, que fazia a travessia Morro de São Paulo-Salvador, o único passageiro não resgatado na madrugada de ontem, Ananias Bernardino da Silva, 61 anos, continuava desaparecido até as 21h. Ainda não há informações objetivas sobre o que teria perfurado o casco da embarcação. O equipamento – que está sob custódia da Marinha do Brasil – foi rebocado para o estaleiro da Biotur Transporte e Turismo Marítimo, na cidade de Valença, região do baixo sul. Três técnicos da Marinha viajaram para o local para aguardar a chegada da embarcação, e a perícia só não foi iniciada ontem porque, ao ser rebocado, o barco encalhou num banco de areia próximo ao destino.
A retirada das vítimas e da tripulação do Baía de Todos os Santos terminou por volta da 1h30 de ontem, mas equipes da Marinha continuaram no local na tentativa de encontrar o último passageiro. A esposa de Ananias Silva, que voltava com ele de um fim de semana de lazer na ilha, deixou o barco com o marido, que já passava mal antes do incidente. Filha do desaparecido, a professora Sônia Maria da Silva, 40 anos, passou todo o dia de ontem na sede da Capitania dos Portos, no Comércio. Em estado de choque com a situação, a mãe precisou ser internada e sedada. De acordo com as informações prestadas por Sônia, o pai afastou-se do grupo por causa de uma onda forte que veio sobre eles.
A Capitania dos Portos cuida da fiscalização dos cerca de mil quilômetros de costa que cercam o estado da Bahia. Durante o Verão, o contingente responsável pelas inspeções passa de 30 para 60 homens e as visitas se tornam mais freqüentes. De acordo com o capitão dos portos Alexandre Augusto Miranda de Souza, a última vistoria da embarcação aconteceu no dia 18 de agosto deste ano e não foram detectadas irregularidades. “Era um equipamento novo, que entrou em operação em 2002”, explicou o militar, afirmando ainda que a empresa se prontificou a conceder todas as informações necessárias para o esclarecimento do caso.
Entre os pontos a serem verificados pelos peritos da Marinha está a situação dos equipamentos de salvatagem, que incluem bóias, coletes, extintores, rádios comunicadores e uma bomba responsável por dispensar a água em casos de rompimento do casco ou grandes tempestades. O modelo e a quantidade de bombas são dimensionados de acordo com a capacidade da embarcação e os riscos de uso. “Temos que saber se tinha a bomba adequada e se ela estava funcionando”, afirmou o capitão dos portos. A vistoria do casco também deve ser detalhada. Alguns passageiros, principalmente os que estavam na parte submersa do catamarã, afirmam ter ouvido dois fortes barulhos minutos antes da primeira entrada de água, o que pode ser indício de choque com algum animal marinho ou pedra.
A avaliação faz parte do inquérito administrativo para apuração de acidente marítimo instaurado pela Marinha do Brasil, cujos resultados devem sair em até 90 dias, mas algumas informações do processo podem ser divulgadas antes de sua conclusão. Até agora, não há qualquer sinal de dolo – intenção de causar dano – por parte da empresa, mas, se isso for detectado, as vítimas poderão solicitar a investigação policial do acidente e instauração de inquérito criminal.
***
Situação ficou incontrolável
De acordo com as informações prestadas pela Biotur, aos primeiros sinais de que havia água entrando no barco, tentou-se resolver o problema, mas depois de alguns minutos, a situação teria ficado incontrolável. Além do peso da água, muitos passageiros teriam começado a entrar em pânico. A partir daí, a tripulação teria orientado os viajantes a ficarem calmos e escutar as instruções. “Eles disseram para a gente pôr os coletes e esperar eles colocarem os botes para descermos”, contou a administradora de empresas Rosângela Lessa Gramacho Simões, 26 anos, que estava no barco com o marido.
O capitão dos portos considerou o procedimento do comandante Júlio César, que tem experiência no trajeto, correto. “Era uma situação de pânico, com grande quantidade de pessoas e um espaço pequeno. Não podemos prever a reação de cada um em situações desse tipo”, explicou. Mas a versão dada por Rosângela Lessa foi outra. Ela conta que, ao longo do trajeto, várias pessoas já tinham se sentido enjoadas e vomitado, o que aumentou o estado de tensão. Muitas delas vestiram os coletes e se lançaram ao mar antes mesmo da orientação. “Algumas pessoas ficaram muito apavoradas”, lembra ela.
Outra incógnita é o motivo pelo qual o socorro teria demorado tanto. Segundo Rosângela, logo depois que se deu a orientação de salvatagem, a tripulação informou que o pessoal de terra já tinha sido contatado e outra embarcação viria imediatamente para buscá-los.
Como a Capitania dos Portos garante só ter sido acionada por volta das 20h, pode ter havido um problema de comunicação. Enquanto os clientes da Biotur acreditavam que o socorro tinha sido acionado, a empresa tentava solucionar a questão sem envolver os órgãos oficiais. A decisão de chamar a Marinha teria vindo depois que a tripulação percebeu que o outro catamarã demoraria demais para resgatar os passageiros, que já estavam há muito tempo na água, alguns com hipotermia.
A procura por Ananias Bernardino da Silva foi interrompida às 4h de ontem e retomada duas horas depois. Ao todo, dois navios da Marinha, três embarcações particulares e um helicóptero da Polícia Militar estão sendo usados na operação de busca ao passageiro desaparecido.
Fonte: Correio da Bahia
Ana Carolina Araújo e Ciro Brigham
Dois dias após o acidente que deixou à deriva por cerca de três horas 128 passageiros e quatro tripulantes do catamarã Baía de Todos os Santos, que fazia a travessia Morro de São Paulo-Salvador, o único passageiro não resgatado na madrugada de ontem, Ananias Bernardino da Silva, 61 anos, continuava desaparecido até as 21h. Ainda não há informações objetivas sobre o que teria perfurado o casco da embarcação. O equipamento – que está sob custódia da Marinha do Brasil – foi rebocado para o estaleiro da Biotur Transporte e Turismo Marítimo, na cidade de Valença, região do baixo sul. Três técnicos da Marinha viajaram para o local para aguardar a chegada da embarcação, e a perícia só não foi iniciada ontem porque, ao ser rebocado, o barco encalhou num banco de areia próximo ao destino.
A retirada das vítimas e da tripulação do Baía de Todos os Santos terminou por volta da 1h30 de ontem, mas equipes da Marinha continuaram no local na tentativa de encontrar o último passageiro. A esposa de Ananias Silva, que voltava com ele de um fim de semana de lazer na ilha, deixou o barco com o marido, que já passava mal antes do incidente. Filha do desaparecido, a professora Sônia Maria da Silva, 40 anos, passou todo o dia de ontem na sede da Capitania dos Portos, no Comércio. Em estado de choque com a situação, a mãe precisou ser internada e sedada. De acordo com as informações prestadas por Sônia, o pai afastou-se do grupo por causa de uma onda forte que veio sobre eles.
A Capitania dos Portos cuida da fiscalização dos cerca de mil quilômetros de costa que cercam o estado da Bahia. Durante o Verão, o contingente responsável pelas inspeções passa de 30 para 60 homens e as visitas se tornam mais freqüentes. De acordo com o capitão dos portos Alexandre Augusto Miranda de Souza, a última vistoria da embarcação aconteceu no dia 18 de agosto deste ano e não foram detectadas irregularidades. “Era um equipamento novo, que entrou em operação em 2002”, explicou o militar, afirmando ainda que a empresa se prontificou a conceder todas as informações necessárias para o esclarecimento do caso.
Entre os pontos a serem verificados pelos peritos da Marinha está a situação dos equipamentos de salvatagem, que incluem bóias, coletes, extintores, rádios comunicadores e uma bomba responsável por dispensar a água em casos de rompimento do casco ou grandes tempestades. O modelo e a quantidade de bombas são dimensionados de acordo com a capacidade da embarcação e os riscos de uso. “Temos que saber se tinha a bomba adequada e se ela estava funcionando”, afirmou o capitão dos portos. A vistoria do casco também deve ser detalhada. Alguns passageiros, principalmente os que estavam na parte submersa do catamarã, afirmam ter ouvido dois fortes barulhos minutos antes da primeira entrada de água, o que pode ser indício de choque com algum animal marinho ou pedra.
A avaliação faz parte do inquérito administrativo para apuração de acidente marítimo instaurado pela Marinha do Brasil, cujos resultados devem sair em até 90 dias, mas algumas informações do processo podem ser divulgadas antes de sua conclusão. Até agora, não há qualquer sinal de dolo – intenção de causar dano – por parte da empresa, mas, se isso for detectado, as vítimas poderão solicitar a investigação policial do acidente e instauração de inquérito criminal.
***
Situação ficou incontrolável
De acordo com as informações prestadas pela Biotur, aos primeiros sinais de que havia água entrando no barco, tentou-se resolver o problema, mas depois de alguns minutos, a situação teria ficado incontrolável. Além do peso da água, muitos passageiros teriam começado a entrar em pânico. A partir daí, a tripulação teria orientado os viajantes a ficarem calmos e escutar as instruções. “Eles disseram para a gente pôr os coletes e esperar eles colocarem os botes para descermos”, contou a administradora de empresas Rosângela Lessa Gramacho Simões, 26 anos, que estava no barco com o marido.
