sexta-feira, dezembro 15, 2023

Dino prometeu que no Supremo deixará de ser político, mas é só conversa fiada

Publicado em 14 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Dino: leis não podem ser derrubadas por decisões monocráticas | Metrópoles

Dino criticou decisões monocráticas de ministros do STF

Vicente Limongi Netto

Inacreditável o interminável confete da mídia, em geral, para o novo eleito e futuro ministro do STF, Flávio Dino. Depois da rinha na sabatina no Senado, Dino voltou ao normal. Sorridente, falando sem freios na língua, abusando das ironias e dos sarcasmos e, claro, botando nas nuvens seu amo e santo, Luiz Inácio Lula da Silva.

Digna de aplausos a gratidão de Dino. O coração do neoministro sabe ser humilde, quando deve. Na Suprema Corte Flávio Dino será apenas mais um ministro cumpridor de ordens de Lula e do PT. Conversa fiada foi jurar de pés juntos, como fez na sabatina, que na Suprema Corte deixará de ser político.

ELEGÂNCIA DE SARNEY – Na sabatina, o senador ex-deputado e ex-governador Eduardo Braga (MDB -AM)  não fez perguntas aos dois candidatos. Preferiu revelar que, cedo, recebeu ligação do ex-presidente Sarney, segundo Braga, figura respeitadíssima no partido, pedindo que os senadores do MDB votassem pela aprovação do nome de Flávio Dino.

Gesto elegante e grandioso de Sarney, sabidamente, até pouco tempo, ferrenho adversário político de Dino, no Maranhão.

Recorde-se, também, nessa linha, que antes de anunciar Flávio Dino como ministro da Justiça, lula foi pessoalmente consultar Sarney. Política boa não se faz com o fígado, mas com o cérebro.

ZONA FRANCA – Eduardo Braga salientou a Dino que a zona franca de Manaus permanece altiva e gerando milhares de empregos diretos, graças ao constante apoio do Judiciário. Sobretudo do Supremo, ponto final e porto seguro dos assuntos ligados ao pólo industrial de Manaus.

Braga lamentou que alguns setores permaneçam ultrajando e tentando prejudicar a zona franca. Para o senador, a zona franca é o maior programa do Brasil em defesa do meio ambiente e da preservação da floresta.

Por fim, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta aumento de 1,8% do varejo em 2023 e 1,5% em 2024. Segundo a entidade, a maio alta do ano foi no segmento de combustíveis, enquanto a maior queda foi nas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico.