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Acordo entre Wagner, Adolfo e Diego sela paz e evita bate-chapa por primeira vice-presidência da Assembleia que ameçava rachar base

 Foto: Divulgação/Arquivo

Adolfo Menezes concordou com alteração no regimento que obrigará vice a convocar eleições imediatamente no caso de vacância da presidência18 de janeiro de 2025 | 19:55

Acordo entre Wagner, Adolfo e Diego sela paz e evita bate-chapa por primeira vice-presidência da Assembleia que ameçava rachar base

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Um acordo costurado no dia de ontem entre o senador Jaques Wagner (PT), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), e o deputado federal Diego Coronel (PSD) deve pacificar a base governista no Legislativo estadual, impedindo um bate-chapa pela primeira vice-presidência do Poder.

Pelo entendimento, Adolfo deve concorrer de novo à presidência da Casa nas eleições do próximo dia 3 de fevereiro e, na hipótese de ter seu mandato cassado judicialmente, o primeiro vice-presidente da mesa diretora terá que convocar eleições imediatamente.

Para isso ocorrer, o regimento da Assembleia será alterado, possivelmente numa convocação extraordinária antes da eleição, a fim de firmar o prazo para a realização de novo pleito em caso de vacância da presidência, pondo fim à grande disputa que a primeira vice estava despertando.

A cobiça pelo cargo se explicava porque Adolfo, incentivado pela imensa popularidade entre os colegas, decidiu de última hora concorrer à reeleição, iniciativa proibida pela legislação que rege o funcionamento das Assembleias, o que pode acabar ensejando uma ação judicial que casse seu mandato.

Neste caso, o primeiro vice-presidente assumiria seu lugar num limbo legal que hoje não deixa claro se ele pode cumprir o mandato restante de presidente ou terá que convocar, num prazo que também ainda não está claro, novas eleições para o comando da Casa.

A decisão de Adolfo de disputar a reeleição e a possibilidade de ter o mandato questionado na Justiça, associada à inexistência de regras claras para a sucessão no Legislativo, levou o PT a encarar a eleição como uma oportunidade ímpar para conquistar o comando da Legislativo.

O partido reclama do fato de, a despeito de comandar o Estado há quase 20 anos, não ter conseguido fazer o presidente da Assembleia até hoje. O nome pensado para concorrer pelo partido era o do deputado estadual Rosemberg Pinto, atual líder do governo na Casa.

Agora, com o novo modelo de disputa acordado, é provável que ele abra mão da disputa pela primeira vice, já que, antes, teria que renunciar à liderança do governo para concorrer ao cargo.

O mesmo deve ocorrer com o deputado estadual Angelo Coronel Filho (PSD), cuja candidatura era construída pelo pai, o senador Angelo Coronel (PSD), como forma de tentar viabilizar sua reeleição ao Senado em 2026 na chapa governista.

“Com o acordo, não faz mais sentido ninguém disputar a primeira vice-presidência com o desejo de ficar no lugar de Adolfo, já que o vice eleito agora terá o papel de convocar novas eleições imediatamente no caso de vacância da presidência”, contou um governista pedindo ao Política Livre para manter seu novo sob sigilo.

O arranjo construído pela base, com a participação de Wagner, que defende ter chegado a hora de o PT também fazer o comando do Legislativo, deve ter impacto na articulação que a oposição pretendia fazer para tomar a presidência do controle do governo no caso de Adolfo ser impedido de cumprir o mandato.

O clima de disputa pela vice-presidência havia colocado Wagner em rota de colisão com Coronel, sobre o qual deu ordem para que o PT o tratasse como adversário caso insistisse na candidatura do filho.

Política Livre