O capitão dos portos considerou o procedimento do comandante Júlio César, que tem experiência no trajeto, correto. “Era uma situação de pânico, com grande quantidade de pessoas e um espaço pequeno. Não podemos prever a reação de cada um em situações desse tipo”, explicou. Mas a versão dada por Rosângela Lessa foi outra. Ela conta que, ao longo do trajeto, várias pessoas já tinham se sentido enjoadas e vomitado, o que aumentou o estado de tensão. Muitas delas vestiram os coletes e se lançaram ao mar antes mesmo da orientação. “Algumas pessoas ficaram muito apavoradas”, lembra ela.
Outra incógnita é o motivo pelo qual o socorro teria demorado tanto. Segundo Rosângela, logo depois que se deu a orientação de salvatagem, a tripulação informou que o pessoal de terra já tinha sido contatado e outra embarcação viria imediatamente para buscá-los.
Como a Capitania dos Portos garante só ter sido acionada por volta das 20h, pode ter havido um problema de comunicação. Enquanto os clientes da Biotur acreditavam que o socorro tinha sido acionado, a empresa tentava solucionar a questão sem envolver os órgãos oficiais. A decisão de chamar a Marinha teria vindo depois que a tripulação percebeu que o outro catamarã demoraria demais para resgatar os passageiros, que já estavam há muito tempo na água, alguns com hipotermia.
A procura por Ananias Bernardino da Silva foi interrompida às 4h de ontem e retomada duas horas depois. Ao todo, dois navios da Marinha, três embarcações particulares e um helicóptero da Polícia Militar estão sendo usados na operação de busca ao passageiro desaparecido.
Fonte: Correio da Bahia
Mello é contra aprovação com ressalvas nas contas de campanha
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, descartou a aprovação com ressalvas das contas da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que serão julgadas pelo órgão na terça-feira.
"O que é aprovação com ressalva? Qual é a extensão da ressalva? Eu digo e repito: não há oportunidade para coluna do meio", disse ele a jornalistas pouco antes de receber o prêmio "Brasileiro do Ano na Justiça" concedido pela revista IstoÉ na segunda-feira à noite .
"Nós devemos sempre buscar a correção de rumos. E aí entendo que a correção de rumos excomunga a aprovação com ressalvas."
A prestação de contas da campanha do presidente Lula recebeu recomendação de rejeição pelos técnicos do TSE por conterem irregularidades, sendo a principal a doação de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos, o que é vedado pela legislação eleitoral. O mesmo princípio, no entanto, não impediu a aprovação das contas da campanha do governador eleito de São Paulo José Serra (PSDB) na segunda-feira.
Segundo os tribunais, a rejeição das contas não impede a diplomação do presidente no próximo dia 14 e sua posse em 1o de janeiro. Cabe ao Ministério Público, a um candidato concorrente ou a um partido a possibilidade de questioná-las.
Fonte: Agência Reuters
"O que é aprovação com ressalva? Qual é a extensão da ressalva? Eu digo e repito: não há oportunidade para coluna do meio", disse ele a jornalistas pouco antes de receber o prêmio "Brasileiro do Ano na Justiça" concedido pela revista IstoÉ na segunda-feira à noite .
"Nós devemos sempre buscar a correção de rumos. E aí entendo que a correção de rumos excomunga a aprovação com ressalvas."
A prestação de contas da campanha do presidente Lula recebeu recomendação de rejeição pelos técnicos do TSE por conterem irregularidades, sendo a principal a doação de empresas ligadas a concessionárias de serviços públicos, o que é vedado pela legislação eleitoral. O mesmo princípio, no entanto, não impediu a aprovação das contas da campanha do governador eleito de São Paulo José Serra (PSDB) na segunda-feira.
Segundo os tribunais, a rejeição das contas não impede a diplomação do presidente no próximo dia 14 e sua posse em 1o de janeiro. Cabe ao Ministério Público, a um candidato concorrente ou a um partido a possibilidade de questioná-las.
Fonte: Agência Reuters
PT admite abrir mão de presidir a Câmara em nome da coalizão
Por: ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, defendeu ontem que o partido dê mais espaço aos aliados na coalizão de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre outros sinais, Garcia declarou que a aposta em Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara não significa "uma tese inamovível".
O presidente do PT voltou a dizer que a candidatura é "pra valer", mas ressalvou que ela está submetida à avaliação dos aliados. "Nós queremos ter um único nome. Isso ficou claro desde o momento em que foi lançada a candidatura do deputado Chinaglia. É um nome para valer, mas um nome a ser submetido à coalizão" disse. "Acredito que ele [Chinaglia] possa ser presidente, mas isso não é uma tese inamovível."
Garcia participou ontem de encontro com bancadas estaduais do partido. Segundo ele, um governo de coalizão não se faz só em torno de idéias, mas também "de interesses".
"É claro que nós não queremos ser ingênuos e achar que o governo de coalizão será feito somente em torno de idéias. Ela se faz em torno de interesses. As idéias, às vezes, são mais fáceis de se discutir do que acomodar os interesses", disse ele.
