terça-feira, outubro 31, 2023

“Centrão é insaciável”, diz Gleisi Hoffmann, ao resumir o atual momento político

Publicado em 31 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet

Gleisi Hoffmann: “O mercado não morre de fome” – PT Piauí

Gleisi reclama do avanço do Centrão sobre as emendas

Mateus Vargas
Folha

O avanço de partidos do centrão sobre cargos do governo federal e sobre o Orçamento tem gerado críticas entre aliados do presidente Lula (PT). Na semana passada, Lula entregou o comando da Caixa Econômica Federal ao servidor de carreira Carlos Vieira, que foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ainda assim, partidos cobram mais verba e cargos.

A pressão do centrão ocorre no momento em que o governo busca garantir apoio no Congresso, sobretudo para a aprovação de pautas econômicas.

PRECISA DE VOTOS – O próprio Lula reconheceu que fez um acordo com PP e Republicanos para a entrada dessas siglas no governo. Ele afirmou que “precisava desses votos” no Legislativo.

“Eu fiz um acordo com o PP, com Republicanos, acho que é direito deles, que gostariam de ter espaço com governo, indicar uma pessoa [Vieira, indicado por Lira] que esteve na Caixa, já foi da Caixa, já esteve no governo da Dilma, já foi do Ministério das Cidades, uma pessoa que tem currículo para isso. E eles juntos têm mais de 100 votos, eu precisava desses votos para continuar o governo”, disse na sexta-feira (27).

No mesmo dia, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), criticou a mobilização de parlamentares para controlar fatias ainda maiores do Orçamento. A deputada afirmou, nas redes sociais, que propostas para o governo pagar mais emendas “servem para atender apenas interesses políticos insaciáveis”.

DISSE GLEISI – “No momento que o país precisa direcionar investimentos para o crescimento e políticas públicas estruturantes, deputados querem obrigar o governo a pagar emendas de comissões permanentes. É mais uma intervenção indevida na aplicação do Orçamento da União”, escreveu Gleisi na plataforma X, o antigo Twitter.

A deputada criticava discussões no Congresso para tornar impositiva a execução das emendas de comissões, ou seja, obrigar o governo a pagar uma verba que corresponde a R$ 7,5 bilhões em 2023. Se for aprovada, essa mudança reduz o controle do governo Lula sobre a execução do Orçamento de 2024, ano de eleições municipais.

A cúpula do Congresso ainda avalia outros caminhos para ditar o ritmo da liberação das emendas e amarrar a execução da verba aos seus interesses, desidratando ainda mais o poder do governo.

ORÇAMENTO SECRETO – Como mostrou a Folha, o Palácio do Planalto busca formas de manter a influência sobre o destino desses recursos. As conversas caminham para um aumento no valor reservado para emendas do próximo ano, mas preservando o poder do governo sobre essa cifra.

Ao se manifestar sobre a própria saída do cargo de presidente da Caixa (para entregar o comando do banco ao centrão), Rita Serrano agradeceu a Lula pelo convite para integrar o governo, mas disse nas redes sociais que é “necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política”.

“Ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador. Não foi fácil ver meu nome exposto durante meses à fio na imprensa. Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho”.

BASE ALIADA FRÁGIL – A base do governo no Congresso continua frágil. Nas horas seguintes à troca na Caixa, porém, a Câmara destravou a votação da proposta de taxação de offshores e de fundos de super-ricos. Mas o Senado chegou a rejeitar a indicação de Igor Roque para o comando da DPU (Defensoria Pública da União).

As mudanças na Caixa e em ministérios para acomodar aliados do centrão ainda reduziram a presença de mulheres em cargos de primeiro escalão.

Lula culpou os partidos pela redução da presença feminina no Executivo. “Quando um partido político tem que indicar uma pessoa e não tem mulher, eu não posso fazer nada”, disse o presidente na última semana.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Nada de novo no front ocidental. Como diz a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o Centrão é “insaciável”. E isso resume o momento atual da política brasileira. (C.N.)


O alto escalão do governo de Jeremoabo segundo denúncia do vereador Eriks ,inflacionou a tabela da propina para 30%.

