terça-feira, março 05, 2024

Depoimentos de ex-comandantes teriam implicado Bolsonaro no plano golpista

Tribuna da Internet | O golpe do falante capitão Bolsonaro foi abafado pelo silêncio de generais calados

Charge do Miguel Paiva (Arquivo Google)

Bela Megale
O Globo

O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior teriam implicado diretamente Jair Bolsonaro na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher “lacunas importantes do caso”, segundo envolvidos nas apurações.

Os dois ex-comandantes confirmaram participação na reunião na qual foi discutida uma minuta golpista. O encontro foi revelado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. A informação de que Freire Gomes confirmou reuniões sobre um documento com teor golpista foi revelada pela “CNN Brasil” e confirmada pela coluna.

HAVIA A DÚVIDA – O depoimento do general ocorreu na sexta-feira passada e ele respondeu todas as perguntas feitas pela PF. Havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento.

A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar as investigações e segue como testemunha. Esse é o mesmo status do brigadeiro Baptista Júnior, que também concedeu um longo depoimento à PF, há poucas semanas, na qual trouxe informações importantes aos policiais.

O ex-comandante de Marinha Almir Garnier, apontado como o único dos três que teria aceitado aderir ao golpe, segundo a delação de Mauro Cid, ficou em silêncio na PF. Ele faz parte do rol de investigados.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Nada de novo no front. O vazamento foi mínimo. Para sair alguma novidade, é preciso aumentar o vazamento sobre os envolvidos e testemunhas que já depuseram. (C.N.)