Amanhã, Lula se reúne com as oito siglas que apoiarão o segundo mandado. Além de PT e PMDB, devem participar PP, PR (fusão do PL e Prona), PSB, PC do B, PRB e PV.
"Fica, Aldo"
Aliados do atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), se articulam para lançar nesta semana o movimento "fica, Aldo", em defesa de sua candidatura à reeleição. A idéia é fazer um jantar de apoio a Aldo até o Natal, com o lançamento oficial da candidatura. Oposicionistas e governistas integram o grupo de apoio.
A Folha apurou que os aliados do comunista esperam que, na primeira reunião do conselho político com Lula, marcada para amanhã, o debate sobre a presidência da Câmara seja destravado oficialmente.
Ontem à noite, em São Paulo, Aldo disse que "ainda" não é candidato à reeleição.
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, defendeu ontem que o partido dê mais espaço aos aliados na coalizão de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre outros sinais, Garcia declarou que a aposta em Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara não significa "uma tese inamovível".
O presidente do PT voltou a dizer que a candidatura é "pra valer", mas ressalvou que ela está submetida à avaliação dos aliados. "Nós queremos ter um único nome. Isso ficou claro desde o momento em que foi lançada a candidatura do deputado Chinaglia. É um nome para valer, mas um nome a ser submetido à coalizão" disse. "Acredito que ele [Chinaglia] possa ser presidente, mas isso não é uma tese inamovível."
Garcia participou ontem de encontro com bancadas estaduais do partido. Segundo ele, um governo de coalizão não se faz só em torno de idéias, mas também "de interesses".
"É claro que nós não queremos ser ingênuos e achar que o governo de coalizão será feito somente em torno de idéias. Ela se faz em torno de interesses. As idéias, às vezes, são mais fáceis de se discutir do que acomodar os interesses", disse ele.
Amanhã, Lula se reúne com as oito siglas que apoiarão o segundo mandado. Além de PT e PMDB, devem participar PP, PR (fusão do PL e Prona), PSB, PC do B, PRB e PV.
"Fica, Aldo"
Aliados do atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), se articulam para lançar nesta semana o movimento "fica, Aldo", em defesa de sua candidatura à reeleição. A idéia é fazer um jantar de apoio a Aldo até o Natal, com o lançamento oficial da candidatura. Oposicionistas e governistas integram o grupo de apoio.
A Folha apurou que os aliados do comunista esperam que, na primeira reunião do conselho político com Lula, marcada para amanhã, o debate sobre a presidência da Câmara seja destravado oficialmente.
Ontem à noite, em São Paulo, Aldo disse que "ainda" não é candidato à reeleição.
Ueba! bota colírio no ponto cego!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Guerrilha nas Estrelas. A zona aérea continua uma zona! Passageiro agora antes de fazer check-in tem que fazer check-up.
Pra agüentar o tranco no aeroporto! E o governo mandou instalar placas nos aeropartos: 'Tá com pressa? Vá de ônibus!'. E acabaram de descobrir o ponto cego: Waldir Pires, o ministro da Defesa. Da defesa do Palmeiras. Rarará! E essa piada pronta: ficou retido no aeroporto de Brasília o grupo musical Canarinhos de Petrópolis. Que não conseguiu voar. Nem canarinho tá voando!
Rarará!
E agora só viajo com o meu transponder particular. Aquele aparelhinho que se comunica com a torre. Viajo com o transponder no colo. 'Tô aqui na poltrona 27'. E a torre: 'Come uma barra de cereal e sobe 5.000 pés'. E diz que vão chamar os marronzinhos para autuar os aviões em fila dupla!
E o aviso pelos alto-faltantes: senhores passageiros com destino a Natal e Fortaleza, queiram se dirigir ao hotel mais próximo.
Rarará!
E São Paulo voltou ao normal. Tá tudo alagado. IPVA é Imposto sobre Vias Alagadas! E essas enchentes já estão enchendo! Vou propor rodízio de alagamentos. E outra piada pronta: o Amir Klink lançou livro no pior dia da enchente no shopping Morumbi. Que ficou ilhado. Não é o máximo um navegador ficar ilhado? Rarará! E o prefeito Kassab (Sóssab aumentar) diz que está preparado para as enchentes: vai dormir no Terraço Itália. Que é mais alto e ainda em uma massa boa! Rarará! E motoboy agora é botoboy! Moto com motor de popa! Rarará!
E a Paris Hilton tá de xaveco com a Britney Spears. Tá ralando um côco. Colando um velcro com a Brit. Enjoou de pingulim. Tá atacando pererecas! Paris Hilton virou bolacha. Já virou perfume, agora virou bolacha. Aí não é diversidade sexual, é divertimento sexual. Deviam trocar esse termo-cabeça diversidade por divertimento. Divertimento sexual. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece.
E atenção! Cartilha do Lula! Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Confinado': companheiro que ficou retido em Belo Horizonte no aeroporto de Confins. Rarará! O lulês é mais facil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colíro alucinógeno.