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Os vereadores da oposição denunciaram o prefeito por lesão contra o erário público e em prejuízo da economia do município. Na sessão da Câmara de Vereadores de Jeremoabo realizada na terça-feira, 31 de outubro de 2023, o vereador Eriks de João Ferreira denunciou uma série de irregularidades que estariam sendo praticadas pela gestão do prefeito, incluindo o aumento do percentual da propina para 30%.(Trinta por cento)
O vereador denunciou que um empresário tinha um débito de R$ 100 mil a receber da prefeitura, mas que um funcionário do alto escalalão da corrupção exigiu um pagamento de propina de 30% para liberar o valor. O vereador também denunciou que a destruição do Parque de Exposição causou um prejuízo de ao município, que o prefeito prometeu construir outro e até agora nada.

Após as denúncias do vereador, os outros vereadores também se manifestaram contra a gestão do prefeito. Eles deveriam aprovar uma moção de repúdio às irregularidades denunciadas e decidiram denunciar o prefeito ao Ministério Público.

A denúncia do vereador Eriks de João Ferreira é grave e pode levar à responsabilização do prefeito por crime de corrupção. O Ministério Público poderia investigar as denúncias e, se fossem comprovadas, o prefeito poderia ser condenado a prisão e multa.

Aqui está um resumo das denúncias do vereador Eriks de João Ferreira:

  • Aumento da tabela da propina para 30%
  • Exigência de propina de R$ 30 mil para liberar débito de R$ 100 mil
  • Destruição do Parque de Exposição, que causou prejuízo de R$ 2 milhões

A denúncia do vereador é um importante passo para a responsabilização do prefeito e para a melhoria da gestão pública em Jeremoabo.

Como disse Maquiavel em “O Príncipe”: Vemos a capacidade de uma pessoa observando quem a cerca.

Era só o que faltava! Centrão exige mais cargos para liberar a pauta econômica

Publicado em 31 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet

Charge do Bier (Arquivo Google)

Tatiana Azevedo
Gazeta do Povo

O anúncio da troca na presidência da Caixa Econômica Federal parece não ter satisfeito o apetite do Centrão por novos cargos no governo: os partidos ainda querem mais para avançar com a pauta econômica na Câmara dos Deputados. Na semana passada, o presidente Lula da Silva demitiu Rita Serrano do comando da Caixa e nomeou, em seu lugar, Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Após a troca, ainda no mesmo dia, os deputados aprovaram o projeto de taxação dos fundos exclusivos e de investimentos feitos por brasileiros no exterior, conhecido como projeto da “taxação dos super-ricos”.

OUTROS CARGOS – Agora, o grupo político de Lira anseia pelas 12 vice-presidências do banco e cargos na Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O governo ainda precisa dos votos do Centrão para concluir a votação da reforma tributária, que está tramitando no Senado, mas que deverá voltar ao plenário da Câmara para tratar das mudanças feitas pelos senadores.

A reforma é considerada fundamental pela equipe da Fazenda, comandada pelo ministro Fernando Haddad, mas enfrenta resistências dos governadores, principalmente em relação ao Fundo de Desenvolvimento Regional para compensar eventuais perdas dos estados.

E O ORÇAMENTO? – Além disso, o governo depende dos parlamentares para votar o Orçamento 2024, projeto de lei que trata da previsão das receitas, e uma medida provisória (MP 1185/2023) que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais vindos de subvenção para investimentos e tem potencial de arrecadação de mais de R$ 35 bilhões já no próximo ano, de acordo com estimativa da Fazenda.

Segundo informou o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), nesta semana o colégio de líderes da Câmara deverá se reunir para discutir um calendário de apreciação do projeto de lei sobre a MP 1185/2023, com urgência constitucional. A discussão estaria acordada entre Haddad e Lira como prioritária e, segundo Guimarães, deverá ocorrer nos próximos dias.

Porém, a recente declaração de Lula – de que a meta fiscal do governo no próximo ano não precisa ser de déficit zero – pode atrapalhar a aprovação dos projetos pretendidos pela equipe econômica.

MAIOR DEPENDÊNCIA – Embora ainda não seja possível avaliar se o Centrão cobrará mais caro pela pauta econômica, Haddad deverá ficar mais dependente das negociações com Lira.

