terça-feira, dezembro 17, 2024

Mesa Diretora da Assembleia rejeita entrega de título de cidadão baiano a Eduardo Bolsonaro

 Foto: Mário Agra/Agência Câmara/Arquivo

Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)17 de dezembro de 2024 | 13:38

Mesa Diretora da Assembleia rejeita entrega de título de cidadão baiano a Eduardo Bolsonaro

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A Assembleia Legislativa deve encerrar extraoficialmente nesta terça-feira (17) os trabalhos de 2024 e votar, além de projetos enviados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), a exemplo do orçamento do governo do Estado para o ano que vem, propostas de autoria dos parlamentares, sobretudo a entrega de honrarias. Mas ao menos uma homenagem foi vetada e nem será submetida a plenário: a entrega do título de cidadão baiano ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O projeto de resolução concedendo a honraria foi apresentado em junho deste ano pelo deputado Diego Castro (PL), o mesmo que foi criticado publicamente, em outubro, pelo mesmo Eduardo Bolsonaro porque estaria patrocinando uma rádio conservadora de Salvador para atacar o ex-presidente da República.

Na semana passada, a Mesa Diretora da Assembleia, que analisa as propostas de honraria antes que elas cheguem ao plenário, fazendo uma espécie de “pente fino”, rejeitou a homenagem ao filho número um do de Jair Bolsonaro, bem como a entrega de títulos de cidadania e comendas Dois de Julho a militares.

Questionado pelo site, Diego afirmou que a Mesa Diretora apenas decidiu “adiar” a votação do projeto, ressaltando que tentará aprovar o texto novamente em 2025. O deputado também é autor de um projeto de resolução que confere a Jair Bolsonaro a Comenda Dois de Julho, maior honraria da Assembleia – o texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Essa mesma honraria foi entregue este ano à ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL), por iniciativa do deputado estadual Leandro de Jesus (PL).

A decisão de submeter as propostas de honraria à Mesa Diretora antes de enviá-las à CCJ ou ao plenário foi do presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), como forma de tentar “moralizar” esse tipo de iniciativa.

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