No ponto cego!
simao@uol.com.br
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Guerrilha nas Estrelas. A zona aérea continua uma zona! Passageiro agora antes de fazer check-in tem que fazer check-up.
Pra agüentar o tranco no aeroporto! E o governo mandou instalar placas nos aeropartos: 'Tá com pressa? Vá de ônibus!'. E acabaram de descobrir o ponto cego: Waldir Pires, o ministro da Defesa. Da defesa do Palmeiras. Rarará! E essa piada pronta: ficou retido no aeroporto de Brasília o grupo musical Canarinhos de Petrópolis. Que não conseguiu voar. Nem canarinho tá voando!
Rarará!
E agora só viajo com o meu transponder particular. Aquele aparelhinho que se comunica com a torre. Viajo com o transponder no colo. 'Tô aqui na poltrona 27'. E a torre: 'Come uma barra de cereal e sobe 5.000 pés'. E diz que vão chamar os marronzinhos para autuar os aviões em fila dupla!
E o aviso pelos alto-faltantes: senhores passageiros com destino a Natal e Fortaleza, queiram se dirigir ao hotel mais próximo.
Rarará!
E São Paulo voltou ao normal. Tá tudo alagado. IPVA é Imposto sobre Vias Alagadas! E essas enchentes já estão enchendo! Vou propor rodízio de alagamentos. E outra piada pronta: o Amir Klink lançou livro no pior dia da enchente no shopping Morumbi. Que ficou ilhado. Não é o máximo um navegador ficar ilhado? Rarará! E o prefeito Kassab (Sóssab aumentar) diz que está preparado para as enchentes: vai dormir no Terraço Itália. Que é mais alto e ainda em uma massa boa! Rarará! E motoboy agora é botoboy! Moto com motor de popa! Rarará!
E a Paris Hilton tá de xaveco com a Britney Spears. Tá ralando um côco. Colando um velcro com a Brit. Enjoou de pingulim. Tá atacando pererecas! Paris Hilton virou bolacha. Já virou perfume, agora virou bolacha. Aí não é diversidade sexual, é divertimento sexual. Deviam trocar esse termo-cabeça diversidade por divertimento. Divertimento sexual. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece.
E atenção! Cartilha do Lula! Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Confinado': companheiro que ficou retido em Belo Horizonte no aeroporto de Confins. Rarará! O lulês é mais facil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colíro alucinógeno.
No ponto cego!
simao@uol.com.br
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Pinochet já vai tarde. Posso viver sem um ditador para chamar de "meu". E a esquerda? Pode?
Por: Reinaldo Azevedo
Eu já disse ontem — ainda se pode ler abaixo — o que penso da morte de Pinochet. Mais ainda: como não estou amarrado a nenhum partido ou ente de razão, fico feliz de poder cuspir na memória do general. Ele era anticomunista. Eu também sou. Ele mandava matar pessoas que já não podiam reagir e que estavam sob a guarda do Estado. Eu acho isso uma barbaridade e, pois, o desprezo. Como a outros ditadores. Leitores antiesquerdistas indagam se o comunismo não teria matado mais do que ele — fala-se em três mil pessoas — se tivesse chegado ao poder no Chile, conforme estava nos planos dos aloprados. É claro que teria. O comunismo tem larga experiência no morticínio em massa. No Chile não teria sido diferente. Mas isso não justifica o que se fez lá.
Se considero que é moralmente aceitável que se mate a torto e a direito “os inimigos” porque comungam de uma doutrina que considero homicida, acabo por legitimar que eles façam o mesmo contra mim e os meus aliados. Afinal, os comunistas acreditavam — e os que existem acreditam ainda — que o capitalismo é que é homicida... Síntese: Pinochet conferia verossimilhança à fantasia esquerdista de que a sua luta era contra o mal, e não para impor o mal. Arremato: gente como o general é só o outro lado da tara assassina da esquerda. Ditador é lixo, não importa o pretexto. Não importa a ideologia.
Agora vamos às fantasias. A esquerda, claro, está em festa, inclusive nos jornais brasileiros. Não há uma só análise decente sobre o governo de Salvador Allende, que chegou ao poder pela via legal, institucional, e lançou o país na desordem. Claro! Era uma contradição em termos. Não se constrói socialismo nas urnas. Na Folha de hoje, o historiador Luiz Felipe de Alencastro concede uma entrevista a Rafael Cariello (clique aqui). Fala do trauma que a queda de Allende representou também para a esquerda européia — parte dela buscou aliança com os conservadores, outra optou pelo terrorismo —, mas não diz palavra sobre os erros do líder socialista. Mais. Fantasia que ele era um esquerdista à moda Mitterrand. Alencastro finge ignorar que a extrema esquerda armada estava dentro do governo e que foi ela que o conduziu ao caos.