Alguns parlamentares e analistas interpretaram as afirmações do presidente até como um certo “desprestígio” de Lula em relação a Haddad, e o ministro, que ainda não tinha se pronunciado, veio a público nesta segunda-feira (30) para garantir que vai fazer o que puder para “buscar o equilíbrio fiscal”, embora não tenha negado a possibilidade de o governo enviar ao Congresso uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no que diz respeito à meta fiscal de 2024.

Haddad informou ainda, que a pedido de Lula, vai se reunir com os líderes dos partidos para explicar a situação financeira do governo, e os problemas para o equilíbrio que, segundo ele, vem desde 2017.

NÃO É SUFICIENTE – Segundo um parlamentar do PP, aliado de Lira, ouvido pela Gazeta do Povo em condição de anonimato para comentar bastidores, a troca de Rita Serrano por Marcos Vieira na presidência da Caixa Econômica Federal ainda não é o suficiente para avançar nas pautas econômicas definidas pelo governo como prioritárias. Esses acordos ainda dependeriam das 12 vice-presidências do banco.

A substituição na presidência da Caixa, segundo avalia o deputado, foi apenas um primeiro aceno para agradar Lira e destravar a pauta. Segundo ele, Lira planeja distribuir os cargos no banco a partidos do Centrão, como União Brasil, o próprio PP, Republicanos e até mesmo o PL, que hoje faz oposição ao governo na Câmara dos Deputados. Segundo a fonte ouvida pela reportagem, 30 parlamentares do Partido Liberal seriam beneficiados com a indicação de cargos na instituição.

Nos bastidores, há quem aposte que o anúncio não vai demorar, e já há especulações sobre um possível encontro entre Lira e Lula para finalizar as indicações na Caixa. Vale lembrar que há meses os presidentes da República e da Câmara protagonizam um embate sobre o banco.

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

Guerra em Gaza será mantida pelas brutais leis da região, e sem interferência externa

Publicado em 31 de outubro de 2023 por Tribuna da Internet

Biden, Netanyahu meet amid US-Israeli tensions - ABC News

Joe Biden vai ajudar Israel a manter o controle da região

William Waack
Estadão

Diante do que promete ser a maior operação militar da recente história de Israel – a invasão por terra de Gaza, para exterminar a principal base do terrorismo do Hamas – é bem reduzida a possibilidade de interferência por parte de potências ou instituições “de fora”.

A inefetividade da ONU, por exemplo, é proverbial, mas ela apenas espelha um longo processo de dissolução da ordem internacional que guerras como as da Ucrânia e de Gaza (mas não só) “de repente” expõem e aceleram. E foi desaparecendo o relativo “balanço” de poder entre as principais potências, ancorado nos últimos vinte anos na predominância dos Estados Unidos.

PROPOSTA DOS EUA – O presidente Joe Biden sugeriu uma volta ao “excepcionalismo” da política externa americana (“farol do mundo”) em seu recente pronunciamento à Nação. Mas quão realista é essa arriscada postura no atual Oriente Médio?

Faz cinquenta anos que um Secretário de Estado americano (foi Henry Kissinger) negociou, em viagens frenéticas à região, o final da guerra do Yom Kippur, quando Israel estava prestes a destruir a força militar do principal inimigo, o Egito. O “arranjo” acabou sendo visto como um clássico da visão realista das relações internacionais, baseado no equilíbrio dos interesses das principais potências.

O atual secretário de Estado,Tony Blinken. repetiu as mesmas viagens numa paisagem que reflete sobretudo o abandono estratégico da região pelos Estados Unidos, uma Europa voltada para si mesma e o desafio brutal dos “revisionistas”, China e Rússia. Blinken visitou potências regionais “amigas” com alianças e jogo próprio com os “revisionistas” e também em relação ao principal inimigo dos EUA, o Irã.

VELHO ALIADO – E Israel é um “aliado fundamental”, que ao longo de décadas trouxe a política externa americana para seus interesses e não o contrário. Israel entende que sua sobrevivência é função exclusiva da superioridade militar e da mão de ferro nos territórios que ocupa desde 1967. Assumindo que fatos consumados, como impossibilitar a solução de dois Estados e até eventualmente anexar a Cisjordânia, seriam de um jeito ou de outro engolidos por populações e governos árabes, e endossados pelos americanos.

Até aqui é a “dinâmica” ou “lógica inerente” do conflito regional que arrasta as potências de fora, e não o contrário. Não parece existir no contexto atual ninguém capaz de articular o que seria o famoso “balance of power”, que implicaria prosseguir com alguma visão política para o conflito no Oriente Médio sem a qual a história demonstra que não perduram as soluções militares “definitivas”.

Bem-vindos à selva.

Acredite se quiser! PT está preocupado por desagradar Geddel ao escolher candidato


Mensagens revelam como Geddel Vieira Lima atuou para a OAS - Jornal O Globo

Geddel emagreceu bastante e deixou de usar a peruca

Luísa Marzullo
O Globo

O senador Jaques Wagner (PT-BA) causou mal-estar na base do governador Jerônimo Rodrigues, seu correligionário, ao anunciar o deputado estadual Robinson Almeida, do mesmo partido, como o seu candidato a prefeito de Salvador nas eleições do ano que vem. Até a fala de Wagner, a expectativa era que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) fosse o indicado. Siglas aliadas do governador têm trabalhado para montar uma chapa única.

A declaração de Jaques Wagner ocorreu no último sábado, em uma plenária municipal do PT que, embora esteja em sua quinta gestão estadual, nunca comandou a capital baiana: “Estou aqui para que todo mundo saiba que o meu primeiro candidato é Robinson, é o candidato do meu partido, é o meu candidato”.

GEDDEL PROTESTA —O PT avalia outros três nomes: o deputado federal Valmir Assunção, a socióloga Vilma Reis e a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis.

Nas redes sociais, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) demonstrou desconforto com a fala do petista, ao publicar uma mensagem em defesa de Geraldo Júnior.

“Como imaginar que líderes importantes tomem decisões que digam respeito também a um relevante partido aliado, sem que haja convite, comunicação a nenhuma liderança institucional desse partido, no caso o MDB? Isso seria no mínimo deselegante”, postou ele.

SEM REPETIR ERROS – Em seguida, Geddel afirmou que o MDB não repetirá erros, em referência às eleições de 2020, quando cada sigla lançou candidato e Bruno Reis (União Brasil) terminou eleito. Reis é do partido que tem como cacique ACM Neto, ex-prefeito que duelou com o PT no estado nas últimas décadas.

Geddel ainda afirmou que “irá aguardar o THE END (do inglês, fim) desse longuíssimo longa metragem”, em alusão à demora do governador para definir um nome para a disputa. Mais contido, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, seu irmão, minimizou as críticas e disse ser “natural” a fala de Jaques Wagner.

— Estranho seria se Wagner não tivesse ido na plenária e reafirmar a candidatura de Robinson. Todos estão reafirmando: o MDB reafirmou a de Geraldinho, o PSB a de Lídice da Mata e por aí vai. O que ficou colocado desde o início é que o governador conduziria o processo. Até Jerônimo sinalizar, seguimos candidatos.

MAIOR AGILIDADE – A base do governador é formada por MDB, PCdoB, PSB, PSD e Avante. O ex-deputado reiterou o apoio irrestrito do MDB ao candidato escolhido por Jerônimo. Apesar de evitar críticas a Wagner, Lúcio Vieira Lima cobrou maior agilidade do PT neste processo de escolha:

— Quando será decidido (o nome) cabe ao governador. Minha opinião é que está a demorar e, quanto mais demorar, pior, independente de quem seja o candidato.

Sem poder concorrer a cargos eletivos após terem sido condenados por lavagem de dinheiro e associação criminosa, Geddel e Lúcio veem a disputa como uma possibilidade de ampliar o espaço do MDB no estado. O partido, além da vice-governadoria, tem duas pastas no primeiro escalão — Infraestrutura Hídrica e Saneamento, e Administração Penitenciária.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não se pode confiar num partido que aceita fazer coalizão com corruptos notórios como os irmãos Vieira Lima. Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és… Ou, como diz a Bíblia, ““Não se deixem enganar: as más companhias corrompem os bons costumes”. (C.N.)