Não importa mais saber onde ou quando começamos a perder nosso poder de indignação com a violência gratuita. Importa ter a consciência de que esse sentimento de torpor, ou mesmo de complacência, está cada vez mais presente em uma sociedade que já se vangloriou de ser pacata, cordial e acolhedora.
Uma sociedade sã não pode achar normal uma quantidade frequente de chacinas, que se sucedem com a mesma fórmula e as mesmas justificativas. Pior ainda quando efetuadas pelo Estado e suas forças da Lei, a quem se pensava confiar a tarefa de proteger. Não é também razoável se normalizar o assustador número de mortes violentas, com índices que ultrapassam em muito os de países em guerra.
É menos concebível ainda se acompanhar, com um misto de indiferença e de medo de ser também vítima, casos de barbárie policial como os registrados na última semana, pontualmente com um rapaz com transtornos mentais, assassinado de maneira brutal em uma abordagem de truculência desnecessária; e de maneira quase sistêmica, em mais uma operação policial em comunidades do Rio de Janeiro, do tipo que vitima foras da lei e inocentes, como se a execução fosse a forma mais eficaz de resolver o problema. Ou como se fosse justificado o grau de violência de acordo com a situação legal ou penal da pessoa.
A cultura de morte e violência estimulada nos últimos tempos em nosso país precisa ser questionada de maneira ampla e consciente. Ela tem nos levado cada vez mais longe da civilidade e da humanidade. Certamente não é esse o país que queremos.
Não importa mais saber onde ou quando começamos a perder nosso poder de indignação com a violência gratuita. Importa ter a consciência de que esse sentimento de torpor, ou mesmo de complacência, está cada vez mais presente em uma sociedade que já se vangloriou de ser pacata, cordial e acolhedora.
Uma sociedade sã não pode achar normal uma quantidade frequente de chacinas, que se sucedem com a mesma fórmula e as mesmas justificativas. Pior ainda quando efetuadas pelo Estado e suas forças da Lei, a quem se pensava confiar a tarefa de proteger. Não é também razoável se normalizar o assustador número de mortes violentas, com índices que ultrapassam em muito os de países em guerra.
É menos concebível ainda se acompanhar, com um misto de indiferença e de medo de ser também vítima, casos de barbárie policial como os registrados na última semana, pontualmente com um rapaz com transtornos mentais, assassinado de maneira brutal em uma abordagem de truculência desnecessária; e de maneira quase sistêmica, em mais uma operação policial em comunidades do Rio de Janeiro, do tipo que vitima foras da lei e inocentes, como se a execução fosse a forma mais eficaz de resolver o problema. Ou como se fosse justificado o grau de violência de acordo com a situação legal ou penal da pessoa.
A cultura de morte e violência estimulada nos últimos tempos em nosso país precisa ser questionada de maneira ampla e consciente. Ela tem nos levado cada vez mais longe da civilidade e da humanidade. Certamente não é esse o país que queremos.