Os artigos vão se espalhando. Clovis Rossi considera “uma agradável” coincidência que Pinochet tenha morrido quando se fecha “um dos mais suculentos ciclos eleitorais do subcontinente”. Não sei o que ele chama de “suculento”: vai ver é a reeleição de Lula no Brasil, a de Chávez na Venezuela, a eleição de Evo Morales na Bolívia e de um filhote do chavismo no Equador. Depois desanda a descer o pau no Chile porque um dos primeiros a aderir ao Consenso de Washington, com aumento da desigualdade. Huuummm... Eu adoro esse papo de desigualdade. Porque faz supor que Cuba, por exemplo, é um país melhor para os cubanos do que o Chile “neoliberal” para os chilenos. É verdade! Segundo a ONU, o Chile é hoje mais desigual do que a Guatemala...
Em suma, a esquerda, sob o pretexto de ser anti-Pinochet (ah, queridos, também sou!) ignora as óbvias ameaças que pesam contra a democracia na América Latina — e a corrupção, como é o caso do Brasil, é uma forma de fraudar o regime democrático —, para ver na emergência de formas variadas de populismo, ou coisa pior do que isso, o que seria um grande momento, em contraste com aqueles tempos sombrios.
Sem essa. Pinochet desce tarde aos infernos, como já disse. Se Deus tiver pena de sua alma, que o livre da danação eterna, depois de algumas exigências que não me atrevo a sugerir ao Divino. Mas não me venham santificar agora as maluquices de Allende ou enxergar em delinqüentes políticos contemporâneos os símbolos de um novo tempo. Ah, eu sou de direita? Talvez. Mas consigo viver sem um ditador para chamar de meu. A esquerda não pode dizer o mesmo.
Fonte: Veja on-line
Eu já disse ontem — ainda se pode ler abaixo — o que penso da morte de Pinochet. Mais ainda: como não estou amarrado a nenhum partido ou ente de razão, fico feliz de poder cuspir na memória do general. Ele era anticomunista. Eu também sou. Ele mandava matar pessoas que já não podiam reagir e que estavam sob a guarda do Estado. Eu acho isso uma barbaridade e, pois, o desprezo. Como a outros ditadores. Leitores antiesquerdistas indagam se o comunismo não teria matado mais do que ele — fala-se em três mil pessoas — se tivesse chegado ao poder no Chile, conforme estava nos planos dos aloprados. É claro que teria. O comunismo tem larga experiência no morticínio em massa. No Chile não teria sido diferente. Mas isso não justifica o que se fez lá.
Se considero que é moralmente aceitável que se mate a torto e a direito “os inimigos” porque comungam de uma doutrina que considero homicida, acabo por legitimar que eles façam o mesmo contra mim e os meus aliados. Afinal, os comunistas acreditavam — e os que existem acreditam ainda — que o capitalismo é que é homicida... Síntese: Pinochet conferia verossimilhança à fantasia esquerdista de que a sua luta era contra o mal, e não para impor o mal. Arremato: gente como o general é só o outro lado da tara assassina da esquerda. Ditador é lixo, não importa o pretexto. Não importa a ideologia.
Agora vamos às fantasias. A esquerda, claro, está em festa, inclusive nos jornais brasileiros. Não há uma só análise decente sobre o governo de Salvador Allende, que chegou ao poder pela via legal, institucional, e lançou o país na desordem. Claro! Era uma contradição em termos. Não se constrói socialismo nas urnas. Na Folha de hoje, o historiador Luiz Felipe de Alencastro concede uma entrevista a Rafael Cariello (clique aqui). Fala do trauma que a queda de Allende representou também para a esquerda européia — parte dela buscou aliança com os conservadores, outra optou pelo terrorismo —, mas não diz palavra sobre os erros do líder socialista. Mais. Fantasia que ele era um esquerdista à moda Mitterrand. Alencastro finge ignorar que a extrema esquerda armada estava dentro do governo e que foi ela que o conduziu ao caos.
Os artigos vão se espalhando. Clovis Rossi considera “uma agradável” coincidência que Pinochet tenha morrido quando se fecha “um dos mais suculentos ciclos eleitorais do subcontinente”. Não sei o que ele chama de “suculento”: vai ver é a reeleição de Lula no Brasil, a de Chávez na Venezuela, a eleição de Evo Morales na Bolívia e de um filhote do chavismo no Equador. Depois desanda a descer o pau no Chile porque um dos primeiros a aderir ao Consenso de Washington, com aumento da desigualdade. Huuummm... Eu adoro esse papo de desigualdade. Porque faz supor que Cuba, por exemplo, é um país melhor para os cubanos do que o Chile “neoliberal” para os chilenos. É verdade! Segundo a ONU, o Chile é hoje mais desigual do que a Guatemala...
