domingo, abril 07, 2024

O barulho da informação: bênção ou maldição em tempos de crise em Canudos e Jeremoabo


O barulho da informação: bênção ou maldição em tempos de crise em Canudos e Jeremoabo

Introdução:

O sangramento do Açude de Cocorobé, resultado das intensas chuvas na região de Canudos e Jeremoabo, desencadeou uma crise humanitária que exige atenção e medidas urgentes. A imprensa, através da internet, atua como um canal crucial de comunicação, porém, seu impacto pode ser tanto positivo quanto negativo.

A bênção da informação:

  • Alerta rápido e mobilização: A rápida disseminação de informações pelas mídias sociais e portais de notícias, inclusive noticiado na  Globo permite alertar as autoridades sobre a gravidade da situação, mobilizando ações de ajuda humanitária em tempo hábil.
  • Transparência e cobrança: A cobertura da imprensa garante a transparência das ações tomadas pelo governo e pelas instituições, possibilitando a cobrança da sociedade civil por medidas eficazes e eficientes.
  • Mobilização social: A mídia pode ser utilizada para mobilizar a sociedade civil na organização de doações, campanhas de apoio e ações de voluntariado.

A maldição da desinformação:

  • Propagação de notícias falsas: A proliferação de notícias falsas e boatos pode gerar pânico, desinformação e dificultar a tomada de decisões por parte da população e das autoridades.
  • Sensacionalismo e exploração da tragédia: A cobertura sensacionalista da mídia pode explorar a dor e o sofrimento das vítimas, desumanizando a tragédia e criando um espetáculo em torno da dor alheia.
  • Estigmatização de vítimas e comunidades: A mídia pode, inadvertidamente, estigmatizar as vítimas e comunidades afetadas pela tragédia, reforçando estereótipos e dificultando o processo de recuperação.

A resposta do governo:

O Governo do Estado da Bahia, através de diversas secretarias, já encaminhou ajuda humanitária, alimentos e equipamentos para limpeza e reconstrução dos locais afetados pelas chuvas. Ações como essa demonstram a importância da atuação conjunta e coordenada dos diferentes setores do governo para minimizar o impacto da crise.

Desafios e perspectivas:

  • Combate à desinformação: É crucial o combate à desinformação através da verificação de fatos, da educação midiática e da divulgação de informações oficiais de fontes confiáveis.
  • Cobertura humanizada e responsável: A mídia tem a responsabilidade de realizar uma cobertura ética e humanizada da tragédia, dando voz às vítimas e comunidades afetadas, sem explorar o sofrimento alheio.
  • Ações conjuntas e transparentes: A união de esforços entre governo, sociedade civil e mídia é fundamental para garantir a efetividade das ações de ajuda humanitária, a reconstrução das áreas afetadas e a superação da crise.

Conclusão:

Em momentos de crise como este, a informação precisa ser utilizada como uma ferramenta para o bem, mobilizando ações de ajuda e promovendo a reconstrução. A imprensa, em conjunto com o governo e a sociedade civil, tem um papel crucial a desempenhar na construção de um futuro melhor para as comunidades afetadas.

Nota da redação deste Blog - Comentário recebido hoje 07.04 através do watSapp.

" À medida que a cidade cresce, a periferia vai se transformando, como consequência dessa expansão, surgem problemas diversos, principalmente em relação ao saneamento básico e uso indevido de áreas de risco, que no caso específico de Jeremoabo, é a ocupação de áreas sujeitas a alagamentos, provenientes de cheias do rio Vasa Barris e até mesmo do rio Vermelho que fornece água a cidade, ocorrências que já fazem parte da série histórica da nossa cidade, fato conhecido por muitos, especialmente pelos moradores mais velhos nesses espaços.

Conhecida a margem superior do leito do rio, em tempos de cheias, o ente público tem o dever de não permitir a ocupação da área para fim residencial, mas, Jeremoabo sequer tem um código de obras, quanto mais um Plano Diretor, o código postura é anterior a Constituição Federal de 88 e a lei 6766/79 - lei do parcelamento do solo. Essa ausência de sintonia com normas vigentes, converge para que ocorra situação igual à que estamos vivendo, onde a omissão do poder público é a causa principal. Infelizmente vemos que o problema do munícipe está relegado a segundo plano, priorizando-se a promoção pessoal, os gastos exorbitantes com festejos diversos, queima de fogos e outras coisas mais. Em resumo, vemos prevalecer a mesmice, ao prejuízo de uma gestão com foco na melhoria contínua e atendimento às necessidades dos munícipes. A verdade é que Jeremoabo cresce exponencialmente em termos físicos e na mesma proporção, regride no sentido de uma boa administração. Mas é como se diz na cultura popular: ninguém dá mais do que aquilo que tem!
Tomara que a situação ora vivida, sirva de lição para os governantes futuros..."