Em suma, a esquerda, sob o pretexto de ser anti-Pinochet (ah, queridos, também sou!) ignora as óbvias ameaças que pesam contra a democracia na América Latina — e a corrupção, como é o caso do Brasil, é uma forma de fraudar o regime democrático —, para ver na emergência de formas variadas de populismo, ou coisa pior do que isso, o que seria um grande momento, em contraste com aqueles tempos sombrios.
Sem essa. Pinochet desce tarde aos infernos, como já disse. Se Deus tiver pena de sua alma, que o livre da danação eterna, depois de algumas exigências que não me atrevo a sugerir ao Divino. Mas não me venham santificar agora as maluquices de Allende ou enxergar em delinqüentes políticos contemporâneos os símbolos de um novo tempo. Ah, eu sou de direita? Talvez. Mas consigo viver sem um ditador para chamar de meu. A esquerda não pode dizer o mesmo.
Fonte: Veja on-line
Crise aérea! zona de flatuência!
Por: José Simão
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Meus votos para o fim de ano: 'Tenha um 2007 Paris Hilton, e divirta-se em dobro!'. E eu sei o motivo da pane no sistema de comunicação da Aeronáutica: o vento derrubou o bombril da antena. Rarará! Caiu a gambiarra! Soltou o benjamin!
E o lado positivo da zona aérea: estão acomodando os passageiros em motéis. Motéis?! Então eu quero perder o meu vôo com a Daniela Sarahiba! Rarará! E eu já disse que agora os passageiros antes do check-in tem que fazer um check-up. Pra agüentar o tranco nos aeroportos.
E o chargista Liberati está chamando o Sindacta de Sem Data! Sem Data para embarcar! E um leitor acha que a Infraero tem que criar um 'Aerocamping'. Tirar todas aquelas cadeiras (do tempo da inquisição) e deixar um espaço livre. Pra armar barracas. Vou montar minha barraca perto da porta de embarque. Rarará! Guerrilha nas Estrelas!
Pane ou Pum?! Um avião da American Airlines estava indo de Washington para Tenesse quando os passageiros sentiram cheiro de pólvora. Pânico. É o Bin Laden! É o Bin Laden! Aí fizeram um pouso de emergência, reviraram as bagagens, chamaram os cães farejadores, o Schwarzenegger, a Swat e descobriram que era uma senhora que estava tendo uma crise de gases. E, com vergonha, acendia fósforos pra disfarçar o cheiro. Era o Pum Laden! Isso que eu chamo de mulher bomba! Não era turbulência, era flatulência! Atenção, senhores passageiros, favor apertar os cintos que estamos atravessando uma zona de flatulência! Rarará!
Será que a American Airlines estava servindo feijão com repolho? Rarará! É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o ouro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês.
É que na Praia do Pina, Recife, tem um boteco chamado Casa do K. ALHO! Será que tem que ir de avião? Rarará!
Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Fundo Fixo': companheiro que não tira a bunda da cadeira. Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Meus votos para o fim de ano: 'Tenha um 2007 Paris Hilton, e divirta-se em dobro!'. E eu sei o motivo da pane no sistema de comunicação da Aeronáutica: o vento derrubou o bombril da antena. Rarará! Caiu a gambiarra! Soltou o benjamin!
E o lado positivo da zona aérea: estão acomodando os passageiros em motéis. Motéis?! Então eu quero perder o meu vôo com a Daniela Sarahiba! Rarará! E eu já disse que agora os passageiros antes do check-in tem que fazer um check-up. Pra agüentar o tranco nos aeroportos.
E o chargista Liberati está chamando o Sindacta de Sem Data! Sem Data para embarcar! E um leitor acha que a Infraero tem que criar um 'Aerocamping'. Tirar todas aquelas cadeiras (do tempo da inquisição) e deixar um espaço livre. Pra armar barracas. Vou montar minha barraca perto da porta de embarque. Rarará! Guerrilha nas Estrelas!
Pane ou Pum?! Um avião da American Airlines estava indo de Washington para Tenesse quando os passageiros sentiram cheiro de pólvora. Pânico. É o Bin Laden! É o Bin Laden! Aí fizeram um pouso de emergência, reviraram as bagagens, chamaram os cães farejadores, o Schwarzenegger, a Swat e descobriram que era uma senhora que estava tendo uma crise de gases. E, com vergonha, acendia fósforos pra disfarçar o cheiro. Era o Pum Laden! Isso que eu chamo de mulher bomba! Não era turbulência, era flatulência! Atenção, senhores passageiros, favor apertar os cintos que estamos atravessando uma zona de flatulência! Rarará!
Será que a American Airlines estava servindo feijão com repolho? Rarará! É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o ouro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece!
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha vulcânica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês.
É que na Praia do Pina, Recife, tem um boteco chamado Casa do K. ALHO! Será que tem que ir de avião? Rarará!
Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Fundo Fixo': companheiro que não tira a bunda da cadeira. Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
Gabeira ainda tentará ouvir petistas
BRASÍLIA - A oito dias do fim do prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos da CPI dos Sanguessugas, dia 19, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) tenta negociar os depoimentos do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e de Freud Godoy, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As convocações de Berzoini e Freud foram aprovadas pela comissão em 17 de outubro, mas até hoje eles não foram chamados para depor. Gabeira está disposto a abrir mão da prorrogação da CPI por mais 30 dias em troca dos depoimentos dos petistas.
"Vou tentar trocar a prorrogação da CPI por mais esses dois depoimentos", diz o deputado. Segundo ele, o requerimento que prevê a prorrogação dos trabalhos da comissão até 18 de janeiro já conta com a assinatura de "mais de cem deputados" - é necessário o apoio de, pelo menos, 171 deputados. No Senado, já foi recolhida a assinatura de 27 senadores (o equivalente a um terço da Casa) para estender o prazo de funcionamento da comissão até meados janeiro, durante o recesso parlamentar.
"Queremos que a CPI funcione um pouco mais para coincidir com o fim do inquérito da Polícia Federal, que deve ocorrer até o fim de dezembro", explica Gabeira. Mas, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é contra a prorrogação dos trabalhos da comissão. Ele alega que dificilmente a CPI conseguirá se reunir durante o mês de janeiro, o que acabaria inviabilizando a aprovação de um relatório final. "Seria o pior dos mundos a CPI acabar sem relatório", avalia o petista.
No final de novembro, o delegado Polícia Federal de Mato Grosso Diógenes Curado pediu à Justiça a prorrogação das investigações sobre a compra do dossiê contra políticos tucanos. No relatório, o delegado informou que há indícios de que Berzoini sabia do esquema. Curado observou, no entanto, que as provas não são suficientes para incriminar o petista e, por isso, as investigações contra ele não serão encaminhadas agora ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao pedir mais prazo para as investigações, o delegado afirmou que ainda não descobriu a origem do dinheiro para a compra do dossiê contra os tucanos.
Freud Godoy foi apontado por Gedimar Passos, ex-integrante do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a pessoa no PT que mandou pagar pelo dossiê. Depois, Gedimar mudou seu depoimento, passando a isentar o ex-segurança do presidente da República e a afirmar que o citou por pressão do delegado da PF Edmilson Bruno, primeiro a interrogá-lo. Gedimar Passos foi preso junto do Valdebran Padilha no dia 15 de setembro, no Hotel Íbis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão que seria usado para a compra do dossiê contra os tucanos.
Fonte: Tribuna da Imprensa
As convocações de Berzoini e Freud foram aprovadas pela comissão em 17 de outubro, mas até hoje eles não foram chamados para depor. Gabeira está disposto a abrir mão da prorrogação da CPI por mais 30 dias em troca dos depoimentos dos petistas.
"Vou tentar trocar a prorrogação da CPI por mais esses dois depoimentos", diz o deputado. Segundo ele, o requerimento que prevê a prorrogação dos trabalhos da comissão até 18 de janeiro já conta com a assinatura de "mais de cem deputados" - é necessário o apoio de, pelo menos, 171 deputados. No Senado, já foi recolhida a assinatura de 27 senadores (o equivalente a um terço da Casa) para estender o prazo de funcionamento da comissão até meados janeiro, durante o recesso parlamentar.
"Queremos que a CPI funcione um pouco mais para coincidir com o fim do inquérito da Polícia Federal, que deve ocorrer até o fim de dezembro", explica Gabeira. Mas, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é contra a prorrogação dos trabalhos da comissão. Ele alega que dificilmente a CPI conseguirá se reunir durante o mês de janeiro, o que acabaria inviabilizando a aprovação de um relatório final. "Seria o pior dos mundos a CPI acabar sem relatório", avalia o petista.
No final de novembro, o delegado Polícia Federal de Mato Grosso Diógenes Curado pediu à Justiça a prorrogação das investigações sobre a compra do dossiê contra políticos tucanos. No relatório, o delegado informou que há indícios de que Berzoini sabia do esquema. Curado observou, no entanto, que as provas não são suficientes para incriminar o petista e, por isso, as investigações contra ele não serão encaminhadas agora ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao pedir mais prazo para as investigações, o delegado afirmou que ainda não descobriu a origem do dinheiro para a compra do dossiê contra os tucanos.
Freud Godoy foi apontado por Gedimar Passos, ex-integrante do núcleo de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a pessoa no PT que mandou pagar pelo dossiê. Depois, Gedimar mudou seu depoimento, passando a isentar o ex-segurança do presidente da República e a afirmar que o citou por pressão do delegado da PF Edmilson Bruno, primeiro a interrogá-lo. Gedimar Passos foi preso junto do Valdebran Padilha no dia 15 de setembro, no Hotel Íbis, em São Paulo, com R$ 1,75 milhão que seria usado para a compra do dossiê contra os tucanos.
Fonte: Tribuna da Imprensa